Distúrbios respiratórios do RN Flashcards

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1
Q

Apneia do RN: definição?

A

Pausa respiratória por tempo ≥ 20 segundos, ou por um período de menor duração, se associado a bradicardia (FC < 100 bpm) ou cianose (queda de saturação).

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2
Q

Apneia secundária - o que é?

A

Manifestação de alguma doença subjacente, como hemorragia intracraniana, convulsões, pneumonia, sepse, enterocolite necrosante, distúrbios metabólicos (hipoglicemia, hipocalcemia), hipotensão, insuficiência cardíaca.

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3
Q

Apneia idiopática da prematuridade - ocorre + em quem e quando?

A
  • Tem incidência inversamente proporcional à IG.
  • É rara no 1º dia de vida, começa do 2º e dura até o 7º dia.
  • Acomete RN de menos de 34 semanas.
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4
Q

Apneia idiopática da prematuridade - fisiopatologia

A

1) Apneia central: há uma imaturidade dos centros respiratórios de tronco encefálico e não são observados movimentos torácicos clinicamente.
- Resposta atenuada ao CO2 (hipercapnia não leva à hiperventilação aqui para liberar CO2). Além de levar à uma resposta paradoxal à hipóxia (ao invés de responder a hipóxia com hiperventilação, fica em apneia).

2- Apneia obstrutiva: há movimentação torácica, mas o fluxo aéreo está interrompido por obstrução nasal, obstrução faríngea ou por flexão do pescoço.

3- Apneia mista: forma mais comum, tem os 2 mecanismos acima. Se inicia com obstrução alta seguida por interrupção dos movimentos da caixa torácica.

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5
Q

Apneia idiopática da prematuridade - diagnóstico diferencial

A

Prematuridade, infecção (sepse, meningite, enterocolite necrosante), instabilidade térmica, DRGE, pós-anestésico, hipoxemia, anemia, choque, drogas maternas e fetais, distúrbios metabólicos (hipoglicemia, hipocalcemia, hiponatremia, hipernatremia/desidratação).

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6
Q

Apneia idiopática da prematuridade - tratamento

A
  • Posicionamento adequado do RN (ligeira extensão da cabeça pelo coxim sob os ombros);
  • Estímulo tátil;
  • Casos graves ou refratários:
    1- CPAP nasal (mantém permeabilidade das vias aéreas) ou
    2- VM (na falha de CPAP);
  • Medicações: aminofilina/teofilina ou citrato de cafeína.
  • Medidas gerais.
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7
Q

Apneia idiopática da prematuridade - tratamento: cite as medidas gerais

A

Temperatura de 36 a 36,5 ºC, alimentação por gavagem, SatO2 entre 88 e 92%, decúbito dorsal, monitorização e correção de hipoglicemia, distúrbios metabólicos, infecção, anemia, distermias.

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8
Q

Apneia idiopática da prematuridade - tratamento: o que são aminofilina/teofilina e citrato de cafeína? Como agem? Por qnt tempo usar?

A
  • São xantinas.
  • Agem aumentando a sensibilidade dos centros respiratórios ao aumento da PCO2 e aumentando a força contrátil do diafragma.
  • Elas diminuem incidência das apneias e são usadas por até 34 a 36 semanas de IG corrigida, ou até 10 dias após o último episódio de apneia.
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9
Q

Apneia idiopática da prematuridade - prognóstico

A

Geralmente se resolve com 36 semanas de IG corrigida e tem bom prognóstico.
- Quando este for o único impedimento pra alta, é recomendado que a alta seja cerca de 7 a 10 dias após o último episódio de apneia.

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10
Q

O que é Síndrome de Distress Respiratório?

A

É um diagnóstico sindrômico, com sinais e sintomas que pertencem a todas as doenças respiratórias do RN -> taquidispnéia, cianose, gemência, tiragens, BAN.

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11
Q

Para diferenciar os distúrbios, temos que buscar o diagnóstico etiológico. Como fazemos isso?

A

Avaliação clínica do RN + história materna + exames complementares (RX de tórax).

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12
Q

Quando dizemos que a apneia é grave?

A

Apneia é grave quando dura ≥ 20 segundos e associada a sinais sistêmicos ou qualquer duração acompanhada de cianose e bradicardia sinusal.

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13
Q

Complete: na apneia de causa idiopática a frequência aumenta durante o…?

A

Sono ativo (sono REM).

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14
Q

Apneia idiopática é fator de risco para síndrome da morte súbita do lactente. Correto?

A

NÃO.

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15
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: fatores de risco?

A

Prematuridade (só há surfactante em quantidade suficiente após 34s de gestação), asfixia perinatal, sexo masculino, raça branca, diabetes materno (única exceção à prematuridade, pode ser RNT aqui), segundo gemelar, hipotermia, isoimunização Rh, parto cesárea, parto pélvico, inserção baixa de placenta, DPP, multiparidade, baixo nível socioeconômico e assistência pré-natal insatisfatória.

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16
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: fatores de proteção?

A

Hipertensão crônica ou hipertensão associada à gravidez (em ambiente de hipóxia intrauterina ocorre aceleração da maturidade pulmonar), sofrimento fetal crônico, restrição do crescimento uterino, uso materno de heroína, ruptura prolongada das membranas, administração antenatal de corticoide para a mãe, hemoglobinopatias maternas, hormônio tireoidiano.

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17
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: incidência é maior em quem?

A

Em RNs de menos de 28 semanas de gestação, seguida de RNs entre 32 e 36 semanas.

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18
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: fisiopatologia?

A

É decorrente da imaturidade pulmonar por deficiência quantitativa e qualitativa do surfactante pulmonar, levando à instabilidade alveolar (colapso alveolar na expiração). Pode evoluir com diferentes graus de insuficiência respiratória.

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19
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: pq ocorre em filhos de mãe diabética?

A

Pois ocorre hiperinsulinismo fetal (secundário à hiperglicemia materna), e com isso há diminuição de produção de corticoide endógeno, o que retarda a produção do surfactante pulmonar.

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20
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: pq asfixia/DPP é fator de risco?

A

Tem maior consumo de surfactante.

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21
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: pq sofrimento fetal é fator protetor?

A

É protetor pois há liberação de corticoide que estimula produção surfactante.

Ex: RNPT/PIG tem mais chance do que RNPT/AIG que não sofreu.

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22
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: diagnóstico?

A

Clínica + radiografia de tórax + gasometria arterial.

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23
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: clínica?

A

Desconforto respiratório iniciado logo após nascimento (em minutos até 2h): SDR + MV diminuídos globalmente e estertores crepitantes (porque alvéolo tá cheio de líquido); com piora progressiva nas primeiras 24 horas.
- Os sintomas e sinais alcançam pico em 3 dias, havendo, posteriormente, melhora gradual.

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24
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: radiografia de tórax - achados?

A

Padrão reticulogranular (líquido no interstício e ar dentro do alvéolo) difuso e bilateral, com presença de broncogramas aéreos, diminuição no volume pulmonar, imagem de “vidro moído” ou padrão de vidro fosco.

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25
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: graus de DMH de acordo com broncograma?

A
  • DMH grau I = broncogramas aéreos mínimos (dentro do mediastino).
  • DMH grau II = os broncogramas saem do mediastino mas não chegam na periferia.
  • DMH grau III = broncogramas aéreos vão até periferia do pulmão.
  • DMH grau IV = opacidade total, não dá pra diferenciar coração e pulmão, é uma imagem em jateado de areia. É o mais grave (o RX de tórax com pneumonia por streptococo grupo B é o mesmo).
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26
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: boletim de Silverman-Andersen?

A

Quantifica a evolução do desconforto respiratório.

FOTO.

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27
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: laboratório?

A

Hipoxemia, hipercapnia e acidose metabólica. Hemograma normal. Hemocultura para descartar sepse neonatal precoce.

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28
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: principais DD e como diferenciá-los?

A

Diagnostico diferencial com sepse de início precoce não é possível; já com a taquipneia transitória do RN diferenciamos pois DMH tem clínica mais exuberante e de maior duração.

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29
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: prevenção?

A
  • Prevenir prematuridade.
  • Administração de corticosteroide para gestantes entre 24 e 34 semanas, 48h antes do nascimento. -> Betametasona.
  • Administração da 1ª dose do surfactante endotraqueal no prematuro sintomático, imediatamente após o nascimento ou durante as primeiras horas de vida.
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30
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: tratamento? CITE.

A

Suporte geral, suporte ventilatório, surfactante exógeno e ATBterapia.

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31
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: tto - medidas de suporte geral?

A
  • Controle térmico, hídrico EV, suporte nutricional (NPT, não sugam ainda).
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32
Q

Porque devemos ter cuidado com excesso de líquidos administrados na DMH?

A

Pois podem contribui para o desenvolvimento de persistência do canal arterial e da broncodisplasia pulmonar.

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33
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: medidas de suporte ventilatório?

A
  • CPAP nasal precoce, com FiO2 a 40% e pressão de 5 cmH2O pode evitar necessidade de recursos extras (suporte ventilatório invasivo).
  • CPAP nasal com pressão de 5 a 10 cmH2O (se paO2 < 50 mmHg com administração de oxigênio com FiO2 de 60%).
  • VM (se falência respiratória).
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34
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: indicações de VM? Objetivo?

A

Falência respiratória:

  • pH arterial < 7,20;
  • pCO2 arterial ≥ 60 mmHg;
  • paO2 < 50 mmHg, com concentrações de oxigênio > 60% e CPAP nasal de 8-10 cmH2O.
  • SatO2 < 90% com FiO2 40-70% já em uso CPAP 5-10 cmH2O.
  • Apneia persistente.

Objetivos:
- Melhorar oxigenação, liberar o CO2, sem causar barotrauma ou toxicidade pelo oxigênio. Saturação de O2 deve ficar entre 91-95%.

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35
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: surfactante exógeno - dose?

A
  • Dose: 100 a 200 mg/kg, via endotraqueal (intracânula) logo após o nascimento, podendo ser administrada 2ª e 3ª doses de 100 mg/kg, caso existam insuficiência respiratória progressiva e necessidades maiores de oxigênio e parâmetros ventilatórios elevados.
  • De preferência com surfactantes de origem animal.
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36
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: surfactante exógeno - indicações?

A

Todos os graves, ou seja: paciente sob ventilação mecânica com FiO2 ≥ 40% e saturação < 90%, evoluindo com piora clínica.

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37
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: ATBterapia - finalidade?

A

São indicados, pois a distinção com pneumonia pelo Streptococcus do grupo B é difícil.

38
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório – Doença da Membrana Hialina: cite sua principal complicação?

A

Displasia bronco pulmonar (DBP) ou broncodisplasia pulmonar.

39
Q

Displasia bronco pulmonar: definição? acomete mais quem?

A

É uma doença pulmonar crônica. Acomete geralmente prematuros submetidos à oxigenoterapia e à VM nos primeiros dias de vida (paciente que não se recuperou da DMH).

40
Q

Displasia bronco pulmonar: fatores de risco?

A

Prematuridade, uso de oxigênio, VM, infecção, PCA e fatores genéticos.

41
Q

Displasia bronco pulmonar: fisiopatologia?

A

Toxicidade pelo oxigênio + barotrauma + volutrauma da VM = inflamação e destruição do parênquima alveolar. Na fase crônica, ocorre um reparo ineficaz = desenvolvimento de fibrose intersticial, com consequente redução da complacência pulmonar e aumento da resistência das VA.

42
Q

Displasia bronco pulmonar: clínica?

A

Quadro variável, há taquidispneia e necessidade de oxigênio e suporte ventilatório em intensidade variável, retrações intercostais e subcostais, roncos e crepitações.

43
Q

Displasia bronco pulmonar: critérios diagnósticos e classificação?

A

Neonato que permanecem em oxigenoterapia por um período ≥ 28 dias. Classificamos em leve, moderado ou grave de acordo com a necessidade de oxigênio com 36s de IG corrigida (p/ os que nasceram com < 32s de IG) ou com 56 dias de vida (p/ os que nasceram com 32s ou mais): FOTO.

44
Q

Displasia bronco pulmonar: radiografia de tórax - achados?

A

Enfisema intersticial, atelectasia com áreas de hiperinsuflação e formações císticas.

45
Q

Displasia bronco pulmonar: tratamento?

A
  • Suporte nutricional.
  • Hidratação criteriosa (restrição de líquidos, a hiper-hidratação está associada ao desenvolvimento de broncodisplasia).
  • Beta-agonistas (quando há broncoespasmo – salbutamol, fenoterol), metilxantinas (teofilina e cafeína).
  • Diuréticos (controverso): furosemida na fase aguda e depois substituir por hidroclorotiazida ou espironolactona.
  • Dexametasona: controverso, há quem diga que BDP grave pode exibir melhora.
  • Oxigenação adequada (SatO2 entre 88-92% na fase aguda e 90-94% na fase crônica).
  • Tratamento precoce de infecções.
  • Na alta paciente geralmente precisa de oxigênio suplementar e diuréticos.
46
Q

Displasia bronco pulmonar: qual profilaxia é importante fazer aqui? Pq?

A

Contra VSR, pois se esse paciente fizer bronquiolite pelo vírus sincicial respiratório ele terá grandes chances de morrer.
- Anticorpo monoclonal (Palivizumab): 15 mg/kg, IM, aplicar mensalmente (total de 5 doses) por 2 anos.

47
Q

Qual vitamina dada ao RN de extremo baixo peso pode diminuir o risco de aparecimento da broncodisplasia pulmonar?

A

Vitamina A (5.000 UI, IM, 3x/sem)

48
Q

Taquipneia transitória do recém-nascido: como também é chamada?

A

Síndrome do Pulmão Úmido ou Síndrome do Desconforto Respiratório do tipo II.

49
Q

Taquipneia transitória do recém-nascido: acomete mais quem? evolução?

A

Acomete RN a termo próximo ao termo, principalmente nascido de parto cesárea sem que o trabalho de parto tenha se iniciado.
- Curso autolimitado e boa evolução.

50
Q

Taquipneia transitória do recém-nascido: fisiopatologia?

A

Retardo na absorção de líquido pulmonar, levando à redução da complacência e aumento do espaço morto. Doença é provada pela presença de transudato alveolar, o que acarreta distúrbio de troca gasosa no capilar.

51
Q

Taquipneia transitória do recém-nascido: fatores de risco?

A

Cesariana eletiva sem trabalho de parto, asfixia perinatal, sexo masculino, macrossomia, asma materna, sedação materna, exposição materna a agentes betamiméticos, prematuridade tardia, clampeamento tardio, administração excessiva de líquidos a mãe durante parto.

52
Q

Taquipneia transitória do recém-nascido: pq sofrimento fetal crônico e uso de corticoide antenatal falam a favor de TTRN?

A

Pois indicam que teve maturação previa e falam a favor de TTRN.

53
Q

Taquipneia transitória do recém-nascido: clínica? lab?

A
  • Taquipneia de início precoce (> 80 irpm), dificuldade respiratória leve-moderada, necessidade de baixas concentrações de oxigênio suplementar (FiO2 < 40%) e resolução em 12-24 horas, podendo se prolongar por até 72 horas (ajuda a diferenciar de DMH), pois o líquido é reabsorvido.
  • Não é comum observar hipoxemia, hipercapnia e acidose.
54
Q

Taquipneia transitória do recém-nascido: raio X de tórax - achados?

A

Hiperinsuflação pulmonar, padrão intersticial perihilar (muito líquido no interstício e no vaso), aumento da trama vascular pulmonar com a presença de hilo congesto, de onde irradiam-se condensações (estrias) lineares, cissuras espessadas (derrame cisural), eventualmente discreta cardiomegalia e/ou derrame pleural.

55
Q

Taquipneia transitória do recém-nascido: tratamento?

A
  • Suporte geral: controle térmico, jejum quando necessário e suporte nutricional, e hídrico (evitar sobrecarga).
  • Suporte ventilatório: oxigenoterapia por câmpanula nasal ou CPAP (O2 de até 40%).
56
Q

Síndrome de aspiração meconial: é mais comum em quem?

A

É mais comum em RNT ou pós-termo.

57
Q

Síndrome de aspiração meconial: fisiopatologia?

A
  • A eliminação de mecônio intraútero associa-se principalmente à asfixia.
  • Aspiração de partículas grossas = hipóxia aguda = hipoxemia, hipercarbia e acidose mista.
  • Aspiração de partículas finas = é pior, faz obstrução mecânica, alcança VA baixas e faz pneumonite química (fator de risco para infecção bacteriana secundária).
  • Se for obstrução parcial = mecanismo valvular -> o ar entra mas não sai, alvéolo vai distendendo até o ponto em que ele obstrui o vaso que está passando ali, dai não elimina CO2 e tem aumento da PaCO2, além de barotrauma.
  • Se for obstrução completa = atelectasia com shunt D-E, reduz PaO2.
58
Q

Síndrome de aspiração meconial: fatores de risco?

A

Asfixia perinatal, pós-maturidade, retardo do crescimento intrauterino, feto com apresentação pélvica, todas as causas de insuficiência placentária (gestante cardiopata, hipertensa, pneumopata, nefropata, tabagista).

59
Q

Síndrome de aspiração meconial: clínica?

A

Quadro varia de assintomático até desconforto respiratório grave, com taquipneia, retrações intercostais, gemido e cianose, com hipoxemia resistente nos mais graves, hiperinsuflação de tórax, estertores de médias e grossas bolhas, tempo expiratório prolongado.

60
Q

Síndrome de aspiração meconial: melhora em qnt tempo sem complicações? O q pode ter de complicação?

A
  • Quando não há complicações, evolui com melhora em 5-7 dias.
  • A obstrução parcial de algumas vias aéreas pode levar a: pneumotórax, pneumomediastino (percebe pela palpação enfisema subcutâneo) ou ambos
61
Q

Síndrome de aspiração meconial: lab?

A

Hipoxemia, hipercapnia e acidose mista.

62
Q

Síndrome de aspiração meconial: raio X de tórax - achados?

A

Infiltrado grosseiro e difuso, áreas de hipotransparência e hiperinsuflação, áreas de extravasamento de ar, enfisema intersticial e pneumotórax.

63
Q

Síndrome de aspiração meconial: tratamento?

A
  • Suporte ventilatório: CPAP ou VM (quando há hipoxemia persistente ou elevação na PaCO2).
  • Antibioticoterapia: costuma ser indicada pela possibilidade de pneumonia associada.
64
Q

Síndrome de aspiração meconial: devemos aspirar imediatamente?

A

Não é recomendado aspiração direta da traqueia antes do início da ventilação, priorizar a ventilação antes de intubar e aspirar traqueia, pelo risco de lesão cerebral!

65
Q

Síndrome de aspiração meconial: pode complicar com hipertensão pulmonar persistente, e caso não respondam à VM convencional, pode haver benefício com o q?

A
  • Ventilação de alta frequência.
  • Uso de surfactante: 150-200 mg/kg/dose, IT, podendo-se repetir após 12-24h (indicado pois o mecônio inativa o surfactante).
  • Óxido nítrico (pois na HPP tem vasoconstrição devido à hipóxia), ou ainda da oxigenação por membrana extracorpórea.
66
Q

Síndrome de aspiração meconial: prognóstico?

A

Depende da extensão da lesão do SNC provocada pela asfixia e da presença de problemas associados, como a hipertensão pulmonar.

67
Q

Pneumonial neonatal precoce - período de início? Agentes etiológicos?

A
  • Até 1 semana de vida, alguns dizem até 72h:
    1- Pneumonias adquiridas antes do nascimento: causadas por CMV, toxoplasmose, rubéola, sífilis, listeriose, tuberculose, HIV ou por corioamnionite.
    2- Pneumonias adquiridas durante o nascimento: causadas por agentes que colonizam canal de parto, como S. agalactiae (estreptococo do grupo B – GBS) e E. coli (são osmais comuns), Listeria monocytogenes, Chlamydia, gonococo.
68
Q

Pneumonia neonatal tardia - período de início? Agentes etiológicos?

A
  • Iniciadas após 1 semana de vida, alguns dizem após 72h, são adquiridas nos berçarios, UTI neo ou na comunidade.
  • Agentes: Staphilococcus coagulase negativa (S. epidermidis é o agente hospitalar mais comum), Staphylococcus aureus, bactérias Gram-negativas (E. coli, Klebsiella sp, Enterobacter), fungos.
69
Q

Qual a principal fonte de contaminação para pneumonia neonatal tardia?

A

Mãos contaminadas dos profissionais de saúde. Outros: associação ao cateter intravascular.

70
Q

Cite fatores de risco para infecção fúngica?

A

Prematuridade com < 1.000g, NPT prolongada, uso de ATB de largo espectro.

71
Q

Fatores de risco para infecção (inerentes ao RN)?

A
  • Prematuridade (PRINCIPAL): o RN fica mais tempo internado, podendo se infectar, além de ter o sistema imune mais imaturo.
  • Doença de base.
  • Procedimentos invasivos.
  • Ressuscitação ao nascimento (IOT, acesso venoso intraumbilical).
72
Q

Pneumonia/sepse neonatal - fatores de risco? (4)

A

1) Corioamnionite clínica: febre materna (> 38ºC), FC materna > 100 bpm, leucometria materna > 18.000/mm³, FC fetal > 160 bpm, útero doloroso;
2) Rotura de membranas amnióticas > 18 horas;
3) Trabalho de parto prematuro e sem causa aparente;
4) Colonização materna pelo Streptococcus agalactie (estreptococo beta-hemolítico do grupo B).

72
Q

Pneumonia/sepse neonatal - fisiopatologia?

A

Na sepse neonatal precoce ocorre a infecção por via ascendente ou durante a passagem pelo canal de parto. O germe atinge a membrana amniótica e faz uma corioamnionite.

73
Q

Pneumonia/sepse neonatal - diagnóstico (clínica)?

A

Taquipneia, apneia, retrações intercostais, subcostais ou esternais, BAN, gemência e cianose. Manifestações sistêmicas = alterações na temperatura, no estado de alerta, distúrbios na perfusão, letargia, choro débil, intolerância à dieta, distensão abdominal, hipotermia, má perfusão capilar, não melhora no CPAP, não melhora com surfactante, choque.

75
Q

Pneumonia/sepse neonatal - diagnóstico (triagem lab de Rodwell)?

A

Triagem laboratorial de Rodwell (≥ 3):

  • Índice neutrofílico = nº de bastões/nº de neutrófilos totais -> quando ≥ 0,2 (20%) é sugestivo de infecção bacteriana.
  • Trombocitopenia (< 150.000): pode indicar infecção.
  • Leucopenia (< 5.000) ou leucocitose (> 25.000 o nascimento; > 30.000 12-24h; > 21.000 > 24h).
76
Q

Pneumonia/sepse neonatal - raio X de tórax: achados?

A

Semelhante à doença da membrana hialina (na pneumonia pelo GBS).

77
Q

Manejo do RN (sepse neonatal precoce): Mãe com corioamnionite e RN que nasceu em BEG, sem sinais de sepse neonatal?

A
  • Avaliação diagnóstica simples: hemograma, hemocultura, PCR, urocultura, RX de tórax.
  • Iniciar antibiótico.
    Aguardo exames e evolução clínica (em 48h): se exames normais e evolução clínica sem sinais de infecção = posso suspender ATB.

*FOTO ESQUEMA.

78
Q

Manejo do RN (sepse neonatal precoce): RN com sinais de sepse neonatal?

A
  • Avaliação diagnóstica completa: hemograma, hemocultura, PCR, urocultura, líquor e RX de tórax.
  • Iniciar antibiótico.

*FOTO ESQUEMA.

79
Q

Manejo do RN (sepse neonatal precoce): c. RN sem sinais de sepse neonatal + mãe sem corioamnionite MAS que usou ATB intraparto (no mínimo 4h antes do nascimento)?

A

Observação por 48 horas, sem exames complementares.

*FOTO ESQUEMA.

80
Q

Manejo do RN (sepse neonatal precoce): RN sem sinais de sepse nenonatal + mãe sem corioamnionite MAS com indicação prévia de ATB intraparto e NÃO tendo realizado?

A
  • RN com IG ≥ 37 semanas e BR < 18 horas: observação por 48 horas, sem exames complementares.
  • RN com IG < 37 semanas e/ou BR ≥ 18 horas: avaliação diagnóstica simples e observação por 48 horas.

*FOTO ESQUEMA.

81
Q

Pneumonia/sepse neonatal - profilaxia: qnd e p/ quem é feita a triagem?

A

Triagem universal através de cultura de swab vaginal e anal para S. agalactiae para todas as gestantes a partir de 35-37 semanas de gestação.

*O teste tem valor por 5 semanas, então se passar disso o ideal é colher novamente no parto.

82
Q

Tratamento da pneumonia neonatal precoce (empírico)?

A

Ampicilina (200 mg/kg/d) + Gentamicina (5 mg/kg/d).

82
Q

Pneumonia/sepse neonatal - quimioprofilaxia com ATB intraparto: indicações? (4)

A

1) Cultura de rastreio (swab) positivo pré-natal;
2) Bacteriúria (ITU) por GBS durante a gravidez;
3) História de filho de gestação anterior com doença invasiva por GBS;
4) Mulheres sem cultura vaginorretal, ou incompleta, ou cujos resultados são desconhecidos, e que entram em trabalho de parto prematuro (< 37 semanas de gestação) ou apresentam ruptura prolongada das membranas (≥ 18h) ou febre intraparto (≥ 38,0ºC).

83
Q

Pneumonia/sepse neonatal - quimioprofilaxia com ATB intraparto: qual atb e dose usar (incluindo alérgicas)? Qnd iniciar?

A

1) 1ª escolha: Penicilina G Cristalina: ataque de 5 milhões UI, EV. Manutenção de 2,5 milhões UI, EV, 4/4h até o parto.
2) Alternativa: Ampicilina – ataque de 2g, EV. Manutenção de 1g, EV, 4/4h até o parto.
3) Gestante alérgica à penicilina: se houve choque anafilático com penicilina, existe um risco de 10-15% de choque anafilático ao usar cefalosporina, logo:
a) Se não há risco de anafilaxia: cefazolina.
b) Se há risco de anafilaxia: clindamicina ou vancomicina.

*ATB deve iniciado no mínimo 4 horas antes do nascimento, e será adequado se criança nascer pelo menos 4h após ter feito a droga.

84
Q

Pneumonia/sepse neonatal - quimioprofilaxia com ATB intraparto está indicado para:

1) Na presença dos de TPP ou BR ≥ 18h ou febre intraparto ≥ 38 ºC, MAS com swab colhido adequadamente e com resultado NEGATIVO?
2) Gestante com swab POSITIVO submetida a cesariana eletiva sem ter entrado em trabalho de parto e com bolsa íntegra?

A

1) Na presença dos de TPP ou BR ≥ 18h ou febre intraparto ≥ 38 ºC, MAS com swab colhido adequadamente e com resultado negativo = NÃO realizar ATB intraparto.
2) Gestante com swab positivo submetida a cesariana eletiva sem ter entrado em trabalho de parto e com bolsa íntegra = NÃO realizar ATB intraparto.

85
Q

Tratamento da sepse neonatal: medidas gerais?

A

1) Hidratação venosa, suporte nutricional, suporte ventilatório, controle térmico, drogas vasoativas s/n.

86
Q

Tratamento da pneumonia neonatal precoce confirmada para EGB (estreptococcia invasiva)?

A

Penicilina cristalina (250.000 a 450.000 UI/kg/d) OU ampicilina (200 a 300 mg/kg/d), por 10 dias para sepse. *Só uma droga já será o suficiente.

87
Q

Tratamento de sepse neonatal com:

  • Meningite?
  • Listeriose confirmada?
  • Anaeróbios?
A
  • Meningite: ampicilina + cefalosporina de 3ª geração (cefotaxima).
  • Listeriose confirmada: apenas ampicilina é suficiente.
  • Anaeróbios: associar clindamicina ou metronidazol.
88
Q

Tratamento da pneumonia neonatal tardia?

A
  • Casos menos graves: Oxacilina + amicacina.
  • Casos mais graves: Vancomicina + cefotaxima.
  • Pra pegar S. aureus.
90
Q

Sepse neonatal tem fatalidade maior quando provocada por quais tipos de germes?

A

Gram negativos e fungos.