Hérnias de parede abdominal Flashcards

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1
Q

O que é hérnia?

A

Protrusão de um órgão ou de seu revestimento através da parede ou da cavidade que deveria contê-la.

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2
Q

Cite alguns tipos de hérnia.

A

Hérnia epigástrica, hérnia umbilical, hérnia inguinal, hérnia femoral, hérnia incisional, hérnia lateral.

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Q

Qual o tipo de hérnia mais comum?

A

Hérnia inguinal.

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4
Q

Hérnia inguinal: qual lado é mais comum?

A

Direito.

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5
Q

Hérnia inguinal: mais comum em que sexo e idade?

A

Mais comum em homens e aumenta a incidência com idade.

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6
Q

Hérnia inguinal: quais os 2 tipos? Qual é mais comum?

A

Direta e indireta (que é a mais comum).

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7
Q

Hérnia inguinal indireta:

  • Relação com vasos epigástricos?
  • Pq ocorrem?
  • Mais comum em crianças ou adultos?
A
  • Hérnias que incidem lateralmente aos vasos epigástricos.
  • Vem do canal inguinal profundo, decorrem do retardo do fechamento do processo vaginal (passam dentro do funículo espermático), são congênitas.
  • Mais comum em crianças.
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8
Q

Hérnia inguinal direta:

  • Relação com vasos epigástricos?
  • Pq ocorrem?
  • Mais comum em crianças ou adultos?
A
  • Hérnias que incidem medialmente aos vasos epigástricos (ocorrem DENTRO do triângulo de Hasselbach, ocorre por fraqueza da parede posterior (fáscia transversalis), são adquiridas).
  • Mais comum em adultos.
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9
Q

O canal inguinal segue acima e paralelo ao ligamento inguinal, ele tem início no anel inguinal profundo/interno e termina no anel inguinal superficial/externo. Por onde saem o anel inguinal interno e externo?

A
  • Anel interno: sai pela fáscia transversalis e constitui o assoalho do canal inguinal.
  • Anel externo: abertura na aponeurose do músculo oblíquo externo.
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10
Q

Cite os limites do canal inguinal:

  • Teto ou anterior?
  • Assoalho ou posterior?
  • Borda superior?
  • Borda inferior?
A
  • Teto ou anterior: aponeurose do m. oblíquo externo.
  • Assoalho ou posterior: fáscia transversalis.
  • Borda superior: tendão conjunto.
  • Borda inferior: ligamento inguinal.
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11
Q

O que é o tendão conjunto?

A

É o conjunto do músculo transverso com o músculo oblíquo interno e externo -> todos se inserem na aponeurose do m. oblíquo externo formando o tendão conjunto, que se insere no púbis. *Obs.: as fibras do m. oblíquo interno formam o músculo cremastérico (que envelopa o funículo espermático).

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12
Q

Qual o conteúdo do canal inguinal no homem e nas mulheres?

A
  • Homem – Funículo espermático.

- Mulheres – Ligamento redondo.

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13
Q

Quais os componentes do funículo espermático?

A

Ramo genital do nervo genitofemoral, artéria testicular, veias do plexo pampiniforme, ducto deferente, músculo cremaster.

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14
Q

Qual é a região de maior fraqueza da fáscia transversalis?

A

Triângulo de Hasselbach.

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15
Q

Quais os limites do triângulo de Hasselbach?

A
  • Vasos epigástricos inferiores (súperolateral).
  • Borda lateral do músculo reto abdominal (medialmente).
  • Ligamento inguinal (inferiormente).
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16
Q

Onde está o canal femoral?

A

Abaixo do ligamento inguinal, temos o canal femoral (por onde passa nervo, artéria e veia), onde se forma a hérnia femoral.

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17
Q

Cite os fatores de risco das hérnias congênitas.

A
  • Persistência do processo vaginal (conduto peritoneovaginal).
  • Prematuridade e baixo peso.
  • Deficiências de colágeno (Marfan, Ehlers-Danlos, Hunter).
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18
Q

Cite os fatores de risco das hérnias adquiridas.

A
  • Alterações do colágeno: tabagismo e idade avançada.

- Aumento repetitivo de P. intra-abdominal: prostatismo, DPOC, neoplasia intra-abdominal constipação, ascite, obesidade.

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19
Q

Explique o mecanismo da formação da hérnia inguinal indireta por persistência do conduto peritoneovaginal.

A

Na descida do testículo pelo canal vaginal, deixa esse conduto que se não se fechar, com o aumento da pressão intra-abdominal irá dilatar = hérnia indireta. Mais comum nas crianças, mas é o mesmo mecanismo nos adultos, com manifestação sendo mais tardia. *Obs.: nas mulheres = há o ligamento redondo que corresponde ao conduto do peritônio vaginal, por onde pode ter hérnia, mais raro.

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20
Q

Diagnóstico de hérnias: história clínica?

A

Pode ser assintomático ou apresentar abaulamento ou tumefação redutível, dor, desconforto ou peso na virilha, relação com esforço físico, tumefação fixa = suspeitar de hérnia encarcerada, parestesias, dor irradiada etc.
*Sinais de complicação: obstrução, isquemia, perfuração.

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21
Q

Diagnóstico de hérnias: como é feito o exame físico? Como diferenciar hérnia inguinal direta de indireta?

A
  • Paciente em pé, faz manobra de Valsalva ou tosse forçada e vemos abaulamento na região inguinal ou femoral.
  • No homem, com o paciente em pé, iremos introduzir dedo através da bolsa escrota no canal inguinal até encontrarmos a abertura do anel inguinal externo e pedimos para fazer Valsalva, podendo sentir abaulamento na ponta do meu dedo = o que indica hérnia inguinal indireta (está vindo direto do canal inguinal profundo); ou sentir abaulamento na lateral do meu dedo = indica hérnia inguinal direta.
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22
Q

Como definimos hérnia encarcerada? O que pode ocorrer se ñ tratarmos?

A

Quando o conteúdo herniado não é passível de redução espontânea ou manual = hérnia encarcerada. Se não tratar, pode haver sofrimento vascular e a hérnia ficar estrangulada, causando dor intensa (emergência).

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23
Q

Cite diagnósticos diferenciais de hérnia inguinal.

A

Neoplasias benignas e malignas (lipoma), linfonodos, hidrocele, orquite, torção de testículo, varicocele.

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24
Q

Cite a classificação de NYHUS.

A
  • I – Indireta sem alargamento de anel.
  • II – Indireta com alargamento de anel.
  • III – Defeitos da parede posterior:
    • A: Direta.
    • B: Indireta com dilatação do anel inguinal profundo e destruição da parede posterior medialmente – escrotal, deslizamento ou pantalona.
    • C: Hérnia femoral.
  • IV – Recidivadas:
    • A: Direta.
    • B: Indireta.
    • C: Femoral.
    • D: Combinada.
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25
Q

Quando podemos realizar tratamento não operatório das hérnias?

A
  • Para hérnias inguinais pequenas e assintomáticas, que são um achado de exame. Conduta expectante.
  • Presença de condições clínicas proibitivas (que não tem condições para operar).
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26
Q

Qual é o tratamento definitivo de hérnia? Qual o objetivo?

A

Cirúrgico.

  • Visa restabelecer a anatomia da região inguinal após a correção da hérnia.
  • Tratamento é o mesmo para hérnia direta e indireta.
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27
Q

Quais as vias possíveis para correção cirúrgica de hérnia?

A

Convencional (aberta) x Laparoscópica.

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28
Q

Cite as técnicas:

  • Convencionais (abertas).
  • Laparoscópicas.
A

1) Técnicas abertas (convencionais):
a) Sem tela: Shouldice, McVay, Bassini, outras.
b) Com tela: Lichtenstein, Rives-Stoppa, outras variações.
2) Técnicas endoscópicas com tela: Extraperitoneal (TEP), transperitoneal (TAPP) e robótica.

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29
Q

Paciente que chega com hérnia estrangulada, avaliar:

  • Se a complicação é localizada: devemos fazer _____.
  • Se há peritonite generalizada: devemos fazer _______.
A
  • Inguinotomia.

- Laparotomia mediana.

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30
Q

Comente os tempos operatórios básicos.

A

Inguinotomia (abrir região inguinal), se ao chegar no canal inguinal tiver um abaulamento no assoalho do canal inguinal (fáscia transversalis) temos uma hérnia direta; já se encontrar um saco herniário junto com o funículo teremos uma hérnia indireta. Devemos então explorar o saco herniário e reduzir o conteúdo e depois suturar.

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31
Q

Qual é a técnica padrão-ouro na correção de hérnias inguinais?

A

Lichtenstein.

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32
Q

Qual é a melhor técnica sem tela e pq?

A

Shouldice.

- Pois causa menos recidiva.

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33
Q

Técnica de Shouldice: como é feita?

A

É feita abertura da fáscia transversalis do anel inguinal interno até o púbis e realiza 4 linhas de suturas contínuas (embricamento), formando uma sobreposição das camadas, criando um reforço da musculatura na região. É importante fazer incisões relaxadoras para diminuir a tensão. Usa anestesia local.

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34
Q

Técnica de McVay: como é feita?

A

Abre-se a fáscia transversal e identifica-se o ligamento de Cooper abaixo do ligamento inguinal. Sutura interrompida entre a borda superior da fáscia transversal e o tendão conjunto ao Cooper. Cuidado com a lesão vascular femoral.
*Repara hérnias inguinais e femorais ao mesmo tempo.

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35
Q

Técnica de Bassini: como é feita?

A

Aproximação primária (sutura) entre tendão conjunto e a borda do m. transverso com o ligamento inguinal. Não é mais usada, é uma técnica com muita recidiva.

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36
Q

Técnica de Lichtenstein: cite suas vantagens.

A

Técnica livre de tensão, menor recidiva (< 1%), menos dor e desconforto, tem boa reprodutibilidade.

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37
Q

Técnica de Lichtenstein: como é feita?

A

Usa-se tela de polipropileno (inabsorvível), que gera reação fibrótica (fibroplasia – gera um endurecimento normal na região) e se integra ao tecido, formando reforço da parede posterior. É realizada uma incisão na tela (“gravata”), criando-se novo anel inguinal interno com a tela e criando um reforço para o canal inguinal.

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38
Q

Técnica de Rives-Stoppa: como é feita?

A

Coloca uma tela por via extraperitoneal que cobre o anel inguinal, o trígono de Hasselbach e o canal femoral. Indicada em hérnias inguinais bilaterais e/ou recidivadas.
*Tem também a técnica de Rives que a tela cobre unilateralmente.

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39
Q

Tratamento laparoscópico das hérnias: cite pontos positivos.

A

Alta precoce, rápido retorno ao trabalho, rápido retorno às atividades esportivas, menos dor, menos complicações da ferida operatória, menos lesões de nervos. É boa para paciente que apresenta recidiva e para hérnias bilaterais.

40
Q

Tratamento laparoscópico das hérnias: cite pontos negativos.

A

Tempo cirúrgico prolongado, precisa de anestesia geral, viola a cavidade peritoneal (TAPP > TEP), requer curva de aprendizado, tem maior custo hospitalar e maior recidiva.

41
Q

TEP – Totalmente extraperitoneal: como é?

A

Dissecção rápida, menor risco de lesão intracavitária, espaço limitado e requer familiaridade com anatomia.

42
Q

TAPP – Transabdominal pré-peritoneal: como é?

A
  • Invade a cavidade peritoneal.
  • Complicações do pneumoperitônio.
  • Requer menor curva de aprendizado.
43
Q

Como é feita a correção de hérnias em crianças?

A

Redução seguida de fechamento do conduto peritoneovaginal costuma ser suficiente (não sendo necessário reforço da parede posterior).

44
Q

Qual a 1ª e 2ª complicação mais comum da hernioplastia inguinal?

A
  • Seroma é a mais comum.

- Orquite isquêmica é a 2ª mais comum. *Surge 2-5 dias após a cirurgia.

45
Q

Cite outras complicações além de seroma e orquite isquêmica da hernioplastia inguinal.

A
  • Hematoma, infecção, reação de corpo estranho (tela).
  • Lesões nervosas.
  • Aderências com a tela (abscesso abdominal).
  • Dor crônica.
  • Recidiva da hérnia.
46
Q

Hernioplastias com tela tem indicação de ATB profilático?

A

Sim.

47
Q

Para onde se projeta a hérnia femoral?

A

Projeção do saco herniário pelo trígono femoral, abaixo do ligamento inguinal.

48
Q

Hérnia femoral é mais comum em que sexo? Que lado? Uni ou bilaterais?

A

Mais comum no sexo feminino (porém, as hérnias mais comuns nas mulheres são as inguinais indiretas), 90% são unilaterais, à direita.

49
Q

Hérnia femoral: quadro clínico?

A

Semelhante ao da hérnica inguinal.

50
Q

Hérnia femoral: qual a técnica cirúrgica usada?

A

Cirúrgico.

- Técnica de McVay: principal. Sutura o tendão conjunto ao ligamento de Cooper após a abertura da fáscia transversalis.

51
Q

A técnica de Lichtenstein tem < 1% de recidiva. Qual a principal causa de recidiva nesta técnica?

A

Defeito técnico na fixação da tela no púbis, medialmente (a tela deve encobrir o púbis e não ser curta).

52
Q

O emprego de telas de baixa gramatura (mais leves) é recomendado em que situação e pq?

A

Nas herniorrafias abertas, pois reduzem dor pós-op e período de convalescença.

53
Q

Recidiva precoce ocorre, em geral, porque?

A

Devido a erro técnico.

54
Q

Cite os possíveis nervos lesados em reparo aberto de hérnia e suas queixas.

A
  • N. ílio-inguinal: lesão gera ausência de reflexo cremastérico e anestesia na parte medial da coxa e raiz do pênis.
  • N. ílio-hipogástrico: queixa na região púbica.
  • Ramo genital do n. genitofemoral: queixa na região escrotal.
  • Ramo femoral do n. genitofemoral: supre pele das regiões superior, anterior e medial da coxa.
55
Q

Cite os possíveis nervos lesados em reparo laparoscópico de hérnia e suas queixas.

A

N. cutâneo femoral lateral: manifesta-se com parestesia na região lateral da coxa.

56
Q

Como classificamos a cirurgia para hérnia inguinal, de acordo com grau de contaminação?

A

Cirurgia limpa.

57
Q

Cite os materiais das telas.

A
  • Inabsorvíveis: polipropileno, polipropileno + poliglactina e polidaxona.
  • Absorvíveis: naturais = de dura-máter, membrana amniótica e pericárdio bovino ou sintéticas = Vicryl.
58
Q

Quais as vantagens no uso de telas macroporosas?

A

Telas macroporosas minimizam o risco de infecção da prótese (favorece migração de macrófagos, proliferação de fibroblastos e neovascularização) e boa incorporação.

59
Q

Hérnias estranguladas: qual tipo de hérnia é mais comum? E qual tipo de hérnia tem a maior taxa de estrangulamento?

A

A maior parte das hérnias estranguladas são: hérnias inguinais (porque têm mais!). Mas as hérnias femorais são as que têm maior taxa de estrangulamento (15 a 20%). Cuidado com pegadinha.

60
Q

Cite os componentes da hérnia?

A
  • Anel herniário.
  • Saco herniário: revestimento do peritônio na maioria das vezes.
  • Conteúdo herniário: intestino, por exemplo.
61
Q

O que é hérnia de deslizamento?

A

A víscera herniada forma parte da parede do saco.

62
Q

Quando solicitar exame de imagem na suspeita de hérnia? Quais são?

A

Exame de imagem (USG) é solicitado em casos específicos (dúvida diagnóstica, etc). Outros raros de solicitar: TC, herniografia, cistografia, transito intestinal.

63
Q

Classificação das hérnias em:

1) Redutível.
2) Encarcerada: sinais e conduta?
3) Estrangulada: sinais e conduta?

A

1) Redutível.
2) Encarcerada: hérnia está presa, é irredutível.
- Sinais de obstrução.
- Encaminhar para cirurgia de urgência.
3) Estrangulada: hérnia encarcerada com sofrimento vascular.
- Pele sensível, quente, eritema, febre, hipotensão, leucocitose.
- Encaminhar para cirurgia imediata.

64
Q

Cite orientações no pós-op das hérnias.

A
  • Restrição para atividade física: não há consenso sobre o tempo necessário e intensidade. Em média = 40 dias.
  • Há retorno mais precoce das atividades com uso de telas.
  • Cuidados com a ferida operatória.
  • Uso de faixas ou cintas NÃO reduz recidiva ou complicações.
  • Compensar condições clínicas.
65
Q

Hérnia umbilical: fatores associados?

A

Obesidade, gestação, ascite, trauma, etc. Tem complacência maior e, com isso, flacidez.

66
Q

Hérnia umbilical: mais comum em homens ou mulheres?

A

Mulheres > homens (3:1).

67
Q

Hérnia umbilical: patogenia em crianças?

A

Persistência do anel umbilical, sem fechamento de sua camada aponeurótica, com protrusão anormal do peritônio e da pele em função de um tecido adiposo pré-peritoneal, intestino ou grande omento.
*Até 3 anos = congênita.

68
Q

Hérnia umbilical: patogenia em adultos?

A

Podem ser hérnias adquiridas ou congênitas não tratadas. FR: obesidade, gravidez, trauma, ascite, etc. Mais comum em mulheres e negros.

69
Q

Hérnia umbilical: tratamento em adultos?

A

1) Hérnias pequenas (< 1 cm) e assintomáticas: conduta expectante (podem não precisar de cirurgia).
2) Hérnias maiores (> 1 cm), sintomáticas, encarceradas: cirurgia.
a) 1-2cm = sutura primária.
b) > 2cm = colocação de tela.

70
Q

Hérnia umbilical: tratamento em crianças?

A

1) Anel < 1,5 cm: fecha espontaneamente em 85% dos casos até os 3 anos e 96% dos casos até os 6 anos. Conduta = aguardar até 6 anos. Se persistir após isso = operar.
2) Anel > 1,5 cm: operar. Geralmente são concomitantes com hérnia inguinal (15%).
3) Hérnia umbilical + inguinal = operar ao mesmo tempo.

71
Q

Hérnia epigástrica: mais comum em H ou M? localização?

A
  • Mais comum em homens.

- Ocorre na linha média entre o xifoide e cicatriz umbilical. *20% são múltiplas.

72
Q

Hérnia epigástrica: clínica?

A

Assintomático ou dor acima do umbigo, massa pequena, maciça e redutível (dor desproporcional ao tamanho, em virtude do encarceramento da gordura pré-peritoneal).

73
Q

Hérnia epigástrica: conteúdo?

A

Maioria com falhas pequenas e conteúdo pré-peritoneal. O conteúdo mais herniado é a gordura pré-peritoneal.

74
Q

Hérnia epigástrica: conduta?

A

Geralmente são pequenas e não requerem uso de tela, o fechamento é primário.
- Conduta: isolamento do saco, redução ou resseção e sutura primária.

75
Q

Hérnias ventrais incisionais: em quais incisões ocorrem? Cite a mais comum.

A

Pode ocorrer em qualquer incisão abdominal (10 a 15% de todas as laparotomias desenvolvem hérnia incisional):

  • Incisão mediana = 10%.
  • Incisão transversal = 7%.
  • Incisão paramediana = 2,5%.
  • Laparoscopia: também pode gerar hérnia, as incisões dos trocartes > 10mm tem que ser fechadas por sutura.
76
Q

Hérnias ventrais incisionais: como prevenir?

A

1) Técnica de fechamento: evitar tensão.
2) Prevenção de complicações de ferida: cuidado com ferida (evitar seroma, infecção), uso de dreno se for cirurgia grande.
3) Identificar grupo de risco.

77
Q

Hérnias ventrais incisionais: cite os grupos de risco.

A

Infecção de sítio cirúrgico, hematoma, desnutrição, obesidade, diabetes, corticoides e quimioterápicos (atrapalham cicatrização), ascite (aumento da pressão intra-abdominal, extravasamento de líquido na sutura), diálise peritoneal, idade avançada (colágeno e cicatrização deficiente), tensão, esforço no PO (prostatismo, tosse), tabagismo.

78
Q

Hérnias ventrais incisionais - Comente sobre os graus da Classificação proposta pela Ventral Hernia Working Group (recorrência de hérnias).

A
  • Grau 1 = baixo risco para desenvolver hérnia. Paciente sem comorbidades ou complicações.
  • Grau 2 = moderado risco (tabagista, obeso, DPOC, DM, infecção de ferida).
  • Grau 3 = alto risco, já tem contaminação.
79
Q

Hérnias ventrais incisionais: cite as medidas que devemos tomar para o pcte com risco de recorrência de hérnia.

A
  • Redução de peso.
  • Cessação do tabagismo: orientar cessar pelo menos 30 dias antes, pois ajuda na cicatrização.
  • Controle cardiopatia e pneumopatia: compensar paciente. Tosse e etc atrapalham na cicatrização.
  • Controle diabetes (HbA1): auxilia na cicatrização pós-operatória.
  • Orientação quanto aos riscos.
80
Q

Hérnias ventrais incisionais: o que é “perda de domicílio” do conteúdo herniário e suas complicações?

A

Hérnia volumosa que não conseguimos reduzir. As vísceras passam pelo anel herniário e o conteúdo herniário torna-se domicílio dessas vísceras (que ficam na cavidade abdominal), pois não conseguimos retorná-lo. Isso é ruim, pois ao tentar reduzir esse conteúdo para a cavidade abdominal e fechar a falha da anatômica podemos gerar aumento da pressão intra-abdominal, gerando a síndrome compartimental abdominal, reduzindo assim o retorno venoso e a filtração renal, acarretando consequências graves no pós-operatório. Pode evoluir também com restrição respiratório.

81
Q

Tratamento das hérnias incisionais?

A

Herniorrafia com tela é o método de escolha (mesmo para as pequenas).

82
Q

Hérnias incisionais: cite as formas de colocar a tela (camadas).

A

1) Tela Onlay: é a tela que fica sobre (acima) a musculatura e abaixo do subcutâneo. Complicações: seroma, há mais contato com subcutâneo, risco de infecção é maior.
2) Tela Underlay: é a tela que fica abaixo da musculatura (posterior aos músculos retos abdominal).
3) Tela intraperitoneal: o problema é que a tela, que tem o mecanismo de fazer reação de inflamação e cicatrização, fica em contato com as alças e, as alças podem grudar na tela e formar fístulas e aderências. Para essas situações (quais) precisamos de telas especiais. – NÃO SEI SE ISSO É DAQUI DO “INTRAPERITONEAL”.
4) Tela pré-peritoneal.
5) Tela em ponte: ideal que NÃO seja feita.
6) Tela por laparoscopia.

83
Q

Cite um tratamento proposto para hérnias volumosas (com perda de domicílio).

A

Pneumoperitônio progressivo: o intuito é distender a cavidade abdominal, deixando-a mais complacente para receber as vísceras de volta, para fazer correção da hérnia depois. *Isso não é um tratamento consensual, mas é bom saber que existe.

84
Q

Hérnia de spiegel (Hérnia “lateral”): localização?

A

Ocorre entre a borda lateral do músculo reto e linha semilunar.

85
Q

Hérnia de spiegel (Hérnia “lateral”): pq ocorre?

A

O músculo transverso se insere de forma anômala (horizontalizado) na bainha do m. reto abdominal e hérnia ocorre entre a linha semilunar e a borda lateral do músculo reto.

86
Q

Hérnias pélvicas: por onde passa a hérnia obturadora? Qual o sinal patognômonico?

A

Hérnia passa pelo orifício obturatório. É difícil diagnosticar.
- Sinal de Howship-Romberg: dor na face medial da coxa por compressão do nervo obturatório.

87
Q

Hérnias pélvicas: hérnias perineais são mais comuns em quem?

A

Mais comum em mulheres, idosas e multíparas, além daquelas submetidas a cirurgias pélvicas extensas. Ocorre por falha do assoalho pélvico.

88
Q

Hérnias pélvicas: hérnia ciática ocorre aonde?

A

Ocorre pelos forames ciáticos maior e menor.

89
Q

Hérnias lombares: quais são?

A

a. Hérnia de Grynfelt:
- Ocorre no trígono lombar superior.
- Abaixo da 12ª costela, musculatura paravertebral, músculo oblíquo interno.
b. Hérnia de Petit:
- Trígono lombar inferior.
- Acima da crista ilíaca, músculo oblíquo externo e músculo latíssimo dorsal.

90
Q

Hérnia de Richter: defina.

A

Pode ocorrer em qualquer região. A porção da borda antimesentérica do intestino é apreendida dentro da hérnia e pode estrangular, sem obstruir.

91
Q

Hérnia de Litreé: defina.

A

Contém um divertículo de Meckel no saco herniário.

92
Q

Hérnia de Amyand: defina.

A

Apendicite em hérnia inguinal. Presença do apêndice dentro do saco herniário, podendo ter apendicite ou não.

93
Q

Hérnia de Garangeot: defina.

A

Semelhante a de Amyand, mas é apêndice em hérnia FEMORAL.

94
Q

Hérnia de Cooper: defina.

A

Femoral que continua até o saco escrotal ou grandes lábios.

95
Q

Paciente do sexo feminino, idosa, DPOC e usuária de anticoagulante por FA, evolui subitamente com massa dolorosa em flanco esquerdo. Na TC visualizamos imagem hiperdensa em parede abdominal, próxima a bainha do reto abdominal. Paciente está estável hemodinamicamente, sem sinais infecciosos. Qual o diagnóstico e conduta?

A

Hematoma espontâneo de reto abdominal.
- Conduta: observação clínica, com analgesia, hidratação volêmica e suspensão do anticoagulante. Se paciente evoluir com instabilidade hemodinâmica ou suspeita de hematoma infectado, iremos indicar drenagem cirúrgica.