Anticoncepção Flashcards

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1
Q

O que é o Índice de Pearl e sua fórmula?

A

Índice de Pearl = (Número de falhas)/(100 mulheres/ano)

- IP é o número de falhas do método a cada 100 mulheres/ano.

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2
Q

Quando iremos dizer que o Índice de Pearl é eficaz?

A

Para o método ser eficaz, ele tem que ter IP < 1, ou seja, menos de 1 mulher em 100 mulheres deve ficar grávida em 1 ano para considerarmos aquele método eficaz.

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3
Q

Cite MAC considerados eficazes.

A

Todos os métodos hormonais, o DIU de cobre e o DIU com levonorgestrel e os métodos cirúrgicos.

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4
Q

Cite os MAC comportamentais.

A

1) Abstinência sexual:
- Método de Ogino-Klaus (tabelinha).
- Método da temperatura basal.
- Método de Billings.
- Método sintotérmico.
2) Coito interrompido.

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5
Q

Qual é o período fértil, em que a mulher deve abster-se de atividade sexual?

A

3-4 dias antes da ovulação até 3-4 dias após a ovulação (que no ciclo menstrual padrão de 28d ocorrerá por volta do 14º dia do ciclo).

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6
Q

Como é feito o método de Ogino-Klaus (tabelinha)? Pode ser usado para ciclos de qualquer duração?

A
  • A mulher deve pegar o ciclo mais longo e o mais curto em 6 a 12 meses. Então, do ciclo mais curto subtrai-se 18 dias (esse será o INÍCIO do período fértil); e do ciclo mais longo subtrai-se 11 dias (esse será o FINAL do período fértil). Nesse intervalo entre início e final do ciclo, o casal deve evitar relações sexuais.
  • Esse método só pode ser usado para aquelas com ciclos entre 26 e 32 dias.
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7
Q

Como é feito o método da temperatura basal?

A

A progesterona (produzida pelo corpo lúteo, logo após a ovulação) tem efeito termogênico, aumentando cerca de 0,5 ºC da temperatura corporal. A ideia é medir a temperatura diariamente pela manhã e quando ver que aumentou significa que ela ovulou. Manter abstinência sexual desde a menstruação até 3 dias após a elevação da temperatura.

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8
Q

Como é feito o método de Billings?

A
  • A mulher deve avaliar o muco cervical: próximo à ovulação, quando tem o pico de LH, o muco torna-se filante e elástico, semelhante a clara de ovo. Após a ovulação, com a produção de progesterona, o muco torna-se espesso e opaco e o casal deve evitar relação sexual por mais 4 dias.
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9
Q

Como é feito o método sintotérmico?

A

É combinar os outros métodos de abstinência sexual. Ex.: combina Billings com método da temperatura, ou Billings + tabelinha.

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10
Q

Porque o coito interrompido é um método não recomendado?

A

Pois pode sair um pouco de espermatozoides vivos no líquido pré-ejaculatório, ele pode não conseguir tirar a tempo, etc.

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11
Q

Cite os MAC de barreira.

A

1) Condom.
2) Diafragma.
3) Espermicida ou espermaticida.
4) DIU de cobre.
5) DIU de Levonorgestrel (na real é um mecanismo hormonal).
6) Lactação e amenorreia.

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12
Q

Quais são os únicos métodos anticoncepcionais que protegem contra ISTs?

A

Condom.

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13
Q

Condom: qual o IP? Tem muita falha?

A

IP = 2 (uso perfeito) a 18 (uso comum) = moderadamente efetivo.
- É um método que falha muito, então de fato haverá chance de a mulher estar grávida (se atentar em questões se a mulher usar só isso como MAC, nunca prescreva-o isoladamente).

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14
Q

Diafragma (MAC): o que é?

A

Dispositivo de borracha que deve ser inserido dentro da vagina antes de cada relação sexual.

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15
Q

Diafragma (MAC): mecanismo de ação?

A

Faz uma barreira mecânica a entrada do espermatozoide, irá tampar o colo do útero e não deixa os espermatozoides ascenderem.

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16
Q

Diafragma (MAC): qual é o IP?

A

IP = 6 a 12, não é eficaz.

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17
Q

Diafragma (MAC): como usar?

A

Deve ser colocado até 2h antes e retirado no mínimo 6h após a ejaculação, lava e guarda no estojo.

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18
Q

Espermicida ou espermaticida: qual a droga usada? Como age?

A
  • Droga: nonoxinol-9.

- É uma medicação que age realizando ruptura da membrana do espermatozoide, destruindo-o.

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19
Q

Espermicida ou espermaticida: poque deve ser evitado seu uso repetitivo?

A

Pois quando ele é colocado na mucosa vaginal, ele tem a tendência de provocar microerosões no epitélio vaginal (perda da integridade), o que faz com que, comprovadamente, essa mulher tenha maior risco de adquirir IST.

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20
Q

Espermicida ou espermaticida: qual é o IP?

A

IP = 18 a 28. Não é recomendado seu uso isoladamente, pode combinar com condom ou diafragma, melhorando a eficácia, mas ainda não fica < 1.

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21
Q

DIU de cobre (TCu 380A): qual o IP?

A

IP = 0,6. É um método de barreira bastante eficaz.

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22
Q

DIU de cobre (TCu 380A): mecanismo de ação?

A

O DIU é um corpo estranho que faz uma reação inflamatória local, responsável por alterar o pH, as citocinas do meio e deixa o microambiente uterino e tubário hostil para a fecundação. Dessa forma, o DIU não é abortivo!

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23
Q

DIU de cobre (TCu 380A): qual o período de maior taxa de expulsão do DIU?

A

O momento de maior chance de expulsão é nos primeiros 30 dias (“corpo estranho”), após isso, a chance de expulsão espontânea do DIU é muito baixa.

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24
Q

Verdadeiro ou Falso: “A taxa de expulsão do DIU é inversamente proporcional ao tempo de inserção”.

A

Verdadeiro. Ou seja, quanto mais tempo passar que colocou o DIU, menor a taxa de expulsão.

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25
Q

DIU de cobre (TCu 380A): qual é o melhor momento para a inserção de DIU? Pq?

A
  • Quando paciente estiver menstruada (temos a ctz de que ela não está grávida o colo uterino está entreaberto).
  • Até 48 horas do parto normal ou após 4 semanas pós-parto (após 4s as taxas de expulsão serão altas).
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26
Q

DIU de cobre (TCu 380A): podemos inseri-lo fora da menstruação? E após abortamento do 1º trimestre?

A
  • Sim, mas se paciente não estiver menstruada, descartar gravidez antes.
  • Pode ser inserido logo após abortamento do 1º trimestre.
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27
Q

É necessário ATB profilático para inserção de DIU (cobre/LNG)?

A

Não é necessário antibiótico antes da inserção do DIU. Exceção: mulheres em risco de endocardite.

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28
Q

O risco de DIP é maior nas portadoras de DIU?

A

O risco de DIP é maior nos primeiros 20 dias após inserção do DIU. Passado 1 mês, a taxa de ocorrência de DIP é a mesma do que a da população geral (não usuária de DIU).

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29
Q

O que explica a maior ocorrência de DIP nos primeiros dias após a inserção de DIU?

A

O fator de risco para DIP não é o DIU, mas sim a exposição prévia aos patógenos transmitidos. Ou seja, essa paciente devia ter clamídia/gonorreia e era assintomática, mas ao colocar o DIU veiculamos esses patógenos e ela desenvolve DIP.

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30
Q

Qual é o maior temor quando usuária de DIU é acometida por DIP?

A

As complicações, em longo prazo, podem ser graves, aumentando a chance de esterilidade.

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31
Q

DIU de cobre (TCu 380A): efeitos adversos?

A
  • Sangramento menstrual excessivo (é o principal efeito adverso. Ocorre porque o DIU é um corpo estranho. Algumas mulheres apresentam maior aumento, outras não).
  • Dismenorreia (por ser um corpo estranho também).
  • Actinomyces israelii (bactéria): causa uma infecção pélvica chamada actinomicose.
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32
Q

O que é a infecção por Actinomyces israelii? Ocorre mais em quem? Clínica? Tto?

A

É uma bactéria que causa infecção pélvica, sendo a única DIP com associação direta com o DIU. É praticamente exclusiva de usuária de DIU.

  • A maioria não desenvolve sintomas, a minoria apresenta actinomicose, com cervicite purulenta.
  • Tratamento é penicilina G, tetraciclina ou doxiciclina.
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33
Q

Contraindicações ao uso de DIU de cobre?

A
  • Gravidez.
  • Cervicite purulenta: temos que tratar antes (gonorreia, por exemplo).
  • DIP no último mês ou + de 2 episódios último ano.
  • Tuberculose pélvica.
  • Sangramento de causa desconhecida (investigar: mioma, pólipo, adenomiose, gravidez com abortamento).
  • Câncer de colo, endométrio ou ovário (isso altera a anatomia).
  • Alterações anatômicas no útero (útero bicorno, didelfo, miomas submucosos – altera a cavidade uterina).
  • Sangramento excessivo (pois irá aumentar ainda mais o fluxo).
  • Dismenorreia (pois irá aumentar a dismenorreia).
  • Discrasias sanguíneas (ex.: doença de Von Willebrand e deficiência de fator VIII).
  • Trombocitopenia (pois isso complicará mais o sangramento dela).
  • AIDS – CD4 < 200 (pois aumentamos a chance de veicular um germe para o útero e desenvolver a DIP).
  • Doença de Wilson: pois tem distúrbio no metabolismo do cobre.
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34
Q

Paciente com HIV, mas não AIDS (CD4 não está < 200), pode colocar DIU? E se futuramente ela começar a ter redução dos níveis de CD4?

A
  • Se tem infecção pelo HIV, mas não AIDS = pode colocar o DIU. Se futuramente ela começar a ter redução dos níveis de CD4 tornando-se compatível com a doença AIDS, não é necessário retirar o DIU, pois a contraindicação é para INTRODUZIR o DIU.
  • Se tem HIV com AIDS = CI o uso de DIU.
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35
Q

Nuligestas podem usar DIU?

A

SIM!

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36
Q

O que fazer em paciente que usa DIU e engravida? Há risco de má formação fetal?

A
  • A remoção do DIU está indicada imediatamente ao se confirmar gestação intrauterina, para evitar aborto espontâneo (principal complicação). Mas se IG > 12s e DIU distante do orifício interno do colo (ñ vemos a cordinha), evitar a sua retirada, pois a taxa de insucesso é bastante elevada.
  • Não tem risco de má formação fetal.
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37
Q

V ou F (explique): “DIU aumenta o risco de GE”.

A

Falso! O risco nas usuárias de DIU de desenvolver GE é menor do que naquelas que não usam nenhum método contraceptivo, porém, se a usuária de DIU engravidar, há maior chance de que seja ectópica, pois a proteção do DIU é maior para gravidez tópica. DIU NÃO AUMENTA RISCO DE GE!

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38
Q

Qual o tempo de validade do DIU de cobre?

A

10 anos.

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39
Q

SIU-LNG – Mirena: o que é?

A

É um endoceptivo ou DIU hormonal. Levonorgestrel é um progestogênio sintético com liberação intrauterina.

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40
Q

SIU-LNG – Mirena: qual o IP?

A

IP = 0,2. Eficácia é similar a laqueadura tubária, sendo um pouco melhor do que o DIU de cobre.

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41
Q

SIU-LNG – Mirena: mecanismo de ação?

A

Ele contém progesterona (levonorgestrel), que é liberada constantemente dentro do útero, e altera o endométrio deixando-o mais atrófico, além de alterar o muco cervical (fica mais espesso e hostil à entrada do sptz) e em raros casos pode alterar ovulação.

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42
Q

SIU-LNG – Mirena: surgiu com qual finalidade?

A

Com a finalidade de deixar as mulheres em amenorreia, naquelas que gostam do DIU mas queriam ficam em amenorreia também.

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43
Q

SIU-LNG – Mirena: essas mulheres ficam em amenorreia? Qnd?

A
  • 20% entram em amenorreia no 1º ano após inserção.
  • 50% entram em amenorreia do 2º ao 5º ano.
  • Ovulação é normal é 85% (pois o efeito da progesterona aqui é local, não sistêmico).
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44
Q

SIU-LNG – Mirena: por induzir amenorreia, pode ser usado no tratamento de que patologias?

A

SUA, hiperplasia endometrial, adenomiose, endometriose.

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45
Q

SIU-LNG – Mirena: é comum a ocorrência de cistos funcionais? Conduta?

A

Sim, 30% pode desenvolver cistos funcionais, mas a conduta é expectante, tendem a desaparecer.

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46
Q

SIU-LNG – Mirena: como é o retorno à fertilidade após sua retirada?

A

Alto.

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47
Q

SIU-LNG – Mirena: por induzir amenorreia, pode ser usado em miomatose sangrando?

A

NÃO podemos inserir DIU com levonorgestrel para reduzir sangramento. Lembrar que mioma contraindica uso de DIU! Exceto quando é subseroso, que não está fazendo abaulamento na cavidade uterina.

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48
Q

Mulheres na perimenopausa e aquelas com fluxo menstrual aumentado: é melhor o uso de DIU hormonal ou de Cobre?

A

DIU hormonal.

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49
Q

SIU-LNG – Mirena: qual a validade?

A

5 anos.

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50
Q

SIU-LNG – Mirena: contraindicações?

A

As mesmas do DIU de cobre, exceto: sangramento excessivo e discrasia (pois o levonorgestrel reduz sangramento), dismenorreia, doença de Wilson. Inclui:

  • Câncer de mama (atual ou tratado): não pode usar, pois câncer de mama é hormônio dependente e esse DIU tem progesterona.
  • Cirrose grave.
  • LES com anticorpos antifosfolípides positivos (anticardiolipina e anticoagulante lúpico): não podem usar hormônio.
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51
Q

SIU-LNG – Mirena: complicações?

A

Expulsão do DIU, deslocamento do DIU, perfuração uterina, infecção, gestação tópica ou ectópica.

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52
Q

Lactação e amenorreia: qual o mecanismo de anticoncepção? Qual o IP?

A
  • A hiperprolactinemia fisiológica e o hipoestrogenismo inibem a função ovulatória quando o aleitamento materno é exclusivo, nos primeiros 6 meses.
  • IP = 2.
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53
Q

Cite os MAC hormonais.

A

1) Contraceptivos hormonais orais.
2) Injetáveis.
3) Transdérmicos (adesivos), anel vaginal e implante.
4) Contracepção de emergência.

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54
Q

Contraceptivos hormonais orais: a pílula é dividida em (explique):

  • Monofásicas?
  • Bifásicas?
  • Trifásicas?
A
  • Monofásicas: todos os comprimidos têm a mesma dosagem de medicamentos.
  • Bifásicas: com 2 dosagens diferentes na cartela.
  • Trifásicas: com 3 dosagens.
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55
Q

Contraceptivos hormonais orais: com relação a composição hormonal, como podem ser?

A
  • Combinados: quando têm 2 esteroides = estrogênio + progestogênio.
  • Progestogênio exclusivo.
56
Q

Métodos hormonais: qual é o IP?

A

IP:

  • 0,3 a 0,5 (uso ideal). Obs.: implante é o melhor.
  • 0,9 (uso rotineiro), maioria das falhas decorre do uso incorreto por esquecimentos.

*Similar (pílula, injeção, adesivo).

57
Q

Contraceptivos hormonais orais: como orientar o uso correto?

A

1 cp/dia, sempre no mesmo turno, iniciando no 1º dia da menstruação (garantindo a eficácia já no 1º ciclo).

58
Q

Contraceptivos hormonais orais: o sangramento na pausa ocorre por qual motivo?

A

Por privação hormonal, não “menstruação” propriamente dita.

59
Q

Contraceptivos hormonais orais: o que fazer se estiver tomando continuamente e houver sangramento de escape?

A

Faça a pausa da cartela e depois reinicie. O efeito anticoncepcional permanece.

60
Q

Explique o mecanismo de ação dos ACO.

A

O principal objetivo é bloquear a ovulação da paciente.
- ACO: possui um estrogênio sintético (produzido em laboratório) + progesterona sintética (progestogênio). É a progesterona que bloqueia o pico de LH (produz o efeito anovulatório, não permite que ocorra a ovulação), logo, esse hormônio é fundamental e é o que não pode faltar nos anticoncepcionais. O estrogênio é associado com o intuito de proliferar o endométrio, permitindo que a paciente não tenha sangramento durante o uso da progesterona (uso da progesterona sozinha está associado com aumento do número de sangramento), e fazendo com que só ocorra o sangramento na pausa da cartela (permite sangramento em intervalos programados). Dessa forma, lembrar que o estrogênio isolado não promove contracepção, pois ele não bloqueia o LH.

61
Q

Cites os estrogênios sintéticos usados nas pílulas e aponte o mais usado.

A

1) Etnil-estradiol (é o mais usado).
2) Valerato de estradiol.
3) 17-beta-estradiol.

62
Q

Etnil-estradiol: comente a dosagem das pílulas.

A
  • Pílula de baixa dose: 35 mcg | 30 mcg | 20 mcg.
  • Pílula de ultrabaixa dose ou muito baixa dose ou microdose: 15 mcg.
  • Atualmente não se comercializa mais pílula de alta dose (≥ 50 mcg).
63
Q

Qual o objetivo da redução da dosagem das pílulas?

A

Reduzir o risco tromboembólico.

64
Q

Há alteração do risco tromboembólico em pílula de 35mcg e de 15mcg?

A

Não, mas existem essas opções para minimizar os efeitos colaterais (edema, retenção hídrica, edema nas mamas).

65
Q

Quais estrogênios sintéticos são mais similares ao estrogênio endógeno?

A

Valerato de estradiol e 17-beta-estradiol.

66
Q

Explique pq o estrogênio melhora acne, seborreia e hirsutismo.

A

O estrogênio aumenta a produção hepática de SHBG (proteína carreadora dos esteroides sexuais), que se liga à testosterona anulando sua ação (a testosterona biologicamente ativa é a forma livre), dessa forma, os ACOs tem a tendência a diminuir a testosterona livre melhorando acne, seborreia e hirsutismo.

67
Q

Porque o estrogênio pode levar a redução da libido?

A

Pois aumenta a produção hepática de SHBG, reduzindo androgênios biologicamente ativos.

68
Q

Qual hormônio mais varia nas pílulas?

A

Progestogênio (uma vez que o estrogênio usado é quase sempre o etnil-estradiol).

69
Q

Contraceptivos de progestogênio exclusivo: induzem a que? São usadas em que pacientes?

A

Induzem amenorreia e são bastante empregados em pacientes com endometriose, anemia ferropriva por sangramento excessivo, pessoas com contraindicação ao uso de estrogênio.

70
Q

Cite pacientes com contraindicações ao uso de ACO (estrogênio).

A

História pessoal pregressa de TEV, trombofilia, enxaqueca com aura, enxaqueca sem aura com 35 anos ou mais, tabagista acima de 35 anos, CA de mama, HAS, DM há 20 anos ou com lesão vascular, cirrose hepática, hepatite viral, tumor hepático, LES com anticorpos anticardiolipina e anticoagulante lúpico positivos, colestase relacionada ao ACO, doença de VB atual, medicações (rifampicina, barbitúricos - fenobarbital, primidona, topiramato, anticonvulsivantes - fenitoína, carbamazepina, oxcarbazepina).

71
Q

Contraceptivos de progestogênio exclusivo: mecanismo de ação?

A

Espessamento do muco cervical (dificultando penetração e ascensão dos sptz); inibição da ovulação pelo bloqueio do pico de LH; alterações endometriais (hipo/atrofia); alterações da motilidade tubária.

72
Q

1ª geração de progestogênios: cite as drogas.

A

Noretisterona e Medroxiprogesterona.

73
Q

1ª geração de progestogênios - comente:

  • Efeito androgênico.
  • Ação no perfil lipídico.
  • Risco de fenômenos tromboembólicos.
A

1ªs progesteronas sintéticas introduzidas.

  • Ambas têm efeito androgênico (acne, oleosidade).
  • Agem negativamente sobre o perfil lipídico, com tendência em diminuir o HDL e aumentar o LDL e triglicerídeos (não é um aumento grande, mas existe).
  • Risco de fenômenos tromboembólicos em associação com o estrogênio.
74
Q

2ª geração de progestogênios: cite as drogas.

A

Levonorgestrel.

75
Q

2ª geração de progestogênios - comente:

  • Efeito androgênico.
  • Ação no perfil lipídico.
  • Risco de fenômenos tromboembólicos.
A

Criada a partir da Noretisterona, e é mais seletiva ao receptor de progesterona!!

  • MAIOR efeito androgênico.
  • Mantém ação negativa sobre o perfil lipídico.
  • É a progesterona com o MENOR RISCO de fenômenos tromboembólico! Macete: “vc vai na farmácia e LEVa”. Tanto que a pílula ofertada no posto é a de etnil-estradiol + levonorgestrel (Ciclo 21).
76
Q

3ª geração de progestogênios: cite as drogas.

A

Gestodeno e Desogestrel.

77
Q

3ª geração de progestogênios - comente:

  • Efeito androgênico.
  • Ação no perfil lipídico.
  • Risco de fenômenos tromboembólicos.
A

São ainda mais seletivas.

  • Efeito androgênico FRACO.
  • Impacto POSITIVO sobre o perfil lipídico, com tendência em aumentar o HDL e diminuir o LDL e triglicerídeos.
  • MAIOR RISCO de eventos tromboembólicos do que os de 1ª/2ª geração.
78
Q

4ª geração de progestogênios: cite as drogas.

A

Drospirenona, Dienogest e Nomegestrol.

79
Q

4ª geração de progestogênios - comente:

  • Efeito androgênico.
  • Ação no perfil lipídico.
  • Risco de fenômenos tromboembólicos.
A

São mais seletivas ainda.

  • Possuem efeito ANTI-androgênico e efeito antimineralocorticoide.
  • Melhoram o perfil lipídico.
  • MAIOR RISCO de eventos tromboembólicos.
80
Q

Qual foi a conclusão dos progestogênios com relação a efeito androgênio e risco de fenômenos tromboembólicos?

A

Quanto mais anti-androgênica for a progesterona, maior o risco de eventos tromboembólicos, sendo o progestogênio de menor risco o Levonorgestrel.

81
Q

O que é Ciproterona?

A

É um progestogênio derivado de esteroide (17-alfa-hidroxiprogesterona), não se encaixando em nenhuma das outras 4 gerações.

82
Q

Qual é o progestogênio com maior efeito anti-androgênico? Qual a consequência disso?

A

Ciproterona. Consequentemente, é a progesterona com maior risco de eventos tromboembólicos.

83
Q

Com relação ao risco tromboembólico das progesteronas, o que devemos nos atentar em relação a outros fatores que tb aumentam o risco tromboembólico?

A

O estrogênio ainda confere maior risco tromboembólico do que as progesteronas, além de outros fatores serem também de risco maior do que as progesteronas, como a gestação.

84
Q

O que aumenta mais o risco de fenômenos tromboembólicos: engravidar ou usar pílula anticoncepcional?

A

Engravidar.

85
Q

É indicado fazer rastreio para trombofilias para pacientes que iniciarão pílula? Pq?

A

Não, pois pois a trombofilias tem incidência baixa, além de que essas mulheres geralmente já manifestam evento tromboembólico antes na vida.

86
Q

Em que período do uso de ACO é maior o risco tromboembólico?

A

No 1º ano de uso, a chance de ocorrer depois disso é baixa.
- Evite trocar de anticoncepcional, pois ao trocar ela terá mais 1 ano de risco para eventos tromboembólicos. Se paciente está adaptada, não teve evento tromboembólico, nem nada, pode manter.

87
Q

Trocas indiscriminadas de ACO podem gerar o que?

A

Aumentam risco tromboembólico, de gestação, de sangramento irregular e anemia.

88
Q

Uso de pílula anticoncepcional pode aumentar o risco de qual câncer?

A

Câncer de mama.

89
Q

Pílula anticoncepcional reduz o que?

A

Câncer ovário e endométrio (pois estamos reduzindo as ovulações com a pílula/e pelo efeito protetor de endométrio pela progesterona), dismenorreia primária, sintomas de síndrome pré-menstrual, cistos funcionais, Mittelschmerz (que é uma dor de ovulação), endometriose, anemia (por redução do sangramento menstrual), além de promover sangramentos menstruais regulares.

90
Q

Cite eventos adversos dos ACO.

A
  1. Náuseas: hepatite medicamentosa, evitar em pacientes com tumores hepáticos e hepatite
  2. Cefaleia: na presença de enxaqueca com aura, suspender ACO, pois são fatores de risco para AVC.
  3. Edema: por retenção hídrica, opte pela drospirenona como progestogênio (efeito antimineralocorticoide).
  4. Mastalgia: reduzir dose estrogênica e associar progestôgenio menos seletivo ou drospirerona).
  5. Acne: opte por progesteronas antiadrogênicas (ciproterona, drospirenona e clomadinoma).
  6. Sangramento irregular: pode ocorrer sangramentos de escape (spotting), principalmente nos 3 primeiros ciclos.
  7. Alterações de humor e depressão: ocorrem pela mudança hormonal.
  8. Diminuição da libido: ocorre mais nos ACOs com efeito antiandrogênico.
  9. Eventos tromboembólicos.
  10. IAM: em geral é associado a outros fatores de risco (tabagismo, HAS, DM, dislipidemia).
  11. AVC: raro.
  12. HAS: etnilestradiol aumenta renina, com maior ativação do SRAA, piorando HAS preexistente.
91
Q

Cite os tipos de anticoncepcionais injetáveis.

A
  • Mensais.

- Trimestrais.

92
Q

Qual a composição dos:

  • Injetáveis mensais.
  • Injetáveis trimestrais.
A
  • Mensais: combinados (estrogênios naturais + progestogênios).
  • Trimestrais: exclusivos de progestogênios – Acetato de medroxiprogesterona de depósito (AMP-D).
93
Q

Qual é o estrogênio usado nos injetáveis mensais?

A

Diferente das pílulas, aqui o estrogênio usado é o valerato de estradiol ou enantato de estradiol.

94
Q

Qual o mecanismo de ação dos anticoncepcionais injetáveis? E a eficácia é boa?

A
  • Semelhante ao dos contraceptivos orais, com espessamento do muco e inibição da ovulação.
  • Eficácia: muito eficazes quando usados perfeitamente.
95
Q

Cite as contraindicações dos anticoncepcionais injetáveis.

A
  • Injetáveis mensais: mesmas dos contraceptivos orais.

- Injetáveis trimestrais: não tem muitas.

96
Q

Cite efeitos colaterais dos anticoncepcionais injetáveis.

A

Sangramento irregular, amenorreia, ganho de peso, perda de massa óssea, depressão, retorno mais demorado à fertilidade nos trimestrais.

97
Q

AMP-D é o método de escolha para quais pacientes?

A

Com doenças graves (epilepsia, anemia falciforme, remautológicas e cardíacas), além de ser uma opção para mulheres com contraindicações ao estrogênio, podendo ser usada inclusive durante amamentação.

98
Q

Qual tem eficácia melhor: ACO ou AMP-D?

A

AMP-D.

99
Q

AMP-D pode melhorar quais situações?

A

Sangramento excessivo/dismenorreia, sintomas de SPM, dor em mulheres com endometriose, convulsões refratárias e tratamentos anticonvulsivantes convencionais, hemoglobinopatias, hiperplasia endometrial.

100
Q

Transdérmicos (adesivos) e anel vaginal: composição?

A

São combinados de estrogênios sintéticos (principalmente etnilestradiol) e progestogênios, porém, não possuem a 1ª passagem hepática.

101
Q

Transdérmicos (adesivos) e anel vaginal: posologia de cada um?

A

1x/semana para o adesivo e 1x/mês para o anel.

102
Q

Transdérmicos (adesivos) e anel vaginal: contraindicações?

A

Mesmas dos ACOs, exceto parte gástrica.

103
Q

Adesivos têm diminuição de absorção em que pacientes?

A

Com 90kg ou mais.

104
Q

Implantes subdérmicos: composição?

A

Progestogênio exclusivo (etonogestrel), que é liberado em microdoses diárias.

105
Q

Implantes subdérmicos: eficácia e IP?

A

São altamente eficazes, têm o menor IP de todos os métodos (0,05).

106
Q

Implantes subdérmicos: efeito colateral?

A

Sangramento uterino irregular, alterações do humor, cefaleia, diminuição da libido.

107
Q

Implantes subdérmicos: duração?

A

3 anos.

108
Q

Quais são os MAC:

  • Compostos apenas progesterona?
  • Compostos combinados (E+P)?
A
  • Compostos apenas progesterona: pílula de progestogênio isolado, injetável trimestral e implantes.
  • Compostos combinados (E+P): ACO, injetável mensal, adesivo transdérmico e anel vaginal.
109
Q

O que significa “LARCs”? Cite-os.

A

Long-Acting Reversible Contraceptives.
- São métodos eficazes, de longa duração e com completa reversibilidade após a interrupção: DIU de cobre, DIU com levonorgestrel e implante subdérmico.

110
Q

Contracepção de emergência (pílula do dia seguinte): indicações?

A

Relações sexuais desprotegidas e casos de violência sexual.

111
Q

Contracepção de emergência (pílula do dia seguinte): pode ser tomada em até quanto tempo? Quando tem maior eficácia?

A

Até 120 horas pós-coito (5d).
- Até o 3º dia tem maior eficácia, a partir 4º e 5º dia cai ainda mais a eficácia, mas ainda tem alguma eficácia e pode ser prescrita (eficácia é inversamente proporcional ao tempo decorrido da atividade sexual).

112
Q

Contracepção de emergência (pílula do dia seguinte): qual a droga de 1ª escolha?

A

LEVONORGESTREL 1,5mg (2cp), DU. Ou, divide em 2 doses (1cp de 0,75mg de 12/12h, em 1 dia).

113
Q

Contracepção de emergência (pílula do dia seguinte): qual o mecanismo do levonorgestrel?

A

A progesterona em alta dose torna o ambiente uterino hostil a fecundação. Inibe a ovulação ou o adequado desenvolvimento do corpo lúteo, endométrio e muco cervical.

114
Q

Contracepção de emergência (pílula do dia seguinte): qual a 2ª e 3ª opção?

A
  • 2ª opção: Combinado (Método de Yuzpe) = levonorgestrel 500 mcg + etnilestradiol 100 mcg, 12/12h, em 1 dia.
  • 3ª opção: inserção de DIU de cobre.
115
Q

Contracepção de emergência (pílula do dia seguinte): contraindicação? efeito colateral?

A
  • Única contraindicação é a gravidez confirmada.

- Efeitos colaterais: náuseas, vômitos, vertigem, cefaleia, mastalgia.

116
Q

Cite os métodos definitivos de esterilização (Cirúrgicos).

A

1) Laqueadura tubária.

2) Vasectomia.

117
Q

Qual é o IP dos métodos definitivos de esterilização?

A

0,1. Excelente!

118
Q

Laqueadura tubária/Vasectomia: reversão é possível?

A

Sim, mas tem poucos resultados positivos, para ser realizada o casal deve ter plena consciência disso.

119
Q

Laqueadura tubária: técnica?

A

As tubas podem ser cauterizadas, seccionadas ou pode-se usar um anel tubário ou grampo.

120
Q

Que critérios a legislação brasileira estipula para a esterilização cirúrgica?

A
  • Homens e mulheres maiores de 25 anos
    OU
  • 2 filhos vivos;
    Devendo respeitar o intervalo de 60 dias entre o consentimento informado e o ato cirúrgico.
    *Exceção à regra acima: risco de vida materno testemunhado em cartório e assinado por 2 médicos.
121
Q

É vedado ao médico realizar LT durante os períodos de parto, cesariana e aborto, EXCETO se…?

A

EXCETO se comprovada necessidade por sucessivas cesarianas anteriores (pelo menos 2 cesáreas previas, pelo risco materno – ruptura uterina).

122
Q

Contraindicações aos MACs (Tabela). Cite tb os critérios da OMS;

A

1) FOTO.
- Para ficar mais fácil, lembrar das CI ao uso de ESTROGÊNIO (porque progesterona todo método tem que ter): risco tromboembólico, aumenta níveis de PA e risco cardiovascular, risco de AVC e Ca mama.
2) Critérios da OMS:
- OMS 1: o método pode ser usado sem restrições.
- OMS 2: benefícios > riscos.
- OMS 3: riscos > benefícios.
- OMS 4: formalmente contraindicado.
* Ou seja, categoria 3 e 4 = proibido usar.

123
Q

CI MACs - Epilepsia: quais medicações usadas para seu tratamento interferem no uso do ACO?

A

“Indutores fortes da CYP 3A4” = carbamazepina e oxcarbazepina, fenitoína, fenobarbital, topiramato, primidona. Elas usam a enzima CYP 3A4 em seu metabolismo, porém, essa enzima tb metaboliza etnilestradiol (EE) e a progesterona oral (tem 1ª passagem hepática).

124
Q

Paciente com epilepsia, que usa indutores fortes da CYP 3A4, não podem tomar o que de MAC? Quais poderá usar?

A

Não pode tomar nada com EE e nada por boca (ACO está CI). Pode usar = injetável mensal (não usa EE) e trimestral, implante.

125
Q

Paciente com epilepsia, que usa lamotrigina, não pode usar quais MAC? Qual poderá usar?

A

Se usa lamotrigina: não pode usar nenhum método com estrogênio (pois ele usa a enzima de qualquer estrogênio). Pode usar = injetável trimestral, pílula de progestogênio isolado oral, implante.

126
Q

Paciente com epilepsia, que usa ácido valproico, não pode usar quais MAC?

A

Pode usar qualquer método anticoncepcional. Não interfere nas enzimas.

127
Q

Pq é CI o uso de estrogênio em paciente com enxaqueca com aura?

A

Pois é um fenômeno vascular, então, se usarem estrogênio há aumento do risco de AVC. A regra é = não usar estrogênio.

128
Q

Qual MAC hormonal pode ser usado na enxaqueca com aura? Qual o melhor MAC para essa paciente?

A

Podemos usar injetável trimestral e progesterona oral exclusiva, mas, o esteroide tende a aumentar as crises de enxaqueca, então caso isso ocorra devemos descontinuar seu uso. (I) = podemos iniciar; (C) = não continuar se tiver aumento das crises.
- O melhor MAC será DIU de cobre.

129
Q

Enxaqueca sem aura, pode usar estrogênio em:

  • < 35 anos: ?
  • ≥ 35 anos: ?
A

< 35 anos: pode usar estrogênio.

≥ 35 anos: contraindicado o uso de estrogênio (pois acumula risco da idade + enxaqueca).

130
Q

Outros tipos de cefaleia que não seja enxaqueca, pode usar os MACs?

A

Sim.

131
Q

Pq não pode usar MAC hormonal se tiver história pessoal de CA de mama? Qual a opção de MAC?

A

Pois este câncer é hormônio-dependente. Opção é DIU de cobre.

132
Q

Pq não pode usar estrogênio no puerpério? Quais as opções hormonais de MAC?

A
  • Estrogênio interfere no receptor mamário de prolactina, bloqueando a produção láctea.
  • Logo, poderá ser usado: pílula de progestogênio isolado (ex: minípula = tem norestiterona e é usada só durante amamentação; desogestrel), injetável trimestral, implante.
133
Q

Quais MAC hormonais estão contraindicados nas adolescentes e pq?

A

Não pode usar ACO microdosagem (ultrabaixa) e injetável trimestral.
- Adolescência é o momento em que ela mais ganha massa óssea, sendo o pico de massa óssea aos 30-40 anos, dai fica em platô e por volta dos 60 anos cai. Se usar ACO de microdosagem (ultrabaixa), a dosagem de E é menor do que seria a produção ovariana de E, e se usar injetável trimestral faz bloqueio da produção endógena de E, logo, estaremos diminuindo o GANHO de massa óssea da paciente, uma vez que o estrogênio é um coadjuvante no ganho de massa óssea. Obs.: esses fármacos não diminuem a massa óssea da paciente, eles reduzem o GANHO de massa óssea.

134
Q

Qual MAC hormonal não deve ser usado em obesas (≥ 90kg)?

A

Adesivo transdérmico, reduz eficácia.

135
Q

Qual a principal causa de amenorreia na pausa da cartela?

A

Atrofia endometrial.