Complicações pós-operatórias Flashcards

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1
Q

Complicações pós-op são resultado de (3)…

A

Da doença primária do paciente; de fatores não relacionados com a doença de base ou decorrentes do ato operatório.

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2
Q

Como e quando iniciar prevenção das complicações?

A

Iniciar no pré-op, avaliando histórico do paciente e fatores de risco (tabagismo, perda de peso, risco nutricional, mobilização precoce, fisioterapia pulmonar, prevenção de tromboembolismo).

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3
Q

O abandono do tabagismo antes da cirurgia traz algum benefício? O que?

A

Sim, abandono do tabagismo por 6 semanas antes da cirurgia diminui em 5-10% a incidência de complicações pulmonares no pós-operatório.

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4
Q

Perda de peso previne risco de complicações pós-op? Como?

A

Perda de peso diminui a pressão intra-abdominal e o risco de complicações da ferida e de problemas respiratórios no período de recuperação operatória.

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5
Q

Cite algumas orientações a fazer manha posterior da cirurgia.

A
  • Sentar, tossir, fazer movimentos inspiratórios profundos e caminhar, se possível.
  • Monitorização contínua da PA e DC em pacientes severamente doentes.
  • Posição ortostática permite a expansão dos segmentos basais pulmonares.
  • Deambulação aumenta a circulação das extremidades inferiores e diminui o risco de tromboembolismo venoso.
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6
Q

Quais são as infecções mais frequentes no pós-op?

A

1) sítio cirúrgico.
2) trato urinário.
3) respiratória.

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7
Q

Febre é frequente no pós-op? O que indica? É produzida em resposta a que?

A
  • Ocorre em até 40% dos casos pós-op e é um sinal de alerta de alguma complicação.
  • É produzida em resposta a processos infecciosos e não infecciosos.
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8
Q

Quais as principais causas de febre pós-op e em que período ocorrem? Cite o quadro clínico de cada.

A
  • 24h: atelectasia pulmonar (tosse, dispneia, alteração da ausculta).
  • 48h: flebite (dor, eritema e endurecimento em trajeto venoso).
  • 72h: ITU (disúria, hematúria, alteração do aspecto da urina).
  • até o 5º dia: infecção da ferida operatória (dor, hiperemia, secreção purulenta).
  • após o 7º dia: coleção intracavitária, fístula (taquicardia, distensão abdominal, íleo prolongado, efluente entérico).
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9
Q

Causas de febre nas primeiras 12h

A

Alterações metabólicas ou endócrinas (crise tireoidiana e insuficiência adrenocortical), hipotensão prolongada com perfusão tecidual periférica inadequada ou reação transfusional, que pode resolver-se espontaneamente.

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10
Q

Quais são as complicações mais comuns em pós-operatórios?

A

Complicações respiratórias.

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11
Q

Quais é a 2ª causa mais frequente de morte no pós-op de pacientes acima de 60a?

A

Complicações respiratórias.

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12
Q

Quem apresenta risco aumentado para complicações respiratórias? E quais cirurgias são de baixo risco?

A
  • Risco aumentado: cirurgia de tórax e de abdome superior, cirurgia de urgência, portadores de doenças crônicas, desnutrição, idosos, enfisema, tabagismo.
  • Baixo risco: pós-op de cirurgias pélvicas e extremidades corpóreas.
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13
Q

Qual a complicação pulmonar pós-op mais comum?

A

Atelectasia.

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14
Q

Atelectasia pós-op é mais frequente em que pessoas?

A

Idosos, obesos, tabagistas, DPOC.

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15
Q

Em que período acontece a atelectasia?

A

Nas primeiras 48h pós-op, representado 90% dos episódios febris durante esse período.

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16
Q

Qual a principal causa de febre nas primeiras 24h pós-op?

A

Atelectasia pulmonar.

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17
Q

Evolução da atelectasia e possível complicação

A

É autolimitada na maioria das vezes, porém, áreas pulmonares atelectásicas por mais de 72h podem promover pneumonia.

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18
Q

Atelectasia - Clínica

A

Febre, taquipneia, taquicardia, tosse produtiva e com rolhas associada à diminuição de murmúrios pulmonares.

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19
Q

Atelectasia - Diagnóstico

A

Clínica + RX de tórax (é mais frequente nos lobos inferiores e retrai o mediastino pro seu lado).

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20
Q

Atelectasia - Prevenção

A

Exercícios respiratórios, deambulação precoce, uso de espirômetro, fisioterapia, encorajamento da tosse, e em casos extremos, broncoscopia para toalete brônquica adequada.

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21
Q

Insuficiência respiratória aguda - Definição

A

Qualquer comprometimento na liberação, transporte ou uso de oxigênio, ou eliminação de CO2, e que não se restringe à doença pulmonar.
- Podendo ser causada por baixo DC, como choque cardiogênico). (dificultam transporte de O2), sepse (diminuem o uso celular efetivo de O2).

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22
Q

O que é aspiração pulmonar? Em quem é mais frequente?

A
  • Refluxo gástrico para pulmão.
  • Ocorre geralmente em pacientes sedados, com diminuição do nível de consciência, DRGE, estômago cheio, vômitos, inserção de SNG e endotraqueal.
  • Cerca de 2/3 ocorrem após cirurgia torácica e abdominal, e metade desses pacientes desenvolve pneumonia.
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23
Q

Aspiração pulmonar maciça é grave?

A

Leva à 50% de mortalidade, causa infecção secundária.

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24
Q

A lesão pulmonar produzida pela aspiração do fluido gástrico é determinada por quais fatores?

A

É denominada de síndrome de Mendelson e é determinado pelo volume do aspirado, seu pH e pela frequência do evento.

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25
Q

O que a aspiração de fluido gástrico com pH ≤ 2,5 causa?

A

Causa imediatamente pneumonite química, que resulta em edema local e inflamação, favorecendo a infecção secundária.

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26
Q

O que pode acontecer na aspiração de conteúdo sólido? Quais segmentos são mais afetados?

A

Pode gerar obstrução de via aérea, podendo evoluir com formação de abscesso pulmonar. Os segmentos basais são mais afetados, mas os quadros de aspiração maciça são mais frequentes no lobo superior direito.

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27
Q

Aspiração pulmonar - Clínica

A

Quadro de insuficiência respiratória. Taquipneia e hipóxia presentes por horas.
- Na aspiração maciça, pode ocorrer hipovolemia (perda de fluidos para o pulmão) com hipotensão e choque. Não é frequente: cianose, síncope e apneia.

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28
Q

Aspiração pulmonar - medidas preventivas

A

Jejum adequado, posição adequada na mesa cirúrgica e no leito, cuidados na intubação endotraqueal, proteção da via aérea.

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29
Q

Aspiração pulmonar - terapêutica

A

Diagnóstico precoce, aspiração através do tubo endotraqueal (estimula tosse e facilita eliminação de secreção), fisioterapia, broncoscopia (p/ retirar corpo estranho), expansão volêmica EV p/ hipotensão, ATB.

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30
Q

Quando consideramos pneumonia de causa hospitalar?

A

Quando ocorre em até 30 dias após a cirurgia.

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31
Q

Qual a complicação pulmonar que mais comumente causa morte em pacientes pós-op?

A

Pneumonia pós-op.

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32
Q

Quais o fatores de risco p/ pneumonia pós-op?

A

Paciente com peritonite bacteriana no pós-op, longos períodos em VM, atelectasias, aspirações e secreções aumentadas nas vias aéreas.

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33
Q

Quais os agente mais comuns em paciente com pneumonia hospitalar precoce, sem ATBterapia prévia?

A

S. pneumoniae, H. influenzae e enterococo.

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34
Q

O que ocorre com as defesas respiratorias do hospedeiro no pós-op?

A

O mecanismo de tosse está comprometido no pós-operatório; sistema mucociliar fica danificado pela IOT (predispondo a colonização bacteriana e infecção) e a habilidade dos macrófagos estão comprometidas (pela oxigenação, edema pulmonar, aspiração, corticoterapia, etc).

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35
Q

Pneumonia pós-op - Clínica e diagnóstico

A

Febre, taquipneia, aumento de secreções. EF: macicez, broncofonia aumentada e pectorilóquia (consolidação). Raio X de tórax: mostra consolidação do parênquima, mas a ausência de consolidação não exclui pneumonia.

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36
Q

Pneumonia pós-op - Prevenção

A

Manter via aérea limpa de secreções -> exercícios respiratórios, respiração profunda e tosse frequente evitam atelectasia, que é precursora da pneumonia.

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37
Q

Pneumonia pós-op - Taxa de Mortalidade

A

20-40%. Taxas são maiores em pneumonia pós-cirurgia de urgência.

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38
Q

O que é a - Tríade de Virchow?

A

Fisiopato de TEP.
- Lesão endotelial, estase venosa, hipercoagulabilidade. Através disso são formados trombos E ao se desprenderem formam êmbolos. Sabidamente, a cirurgia causa lesão endotelial e estase venosa.

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39
Q

Em que local se originam a maioria dos êmbolos pulmonares?

A

Sistema venoso iliofemoral. Quando esse trombo se desprende, o êmbolo chega no pulmão e obstrui tronco pulmonar geralmente, resultando em infarto pulmonar.

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40
Q

TEP - Clínica (gravidade depende do que? quais os sinais/sintomas?)

A

A gravidade clínica do êmbolo pulmonar depende do tamanho do trombo:

  • Embolia pulmonar de maior grau: sintomas rapidamente progressivos de dispneia, dor torácica (pleurítica, apreensão) e tosse.
  • Embolia maciça: associada a hemoptise e síncope, mas é menos comum.
  • Sinais clínicos: taquipneia, taquicardia.
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41
Q

Quais exames solicitar para paciente no pós-op que cursa com dor torácica e dispneia? Qual a supeita? Que achados espero?

A

Suspeita de TEP. Exames e achados:

  • Gasometria arterial: PaO2 < 70 mmHg = suspeita de TEP.
  • ECG: inespecífico = inversão de onda T, alterações do segmento ST. Embolia grave pode ter o padrão S1Q3T3, BRD ou desvio do eixo à direita.
  • Raio X de tórax: inespecífico muitas vezes, mas pode-se observar cunha na base da pleura (corcova de Hampton) ou oligoemia focal de Westermark.
  • Dímero D: tem VPN alto -> se vier negativo, descarto trombo.
  • Troponina: pode estar elevada.
  • Angiografia: padrão-ouro, mas por ser invasiva e com morbidade significativa, foi desenvolvida a cintilografia de ventilação/perfusão e posteriormente a angioTC (que é a melhor).
  • Cintilografia de ventilação/perfusão.
  • Angiotomografia: Técnica nova, não invasiva, rapidez diagnóstica, baixa morbidade, altíssima sensibilidade (86%) e especificidade de (92%).
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42
Q

Qual a principal causa de complicação fatal no período pós-op precoce de cirurgia bariátrica e pq?

A

TEP, pois obesos tem predisposição à tromboembolismo.

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43
Q

Porque ocorre a corcova de Hampton visto no RX?

A

TEP.

Pelo colabamento alveolar devido à interrupção do fluxo pelas aa. Pulmonares

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44
Q

Pq ocorre a oligoemia focal de Westermark visto no RX?

A

TEP.

Êmbolos muito grandes obstruem ramos da a. pulmonar principal, gerando interrupção abrupta dos ramos vasculares pulmonares no lado afetado, formando uma imagem de vazio, em cunha.

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45
Q

Dímero D é específico para TEP? Pq solicitá-lo?

A

Não é específico pra TEP (está aumentado em muitas situações), mas tem VPN alto -> se vier negativo, descarto trombo.

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46
Q

Qual desses exames é mais usado na investigação de TEP atualmente: angiografia, cintilografia de ventilação/perfusão ou angiotomografia?

A

Angiotomografia.

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47
Q

TEP - Terapêutica

A
  • Oferta de oxigênio: máscara facial de pressão ou IOT em casos graves.
  • Filtro de veia cava: paciente em uso de ACO e que sofre grande hemorragia, para prevenir migração de outros êmbolos para pulmões.
  • TEP maciço: hipoxemia grave e colapso circulatório -> administrar líquidos EV, agentes inotrópicos e manter ritmo cardíaco favorável. É uma indicação clássica para uso de trombolíticos (desde que não haja histórico recente de lesão intracraniana ou grande procedimento abdominal nos últimos 10 dias).
  • Terapia trombolítica: estreptoquinase, uroquinase, rt-PA (ativador de plasminogênio tecidual).

*Embolectomia pulmonar: considerar na tentativa emergencial de salvar a vida do paciente.

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48
Q

TEP - Dx diferencial

A

Pneumotórax, pneumonia, atelectasia, IAM.

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49
Q

Cite as origens de causas externas de embolia gordurosa

A

Transfusão, nutrição parenteral, transplante de medula óssea, vítimas de trauma e fratura múltipla.

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50
Q

Qual a causa clássica de embolia gordurosa?

A

É clássico ocorrer em fratura de ossos longos.

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51
Q

Em que período classicamente ocorre a embolia gordurosa? Onde o êmbolo pode estar presente?

A
  • Ocorre 12 a 72 horas pós-trauma, mas pode se apresentar semanas após.
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52
Q

Embolia gordurosa -Clínica

A

Sintomas neurológicos, insuficiência respiratória e petéquias nas axilas, tórax e MMSS.

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53
Q

Embolia gordurosa - Diagnóstico e lab

A

Clínico. Pode ter achado de êmbolos gordurosos no escarro e na urina, mas não é específico.
- Lab: queda do Ht, trombocitopenia, alterações na coagulação.

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54
Q

Embolia gordurosa - Conduta e Prognóstico

A

Necessidade de suporte ventilatório. E IRpA é melhor o uso de VM assistida com PEEP + diuréticos. Prognóstico depende da extensão.

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55
Q

O que ocorre no edema pulmonar?

A

Acúmulo de líquido nos alvéolos determinando redução da troca gasosa, desencadeando hipoxemia.

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56
Q

Edema pulmonar - causas pós-op

A

No pós-op, as principais causas são iatrogênicas (excesso de fluidos IV), disfunção miocárdica primária e hipertensão arterial não controlada. Além de infecção generalizada.

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57
Q

Edema pulmonar - clínica

A

Dispneia e ortopneia aguda, taquicardia, cianose, ansiedade, sibilos, estertores crepitantes associados ao decúbito difusamente.

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58
Q

Edema pulmonar - tratamento e objetivo

A

Depende da origem, mas de modo geral: nitratos, diuréticos de alça, nitroprussiato de sódio e morfina. Objetivo: reduzir pré e pós-carga.

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59
Q

SDRA - Desenvolve-se após…

A

Trauma ou sepse.

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60
Q

SDRA - Fisiopato

A

Os pulmões desenvolvem uma resposta inflamatória inespecífica, e monócitos e neutrófilos invadem o interstício. O edema aparece em poucas horas (impede ventilação e oxigenação, cai PaO2 e eleva PaCO2), líquidos alveolares surgem dentro das 24 horas iniciais, e a cicatrização local se desenvolve em 1 semana. Se não cessar o processo, os pulmões tornam-se maciços e ingurgitados e a ventilação torna-se difícil, processo chamado de hepatização pulmonar. Quando o processo cicatricial entra em ação, em 2 semanas a fibrose começa a se desenvolver. Se tratado desde o início da resposta inflamatório, há total regressão das alterações teciduais, impedindo a formação da cicatrização tecidual.

61
Q

Que causas de hipoxemia devo afastar para pensar em SDRA?

A

Falência mecânica muscular, atelectasias, aspiração, embolia e traumas pulmonares.

62
Q

Quando são comuns derrames pleurais pequenos?

A

Em cirurgias do andar superior do abdome, sendo reabsorvidos na maioria das vezes.

63
Q

O que sugere derrame pleural em grande quantidade ou no POT, na ausência de IC ou lesão pulmonar?

A

Abscessos intracavitários ou pancreatite (DP à esquerda).

64
Q

Derrame pleural - tratamento

A
  • Tratar a condição base e toracocentese aliviadora, enviando amostra do material aspirado para avaliação bioquímica e bacterioscopia.
65
Q

Pneumotórax - principais causas pós-op

A

Barotrauma e punção iatrogênica durante o acesso venoso central.

66
Q

Pneumotórax - tto

A
  • Quando não há derrame pleural associado: drenagem pelo sistema de válvula de Heimlich com dreno tipo “pig tail”.
  • Se não der pra excluir DP ou quando há chance de contaminação do espaço pleural: drenagem pleural com dreno “em selo d’água”.
67
Q

Quais são as complicações da ferida operatória?

A

Hematoma, seroma, deiscência, infecção da FO.

68
Q

Hematoma - definição? É causada principal pq?

A
  • É uma coleção de sangue dentro da ferida fechada.

- É uma das complicações mais comuns, causada especialmente por hemostasia local não adequada.

69
Q

Hematoma - risco é maior em quem?

A

Usuários de aspirina ou baixas doses de heparina, além de aqueles que recebem doses sistêmicas de anticoagulação ou nos portadores de coagulopatia. Pode contribuir pra hematoma tosse persistente ou crises de hipertensão no pós-op.

70
Q

Hematoma x ferida operatória

A

Hematomas aumentam risco de infecção da FO.

71
Q

Hematoma cervical - é comum em q cirurgia? Qual o risco?

A

Pode ocorrer após tireoidectomia ou cirurgias de carótidas, que pode comprimir via aérea e gerar insuficiência respiratória.

72
Q

Hematoma - tratameno

A

Evacuação dos coágulos em condições estéreis, ligadura dos vasos e fechamento primário da ferida.

73
Q

Seroma - definição

A

Acúmulo de gordura e linfa liquefeitas. Há acúmulo de substância serossanguinolenta abaixo da tela subcutânea e acima da aponeurose.

74
Q

Seroma x ferida operatória

A

Seroma aumenta o risco de infecção da FO.

75
Q

Seroma - tratamento em seroma abaixo da pele

A

Aspiração com agulha em condições estéreis ou observação seriada.

76
Q

O que fazer para evitar seroma após cirurgia oncológica com linfadenectomia regional? E se surgir mesmo assim, como tratar?

A

Em cirurgias oncológicas com linfadenectomia regional, o seroma é frequente, sendo mandatório o uso de dreno a vácuo no pós-op. Se após sua retirada houver vazamento contínuo de fluidos na ferida = ligadura dos vasos linfáticos.

77
Q

Deiscência da ferida operatória - definição

A

Disjunção parcial ou total de qualquer camada da ferida.

78
Q

Deiscência da ferida operatória - fatores sistêmicos e locais

A
  • Fatores sistêmicos: hipóxia, doenças crônicas, imunossupressão (DM, uso de corticoides, QT/RT, sepse), idosos > 60a, uremia, DPOC, icterícia, tabagismo, hipoalbuminemia, obesidade mórbida, desnutrição severa.
  • Fatores locais: técnica cirúrgica inadequada, aumento da pressão intra-abdominal (obesidade, distensão de alças por íleo paralítico ou obst intestinal, ascite, tosse, SD compart abod) e deficiência na cicatrização, infecção cirúrgica.
79
Q

Deiscência da ferida operatória - é mais comum em que período?

A

Entre o 5º ao 8º dia, mas pode ocorrer em qualquer período do pós-op.

80
Q

Deiscência da ferida operatória - qual o sinal mais precoce?

A

Quando há eliminação de efluente serossanguinolento da ferida. Pode ser a 1ª manifestação de abscesso intra-abdominal.

81
Q

Deiscência da ferida operatória - pode predispor a que complicações?

A

Evisceração e eventração.

82
Q

Evisceração - definição

A

Ruptura de todas as camadas da parede abdominal e extrusão de vísceras abdominais. É a exposição da víscera para o meio externo (abre aponeurose e a pele).

83
Q

Evisceração - conduta

A

Cobertura das alças com compressas com SF aquecido, iniciar ATB e encaminhar ao centro cirúrgico para realizar inventário de toda cavidade abdominal, lavagem exaustiva com fluidos aquecidos, debridamento de tecidos desvitalizados, drenagem de eventuais abscessos e preparação de nova sutura com fios inabsorvíveis e de espessura maior. Emergência medica, tem alta mortalidade.

84
Q

Eventração - definição

A

Ruptura parcial das camadas da parede abdominal. Abriu a aponeurose, mas pele está íntegra, a víscera não passa a pele. Forma uma hérnia incisional (são sinônimos pra maioria dos autores).

85
Q

Eventração - conduta

A

Se paciente estável, tratar eletivamente. Se paciente de alto risco operatório = não reparar, apenas observar e cuidar, individuo terá que aceitar.

86
Q

Após reparação cirúrgica de evisceração/eventração, quais os cuidados p/ evitar nova deiscência? É comum ocorrer?

A
  • Enfaixamento abdominal e adiamento da retirada dos pontos.
  • A recorrência de evisceração após reparação é rara, já as hérnias incisionais reaparecem em 20% dos casos.
87
Q

Feridas operatórias torácicas são menos propensas às deiscências. Qual a exceção?

A

Feridas do esterno, que estão associadas a infecção óssea e produzem tórax instável, requerendo tratamento urgente.

88
Q

Conduta no abscesso de parede?

A

Retira pontos cirúrgicos, drena secreção (lava) com curativos diários.

89
Q

O que ocorre se houver deiscência de anastomose?

A

O extravasamento de líquidos com bactérias pode levar à formação de abscessos locais e fístulas, ruptura da anastomose, deiscência da parede abdominal, sepse e morte.

90
Q

Como evitar deiscência de anastomose?

A

Fornecer suprimento sanguíneo adequado até a borda da anastomose e a sutura ser livre de tensão com técnica adequada. A largura dos lumens dos órgãos a serem conectados deve ser igual.

91
Q

Cite 3 anastomoses propensas a sofre deiscência.

A

Pancreatojejunostomia; esofagoenterostomias; anastomoses colorretais baixas.

92
Q

Cite uma prática boa para detectar deiscência pós-op, além de ser terapêutico.

A

Deixar dreno (tubular, laminar, túbulo-laminar), pois se houver deiscência o dreno servirá para diagnostico e terapêutica. Temos que reabordar se dreno estiver orientando um trajeto contrário ao lado da deiscência, para o meio externo, pois indica presença de fístula enterro-cutânea; se houver contaminação.

93
Q

Sinais clínicos de deiscência de anastomose

A

Taquicardia (1º sinal), febre, dor abdominal, adinamia, íleo paralítico, recusa alimentar, vômitos, pode ter soluço (abdome superior), e uma incapacidade de se recuperar.

94
Q

Quando suspeitar de deiscência de anastomose pelos exames de imagens?

A

Se presença de grandes coleções de líquidos, níveis hidroaéreos em cavidade com abscesso, grande quantidade de líquido livre na cavidade peritoneal ou grande quantidade de ar livre (pneumoperitônio).

95
Q

Indicações de tratamento não operatório (conservador) da deiscência anastomótica e quando operar?

A

1) Está contaminando a cavidade? Não pode estar contaminando.
2) Tem obstrução a jusante? Não pode ter. (A jusante é pra baixo. Dica: a montante é pra cima, “montou cavalo”).
3) Todo efluente está saindo? Tem que ter todo o efluente saindo pra não contaminar.
3) Fístula de alto débito (> 500 ml/24h)? Não pode ter fístula de alto débito.
- Até 200 ml/24h: fístula de baixo débito.
- 200-500 ml/24h: fístula de moderado débito.
- > 500 ml/24h: fístula de alto débito.

  • Nas condições acima, usar tratamento conservador até que cesse a drenagem do líquido.
  • Se os critérios acima não forem atendidos, deve-se operar.
  • Além disso, fornecer aporte nutricional e esperar a fístula fechar (em média 14 dias). Quanto maior o trajeto da fístula, melhor ela fecha. Se a fístula não tiver contato com a pele, não tem pra onde drenar e não fechará sozinho.
96
Q

Febre após o 4º dia de PO é causada por?

A

Infecção da ferida, geralmente.

97
Q

Infecção da ferida - clínica

A

Elevações diárias da temperatura (padrão apiculado), semelhantes às de um abscesso. Taquicardia, calafrios, mal-estar, sensibilidade acentuada na FO e celulite peri-incisional, leucocitose.

98
Q

Infecção da ferida - tratamento

A

o Drenagem adequada: abertura ampla da ferida infectada.
o Após drenagem, usar soluções antissépticas e lavar com solução salina.
o ATB se evidência de piora local e sintomas clínicos como febre, adinamia, bacteriemia, toxemia.
o Obs: feridas perineais nos diabéticos merecem vigilância constante, pelo risco de evoluírem para SD de Fournier.

99
Q

Quais são as complicações intracavitárias?

A

Hemoperitônio, SD do compartimento abdominal.

100
Q

Hemoperitônio pós-op - definição? É a maior causa de que?

A
  • É uma condição aguda (até 24h pós-op) e de rápida evolução, resultante de problemas técnicos de hemostasia (mas pode ter coagulopatia envolvida).
  • O sangramento é a maior causa de choque nas primeiras 24 horas de uma cirurgia abdominal.
101
Q

Hemoperitônio - clínica

A

Taquicardia, hipotensão, oligúria, taquisfigmia, palidez. Se persistir o sangramento, pode surgir febre e dor abdominal.

102
Q

Hemoperitônio - diagnóstico

A

Irritação peritoneal.

103
Q

Hemoperitônio - tratamento

A

Expansão volêmica e se persistirem os sinais de hipovolemia, considerar reintervenção.

104
Q

SD do compartimento abdominal - definição

A

Elevação persistente da PIA acima de 20 mmHg, associada a falência orgânica não presente previamente.

105
Q

Fatores predisponentes para o aumento da PIA

A

Choque hemorrágico, infusões maciças de cristaloide, politransfusão e grandes sangramentos intra-abdominais.

106
Q

SD do compartimento abdominal - pode levar a que?

A

Limitação da respiração, além de comprimir o retorno venoso via veia cava, reduzindo DC.

107
Q

SD do compartimento abdominal - Diagnóstico e valores de PIA

A

Suspeição clínica e aferição da pressão intravesical.

  • Pressão intra-abdominal normal: 5 a 7 mmHg.
  • Hipertensão intra-abdominal: PIA > 12 mmHg (hipertensão intra-abdominal).
108
Q

SD do compartimento abdominal - Tratamento

A

Foto.

- Ao fazer descompressão, pode colocar “bolsa de Bogotá” ou sistema de gerenciamento a vácuo.

109
Q

Quais são as complicações urinárias pós-op?

A

ITU, retenção e incontinência urinária.

110
Q

Qual a 2ª infecção cirúrgica mais importante?

A

ITU.

111
Q

ITU - fatores que favorecem

A

Sonda urinária, instrumentalização de vias urinárias, retenção urinaria, cateter duplo J (passado para alívio de hipertensão por obstrução urinaria).

112
Q

ITU - germes mais comuns e local mais afetado

A

Bactérias Gram negativas e o local de infecção é geralmente a bexiga (cistite), podendo ascender (pielite e pielonefrite).

113
Q

ITU - Sintomas

A

Disúria, calafrios, aumento da frequência da micção e dor sobre a área de infecção.

114
Q

ITU - Diagnóstico

A

Suspeitar de ITU se febre pós-op + cirurgia geniturinária ou na qual se introduziu cateter uretral. Exame de urina e urocultura.

115
Q

Retenção e incontinência urinária pós-op podem acontecer quando?

A
  • Retenção urinária: Pode ocorrer retenção transitória por: bloqueios anestésicos regionais, uso de opioides, manipulação perineal e pélvica, alterações da inervação vesical.
  • Incontinência urinária: cirurgias urológicas e pélvicas.
116
Q

Quais fatores podem afetar o desemepnho cardíaco?

A

Sangramento, hipotensão, complicações não cardiológicas (sepse, hipóxia, má perfusão), excesso de fluido.

117
Q

Arritmia cardíaca - é mais frequente qnd em proced cirúrgico?

A
  • Arritmia intraoperatória ocorre em 20% dos casos e a maioria é autolimitada.
  • É mais frequente surgir durante a cirurgia ou dentro dos primeiros 3 dias pós-op.
118
Q

Arritmias cardíacas pós-op - podem decorrer de que?

A

Hipocalemia, hipóxia, distúrbio HE, alcalose, toxicidade digitálica, podendo ser sinal de isquemia do miocárdio (cuidado).

119
Q

Quando geralmente ocorre IAM pós-op? Quais os fatores precipitadores?

A

24-72h após a cirurgia, mortalidade alta.

- Fatores precipitadores: hipotensão, hipóxia.

120
Q

IAM pós-op - qual a razão de 1/3 ser assintomático?

A

Efeitos residuais da anestesia e administração de analgésicos pós-op.

121
Q

Qual a principal causa de falência cardíaca pós-op e a clínica?

A
  • Principal causa é excesso de fluidos EV em paciente com limitação de reserva miocárdica.
  • Clínica: dispneia progressiva, hipoxemia com tensão normal de gás carbônico e congestão difusão dos pulmões nos raios X.
122
Q

O que é o íleo paralítico (adinâmico/metabólico) e suas causas?

A
  • Íleo paralítico é uma obstrução intestinal funcional. Devido a manipulação, uso de anestésicos, opioides, hiper-hidratação, hipóxia, isquemia, má perfusão tecidual, distúrbios HE, inflamação (pancreatite, peritonite), dor, levando ao íleo paralítico.
123
Q

Íleo paralítico - clínica e terapia

A
  • Clínica: distensão abdominal e ausência de RHA, vômito bilioso. O retorno fisiológico do peristaltismo manifesta-se com cólicas abdominais, flatos e retorno do apetite.
  • Terapia: descompressão gástrica por SNG e hidratação venosa.
124
Q

Íleo paralítico x obstrução intestinal mecânica - vômito/distensão e RX

A

Íleo paralítico o vomito é bilioso, distensão difusa. Já na obstrução intestinal tem vomito fecalóide, distensão localizada. E o RX contribui, pois quando tem obstrução intestinal mecânica, geralmente ela é no ID, o cólon e o reto estarão vazios. Se tem distribuição gasosa pelo estomago, ID, cólon será íleo paralítico (tem gás por todo o intestino, fica dilatado).

125
Q

Retorno do peristaltismo gastrintestinal pós-op?

A

O peristaltismo gastrintestinal retorna em 24h após procedimentos que não invadam cavidade abdominal; em 48h após laparotomia e em menor tempo após cirurgia videolaparoscópica. A motilidade do delgado é pouco afetada, exceto se ressecção segmentar dele, anastomose e obstrução intestinal.

126
Q

Quando pode ocorrer pancreatite pós-op?

A
  • 10% dos casos de pancreatite aguda.
  • Pode ocorrer pós cirurgia das vias biliares, manipulação peripancreática, pós circulação extracorpórea, cirurgia da parótida e transplante renal.
127
Q

Clínica de disfunções hepáticas?

A

Variam de leve icterícia à insuficiência hepática fulminante.

128
Q

Disfunções hepáticas - fatores predisponentes pregressos

A

Sepse, drogas (anestésico inalatório halotano que era usado antigamente), hipóxia.
- Colestase pós-hepática aumenta risco de colangite aguda e o desenvolvimento de sepse.

129
Q

Disfunções hepáticas x rim

A

Hiperbilirrubinemia pode causar insuficiência renal!

130
Q

Colecistite aguda pós-op - mais comum em quem? Qual forma? Pq ocorre?

A
  • A forma alitiásica é a mais comum, atinge mais homens e progride mais rápido pra necrose, não responde a tratamento conservador.
  • Mais comum em grandes queimados, jejum prolongado, sepse. Porque a vesícula necrosa devido a isquemia, não perfunde bem pela estase e aí aumenta pressão, levando à colecistite.
131
Q

Colite infecciosa por Clostridium difficile pós-op causa o q?

A

Causa diarreia e é causa comum de infecção nosocomial em pacientes cirúrgicos.

132
Q

Colite infecciosa por Clostridium difficile - clínica

A

Clínica: varia de assintomática a colite severa tóxica (rara).

133
Q

Colite infecciosa por Clostridium difficile - diagnóstico

A

Identificação da toxina citopática nas fezes, cultura nas fezes ou swab retal, ou retossigmoidoscopia com pseudomembranas.

134
Q

Colite infecciosa por Clostridium difficile - quem tem mais risco? Tratamento?

A
  • Risco principal: uso de ATB perioperatório.

- Tratamento: metronidazol EV ou VO. Se resistência: vancomicina VO.

135
Q

Úlcera de estresse - FR, profilaxia

A
  • Fatores de risco: insuficiência respiratória, coagulopatia, infecção grave, uremia e hemorragia digestiva.
  • Profilaxia: IBP.
136
Q

Úlcera de estresse: politraumatizados? Grandes queimados?

A

Nos prolitraumatizados são chamadas de úlceras de Cushing e nos grandes queimados de úlcera de Curling.

137
Q

Abscessos hepáticos pós-op - clínica, causa, tratamento

A

Raro. Clínica é febre alta, dor no HD e, ocasionalmente, icterícia. Causado por coleções diafragmáticas na manipulação do andar superior do abdome, geralmente. Tratamento é drenagem percutânea guiada por exame de imagem ou tratamento cirúrgico.

138
Q

Qual a maior complicação neurológica pós-op e em quem ocorre mais?

A

AVC. Ocorre mais em pacientes com aterosclerose e hipotensão durante ou após a cirurgia.

139
Q

Cite as distúrbios psiquiátricos pós-op.

A

Delirium, pânico, depressão, abstinência, psicoses.

140
Q

Delirium pós-op - definição

A

Estado de disfunção cognitiva com flutuação do nível de orientação temporoespacial, perda de memória e conversação incoerente.

141
Q

Delirium - ocorre em q período pós-op? Está associada a q fatores?

A

No 2º dia pós-op.
- Está associada a internação prolongada, infecções ativas e distúrbios HE, abandono familiar, cirurgias prolongadas, hipóxia, perdas sanguíneas excessivas, deficiências visual e auditiva, demência senil preexistente, doenças malignas, doenças psicoativas, excesso de medicamentos para doenças crônicas associadas, suspensão abrupta de drogas de utilização prolongada, retenção urinaria aguda e falência renal.

142
Q

Delirium pós-op acomete mais quem?

A

Idosos.

143
Q

Delirium pós-op no idoso pode indicar o q? Devemos diferenciar de qual outra alteração?

A

Pode manifestar infecção dessa forma, sem febre – que acontece em jovens. Diferenciar de demência (há global perda cognitiva sem qlqr efeito sobre a consciência).

144
Q

Rabdomiólise pós-op - resulta de q?

A

Pode resultar de compressão muscular ou reativa a agentes anestésicos.

145
Q

Rabdomiólise pós-op - mais comum em quem?

A

Em obesos mórbidos submetidos a cirurgias de longa duração.

146
Q

Rabdomiólise x rim

A

A elevação da CPK que se deposita nos glomérulos pode levar a IRA, com oligúria, urina acastanhada e grupos.

147
Q

Proteção renal para rabdomiólise

A

Para proteção renal: hiper-hidratação, alcalinização da urina com infusão de bicarbonato e estímulo diurético com furosemida e manitol.

148
Q

Rabdomiólise por SD compartimental em MMII - conduta

A

Fasciotomia descompressiva.

149
Q

Disfunção sexual pós-op acomete mais quem?

A

Após prostatectomia, cirurgia cardíaca, reconstrução aórtica.