Síndromes hemorrágicas da 2ª metade da gestação Flashcards

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1
Q

Cite causas de sangramento na 2ª metade da gestação.

A
  • Placenta prévia e descolamento prematuro de placenta = 50%.
  • Rotura uterina e rotura de vasa prévia.
  • Sangramento do colo no trabalho de parto.
  • Cervicites.
  • Pólipo endocervical.
  • Ectrópio (é o aumento de células glandulares no colo uterino e ocorre após relação sexual, pelo microtrauma).
  • Câncer de colo de útero.
  • Trauma vaginal.
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Q

DPP: definição?

A

É a separação total ou parcial da placenta normalmente inserida (inserida no fundo do útero), antes da expulsão do feto em gestações acima de 20 semanas.

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3
Q

Pq DPP só ocorrem IG > 20s?

A

Pois, se ocorrer descolamento de placenta antes de 20 semanas, iremos chamar de abortamento!

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4
Q

DPP: cite os fatores de risco (etiologia) e aponte a principal.

A

1) Síndromes hipertensivas (50%).
2) Traumas abdominais (automobilísticos principalmente).
3) RPMO.
4) Trombofilias: neste caso, não houve invasão placentária adequada, existe muitos pontos de vasoconstrição e a parede pode descolar.
5) Descompressão uterina abrupta.
6) Tumores uterinos.
7) Tabagismo: pela vasoconstrição.
8) Uso de drogas (Cocaína): pela vasoconstrição e, no caso da cocaína ainda há elevação da pressão e como consequência há o deslocamento.
9) Histórico de DPP.
10) Idade materna avançada.
11) Amniocentese ou cordocentese: agulha pode pegar vaso e fazer descolamento.

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5
Q

DPP: fisiopatologia?

A

Hemorragia decidual inicia o DPP -> começa a se formar um hematoma retroplacentário e cria uma erosão na superfície placentária, o que aumenta a área de descolamento, provocando maior extravasamento sanguíneo e aumentando volume do coágulos -> círculo vicioso que caracteriza a progressão e irreversibilidade do DPP.
*Quanto maior a área placentária descolada, maior a mortalidade fetal.

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6
Q

Como pode ser o sangramento do DPP?

A

Sangramento vaginal escurecido (80% dos casos, nos outros 20% tem hemorragia oculta).

  • Hemorragia externa: é o que ocorre em 80% dos casos. O sangue é exteriorizado.
  • Hemorragia oculta: 20% dos casos. Forma um coágulo retroplacentário. Diagnóstico é mais difícil.
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7
Q

Além do sangramento, qual o quadro clínico do DPP?

A
  • Dor abdominal súbita e intensa. *Ñ cessa (diferencia de rotura uterina).
  • Hipertonia uterina (sangue irrita a musculatura do miométrio, começará a ter contração).
  • Aumento da altura uterina (pela distensão da uterina).
  • Bolsa das águas tensas.
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8
Q

DPP: como está a vitalidade fetal?

A

Prejudicada: desacelerações, bradicardia fetal.

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9
Q

DPP: como está o líquido amniótico?

A

Hemoâmnio (LA corado com sangue vermelho, pois, com o aumento da pressão que o sangue faz ali, o sangue começa a invadir a cavidade amniótica).

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10
Q

DPP: como fazer diagnóstico?

A

É clínico!

- Não precisa pedir USG, exceto em casos duvidosos.

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11
Q

DPP: em casos duvidosos, podemos, pedir USG. Quais os achados?

A
  • Aumento na espessura placentária.
  • Elevação da placa coriônica.
  • Coágulos no estômago fetal.
  • Alteração na ecogenicidade placentária.
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12
Q

DPP: quais exames laboratoriais podemos pedir?

A

Hemograma com contagem de plaquetas, tipagem sanguínea ABO Rh, coagulograma, exames de rotina para doença hipertensiva – se apropriado.

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13
Q

DPP: tratamento quando feto vivo e viável?

A
  • Estabilização hemodinâmica materna, com reposição volêmica s/n.
  • Resolução da gestação pela via de parto mais rápida (geralmente cesárea).
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14
Q

DPP é indicação absoluta de cesárea? Pq?

A

NÃO, o parto vaginal é possível, desde que o feto não apresente sinais de sofrimento e gestante esteja estável.

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15
Q

DPP: pq devemos fazer amniotomia precoce?

A

Pois ao romper bolsa, diminuímos a pressão na cavidade intrauterina e, com isso, reduzimos a progressão do descolamento e ganhamos tempo para o parto (além de o polo cefálico se insinuar).

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16
Q

DPP: podemos usar uterotônico?

A

Sim.

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17
Q

DPP: que tipo de parto pode ocorrer em virtude das contração intensas (por causa do sangramento)?

A

Parto taquitócito.

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18
Q

DPP: tratamento quando feto morto?

A
  • Estabilização hemodinâmica materna, com reposição volêmica s/n.
  • Resolução da gestação pela via com menor risco materno. *Parto vaginal se: menor que 6 horas de evolução sem sinais de coagulopatia.
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19
Q

DPP: em caso de feto morto e mais de 6h de evolução do TP, porque devemos ir para cesárea?

A

Pelo risco de CIVD (coágulo placentário consome fatores de coagulação).

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20
Q

Cite complicações maternas do DPP.

A
  • Útero de Couvelaire: útero fica roxo, edemaciado e com sufusões hemorrágicas, amolecido, pois o sangue invade o miométrio e faz hematoma. Devido a necrose isquêmica que sofre, com isso, o útero torna-se hipotônico, com predisposição a maiores perdas sanguíneas.
  • Hemorragia puerperal.
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21
Q

Placenta prévia: definição?

A

Placenta que se implanta total ou parcialmente no segmento inferior do útero após 26 semanas de gestação.

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22
Q

Placenta prévia: pq ela ocorre após 26 semanas?

A

Pois, antes de 26-28 semanas não podemos garantir que a placenta permanecerá nessa região, uma vez que o útero irá crescer e a placenta pode subir (migração placentária) e se inserir na região do fundo uterino, onde deve estar.

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23
Q

Placenta prévia: cite a classificação pelo MS.

A
  • Baixa: está localizada próxima ao colo do útero, sem atingi-lo.
  • Marginal: atinge o orifício interno do colo do útero, sem recobri-lo.
  • Completa ou centro-total: recobre totalmente o orifício interno do colo do útero.
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24
Q

Placenta prévia: cite a classificação pela FEBRASGO.

A
  • Placenta prévia: recobre totalmente ou parcialmente o orifício interno do colo uterino
  • Placenta de inserção baixa: a borda placentária está inserida no segmento inferior do útero em um raio de 2 cm do orifício interno, sem atingi-lo.
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25
Q

Placenta prévia: é mais comum em multíparas ou nulíparas?

A

É 5x mais comum em multíparas.

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26
Q

Placenta prévia: fatores de risco?

A

Parto cesárea anterior, idade materna avançada, multiparidade, cicatrizes uterinas prévias (ex.: miomectomia), curetagens anteriores, tabagismo (pode ter vasoconstrição e placenta não acha bom local para se inserir), técnicas de reprodução assistida, gemelaridade (pois há 2 placentas), história pregressa de placenta prévia.

*Em resumo: situações em que há endométrio desfavorável ou “lesionado”. Pois, o embrião busca um local com boa vascularização para inserir, enquanto ela não acha ela vai descendo e pode se inserir lá embaixo.

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27
Q

Placenta prévia: fisiopatologia?

A
  • Decidualização inadequada acaba por forçar o embrião a buscar outras regiões para implantar.
  • Em geral, a placenta se encontra no fundo uterino: mais vascularização.
  • Ocorre “nidação tardia”.
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28
Q

Placenta prévia: clínica?

A
  • Sangramento genital indolor (sempre), sem causa aparente, tem início e término súbito (gestante está bem, mas assustada), vermelho vivo (rutilante).
  • Tônus uterino normal.
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29
Q

Placenta prévia: como está a vitalidade fetal?

A

Vitalidade fetal preservada.

30
Q

Placenta prévia: como é feito o diagnóstico?

A
  • História clínica.
  • Exame especular: procurar sangramento, a quantidade, a cor.
  • Solicitar USG obstétrica p/ ver onde está a inserção placentária.
  • NÃO realizar toque vaginal, se suspeita.
31
Q

Pq é proibido fazer toque vaginal na suspeita de PP?

A

Pois se for PP eu irei descolar ela e piorar o quadro.

32
Q

Qual a alternativa de exame de imagem (se ñ for possível o USG) na suspeita de PP?

A

RNM (ñ tem radiação ionizantes e identifica acrestismo placentário).

33
Q

Placenta prévia: qual a conduta em gestações pré-termo com sangramento controlável?

A
  • Internação + Estabilização materna e fetal (gestante em repouso, faz CTG).
  • Exames laboratoriais + exames de imagem.
  • Medidas para prematuridade: corticoide.
  • Interrupção na maturidade fetal: 37 semanas (PP ñ deve passar disso).
34
Q

Placenta prévia: qual a conduta em gestante que chega com feto a termo (IG ≥ 37 semanas)?

A

Conduta é parto!

35
Q

Placenta prévia - Gestação com IG ≥ 37 semanas: qual a via de parto?

A
  • Placenta prévia completa ou centro total: resolução com cesárea programada.
  • Parto vaginal é possível desde que placenta ñ esteja em contato com orifício interno do colo uterino, bom controle de sangramento, sala cirúrgica de fácil acesso (se houver necessidade de cesárea), amniotomia precoce (p/ ocorrer insinuação fetal, comprimindo assim a borda placentária e reduzindo sangramento).
  • Em caso de suspeita de acretismo placentário: radiologia intervencionista.
36
Q

Placenta prévia: qual a conduta em gestação com feto morto?

A

Conduta é parto:

  • Placenta prévia completa ou centro total: cesárea.
  • Demais casos individualizados: pensando na estabilidade materna e futuro reprodutivo.
37
Q

Placenta prévia é indicação absoluta de cesárea?

A

PP não é indicação absoluta de cesárea, exceção à regra é a PP centro total completa. Mas na prática geralmente é feito cesárea quase sempre.

38
Q

Placenta prévia: complicações.

A
  • Apresentações anômalas: pois a placenta está onde deveria estar o polo cefálico e o feto acaba ficando pélvico ou córmico.
  • RCF, RPMO, sofrimento fetal.
  • Hemorragia do 3 e 4 períodos (região inferior ñ consegue contrair, pois é onde placenta estava ou por ter restos ovulares).
  • Acretismo placentário.
  • Mortalidade perinatal.
39
Q

Acretismo placentário: definição?

A

Placenta aderida de maneira anormal na parede uterina, com ausência parcial ou total da decídua basal e penetração patológica no útero. Está presente em 10% dos casos de PP.

40
Q

Defina placenta ACRETA.

A

Placenta irá invadir até a decídua basal e não irá dequitar completamente.

41
Q

Defina placenta INCRETA.

A

Placenta invade até o miométrio.

42
Q

Defina placenta PERCRETA.

A

Placenta invade até serosa do útero ou ainda órgãos adjacentes (principalmente bexiga e reto).

43
Q

Qual exame de imagem pedimos na suspeita de acretismo placentário?

A

USG com doppler ou RNM (mais bem visto), desde que paciente estável.

44
Q

Acretismo placentário: conduta?

A
  • Suporte (banco de sangue, UTI materna/fetal - sangra muito).
  • Programar parto entre 36-37 semanas = cesárea + histerectomia total (corpo e colo do útero).
  • Pode ser feito oclusão temporária das ilíacas internas temporariamente após o nascimento do RN, reduzindo muito o sangramento na cirurgia.
  • Se mesmo após a histerectomia, o tratamento não tiver sido completo e ainda ter restos, podemos usar o metotrexato pós-op.
45
Q

DPP x PP:

  • Início?
  • Hemorragia?
  • Sangue (cor)?
  • Sofrimento fetal?
  • Hipertonia?
  • Hipertensão?
  • Estado materno?
  • USG?
A

DPP x PP:

  • Início: Súbito e grave desde o início x Insidioso e gravidade progressiva.
  • Hemorragia: Oculta em 20%, única, dolorosa x Visível, de repetição, indolor.
  • Sangue (cor): Escuro x Rutilante.
  • Sofrimento fetal: Grave e precoce x Ausente ou tardio.
  • Hipertonia: Típica x Ausente.
  • Hipertensão: Típica x Rara.
  • Estado materno: Sinais de anemia grave ñ mantêm relação com as perdas sanguíneas externas x Sinais de anemia proporcional às perdas sanguíneas.
  • USG: Pode ser normal x Confirma o diagnóstico.
46
Q

Rotura uterina: defina.

A

É definida como uma solução de continuidade da espessura total da parede do útero e peritônio sobrejacente. Pode ocorre durante a gestação ou durante o parto (+ comum).

47
Q

Rotura uterina: “tipos”?

A
  • Completa: há total rotura da parede uterina. É sintomática e muito grave. É o clássico (que cai em prova).
  • Incompleta: o peritônio parietal permanece intacto (deiscência oculta). Paciente geralmente assintomática.
48
Q

Rotura uterina: o que aumenta sua incidência?

A

Gestantes com cicatriz uterina prévia.

49
Q

Rotura uterina: qual a principal causa de cicatriz uterina?

A

Parto cesárea. Outras: miomectomia, cirurgia para endometriose, adenomiose, etc.

50
Q

Rotura uterina: cite fatores de risco.

A
  • Cicatriz uterina prévia.
  • Miomectomias.
  • Adenomiose.
  • Acretismo placentário.
  • Manobra de Kristeller (é proscrito).
  • Malformações uterinas.
  • Doença trofoblástica gestacional.
  • Hiperdistensão uterina (polidrâmnio, macrossomia): aumenta contrações.
  • Uso inadvertido de ocitócitos.
  • Trauma abdominal.
  • DCP.
51
Q

Rotura uterina: sinais de iminência de rotura uterina?

A
  • Sinal de Bandl: distensão do segmento inferior, formando um anel entre o segmento inferior e o corpo uterino.
  • Sinal de Frommel: distensão DOS LIGAMENTOS REDONDOS.
52
Q

Rotura uterina: quadro clínico?

A

Sangramento vaginal e dor súbita e forte. Logo após, há parada das contrações. Na sequência, há ausência das batimentos cardíacos fetais e taquicardia materna profunda com hipotensão (há hemorragia intrabdominal). Ocorre subida da apresentação fetal (ele vai para dentro da cavidade abdominal) e as partes fetais são palpáveis no abdome materno.

53
Q

Rotura uterina: o que é a Síndrome de Bandl-Frommel?

A

Útero em formato de ampulheta.

54
Q

Defina:

  • Sinal de Clark.
  • Sinal de Laffont.
  • Sinal de Reasens.

Onde estão presentes?

A
  • Sinal de Clark: enfisema cutâneo, que ocorre após a rotura uterina.
  • Sinal de Laffont: dor aguda no ombro (hemorragia abdominal).
  • Sinal de Reasens: subida da apresentação.

*Presentes na rotura uterina.

55
Q

Rotura uterina: como é feito o diagnóstico?

A

Clínico.

56
Q

Rotura uterina: como é feito o tratamento?

A

Laparotomia (emergência obstétrica): parto + rafia das lesões e histerectomia.

57
Q

Rotura uterina: cite complicações maternas e fetais?

A
  • Maternas: hemorragia/choque hemorrágico, lesão de órgãos adjacentes, histerectomia, morte materna (por choque hipovolêmico, geralmente).
  • Fetais: hipóxia, acidemia, distúrbio respiratório neonatal, óbito fetal.
58
Q

Rotura de vasa prévia: definição?

A

Anomalia de inserção do funículo umbilical na placenta, na qual os vasos cruzam o segmento inferior uterino, colocando-se à frente da apresentação fetal. Correlação com inserção velamentosa do funículo umbilical.
- É rara.

59
Q

Rotura de vasa prévia: fatores de risco?

A

Fertilização in vitro, gestações gemelares, placenta de inserção baixa, inserção velamentosa do cordão, placenta sucentoriada, lobo placentário acessório.

60
Q

Rotura de vasa prévia: clínica (diagnóstico)?

A
  • Sangramento vaginal de origem fetal (rompe o vaso, sai sangue do feto – é grave, risco de morte fetal), em geral, após amniorrexe, indolor.
  • Mãe assintomática!!!!!
  • Sofrimento fetal agudo e rápido.
  • US TV e com doppler podem fechar diagnóstico.
61
Q

Rotura de vasa prévia: há risco para o feto?

A

Sim, chance de óbito fetal elevada (choque hemorrágico).

62
Q

Rotura de vasa prévia: conduta?

A

Parto de emergência (em geral, cesárea).

63
Q

O que é uma placenta sucentoriada?

A

Tem 2 lobos e no espaço entre um e outro tem membrana amniótica e vasos sanguíneos que os comunicam. Esses vasos estão protegidos só pela membrana amniótica.

64
Q

O que é uma placenta com inserção velamentosa do cordão?

A

Cordão está inserido na membrana amniótica, não centralizado, e tem vasos calibrosos que só tem a membrana amniótica como proteção.

65
Q

O que é o seio marginal?

A

É o local que circunda a placenta e representa um dos sistemas coletores do sangue venoso materno.

66
Q

Qual é o sangramento mais comum no intraparto?

A

Rotura de seio marginal.

67
Q

Rotura do seio marginal: clínica.

A

Hemorragia de pequena intensidade, indolor, que ocorre independente de esforços ou traumatismos. Tônus uterino: normal.
*É um diagnóstico de exclusão.

68
Q

Uma paciente, G3P2A0, é admitida em trabalho de parto com o seguinte exame físico: metrossístoles 3/10’/45”, BCF = 148bpm, tônus uterino normal, colo 90% apagado, 5cm dilatado e feto no plano zero de DeLee. A paciente refere diagnóstico pré-natal de inserção baixa de placenta e traz a seguinte imagem à ultrassonografia: vemos no Doppler vasos passando na frente do colo uterino.
Após 2 horas, é realizada amniotomia, imediatamente seguida por sangramento vaginal moderado. Ao exame, apresentou metrossístoles 4/10’/45”, tônus uterino normal, BCF = 80bpm, colo 100% apagado, 7cm dilatado e feto no plano zero de DeLee. De acordo com o caso, a principal hipótese diagnóstica é:
a) Descolamento prematuro de placenta.
b) Placenta prévia.
c) Rotura uterina.
d) Rotura de vasa prévia.

A

d) Rotura de vasa prévia. – Sofrimento fetal (logo após o sangramento vaginal), o tônus uterino está normal e a paciente continuou tendo contrações, isso diferencia os sangramentos da 2ª metade.

69
Q

Uma gestante de 38 anos, G4P3 (3 partos normais), fumante, em trabalho de parto, apresenta sangramento vaginal importante. Após amniotomia, percebe-se hemoâmnio. O tônus uterino e a frequência cardíaca fetal não se alteraram em momento algum. No cartão de pré-natal, consta registro de ultrassonografia realizada no 2º trimestre com placenta de inserção corpórea posterior. Ao realizar a cesárea, o achado mais provável pelo quadro exposto é de:

a) Rotura do seio marginal.
b) Placenta prévia.
c) Placenta acreta.
d) Rotura de vasa prévia.

A

a) Rotura do seio marginal. – Tônus uterino está normal, vitalidade fetal preservada, placenta está normoinserida (corpo do útero).

70
Q

Na suspeita de DPP, cite um teste imprescindível antes da realização da cesariana.

A

Teste do coágulo (teste de Weiner): é mais rápido (DPP é FR para CIVD). Coleta-se cerca de 10 ml de sangue em tubo de ensaio seco e após 7-10 min deverá ser observada a formação de um coágulo rígido, caso contrário a coagulopatia está instalada. Assim, saberemos se há possibilidade de anestesia regional ou necessidade de anestesia geral para realização de cesariana de emergência.