Hepatites Virais Flashcards

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1
Q

O que é hepatite?

A

Inflamação do parênquima hepático, caracterizado por infiltrado inflamatório local, que provoca lesão tecidual, com necrose hepatocelular.

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2
Q

Hepatite A - Agente etiológico

A

PicoRNAvírus. Vírus RNA.

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3
Q

Picornavírus - sorotipos, imunidade e incubação

A
  • Não tem sorotipos.
  • Imunidade é permanente após primoinfecção ou vacina.
  • Incubação: 28 dias.
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4
Q

Hepatite A ocorre mais em que faixa etária?

A

Em crianças, sendo oligossintomáticas e anictéricas.

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5
Q

Letalidade da hepatite A

A

É autolimitada e benigna geralmente. Letalidade mais alta em adultos. Hepatite fulminante é rara.

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6
Q

Há cronificação na hepatite A?

A

Não.

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7
Q

Hepatite A - Transmissão ocorre como e quando?

A

Fecal-oral através de água/alimentos contaminados com HAV, além de contato inter-humano (HSH - sexual)..
Relacionado à condições precárias de saneamento.
- Ocorre de 2 semanas antes até 3 semanas após os sintomas.

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8
Q

Cite as formas de HAV

A

1- Anictérica: comum em crianças, oligossintomática e com elevação das transaminases.
2- Ictérica: mais frequente em adultos.
3- Fulminante: < 1% dos casos de HAV. Qnd ocorre é em > 65 anos.

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9
Q

Quais são os critérios AASLD para hepatite fulminante?

A
1- Paciente sem cirrose preexistente.
2- Doença hepática com < 26 semanas de duração.
3- Coagulopatia: INR > 1,5.
4- Encefalopatia.
*Precisa de transplante de fígado.
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10
Q

Evolução da HAV - Sintomas

A

1- Fase prodrômica (anictérica): dura alguns dias. Febre, anorexia, náuseas, vômitos, diarreias (ou não), mialgia e mal-estar. -> daqui maioria evolui p/ fase 3, mas pode ir p/ 2 antes.
2- Fase ictérica; dura semanas. Icterícia, colúria, acolia fecal, dor abdominal, hepatomegalia -> evolui p/ fase 3.
3- Fase de convalescência: dura meses. Regressão da icterícia. Até o 6º mês, pode ocorrer retorno da icterícia e oscilação das transaminases, mas após 6m não tem mais hepatite A (ñ cronifica!).

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11
Q

Diagnóstico - Hepatite A

A
  • Transaminases elevadas 3x o LSN (chegam a 5.000).
  • Sorologia:
  • Anti-HAV Total positivo + Anti-HAV IgM positivo = Infecção recente pelo vírus da hepatite A.
  • Anti-HAV Total positivo + Anti-HAV IgM negativo = Infecção passada pelo vírus da hepatite A, imune.
  • Anti-HAV Total negativo + Anti-HAV IgM negativo = Ausência de contato com vírus da hepatite A, não imune.
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12
Q

Diagnóstico: Anti-HAV Total negativo + Anti-HAV IgM negativo

A

Ausência de contato com vírus da hepatite A, não imune.

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13
Q

Diagnóstico: Anti-HAV Total positivo + Anti-HAV IgM negativo

A

Infecção passada pelo vírus da hepatite A, imune.

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14
Q

Diangóstico: Anti-HAV Total positivo + Anti-HAV IgM positivo

A

Infecção recente pelo vírus da hepatite A.

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15
Q

Tratamento - Hepatite A

A
  • Sem antiviral.
  • Hidratação, dieta leve hipolipídica e restrição de álcool, analgésicos e antieméticos.
  • Se sinais de insuficiência hepática aguda (INR > 1,5; alteração do nível de consciência): transferir p/ serviço de transplante hepático.
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16
Q

Prevenção - Hepatite A

A
  • Vacina: vírus inativado.
    1- Em crianças: feita aos 15m (PNI).
    2- Em adultos: viajantes para áreas endêmicas, infecção HIV, homens que fazem sexo com homem, hepatopatas crônicos, profissionais de saúde e que lidam com lixo.
  • Medidas higienodietéticas.
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17
Q

Qual o único vírus DNA das hepatites?

A

HepaDNAvírus da hepatite B.

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18
Q

Hepatite B - Agente etiológico e incubação

A

HepaDNAvírus, vírus DNA.

Incubação: 30-180 dias.

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19
Q

Transmissão da hepatite B - vias, período

A
  • Parenteral, percutânea, transfusional, sexual (principal) e vertical. Chegam nos hepatócitos e incorporam seu DNA ao genoma celular e iniciam replicação.
  • Inicia 2-3 semanas antes dos sintomas e transmissão perdura enquanto houver sintomas e HBsAg.
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20
Q

Quais são os marcadores da hepatite B?

A

HBsAg, HBeAg, HBcAg, Anti-HBc IgM e IgG, Anti-HBe, Anti-HBs.

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21
Q

HBsAg?

A

Antígeno de superfície, é o 1º marcador virológico a surgir na hepatite B.

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22
Q

HBeAg?

A

Surge quase junto com o HBsAg e é o marcador de replicação viral na hepatite B.

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23
Q

HBcAg?

A

Antígeno core (HBcAg), da hepatite B. Ele fica dentro do hepatócito, logo, não é dosado (teria q fazer biópsia). Por isso iremos dosar apenas o anti-HBc.

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24
Q

Anti-HBc?

A

Tem IgM, que indica hepatite B aguda, e depois cai surgindo o IgG (ou anti-HBc total).

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25
Q

Anti-HBe?

A

Ao cessar replicação viral na hepatite B, surge o anti-HBe.

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26
Q

Anti-HBs?

A

Surge ao desaparecer o HBsAg, indicando imunidade e cura. Isso ocorre em até 6m, se não houver cronificação da doença.
*Está presente isoladamente em pacientes vacinadas.

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27
Q

Que marcadores sorológicos espero encontrar se houver cronificação da hepatite B?

A

HBsAg, Anti-HBc IgG, HBeAg, após 6m de doença.

- Após um período prolongado pode surgir o anti-HBe.

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28
Q

Porque hepatite B pode cronificar?

A

Porque há integração do DNA do HBV com DNA do hepatócito, ou seja, vírus fica em latência pelo resto da vida mesmo na resolução do quadro

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29
Q

Qual a principal complicação da cronificação da hepatite B?

A

Hepatocarcinoma, mesmo sem cirrose.

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30
Q

Prevalência da hepatite B é em que idade?

A

Frequente entre 20-39 anos (vida sexual).

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31
Q

Formas clínicas da hepatite B

A

1- Hepatite aguda: 30% são ictéricos, com febre, anorexia, náusea, vômitos, diarreia, mialgia, com melhora em 20-30 dias. HBsAg some em até 6 meses.
2- Hepatite crônica: assintomática (exceto se cirrose/hepatoCA). 5-10% dos adultos cronificam. HBsAg e replicação viral permanece por mais de 6 meses.
3- Hepatite fulminante: 1% dos casos de HBV e 12% dos casos de hepatite aguda evoluem para hepatite fulminante.

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32
Q

Fase 1 hep B crôninca - EASL

A

– Infecção pelo HBV crônico com HBeAg positivo: transaminases normais, alta carga viral e intensa integração do HBV com o DNA dos hepatócitos. Sem necroinflamação, mais comum em crianças que pegaram HBV no parto. Alta transmissibilidade, com pouca resolução de HBeAg.

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33
Q

Fase 2 hep B crônica - EASL

A

– Infecção pelo HBV crônico com HBeAg positivo, mas com ALT alterada: corpo começa combater vírus, há necroinflamação, por isso aumenta ALT, carga viral alta (mas menor que na fase 1). Desfecho: perda do HBeAg e supressão da carga viral ou perda do HBeAg com falha na supressão da carga viral.

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34
Q

Fase 3 hep b crônica - EASL

A

– Infeccão pelo HBV crônico com HBeAg negativo e carga viral controlada: era chamada de portador-inativo. Não fez viragem de HBsAg para anti-HBs, mas está suprimindo o vírus (HBeAg negativo). Tem carga viral zerada ou abaixo de 2.000 UI/ml. 1-3% dos pacientes irão perder HBsAg e produzir antiHBs.

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35
Q

Fase 4 hep B crônica - EASL

A

– Infecção pelo HBV crônico com HBeAg negativo e carga viral moderada a alta: incomum. Ocorre por mutação que faz com que não produza HBeAg, mas tem ALT alterada e carga viral alta (> 2.000 UI/ml).

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36
Q

Fase 5 hep b crônica- EASL

A

– HbsAg negativo: controle da replicação viral, anti-HBs positivo, anti-HBc positivo por toda a vida, mas não podemos afirmar que curou, o termo correto é “hepatite viral B oculta”, pois ele mantém o vírus oculto nos hepatócitos.

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37
Q

Diagnóstico - Hep B Aguda

A
  • HBsAg: +
  • Anti-HBc IgM: +
  • Anti-HBc IgG (total):+/ –
  • HBeAg: +
  • Anti-HBeAg: –
  • Anti-HBs: –
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38
Q

Diagnóstico - Hep B Crônica

A
  • HBsAg: +
  • Anti-HBc IgM: –
  • Anti-HBc IgG (total): +
  • HBeAg: +
  • Anti-HBeAg: –
  • Anti-HBs: –
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39
Q

Diagnóstico - Portador inativo hep B

A
  • HBsAg: +
  • Anti-HBc IgM: –
  • Anti-HBc IgG (total): +
  • HBeAg: –
  • Anti-HBeAg: +
  • Anti-HBs: –
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40
Q

Diagnóstico - Cura hep B

A
  • HBsAg: –
  • Anti-HBc IgM: –
  • Anti-HBc IgG (total): +
  • HBeAg: –
  • Anti-HBeAg: +/-
  • Anti-HBs: +
41
Q

Diagnóstico - Vacinação hep B

A
  • HBsAg: –
  • Anti-HBc IgM: –
  • Anti-HBc IgG (total): –
  • HBeAg: –
  • Anti-HBeAg: –
  • Anti-HBs: +
42
Q

Tratamento - Hepatite B aguda

A

Sintomáticos e suporte.

43
Q

Tratamento - Hepatite B fulminante

A

Transplante.

44
Q

Tratamento - Hepatite B crônica

A

1- Interferon gama: pode ser usado em pcte HBeAg não cirróticos. Mts efeitos colaterais, é feito por 6m -> e aí se tiverem carga viral > 20.000 UI ou não apresentarem soroconversão de HBsAg em até 48 semanas (1 ano), substitui-lo por tenofovir ou entecavir -> antivirais usados por toda vida.
2- Tenofovir: 1ª escolha de tratamento dai.Dose: 300 mg/d.
3- Entecavir: reservado para IRA/cirróticos. Dose: 0,5 mg/d em não cirróticos e 1 mg/d em cirróticos.

45
Q

Critérios p/ definir se trato hep B

A

Basta 1 dos critérios abaixo:

  • HBeAg reagente e ALT > 2x LSN.
  • Adulto com > 30 anos com HBeAg reagente.
  • HBeAg não reagente, HBV-DNA > 2.000 UI/ml e ALT > 2x LSN.
46
Q

Situações q trato hep B independente de HBeAg, idade ou PCR

A

 Hepatite aguda grave (coagulopatias ou icterícia por mais de 14 dias);
 Reativação de hepatite B crônica;
 Cirrose/insuficiência hepática;
 Biópsia hepática METAVI R ≥A2F2 ou elastografia hepática > 7,0 kPa;
 Prevenção de reativação viral em pacientes que irão receber terapia imunossupressora (IMSS) ou quimioterapia. (Paciente que já teve hepatite B ou é portador inativo);
 História familiar de carcinoma hepatocelular;
 Manifestações extra-hepática: acometimento motor incapacitante, artrite, vasculites, glomerulonefrite e poliarterite nodosa;
 Co-infecção HIV/HBV ou HCV/HBV.

47
Q

Prevenção p/ hep B

A
  • Vacina: para todos que nunca tomaram, independente da idade (ou que não apresentaram soroconversão vacinal indicada por anti-HBs > 10 mUI/ml).
  • PNI: 1 dose ao nascimento, 1 dose com 2 meses e 1 dose com 6 meses de idade.
  • Gestantes q tem infecção por hep B: RN pode fazer imunoglobulina (HBIg) nas primeiras 12h, além da vacina. Feito essa profilaxia o aleitamento ñ é CI.
48
Q

Qual a evolução da hep B geralmente?

A

Resolução da doença ocorre em 90-95% dos casos. Não falamos em “cura”, mas na maioria há soroconversão de HBsAg p/ anti-HBs.

49
Q

Cronificação da hep B ocorre mais em quem?

A

< 5 anos: 70-90%.

  • Adultos: só 5%.
  • Em RN de mãe com hep B replicante = 70-90% se infectam / RN de mãe com hep B ñ replicante = 10-40% se infectam. Maioria desses RN cronificam.
50
Q

Hepatite C - Agente etiológico

A

Flavivírus. RNA vírus.

51
Q

Hepatite C - Transmissão (vias)

A

Parenteral, transfusional, percutânea, vertical, sexual (é rara), e em 40% das vezes não identificamos a causa da transmissão.

52
Q

Qual hepatite viral cronifica mais e pq?

A

Hepatite C (85%). Porque tem vários genótipos (envelope viral é variável) q permitem o vírus evadir da resposta imunológico, sendo o genótipo 1 o q mais leva a cronificação.

53
Q

Genótipos da hepatite C - quais são, prevalência

A

Vai de 1 a 6, sendo o 1 o mais prevalente e no Brasil temos mais o 1 e 3.

54
Q

Qual hepatite é a principal causa de transplante no mundo e pq?

A

Hepatite C, pois é assintomática na fase aguda, cronifica e é descoberta geralmente na fase cirrótica.

55
Q

Definição de hepatite C crônica

A

Permanência do vírus no sangue por mais de 6 meses O anti-HCV vai ficar positivo por toda a vida, temos q dosar carga viral p/ saber se cronificou ou curou.

56
Q

Qual a via final da hepatite C e quais fatores aceleram essa evolução?

A

Cirrose e hepatocarcinoma (em 30 anos). Aceleram isso (≤ 20 anos): álcool, coinfecção com HIV ou HBV.

57
Q

Cite manifestações extra-hepáticas da hepatite C

A

Acometimento neuro-motor, porfiria cutânea, líquen plano, poliarterite nodosa, IRC, púrpura trombocitopênica idiopática e criglobulinemia (a mais comum, pode levar a GN, vasculites, acometimento ocular/pulmonar/SNC/SNP).

58
Q

Fatores de risco p/ infecção de hepatite C

A

• Tratamento com fatores de coagulação antes de 1987; Transfusão sanguínea ou transplante de órgãos antes de 1992; múltiplos parceiros sexuais; hemodiálise a longo prazo; drogas injetáveis; nascimento de mães infectadas; injeções de massa, praticas tradicionais e instrumental não esterilizado.

59
Q

Diagnóstico hepatite C

A
  • Solicitar anti-HCV: se positivo, solicite PCR quantitativo -> se vier negativo = pessoa “curada” (teve contato com vírus) ou era falso-positivo / se PCR positivo = hepatite C crônica, pedir genotipagem + biópsia ou elastografia p/ estadiar lesão hepática.
  • Se anti-HCV negativo: repetir exame em 30-60 dias se risco presente.
60
Q

Porque solicitar carga viral (PCR) na hepatite C?

A

Pq anti-HCV ñ distingue IgM e IgG e tb persiste positivo por toda vida, então se vem positivo, precisamos de PCR p/ saber se pcte está curado ou se cronificou.

61
Q

Comportamento das transaminases na hepatite C crônica

A

Oscilam, logo, transaminases normais ñ indicam ausência de doença.

62
Q

Pra que serve o score CHILD?

A

Avaliar prognóstico da doença hepática crônica e necessidade de transplante.

63
Q

Quais os fatores avaliados no CHILD?

A
  • Bilirrubina
  • Encefalopatia
  • Albumina
  • TAP/RNI
  • Ascite
  • Foto p/ ver pontos.
64
Q

Pontuação do CHILD

A
  • A = 5-6 pontos (bom prognóstico).
  • B = 7-9 pontos -> incluir no cadastro de transplante hepático.
  • C = > 10 pontos (mau prognóstico).
65
Q

Tratamento da hepatite C é indicado pra quem?

A

Todos com infecção pelo HCV, comprovados, independentemente do grau de acometimento hepático.

66
Q

Qual a eficácia do tto p/ hep C e como os genótipos respondem?

A

> 90% de chance de cura.
Genótipo 1 = melhora resposta.
Genótipo 3 = pior resposta.

67
Q

Medicações usadas no tto de hep C

A

Combinação de DAAs, por 8, 12, 26 ou 24 semanas.
1- Sofosbuvir + velpatasvir.
2- Glecaprevir + pibrentasvir.
3- Ribavirina em associação ao esquema.

68
Q

Quando uso ribavirina e qual o efeito colateral?

A

Em situações com maior risco de falha p/ tto de hep C: cirróticos, idosos, genótipo 3, coinfecção HIV, falha no tratamento com inibidores de proteases iniciais.
*Efeito colateral: anemia hemolítica

69
Q

Como monitorizar resposta ao tto p/ hep C?

A

Dosar carga viral após final do tratamento, com 12 semanas e novamente com 24 semanas. Cura = carga viral de HCV < 12 UI.

70
Q

Prevenção p/ hep C

A
  • Tratamento na fase aguda da hepatite C, evitando cronificação.
  • Controle do banco de sangue, esterilização dos instrumentos.
  • Não há imunoprofilaxia.
71
Q

Hepatite D - Agente etiológico

A

HDV (vírus da hepatite delta).

72
Q

Como ocorre infecção pelo HDV?

A

Depende do HBsAg p/ se replicar.

Transmissão: sexual e parenteral.

73
Q

Co-infecção x Superinfecção - Hepatite D

A

1- Co-infecção: adquire os 2 vírus ao mesmo tempo -> maioria é hepatite aguda e recupera (90%). (Anti-HBc IgM +)
2- Superinfecção: já são portadores do HBV e adquirem o HDV -> maioria hepatite aguda (60%), mas tem maior chance de hepatite fulminante e cronicidade. (Anti-HBc IgM -)

74
Q

Hepatite D pode cronificar?

A

Sim, e é a principal causa de cirrose hepática em crianças e adultos jovens em áreas endêmicas da Itália, Inglaterra e região amazônica.

75
Q

Diagnóstico - Hepatite D

A

Anti-HDV Igm e total, PCR HDV-RNA.

76
Q

Tratamento - Hepatite D

A

Prevenção de HBV (vacina) e tratar hepatite B. Se cirrose, indicar transplante ou medidas de suporte. Não tem vacina p/ hepatite D,

77
Q

Hepatite E - Agente etiológico

A

HEV, calciviridae, RNA.

78
Q

Hepatite E cronifica?

A

Não.

79
Q

Transmissão da hepatite E

A

Fecal-oral.

80
Q

Evolução da hepatite E

A

É autolimitada, mas pode apresentar formas clínicas graves, especialmente em gestantes.

81
Q

Em quem hepatite E é mais grave e o q pode causar?

A

Gestantes, pode cursar com hepatite fulminante.

82
Q

Diagnóstico hepatite E

A

Anti-HEV IgM.

83
Q

Há vacina para hepatie E?

A

Não.

84
Q

Hepatite G - Agente etiológico

A

HGV (pegivírus ou GV vírus). Flavivírus, RNA.

85
Q

Transmissão da hepatite G

A

Parenteral.

86
Q

Hepatite G é comum? Cronifica?

A

É bastante incomum, mas quando ocorre 90-100% cronificam.

87
Q

Gestantes e hepatites: como funciona vacinação e amamentação?

A

Não há contraindicações para vacina (A e B). Hepatite A, E podem ser transmitidas por secreções orais da mãe durante amamentação e D pode ser transmitida no leite. Fazer imunoglobulina contra hep B + vacina no RN e pode amamentar.

88
Q

Temos vacina para quais hepatites?

A

A, B.

89
Q

Quais hepatites cronificam?

A

B, C, D, G.

90
Q

Quais hepatites tem transmissão fecal-oral?

A

A, E.

91
Q

Qual hepatite tem a via sexual como a principal?

A

B.

92
Q

Qual hepatite tem a via parenteral/transfusional como a principal?

A

C

93
Q

Doença sérica e hepatite B

A

Doença sérica é uma doença do complexo imunológico associada a agentes infecciosos. Ex: infecção pela hepatite B pode se apresentar com erupção cutânea, poliarterite e febre na fase pré-estérica.

94
Q

HBV x HCV: qual tem maior infectividade?

A

HBV, pq o risco de transmissão da hepatite C em material biológico é de 3-7%, enqnt da hep B chega a 67%.

95
Q

Cite marcadores de lesão hepática

A

TGP, TGO, Fosfatase alcalina, bilirrubinas.

96
Q

Cite marcadores de função hepatocelular

A

Albumina, bilirrubina, tempo de protrombina.

97
Q

HBV x HCV: qual tem maior virulência?

A

HCV.

98
Q

Contraindicações ao uso de interferona

A

Consumo atual de álcool/drogas, cardiopatia grave, disfunção tireoidiana ñ controlada, distúrbios psiquiátricos ñ tratados, neoplasia recente, insuf hepática, antecedente de transplante (exceto hepático), distúrbios hematológicos (anemia/leucopenia/plaquetopenia), doença autoimune, intolerância ao medicamento.

99
Q

Contraindicações ao uso de tenofovir

A

DRC, osteoporose, terapia antirretroviral com didanosina, cirrose hepática (CI relativa), intolerância ao medicamento.