Dislipidemia Flashcards

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1
Q

O que é aterosclerose e ateroma?

A

É uma doença inflamatória crônica de origem multifatorial que ocorre em resposta à agressão endotelial.
Ateroma é a placa de gordura.

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Q

Quais fatores de risco que levam a agressão endotelial?

A

Dislipidemia, HAS, tabagismo.

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3
Q

Aterosclerose acomete mais qual camada/artérias?

A

Camada íntima de artéria de médio e grande calibre.

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4
Q

Como são chamadas as lesões iniciais da aterosclerose e em que fase da vida iniciam?

A

Estrias gordurosas (acúmulo de colesterol em macrófagos), se formam na infância.

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5
Q

O que ocorre após a agressão endotelial?

A

Isso leva à disfunção endotelial com aumento da permeabilidade de íntimas as lipoproteínas plasmáticas. LDL sofre oxidação, surgindo tb moléculas de adesão leucocitária que atraem monócitos e linfócitos.
Monócitos se diferenciam em macrófagos que captam LDLs oxidadas = células espumosas, além de secretar citocinas (aumentam inflamação) e enzimas proteolíticas (degradam colágeno) que ajudam na progressão da placa aterosclerótica -> ela cresce em direção à adventícia e ao crescer 40% do diâmetro não tem mais como crescer p/ esse lado e começa a crescer pra dentro da luz do vaso → gerando “entupimento do vaso” → inicia-se o turbilhonamento do sangue, pois o espaço da luz do vaso fica muito reduzida. Conforme o grau de liberação de enzimas proteolíticas pelos linfócitos vão aumentando a “capa” da placa torna-se cada vez mais fina (↓colágeno). → Em um pico pressórico, o sangue vem com força e atinge a placa “mole” → rompendo a placa → resultando em trombose da placa aterosclerótica = evento isquêmico (IAM).

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6
Q

O que são as células espumosas?

A

Quando os macrófagos fagocitam LDL. São o principal componente das estrias gordurosas.

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7
Q

Defina placa estável de colesterol

A

Predomínio de colágeno, organizado em capa fibrosa espessa, escassas células inflamatórias e núcleo lipídico e necrótico de proporções menores.

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8
Q

Defina placa instável de colestrol

A

Atividade inflamatória intensa, grande atividade proteolítica, núcleo lipídico e necrótico proeminentes e capa fibrótica tênue.

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9
Q

O que é aterotrombose?

A

Quando ocorre ruptura da capa da placa instável, expondo lipídeos altamente trombogênico quando em contato com sangue, levando a formação de trombo. Além de que a ruptura da placa expõe colágeno e o fator tecidual, que ativa via plaquetária + sistema de coagulação.

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10
Q

Quais são as lipoproteínas e porque são formadas?

A

São formadas pois os lipídeos são hidrofóbicos, logo, se ligam às apoproteínas para circularem no plasma.
São elas: Quilomícrons, VLDL, IDL, LDL, HDL.
Quilomícrons e VLDL são ricas em TGs. LDL tem mais esteres de colesterol.
HDL: tem mais proteína.

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11
Q

Quais os ciclos do metabolismo dos lipídeos? O que é transporte reverso:

A

Ciclo exógeno (via intestinal): AG e Col da dieta -> AG+glicerol = TGs -> TGs+Col+Apoproteínas = Quilomícron -> cai no plasma e é degrado pela LPL em AG q vai p/ tecido adiposo (estoque) e muscular (consumido p/ energia), sobrando remanescentes (q se ligam a apolipoproteínas) -> q vão p/ fígado p/ produção de VLDL.
Ciclo endógeno (via hepática): remanescentes são usados p/ síntese de VLDL (tem mais TG), q vai p/ plasma e é degrado pela LPL em VLDL remanescente -> parte vai p/ formação de HDL e parte é degradado pela LPL (perde TG, ficando com mais colesterol) virando IDL q logo retorna ao fígado e sofre ação da HPL virando LDL (tem mt mais colesterol do q TG). LDL fornece colesterol p/ síntese de hormônios esteroides, formação de membrana, etc.
- No fígado, o LDL entra nos hepatócitos pelo LDLR (q entra junto no hepatócito com a proteína PCSK9 q diminui a densidade do LDLR na superfície dos hepatócitos, diminuindo assim a remoção de partículas do LDL e aumentando o LDL-c, por isso temos a medicação inibidora da PCSK9).
- Transporte reverso: HDL faz o transporte reverso do colesterol dos tecidos periféricos para o fígado, removendo excesso de colesterol.

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12
Q

Causas primárias de dislipidemia

A

Hipercolesterolemia familiar.

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13
Q

Causas secundárias de dislipidemia

A
  • Secundária a doenças: IRC – SD nefrótica, obesidade, hipotireoidismo, DM tipo II, anorexia, etilismo, hepatopatia crônica.
  • Secundária a medicamentos: diuréticos, corticoides, anabolizantes, betabloqueadores, anticoncepcionais, inibidores de protease (HIV), ciclosporina.
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14
Q

Classificação laboratorial das dislipidemias primárias

A
  1. Hipercolesterolemia isolada: aumento ISOLADO de LDL-c (LDL ≥ 160 mg/dl).
  2. Hipertrigliceridemia isolada: aumento isolado de TG (TG ≥ 150 mg/dl em jejum ou ≥ 175 mg/dl sem jejum).
  3. Hiperlipidemia mista: aumento de LDL-c (LDL ≥ 160 mg/dl) e dos TG (TG ≥ 150 em jejum ou ≥ 175 mg/dl sem jejum). Se TG ≥ 400 mg/dl, a fórmula de Friedewald p/ LDL-c é inadequado, considerar hiperlipidemia mista quando Col total ≥ 200 mg/dl.
  4. HDL-c baixo: redução isolada do HDL-c (Homens < 40 e mulheres < 50 mg/dl) ou em associação com aumento do LDL ou de TG.
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15
Q

Quando é indicado rastreamento com dosagem de lipídeos?

A

Homens: a partir dos 35 anos e Mulheres: a partir dos 45 anos.

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16
Q

Perfil lipídico tem que ser dosado em jejum?

A
  • TG sim, pois altera com a dieta (se TG > 440 sem jejum = repetir com jejum de 12h).
  • Colesterol total, HDL, LDL e não-HDL não sofrem influência do estado alimentar.
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17
Q

Como e pq é feito o cálculo de Não-HDLc?

A
  • Não-HDLc = CT – HDLc. Estima partículas aterogênicas circulantes no plasma (associadas a > risco de DAC).
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18
Q

Fórmula de Friedewald

A
  • LDLc = CT - HDLc - TG/5.

* É impreciso quando TG > 400, hepatopatia colestática crônica, DM ou SD nefrótica. Dosar LDLc direto.

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19
Q

Quando dosar Lp(a)?

A

Estratificação de risco da hipercolesterolemia familiar ou DAC prematura.

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20
Q

Sequência geral de objetivos no manejo da dislipidemia

A

Objetivo primário é controle do LDC-c, seguido de atingir a meta do HDL-c, e depois controle dos TGs (mas se TGs > 500 mg/dl, controla-lo primeiro pelo risco de pancreatite secundária a hipertrigliceridemia).

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21
Q

MEMORIZE: relação de CT/HDL/TG com doenças e medicamentos

A

Foto!

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22
Q

Risco cardiovascular muito alto - Definição e meta terapêutica

A

Doença aterosclerótica; obstrução arterial ≥ 50%.

Meta terapêutica do LDL: < 50 mg/dl ; Não-HDL: < 80 mg/dl.

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23
Q

Risco cardiovascular alto - Definição e meta terapêutica

A

ERG (H) ≥ 20% ou 10% (M) + LDL-c entre 70-189 mg/dl. Aterosclerose subclínica; aneurisma de aorta abdominal; DRC (TFG < 60 ml/min); DM 1 ou 2 + fatores de risco*; LDCc ≥ 190 mg/dl.
Meta terapêutica do LDL: < 70 mg/dl ; Não-HDL: < 100 mg/dl.

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24
Q

Risco cardiovascular intermediário - Definição e meta terapêutica

A

ERG 5-20% (homem) ou 5-10% (mulher) + LDLc 70-189 mg/dl, DM 1 ou 2 sem critérios de alto risco.
Meta terapêutica do LDL: < 100 ; Não-HDL: < 130 mg/dl.

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25
Q

Risco cardiovascular baixo - Definição e meta terapêutica

A

ERG < 5% (H ou M) + LDLc entre 70-189 mg/dl.

Meta terapêutica do LDL: < 130 ; Não-HDL: < 160 mg/dl.

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26
Q

Metas terapêuticas do CT, HDL-c e TG

A

CT: < 190 mg/dl.
HDL-c: > 40 mg/dl.
TG> < 150 mg/dl com jejum e < 175 mg/dl sem jejum.

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27
Q

Quanto deve reduzir de LDL-c no paciente sem uso de estatina?

A
  • Muito alto e alto: redução de > 50%.
  • Intermediário: redução entre 30-50%.
  • Baixo: redução > 30%.
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28
Q

Fatores de risco no DM p/ estratificação de risco

A

Idade ≥ 48 anos (H) e ≥ 54 anos (M); DM ≥ 10 anos; HAS, SM, história familiar de cardiopatia prematura, microalbuminúria ou TFG < 60 ml/min; retinopatia, tabagismo.

29
Q

Critérios de aterosclerose subclínica.

A

Escore de cálcio (CAC) > 100; ITB < 0,9 e/ou placas na carótida e na angioTC de coronárias.

30
Q

Tratamento não medicamentoso - Dislipidemia

A
  • Dieta: excluir ácidos graxos trans, reduzir ácidos graxos saturados e substituir por ácidos graxos mono ou poli-insaturados, redução de acúcares, consumir
    ≥ 2 porções/semana de peixe ricos em EPA e DHA (Ômega 3).
  • Atividade física: 3-6x/semana, de 30-60 minutos.
  • Reduzir ingesta de álcool.
  • Cessar tabagismo (pode usar terapia de reposição de nicotina com goma ou patch, bupropiona ou vareniclina).
  • Perda de peso.
31
Q

Quando iniciar tto n medicamentoso p/ risco mt alto e alto?

A

Iniciar MEV concomitantemente com medicamentos

32
Q

Quando iniciar tto n medicamentoso p/ risco intermediario e baixo?

A

Iniciar com MEV por 3-6m e em 2ª etapa acrescentar medicamentos.

33
Q

Qual a droga de escolha no tto de dislipidemia?

A

Estatinas.

34
Q

Como atuam as estatinas?

A
São inibidores da HMG-CoA redutase que leva à depleção de colesterol intracelular -> reduz síntese hepática de colesterol e estimula a expressão de receptores de LDL (LDLR) na membrana celular que captam o colesterol circulantes p/ fígado.
Reduz LDL (20-60%) e TG, aumenta HDL (5-10%).
35
Q

Qual efeito as estatinas tem além de reduzir lipídeos?

A

Efeito pleiotrópico que é cardioprotetor. É usada na ICo p/ estabilizar a placa.

36
Q

Quantos % a estatina reduz o LDL-c ao dobrar a dose?

A

6-7%.

37
Q

Quando dosar CPK?

A

No início do tratamento com estatina e sempre que aumentar a dosagem dela, além de quando houver sintomas musculares.

38
Q

Quando dosar enzimas hepáticas sob uso de estatina?

A

No início do tratamento ou quando houver sintomas/sinais de hepatotoxidade.

39
Q

Quais os sinais de hepatoxixidade p/ dosar enzimas hepáticas?

A

Icterícia, dor abdominal, acolia fecal, colúria, náusea, fraqueza, fadiga, indisposição.

40
Q

Efeitos adversos do uso de estatinas

A

Miopatia, cefaleia, náuseas, alterações do sono, aumento de enzimas hepática e de fosfatase alcalina, rabdomiólise.

41
Q

Contraindicações ao uso de estatinas

A

Gestação, amamentação, doença hepática aguda e no aumento persistente e inexplicável de TGO/TGP.

42
Q

Posologia das estatinas

A
1- Sinvatatina: 10, 20, 40 e 80 mg.
2- Pravastatina: 10, 20, 40 mg.
3- Fluvastatina: 20, 40, 80 mg.
4- Pitavastatina: 1, 2, 4 mg. Reduz placa aterosclerótica em carótida.
5- Atorvastatina: 10, 20, 40, 80 mg. 
6- Rosuvastatina: 5, 10, 20, 40 mg.
*Foto.
43
Q

Qual estatina apresenta a menor excreção renal?

A

Atorvastatina.

44
Q

Quais são as estatinas capazes de reduzir os níveis de LDL p/ meta proposta p/ risco muito alto e alto (> 50%)?

A

Atorvastatina 80mg e Rosuvastatina 20 e 40mg.

45
Q

Recomendação de uso de ezetimiba, atuação e dose

A

Ezetimiba 10mg, 1x/d.

  • Age na proteína carreadora NPC1-L1, interferindo na absorção intestinal de colesterol, diminuindo seu aporte ao fígado e levando a diminuição do deposito hepático de colesterol.
  • Recomendacões:
  • Paciente em tratamento com estatina na dose máxima tolerada e LDL ainda fora da meta em paciente com DAC.
  • Em pacientes em prevenção primária sem meta alcançada.
  • Alternativa, se não tolera estatina. Uso isolado reduz LDL-c em 15-20%.
  • Pode administrar ezetimiba em esteatose hepática.
46
Q

Indicação de fibrato e pq? Cite as drogas

A

1ª opção em Hipertrigliceridemia isolada (TG > 500 e isoladamente), pq estimula o aumento da produção e ação da LPL (que hidrolisa TG).
- Bezafibrato, genfibrozila, etofibrato, fenofibrato, ciprofibrato.

47
Q

2ª e 3ª opção na hipertrigliceridemia isolada

A
  • 2ª opção: associar ácido nicotínico 100 mg, 2x/d (Niacina. Eficaz na redução dos níveis de TG, do colesterol LDL e da lipoproteína A).
  • 3ª opção: associar ácidos graxos ômega 3.
48
Q

Qual fibrato não pode ser associado à estatina e pq?

A

Genfibrozila, pq aumenta risco de rabdomiólise.

49
Q

Qual medicação aprovada para tratamento de hipercolesterolemia na infância e pq?

A

Resinas sequestradoras de ácidos biliares, pois não tem efeitos sistêmicos.
- Colestiramina 4 a 24 g/d, 30min antes das refeições (única disponível no Brasil).

50
Q

Critérios diagnósticos p/ intolerância à estatina

A
Incapacidade de tolerar pelo menos 2 estatinas em qualquer dose OU a incapacidade de tolerar aumento da dose acima de:
•	Rosuvastatina 5mg;
•	Atorvastatina 10mg;
•	Sinvastativa 20mg;
•	Pravastatina 20mg.
	Sintomático: sintomas musculares
51
Q

Diagnóstico de intolerância à estatina

A
  • Farmacológico: n tolerar pelo menos 2 estatinas em qualquer dose OU a incapacidade de tolerar aumento da dose acima de:
    • Rosuvastatina 5mg;
    • Atorvastatina 10mg;
    • Sinvastativa 20mg;
    • Pravastatina 20mg.
  • Sintomáticos: sintomas musculares intoleráveis ou miopatia grave (SMRE 4).
  • Etiológico: sintomas em 0-12 sem após introduzir ou aumentar dose de estatina; melhora dos sintomas com suspensão de estatina (em 2-4 sem) ou piora em < 4sem após nova exposição.
52
Q

Opções terapêuticas quando há intolerância à estatina

A
  • 1ª opção: adição de ezetimiba à maior dose tolerada de estatina.
  • 2ª opção: se estatina + ezetimiba ainda não suficientes, então adicionar colestiramina, fibrato ou fitosteróis.
  • 3ª opção: adição de niacina ao tratamento com estatina não deve ser considerada a não ser em casos especiais como dislipidemia grave.
53
Q

Classificação da SD muscular relacionada à estatina (SMRE)

A
  • SMRE 0 = aumento de CPK de 1-4x o LSN. Ausência de sintomas.
  • SMRE 1 = mialgia tolerável. CPK < 7x o LSN.
  • SMRE 2 = mialgia intolerável. Sintomas musculares com melhora completa após descontinuação.
  • SMRE 3 = miopatia. CPK > 7x e < 10x o LSN, com ou sem sintomas.
  • SMRE 4 = miopatia grave. CPK > 7x e < 50x o LSN, com sintomas. -> começa a ter a intolerância à estatina.
  • SMRE 5 = rabdomiólise. CPK > 10x o LSN e disfunção renal com sintomas ou elevação > 50x LSN.
  • SMRE 6 = miosite necrotizante autoimune. Anticorpos anti-HMGCR, HMGCR expressa em biópsias musculares; resolução incompleta após descontinuação.
54
Q

Alternativas medicamentosas p/ HIV e pq?

A

Pravastatina e ezetimiba, pois os inibidores da protease podem inibir sinvastatina, lovastatina e atorvastatina.

55
Q

Qual droga pode ser usada em mulheres em idade fértil e durante gestação/amamentação?

A

Resinas sequestradoras de ácidos biliares - Colestiramina 4 a 24 g/d, 30min antes das refeições.

56
Q

Fitosteróis

A

derivados do colesterol em plantas e arvores – 2000 mg/d. reduz LDL de 9-13%.

57
Q

Inibidores da PCSK9 - Indicações e quanto reduz do LDC-c?

A

Reduz LDL-c em 60%. É caro.
Indicações: : pacientes com risco cardiovascular elevado em tto otimizado com estatinas em dose máxima, associado ou não à ezetimiba, e que não alcançou metas de LDL-c ou não-HDL-c.

58
Q

Como tratar dislipidemia após 75 anos?

A

Doses de hipolipemiantes devem ser individualizadas de acordo com a presença de comorbidades e a expectativa de vida e o uso de polifarmácia.

59
Q

O que é hipercolesterolemia familiar?

A

Herança autossômica dominante caracterizada pela elevação do CT e do LDC-c (prova).

60
Q

Que fatores sugerem hipercolesterolemia familiar?

A

Forte história familiar a achados como xantomas tendinosos, arco corneano, xantelasmas ou xantomas tuberosos.

61
Q

Qual o defeito mais comum na hipercolesterolemia familiar?

A

Mutação do gene específico do receptor para LDL plasmático (LDLR).

62
Q

Em qual grupo de pacientes tenho q ter cuidado ao usar fibrato pelo risco de rabdomiólise?

A

IRC, ACO (em uso de anticoagulante oral), doença biliar ou uso de estatina.

63
Q

Quais efeitos adversos o ácido nicotínico (niacina) pode causar?

A

Cefaleia, flushing facial, hiperpigmentação cutânea, acantose nigricans, náuseas, êmese, diarreia, miosite

64
Q

Indicações de ácido nicotínico

A

Hipertrigliceridemia isolada associado ao fibrato.

  • HDL-C baixo isolado.
  • Alternativa aos fibratos e estatinas ou em associação com esses fármacos em portadores de hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia ou dislipidemia mista.
65
Q

Como atuam as resinas sequestradoras de ácidos biliares?

A

• Se ligam aos ácidos biliares no intestino, diminuindo absorção no íleo terminal, reduzindo o pool hepático de ácidos biliares, o que leva a aumento da conversão de colesterol em ácidos biliares nos hepatócitos. Dessa forma, aumenta síntese de receptores de LDL, determinando queda de 15-30% do LDL-c e podem aumentar HDL-c.

66
Q

Porque resinas sequestradoras de ácidos biliares devem ser evitar em hipertrigliceridemias?

A

Pois seu uso pode causar aumento de TGs.

67
Q

Na prevenção primária de eventos cardiovasculares, ñ havendo CI, cite uma terapia recomendada:

A

Estatina em todo indivíduo com idade entre 40-75 anos, com LDL-c > 70 mg/dl e alto risco de eventos em 10 anos.

68
Q

Qual a 1ª opção de terapia de prevenção primária e secundária de eventos CVC?

A

Estatina.