Vitalidade fetal Flashcards

You may prefer our related Brainscape-certified flashcards:
1
Q

A propedêutica usada para avaliação da vitalidade fetal inclui o que?

A

Métodos clínicos (movimentação fetal), cardiotocografia, perfil biofísico fetal e Doppler.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Avaliação da vitalidade é indicada para quem?

A

Apenas para gestações de alto risco e após a 25ª semana de IG (quando há viabilidade fetal e maturidade do SNA do feto).

*Não há benefício em gestações de baixo risco!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Dê exemplos de gestação de alto risco.

A

DHEG, DMG, tireoidopatias, cardiopatias, pneumopatias, LES, AR, nefropatias, anemias, trombofilias, desnutrição materna, neoplasias, CIUR, pós-datismo, antecedentes obstétricos desfavoráveis, RPMO, oligo/polidrâmnio, gemelaridade, placenta prévia/DPP, doenças fetais, anemiais fetais (Iso-Rh), cardiopatias fetais, malformações e infecções fetais.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

CTG: definição? Deve ser realizada por quanto tempo?

A
  • É um traçado registrado da atividade cardíaca fetal (estuda os efeitos da hipoxemia no SNC e, consequentemente, na FCF).
  • Tempo: 20 minutos.

Observações:

  • Cada quadrado do traçado do CTG corresponde a 1 minuto. Temos 1 cm/min.
  • Em cima tem a FCF e embaixo a atividade uterina (contrações).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

CTG: porque não realizamos de rotina, para gestações de baixo risco?

A

Pois CTG tem alta sensibilidade (e alto VPN), mas baixa especificidade, ou seja, CTG normal (“negativo”) é fidedigno (pois tem pouco falso negativo), já CTG alterada (“positivo”) pode ser falso positivo (tem muito falso positivo).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

CTG se baseia nas respostas fisiológicas fetais, que são mediadas pelo sistema nervoso autônomo. Veremos como está a alternância entre o SNS e SNP. Qual o neurotransmissor de cada um e sua ação na FCF?

A
  • SNS: o neurotransmissor é a noradrenalina. Logo, aumento do tônus simpático aumenta a noradrenalina, com consequente aumento da FCF.
  • SNP: o neurotransmissor é a acetilcolina. Logo, aumento do tônus parassimpático aumenta a acetilcolina, com consequente redução da FCF.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Cite os parâmetros da CTG.

A

1) Frequência cardíaca fetal.
2) Variabilidade.
3) Acelerações transitórias.
4) Desacelerações intra-parto (DIP).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

CTG - Frequência Cardíaca Fetal: qual o valor normal?

A

110 a 160 bpm.

- Consideramos a FC basal (onde está a linha) como a FCF no CTG.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

CTG - Frequência Cardíaca Fetal: quando definimos taquicardia? Causas?

A

> 160 bpm.
- Causas: corioamnionite (quando o conteúdo uterino tem infecção, a 1ª alteração que veremos no feto é a taquicardia, sempre que ver taquicardia pergunte a gestante se ela perdeu líquido – RPMO), febre materna, tireotoxicose, uso de beta-miméticos (tocolítico, por exemplo, pois taquicardia é um efeito adverso), evento hipóxico inicial.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

CTG - Frequência Cardíaca Fetal: quando definimos bradicardia? Causas?

A

< 110 bpm (péssimo).

- Causas: hipóxia fetal, uso de medicações (betabloqueadores), pós-datismo, BAV fetal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

CTG - Variabilidade: definição? Qual é a alternância considerada normal?

A
  • É a variação da linha de base (alternância entre simpático e parassimpático).
  • Linha de base: 6 a 25 batimentos é a alternância normal da linha de base (varia de 6 a 25 batimentos a cada batida).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

CTG: quando consideramos a variabilidade diminuída e ausente?

A

Variabilidade diminuída (< 6) e variabilidade ausente (lisa ou silente): a linha fica reta praticamente.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

CTG: causas de variabilidade diminuída ou ausente? Prognóstico?

A
  • Causas: hipóxia fetal, prematuridade, sono fisiológico fetal (lembrar de fazer estímulo vibroacústico), drogas (barbitúrico, opiáceos e tranquilizantes).
  • Ambas são de prognóstico ruim.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

CTG: quando consideramos a variabilidade aumentada? Causa principal?

A

>

  1. Geralmente ocorre por movimentação fetal intensa.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

CTG: o que é o padrão sinusoidal e o que indica?

A
  • Ondas em forma de sino, com amplitudes de 5 a 15 bpm.
  • Está associado a risco elevado de morte fetal, como fetos com anemia grave (Iso-Rh, parvovírus B-19), além do uso materno de narcóticos.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Quais são os principais preditores de hipóxia fetal na CTG, constituindo-se como marcadores de óbito fetal iminente?

A

Bradicardia fetal e variabilidade ausente.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

CTG - ATs: definição p/ fetos com IG de ≥ 32 semanas? E < 32s?

A

1) ≥ 32 semanas: elevações da FCF de 15 batimentos por pelo menos 15 segundos e duração máxima de até 2 minutos.
2) < 32 semanas: elevações da FCF de 10 batimentos por pelo menos 10 segundos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

CTG - ATs: o que é aceleração prolongada?

A

Duração ≥ 2 minutos e inferior a 10 minutos (é normal). Quando superior a 10 minutos = mudança da linha de base.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

CTG - qual o prognóstico na:

1) Presença de ATs?
2) Ausência de ATs?

A

1) Presença de ATs: é excelente, indica que o feto está vigoroso, se movimentando.
2) Ausência de ATs: pode sugerir hipóxia fetal. Porém, pode indicar também sono fetal. Para diferenciar, temos que fazer um estímulo vibroacústico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

CTG - DIPs: definição?

A

São quedas da FCF.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

CTG - DIPs: cite os tipos.

A

Lembre em ordem alfabética “P/T/V” = I, II, III.

  • DIP I – Precoce.
  • DIP II – Tardia.
  • DIP III – Variável.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

CTG - DIP I ou desaceleração precoce: porque ocorre?

A

Ocorre por compressão do polo cefálico.
- Se tem bastante líquido amniótico, na hora da contração isso amortece o polo cefálico e não comprime tanto, mas se tem oligodrâmnio ou está no período expulsivo já sem muito LA, toda vez que o útero contrai ele comprime o polo cefálico e isso estimula os barorreceptores de pressão do feto que respondem fazendo resposta vagal (parassimpática) = libera acetilcolina = gerando bradicardia fetal durante a contração uterina.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

CTG - DIP I ou desaceleração precoce: como é o traçado?

A

O pico da contração coincide com o nadir da desaceleração ou, caso apresente decalagem (intervalo entre o pico da contração uterina e o nadir da desaceleração), está será inferior a 15 segundos. E logo que a contração passa a FCF começa a elevar novamente.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

CTG - DIP I ou desaceleração precoce: prognóstico e conduta?

A
  • Não é patológico. É normal de ocorrer na final da fase ativa do trabalho de parto e também com aqueles que estão com bolsa rota ou tem pouco LA, e mesmo quando tem LA adequado pode ocorrer DIP I.
  • Conduta: não precisa fazer nada, é absolutamente normal.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

CTG - DIP II ou desacelerações tardias: porque ocorrem?

A
  • Feto tem baixa reserva de oxigênio (ex.: RCIU) e cada vez que tem uma contração há redução do aporte de oxigênio para o feto (que no feto normal não causará nada, pois ele tem reserva de oxigênio) o que gera redução da pO2, elevação da pCO2 e ACIDOSE FETAL!
  • Essa acidose é sentida pelos quimiorreceptores que respondem com vasoconstrição periférica (gera hipertensão arterial fetal), com isso, os barorreceptores entendem que se tem vasoconstrição está tendo dificuldade do sangue perfundir o feto e respondem fazendo descarga parassimpática = libera acetilcolina = gerando bradicardia fetal.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

CTG - DIP II ou desacelerações tardias: como é o traçado?

A

São simétricas e recorrentes, têm início após o período de decalagem de 20 a 30 segundos.
- A resposta parassimpática que leva à bradicardia demora um tempo para ocorrer, logo, no CTG, a desaceleração (DIP II) irá aparecer APÓS a contração, sendo tardia (o nadir da desaceleração vem depois do pico da contração).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

CTG - DIP II ou desacelerações tardias: prognóstico? É patognômico de que?

A

Prognóstico ruim, indica:

  • Hipóxia fetal aguda (sofrimento fetal).
  • Típico de insuficiência placentária.
  • Apesar de DIP II ser patognomônica de sofrimento fetal, não indica, por si só, parto imediato.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

CTG - DIP III ou desacelerações variáveis: porque ocorrem?

A

Ocorrem desacelerações variáveis por compressão do cordão umbilical (o funículo).
- Compressão do cordão = sangue não flui adequadamente e há aumento da pressão no feto = isso desencadeia resposta dos barorreceptores que fazem descarga parassimpática = libera acetilcolina = gerando bradicardia fetal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

CTG - DIP III ou desacelerações variáveis: causas? Tem relação com contração? Como é o traçado?

A

Oligodrâmnio, posição da gestante, nó de cordão umbilical, etc. Mas, não tem nada a ver com a contração. Ou seja, no traçado, a desaceleração ocorre independente da contração.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

CTG - DIP III ou desacelerações variáveis: prognóstico?

A

Prognóstico ruim, indica hipóxia fetal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
31
Q

Quais sinais sugerem hipóxia fetal aguda na CTG?

A

Variabilidade ausente, DIP II, DIP III, bradicardia fetal persistente, padrão sinusoidal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
32
Q

Padrões da CTG intraparto (ACOG): cite-os.

A
  • Padrão tipo I: normal ou tranquilizador.
  • Padrão tipo II: suspeito ou não tranquilizador (indeterminado).
  • Padrão tipo III: patológico.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
33
Q

Padrões da CTG intraparto (ACOG) - Padrão tipo I: como estão os parâmetros?

A
  • É o padrão normal ou tranquilizador.
  • FCF entre 110-160, variabilidade entre 6 e 25, presença ou ausência de ATs (pois por estar em trabalho de parto, o feto pode não conseguir se mexer tanto) e sem desacelerações ou presença de DIP I.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
34
Q

Padrões da CTG intraparto (ACOG) - Padrão tipo I: conduta?

A

Expectante, assistência normal ao trabalho de parto, não precisa fazer nada.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
35
Q

Padrões da CTG intraparto (ACOG) - Padrão tipo III: como estão os parâmetros?

A

Padrão patológico. Presença de achados que sugerem hipóxia fetal aguda:

  • Variabilidade ausente acompanhada de DIP II, DIP III OU bradicardia.
  • Padrão sinusoidal.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
36
Q

Padrões da CTG intraparto (ACOG) - Padrão tipo III: conduta?

A

Identificar a causa, mudança de decúbito, descontinuar ocitocina, O2 cateter nasal. Se CTG não melhorar = parto pela via mais rápida (geralmente cesárea, mas, se está com 10cm e feto coroando, pode tentar parto instrumentalizado = fórcipes).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
37
Q

Padrões da CTG intraparto (ACOG) - Padrão tipo II: como estão os parâmetros?

A

Padrão suspeito ou não tranquilizador (indeterminado):

- Tudo que não entra no tipo I ou III.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
38
Q

Padrões da CTG intraparto (ACOG) - Padrão tipo II: conduta?

A

Identificar a causa, mudança de decúbito, descontinuar ocitocina, O2 cateter nasal E manter o registro da CTG = ou o traçado vai virar tipo I ou III após as medidas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
39
Q

Índice cardiotocométrico de Zugaib-Behle: como é a pontuação de cada parâmetro?

A

1) Linha de base de 110-160: 1 ponto.
2) Variabilidade de 10-25: 1 ponto.
3) Aceleração transitória = 1: 2 pontos.
4) Desacelerações = nenhuma: 1 ponto.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
40
Q

Índice cardiotocométrico de Zugaib-Behle: como é a interpretação da pontuação?

A
  • Ativo (normal): índices 4 e 5.
  • Hipoativo (suspeito): índices 2 e 3.
  • Inativo (alterado): índices 0 e 1.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
41
Q

Qual o objetivo da CTG estimulada?

A

Objetiva alterar o estado de sono fetal para o de vigília, é um complemento da cardiotocografia de repouso quando esta apresenta-se suspeita (feto hipoativo).

42
Q

CTG estimulada: quais os estímulos usados?

A

Estímulo pode ser sonoro, mecânico (movimentação do polo cefálico) ou vibratório.

43
Q

CTG estimulada: coloca-se buzina por, pelo menos, 3 segundos. E as respostas podem ser… cite-as.

A

1) Feto reativo,
2) Feto hiporreativo.
3) Feto não reativo.

44
Q

CTG estimulada: o que caracteriza feto reativo?

A

FCF aumenta > 20 bpm, com duração > 180 segundos (considera-se o término da resposta quando há retorno para a linha de base por 30 segundos ou mais).

45
Q

CTG estimulada: o que é

  • “Feto reativo com resposta bifásica”?
  • “Feto reativo com resposta monofásica”?
A
  • Quando há, após essa resposta inicial, presença de aceleração transitória, a resposta é chamada de bifásica.
  • A ausência de aceleração transitória é chamada de resposta monofásica.
46
Q

CTG estimulada: o que caracteriza feto hiporreativo?

A

Quando amplitude < 20 bpm e/ou duração < 3 minutos.

47
Q

CTG estimulada: o que caracteriza feto não reativo?

A

Quando não se verifica resposta cardíaca fetal.

48
Q

PBF: o que é?

A

É um método de avaliação do bem-estar fetal que inclui atividades biofísicas e a estimativa do volume de líquido amniótico.

49
Q

PBF: indicações?

A
  • Cardiotocografia suspeita (auxiliam a diminuir falso positivos).
  • Pacientes com patologias (para reduzir prematuridade iatrogênica).
50
Q

PBF: fundamenta-se em que?

A

Na hipótese de que as variáveis biofísicas fetais (movimentos respiratórios, movimentos corpóreos, tônus fetal e resultados da cardiotocografia) refletem a integridade funcional do sistema nervoso central e, como tal, espelham o estado de oxigenação

51
Q

PBF: quais os parâmetros vistos na PBF?

A
  • FCF (pela cardiotocografia basal).
  • Movimentos corpóreos, movimentos respiratórios, tônus fetal, ILA – índice de líquido amniótico (todos esses vemos pelo USG). Devemos observar essas variáveis por no máximo 30 minutos.
52
Q

O que é a teoria da hipóxia aguda?

A

Diz que a sensibilidade dos centros que coordenam os parâmetros no SNC fetal tem desenvolvimento completado em diferentes idades gestacionais, de tal forma que sua sensibilidade à hipoxemia, respeita a ordem INVERSA a sua formação.

53
Q

Teoria da hipóxia aguda: indique ordem cronológica da formação das atividades biofísicas fetais.

A

1) Tônus: 7,5-8,5s.
2) Movimentos corporais fetais: 8-9s.
3) Movimentos respiratórios fetais: 11s.
4) Cardiotocografia de repouso (AT): 20s.

54
Q

PBF: as alterações fetais diante a hipoxemia ocorrem em que ordem?

A
  • 1º = CTG (FCF).
  • 2º = Movimentos respiratórios fetais.
  • 3º = Movimentos corporais fetais.
  • 4º = Tônus.
55
Q

O que é o PBF simplificado?

A

No PBF simplificado fazemos a CTG e ILA: pois se temos CTG normal, os demais parâmetros estarão normais (teoria da hipóxia aguda) e precisamos fazer apenas o ILA, uma vez que podemos estar diante à oligodrâmnio mesmo com CTG categoria I (normal).

56
Q

Cite os marcadores agudos e crônicos do PBF.

A

1) CTG (FCF).
2) Movimentos respiratórios (ou torácicos) fetais.
3) Movimentos corpóreos fetais.
4) Tônus fetal.
5) ILA: único crônico! Os 4 acima são agudos.

57
Q

PBF: qual é o 1 parâmetro a se alterar da vitalidade fetal?

A

FCF na CTG.

58
Q

PBF - Movimentos respiratórios fetais: quando é considerado normal?

A

Um ou mais episódios de movimentos respiratórios/torácicos, rítmicos com 30 segundos de duração.

*MRF no USG = afastamento e aproximação de arcos costais ou movimentos em gangorra do diafragma.

59
Q

PBF - Movimentos respiratórios fetais: quando podem estar ausentes? E exacerbados?

A

Podem estar ausentes em hipóxia, infecção ovular e hipoglicemia; e exacerbados em hiperglicemia e consumo excessivo de cafeína.

60
Q

PBF - Movimentos corpóreos fetais: quando é considerado normal?

A

Presença de 1 movimento rápido e amplo OU presença de 3 movimentos corporais lentos vistos na USG.

61
Q

PBF - Movimentos corpóreos fetais: quando podem estar ausentes? E estimulados?

A

Podem estar diminuídos/ausentes em sono fetal, drogas sedativas, curare, cigarro e hipóxia fetal; ou estimulados pela contração uterina e estímulos externos (sonoro, motor).

62
Q

PBF - Tônus fetal: é verificado pelo que?

A
  • É verificado pela atitude fetal em flexão ou pela presença de movimentação fetal satisfatória.
  • Se o feto estiver muito parado, iremos avaliar o tônus pelos movimentos de abertura e fechamento das mãos/pálpebras e movimentos de sucção.
63
Q

PBF - Líquido amniótico: é produzido por quais órgãos? Qnd ocorre sua redução?

A

O LA é produzido pelos rins e pulmões fetais.
- O feto que está em hipoxemia crônica começa a pegar o sangue que está recebendo e priorizar em outros órgãos (centralização), reduzindo assim a perfusão renal e levando a menor diurese, o que reduz a produção de líquido amniótico.

64
Q

PBF: como avaliaremos o líquido amniótico?

A
  • Maior bolsão.

- Índice de líquido amniótico (ILA): é o mais usado.

65
Q

PBF - Líquido amniótico: qnd está indicada a avaliação pelo maior bolsão? Qual o valor normal?

A
  • Indicações: em gestações precoces (< 28s, que temos dificuldade de avaliar o ILA), gemelaridade (pois não conseguimos determinar os quadrantes).
  • Normal: maior bolsão > 2 cm.
66
Q

PBF - ILA: indicado a partir de qual IG?

A

> 28s.

67
Q

PBF - ILA: classificação?

A
  • ILA < 5: oligoâmnio.
  • ILA 5,1 – 8,0: reduzido.
  • ILA 8,1 – 18: normal.
  • ILA 18 – 24,9: aumentado.
  • ILA > 25: polidrâmnio.
68
Q

PBF - ILA: em que situação iremos considerar ILA alterado?

A

Só irá perder ponto no PBF se tiver oligoâmnio (≤ 5)!
- Se tiver ILA > 5 (“reduzido”), NÃO perde ponto e ser for polidrâmnio também NÃO perde ponto!! Feto não está em hipóxia crônica nessas condições.

69
Q

Interpretação do PBF: como pontuar? Qual a nota mínima/máxima?

A

Pontuação = nota 0 se ausente; nota 2 se presente.

  • Nota mínima: 0.
  • Nota máxima: 10.
  • Resultado será sempre em números pares, PBF não dá resultado em números ímpares.

*FOTO.

70
Q

Qual a conduta obstétrica de acordo com o resultado do PBF – MS?

A

FOTO.

  • Perfil de 8: ou estará alterada a CTG (que é o 1º a alterar) ou o ILA. Então a pergunta será: quanto está o ILA? Estando adequado, o problema é na CTG.
  • L/E = lecitina/esfingomielina,
71
Q

Qual a conduta de acordo com o resultado do PBF – USP?

A

FOTO.

72
Q

Dopplervelocimetria obstétrico: o que é?

A

É o estudo da velocidade do fluxo sanguíneo nos vasos do corpo humano (vemos o movimento do sangue no sistema cardiovascular).

73
Q

Dopplervelocimetria obstétrico: qual o objetivo?

A

Visa à avaliação indireta da função placentária (insuficiência placentária) e da resposta fetal a hipoxemia. Estuda a hemodinâmica fetal em resposta ao déficit de oxigenação.

74
Q

Dopplervelocimetria obstétrico: quais vasos iremos analisar?

A
  • Circulação materna: aa uterinas.
  • Circulação fetoplacentária: aa umbilicais.
  • Circulação fetal: aa cerebral média, ducto venoso, veia umbilical.
75
Q

Dopplervelocimetria obstétrico: como avaliamos a onda?

A
  • Avaliação qualitativa (forma da onda).

- Avaliação quantitativa (utilização de índices).

76
Q

Dopplervelocimetria obstétrico: cite os índices.

A

1) Índice de pulsatilidade: sístole-diástole/velocidade média.
a) Índice de pulsatilidade para veias: sístole – contração atrial/velocidade média.
2) Relação sístole/diástole (relação A/B).
3) Índice de resistência (sístole – diástole/sístole).

77
Q

Qual é o índice com melhor desempenho na avaliação da vitalidade fetal no Doppler?

A

Índice de pulsatilidade: sístole-diástole/velocidade média.

78
Q

Indicações e aplicabilidade do Doppler obstétrico?

A

É realizado para estudo da função placentário (detectar insuficiência placentária).
- Logo, faremos para gestantes com chance de alteração placentária ou de fluxo placentário. Ex.: trombofilia, hipertensão, DM 1 e 2, cardiopatas, doenças do colágeno, pneumopatias restritivas, tabagista, etc.

79
Q

O que nos mostra o fluxo pelas:

  • Aa. uterinas?
  • Aa. umbilicais?
A
  • Aa. Uterinas: nos mostra como ocorreu a placentação, medem o fluxo de sangue materno para a placenta.
  • Aa. Umbilicais: para ver o quanto de sangue placenta está enviando para o feto (medem o fluxo de sangue fetal que vai para a placenta). *Iremos pegar preferencialmente próximo à inserção do cordão umbilical para investigar (quanto mais próximo à placenta, menor a resistência).

*Avaliam função placentária.

80
Q

Dopplervelocimetria das aa. Uterinas: o que ocorre quando há invasão trofoblástica inadequada?

A

Há manutenção da alta resistência vascular nas artérias uterinas.

81
Q

Dopplervelocimetria das aa. Uterinas: qual é o achado clássico que indica aumento da resistência vascular? O que isso indica?

A

Presença da incisura protodiastólica bilateral (são as corcovas após a onda arterial, tem que ser bilateral para indicar alteração) após 24 a 26 semanas de gestação (quando já ocorreu 2ª onda de invasão placentária) ou índice de pulsatilidade > p95 p/ IG.
*Essa alteração me indica que tem maior chance de fazer DHEG e CIUR, pois placentação foi inadequada e há alta resistência no vaso.

*FOTO.

82
Q

Dopplervelocimetria das aa. Umbilicais: é realizado em que IG?

A

20 a 26s.

83
Q

Dopplervelocimetria das aa. Umbilicais: reflete o que?

A

Reflete a resistência placentária, que pode estar aumentada (IP > p95) por:

  • Placentação inadequada.
  • Infartos placentários (diminuição do fluxo que está chegando ao feto).
  • Tromboses no leito placentário.
84
Q

Qual é o melhor vaso para avaliar o bem-estar fetal nos casos de CIUR e insuficiência placentária?

A

Aa. umbilicais. Vemos as alterações pelo índice de pulsatilidade ou relação sístole-diástole.

85
Q

Dopplervelocimetria das aa. Umbilicais: qnd começa a alterar?

A

Quando 30% da área placentária está comprometida. Será diástole zero e reversa quando 70% estiver alterada.

86
Q

Dopplervelocimetria das aa. Umbilicais: veja fotos do “normal, resistência aumentada, diástole zero e reversa”.

A
  • Doppler normal: tem fluxo de sangue na sístole e depois na diástole o vaso continua com sangue (onda no Doppler permanece cheia), é o normal.
  • Doppler com resistência aumentada: sístole continua adequada, com o pico, mas na diástole o vaso não continua cheio, pois há aumento da resistência.
  • Diástole zero: passa sangue na sístole e na diástole não fica sangue nenhum, já tem > 70% de comprometimento placentário.
  • Diástole reversa: é pior ainda, na sístole ejeta sangue, mas a resistência está tão alterada que o sangue regurgita um pouco na diástole, não chegando no feto = anóxia crônica!
87
Q

Dopplervelocimetria das aa. Umbilicais: qnd consideramos insuficiência placentária?

A

Já consideramos insuficiência placentária desde a o aumento da resistência, depois temos insuficiência placentária com diástole zero e insuficiência placentária com diástole reversa.
*A partir de diástole zero temos mau prognóstico.

88
Q

Com a diástole zero/reversa, diante a existência de aporte menor de nutrientes e oxigênio (hipoxemia), qual será a resposta hemodinâmica fetal?

A

Centralização.

89
Q

O que é a centralização fetal e como avaliamos??

A
  • Feto prioriza áreas nobres = cérebro, coração e suprarrenais.
  • Avaliamos a centralização pela aa. Cerebral média.
90
Q

Centralização fetal se relaciona com prognóstico de RN?

A

Feto com centralização NÃO se relaciona com prognóstico de recém-nascido, é um mecanismo de defesa fetal, mostra que já tem aí diástole zero ou reversa.

91
Q

Dopplervelocimetria da aa. Cerebral média: quando iremos partir pra esse passo da investigação?

A

Iremos avaliar ACM apenas quando há insuficiência placentária (doppler das aa. Umbilicais alteradas). Ela mede o grau de oxigenação do cérebro fetal indiretamente.

92
Q

Dopplervelocimetria da aa. Cerebral média: o que vemos na centralização?

A

Por estar chegando menos sangue aqui, o organismo fetal faz uma vasodilatação no território cerebral (vemos o aumento da diástole no Doppler) para manter o sangue ali por mais tempo.
- Com o aumento da resistência da aa umbilical há aumento do fluxo sanguíneo na diástole da artéria cerebral média (vasodilatação) e consequente redução de seus índices de pulsatilidade.

93
Q

Dopplervelocimetria do ducto venoso: qnd realizar?

A

É o próximo passo da investigação, após doppler da ACM alterada (centralização), pois é o ducto venoso que irá ditar nossa conduta. Ele mede o gradiente de pressão venosa central.

94
Q

O que ocorre após a centralização que interfere no ducto venoso? Quais os achados no Doppler?

A

Por ter vasodilatação nos locais de órgãos nobres, há vasoconstricção dos demais territórios e isso gera aumento da pressão nas câmaras cardíacas, com alterações no território venoso fetal (há redução no fluxo sanguíneo no ducto venoso). Dessa forma,há aumento do índice de pulsatilidade e com a progressão da alteração e comprometimento miocárdico teremos onda A ausente (indicando asfixia, acidose fetal e falência da bomba cardíaca) e depois onda A reversa (sangue retorna ao DV).

*Onda A = sístole atrial.

95
Q

O ducto venoso tem relação com o que?

A

Com acidose no nascimento. Quanto maior o IP, menor será o pH de nascimento.
- Ele determina momento do parto!

96
Q

Dopplervelocimetria do ducto venoso: conduta de acordo com IP?

A
  • Índice de pulsatilidade (IP) < 1,0: conduta conservadora.
  • Índice de pulsatilidade (IP) entre 1,0 e 1,5: indica acidose, mas é importante fazer medidas para prematuridade e parto = corticoide, ATB, neuroproteção e parto!
  • Índice de pulsatilidade (IP) > 1,5: parto imediato.
97
Q

Doppler de veia umbilical: qnd fazer ? o que indica anormalidade?

A
  • Anormalidade no fluxo do ducto venoso, com a onda ‘a’ ausente ou reversa, podemos olhar a veia umbilical.
  • Pulsações bifásicas ou trifásicas na veia umbilical são sinais indicativos de anormalidade.

*Em fetos hidrópicos, as pulsações na veia umbilical são indicativas de grave comprometimento do concepto, evoluindo para óbito em mais de 70% dos casos.

98
Q

O que é o índice de Wladimiroff?

A

É a relação da a. cerebral/a. umbilical, sendo normais valores > 1. Se < 1, representa Centralização Hemodinâmica Fetal (CHF).

99
Q

Qual o principal parâmetro dopplervelocimétrico fetal que indica resolução da gestação?

A

O principal parâmetro dopplervelocimétrico fetal que indica resolução da gestação é a alteração no índice de pulsatilidade do ducto venoso (IP > 1 a 1,5).

100
Q

FOTO de Doppler da a. umbilical, ACM, ducto venoso e veia umbilical.

A

VEJA.