Rinite alérgica e Dermatite atópica Flashcards

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1
Q

Qual é a doença crônica mais importante da infância?

A

Rinite alérgica.

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2
Q

Rinite alérgica: definição?

A

Doença inflamatória da mucosa nasal, mediada por IgE e caracterizada clinicamente por rinorreia, congestão nasal, espirros, prurido nasal e hiposmia.

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3
Q

Rinite alérgica: qnd iniciam-se os sintomas? E qnd é feito o diagnóstico?

A

Se iniciam na fase de lactentes, mas o diagnóstico é normalmente estabelecido aos 6 anos de idade.

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4
Q

Rinite alérgica: fatores de risco?

A
  • História família de atopia.
  • IgE > 100 UI/ml em < 6 anos.
  • Introdução de alimentos e fórmulas infantis precocemente.
  • Tabagismo materno antes da criança completar 1 ano.
  • Alergia alimentar.
  • Grande exposição a alérgenos intradomiciliares.
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5
Q

Rinite alérgica: complete: “A exposição precoce a cachorro e gatos na infância diminui/aumenta o risco de sensibilização alérgica.”

A

A exposição precoce a cachorro e gatos na infância DIMINUI o risco de sensibilização alérgica.

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6
Q

Rinite alérgica: etiopatogenia simplificada?

A
  • É necessário: um indivíduo imunologicamente sensível + presença do alérgeno no meio ambiente.
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7
Q

Rinite alérgica: quais os principais alérgenos?

A
  • Poeira;
  • Ácaros;
  • Fungos;
  • Epitélio, urina e saliva de animais (cães e gatos);
  • Baratas.
  • Pólen.
  • Obs.: alérgenos alimentares raramente estão envolvidos nesses quadros.
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8
Q

Rinite alérgica: classificação quanto à duração?

A

1- Rinite sazonal ou intermitente (20%): os sintomas ocorrem por menos de 4 dias por semana ou menos de 4 semanas. Curso clínico é cíclico, com períodos de melhora e exacerbações.
2- Rinite perene ou persistente (40%): os sintomas ocorrem por mais de 4 dias por semana e por mais de 4 semanas consecutivas.
3- Rinite mista (40%): forma persistente com exacerbações.

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9
Q

Rinite alérgica: classificação quanto à intensidade?

A
  • Leve: nenhum dos itens a seguir está presente.
  • Moderado ou grave: pelo menos um dos seguintes itens está presente -> distúrbio do sono, prejuízo das atividades diárias, lazer e/ou esportes, prejuízo das atividades na escola ou no trabalho, sintomas insuportáveis (incomodam).
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10
Q

Rinite alérgica: clínica?

A

Prurido e congestão nasal, rinorreia aquosa, espirros em salva associados aos sintomas de conjuntivite (eritema, prurido conjuntival, lacrimejamento e fotofobia).

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11
Q

Rinite alérgica: clínica - comente sobre os espirradores com corrimento nasal x obstruídos.

A

1- “Espirradores com corrimento nasal”: os espirros em salva e a rinorreia aquosa predominam, geralmente em ritmo diurno e em associação com sintomas de conjuntivite.
2- “Obstruídos”: apresentam como sintoma principal a obstrução nasal, que é constante, durante o dia e a noite.

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12
Q

Rinite alérgica: achados ao exame físico? (11)

A
  1. “Saudação alérgica”.
  2. Palidez facial associada a olheiras (estase venosa).
  3. Dupla linha de Dennie-Morgan: dupla prega palpebral (dupla linha que aparece sob os olhos).
  4. Epistaxe.
  5. Prurido e lacrimejamento ocular.
  6. Prurido do conduto auditivo externo, no palato e na faringe.
  7. Diminuição da acuidade auditiva, sensação de ouvido tampado ou de estalidos durante a deglutição.
  8. Cefaleia ou otalgia.
  9. Má oclusão dentária.
  10. Tosse possivelmente presente.
  11. Congestão nasal crônica (leva à respiração oral, roncos, voz nasalada e hiposmia) -> prejudica o sono.
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13
Q

Rinite alérgica: quais as consequências da respiração oral adotada por esse paciente?

A

Respiração oral leva a elevação do lábio superior e eversão do lábio inferior, palato em ogiva, mordida aberta, narinas estreitas -> caracterizando a fácies adenoidiana; além de irritação e secura na garganta.

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14
Q

Rinite alérgica: diagnóstico?

A

História + exame físico incluindo a observação da mucosa nasal (pálida, edemaciada, rinorreia clara), com sintomas recorrentes não associados a quadro gripal.

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15
Q

Rinite alérgica: quais exames complementares podemos pedir para diagnóstico?

A

Teste cutâneo, detecção sérica de IgE antígeno-específicas, secreção nasal com eosinofilia.

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16
Q

Rinite alérgica: teste cutâneo - o q detecta?

A
  • Melhor forma de detectar a presença de IgE alérgeno-específica.
  • Indica se o paciente está sensibilizado para o agente testado
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17
Q

Rinite alérgica: teste cutâneo - a partir de q idade pode ser feito e pq?

A

Acima de 1 ano, pois a sensibilização aos alérgenos sazonais dificilmente acontece antes de 2 estações e raramente se obtêm testes positivos abaixo dessa idade.

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18
Q

Rinite alérgica: teste cutâneo - quais medidas tomar para evitar falsos-negativos?

A

Suspender antileucotrienos (montelucaste) 1 dia antes do teste; suspender anti-histamínicos 1 semana antes.

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19
Q

Rinite alérgica: exame para detecção sérica de IgE antígeno-específica é indicada para quem?

A

Podem ser usadas como alternativa para crianças pequenas, com grande risco de anafilaxia, com dermografismo intenso e aqueles com dermatite atópica importante, que por esses motivos não podem realizar testes cutâneos.

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20
Q

Rinite alérgica: diagnósticos diferenciais?

A
  • Rinite infecciosa (“resfriado comum”) -> mucosa nasal avermelhada na rinoscopia.
  • Rinite medicamentosa: uso abusivo de vasoconstritores nasais, contraceptivos orais, anti-hipertensivos, aspirina e outros AINEs.
  • Rinite vasomotora: mucosa nasal hiper-responsiva aos estímulos físicos.
  • Rinite hormonal: associada à gestação, hipotireoidismo.
  • Rinite associada a fatores mecânicos: desvio do septo, hipertrofia adenoidiana, corpo estranho, tumores.
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21
Q

Rinite alérgica: tratamento - medidas para controle do ambiente?

A

Retirada de animais domésticos, cobertura de colchões e travesseiros com material plástico lavável, não usar cobertor, apenas edredom, lavagem de roupas de cama com água quente, limpeza de superfícies (chão, móveis) diariamente, abstenção de objetos que retenham poeira (ex.: animais de pelúcia, livros, brinquedos, carpetes, cortinas), casas ensolaradas, evitar fumo, eliminação de focos de baratas.

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22
Q

Rinite alérgica LEVE INTERMITENTE: cite as drogas usadas?

A
  • 1ª escolha = anti-histamínicos orais ou tópicos (sem ordem de preferência); e/ou descongestionante, antileucotrieno.
  • Se conjuntivite associada = anti-histamínico tópico ocular.
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23
Q

Rinite alérgica LEVE PERSISTENTE e MODERADA INTERMITENTE: cite as drogas usadas?

A
  • Anti-histamínico oral ou anti-histamínico nasal e/ou descongestionante ou corticosteroide nasal (PREFERENCIAL) ou antileucotrieno ou cromona.
  • Se rinite persistente, rever o paciente em 2-4 semanas. Em caso de falha = considerar maior gravidade; se melhorar = manter por 1 mês pelo menos.
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24
Q

Rinite alérgica MODERADA a GRAVE PERSISTENTE: cite as drogas usadas?

A

Em ordem de preferência:
1- Corticoide nasal.
2- Anti-histamínico ou antileucotrieno.
-> Rever paciente após 2-4 semanas -> se melhora = diminuir medicações e continuar tratamento por mais 1 mês; se piora = reavaliar diagnóstico e adesão. Associar ou aumentar dose de corticoide nasal.
3- Se obstrução nasal: associar descongestionante ou corticoide oral (curtos períodos).
4- Caso haja falha = encaminhar ao especialista.
5- Casos persistentes = considerar imunoterapia.

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25
Q

Qual a 1ª classe medicamentosa de escolha para tratamento de rinite alérgica? Pq?

A

Anti-histamínicos de segunda geração.
- Pois os anti-H1 diminuem os espirros, rinorreia e prurido. E os de 2ª geração não não atravessam a barreira hematoencefálica, minimizando efeitos sedativos.

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26
Q

Anti-histamínicos: cite as duas categorias.

A
  • Anti-histamínicos de primeira geração.

- Anti-histamínicos de segunda geração.

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27
Q

Anti-histamínicos de 1ª geração: efeitos adversos?

A
  • Sedação, dificuldade de concentração e tonturas (atravessam BHE).
  • Obs: em lactentes pode ter hiperexcitação (efeito paradoxal).
  • Efeitos anticolinérgicos (boca seca, alterações visuais e agitação), pois se ligam a receptores muscarínicos.
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28
Q

Anti-histamínicos de 1ª geração: cite as drogas (4).

A
  • Dexclorfeniramina (Polaramine, Histamin).
  • Clemastina (Agasten).
  • Hidroxizina (Hixizine).
  • Prometazina (Fenergan).
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29
Q

Anti-histamínicos de 2ª geração: cite as drogas e a partir de que idade pode ser usada cada (7).

A
  • Loratadina (Claritin, Loralerg): > 2 anos.
  • Levocetirizina: > 2 anos.
  • Ebastina (Ebastel): > 2 anos.
  • Desloratadina (Desalex) e Cetirizina (Zyrtec, Zetalerg): > 6 meses.
  • Fexofenadina (Allegra): > 6 anos.
  • Epinastina: > 6 anos.

*Obs.: Rupatadina: não recomendado para < 12 anos.

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30
Q

Anti-histamínicos tópicos nasais: cite o medicamento e a partir de q idade pode usar (1).

A

Azelastina (Rinolastin, Azelast), disponível em spray nasal para crianças acima de 5 anos.

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31
Q

Qual a droga de escolha em rinite alérgica persistente e pq?

A

Corticoterapia nasal, pois reduz TODOS os sintomas da rinite alérgica, INCLUINDO a obstrução nasal (vantagem sobre os anti-H1).

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32
Q

Em quanto tempo de tratamento a corticoterapia nasal tem efeito máximo na rinite alérgica?

A

Na 2ª semana.

33
Q

Corticoterapia nasal na rinite alérgica: cite drogas e idades q podem ser usadas (6).

A
  • Furoato de mometasona (Nasonex): > 2 anos.
  • Budesonida (Busonid, Budecort aqua): > 4 anos.
  • Propionato de fluticasona (Flixonase, Plurair): > 4 anos.
  • Furoato de fluticasona: > 2 anos.
  • Dipropionato de beclometasona: > 6 anos.
  • Ciclesonida: > 6 anos.
34
Q

Corticoterapia nasal na rinite alérgica: efeitos colaterais?

A

Formação de crostas, pequenas epistaxes, ardência e secura, mas maioria tolera bem. Atentar-se a história de glaucoma, importante avaliação ocular nesse caso.

35
Q

Rinite alérgica: quando e por quanto tempo usar corticoides sistêmicos? Cite as drogas.

A
  • Ciclos curtos por um período de 5 a 7 dias podem ser usados nos casos graves e na presença de sinusite crônica.
  • Drogas: prednisona, prednisolona, metilprednisolona e deflazacort.
36
Q

Rinite alérgica: qnd está inidicado uso de antileucotrienos? Cite a droga.

A
  • É indicado quando existe asma concomitante.

- Droga: Montelucaste.

37
Q

Rinite alérgica: cromonas - eficácia? droga?

A
  • Pode ser usado em lactentes, de eficácia bastante reduzida quando comparado a corticosteroides nasais ou anti-histamínicos.
  • Droga: Cromoglicato dissódico (Rilan, Intal nasal). Deve ser usado 4 a 6 vezes ao dia.
38
Q

Rinite alérgica: qnd indicar descongestionantes tópicos ou sistêmicos?

A

Indicados aos casos graves de obstrução nasal (atua EXCLUSIVAMENTE na obstrução), mas são proibidos em crianças < 2 anos.

39
Q

Rinite alérgica: descongestionantes tópicos - cite as drogas. Por quanto tempo podem ser usados?

A
  • Nafazolina (Narix, Neosoro).
  • Oximetazolina (Afrin, Aturgyl).
  • Podem ser usados por menos de 5 dias (pelo risco de obstrução de rebote), e no máximo 1x/mês.

*Ambos são “derivados de imidazólicos”.

40
Q

Rinite alérgica: qual o risco da nafazolina?

A

A intoxicação por nafazolina é grave e requer tratamento e suporte imediatos. Em lactentes e crianças pequenas, podem ser absorvidos e causar depressão do SNC com hipotermia.

41
Q

Rinite alérgica: descongestionantes orais - cite a droga disponível e efeitos adversos.

A

Pseudoefedrina, fenilefrina (associação com anti-H1).

- Podem levar à instabilidade (agitação, palpitação) e insônia.

42
Q

Rinite alérgica: quando está indicado uso de anticolinérgicos?

A

Uso restrito para rinites com componente vasomotor, para controle da rinorreia.

43
Q

Rinite alérgica: finalidade do uso de SF0,9%?

A

Usamos soro fisiológico 0,9% sem conservantes para limpeza nasal.

44
Q

Rinite alérgica: imunoterapia - indicada qnd? A partir de q idade?

A

Casos persistentes, em crianças > 5 anos.

45
Q

Rinite alérgica: cite algumas complicações.

A

Sinusite crônica, hipertrofia de adenoides e amígdalas (predispõe OMA), apneia obstrutiva do sono, relação com asma.

46
Q

Rinite alérgica complicada com sinusite crônica - achados (3)? Tratamento?

A
  • Eosinofilia, espessamento mucoso e polipose nasal.
  • Tratamento: drenagem do seio associado à ATBterapia de longa duração (mínimo de 21 dias) e que deve contemplar os principais germes (S. pneumoniae, H. influenze, M. catarrhalis, S. aureus e os anaeróbios).
47
Q

Rinite alérgica e asma: qual a relação?

A
  • Rinite pode facilitar o surgimento ou a permanência da asma.
  • Recomenda-se que pacientes com asma sejam investigados e tratados com relação à rinite alérgica e vice-versa.
  • Se não tratar rinite, piora asma.
48
Q

Qual a doença de pele crônica mais comum da infância?

A

Dermatite atópica.

49
Q

Dermatite atópica: definição?

A

É uma doença de caráter inflamatório, crônico e recidivante, clinicamente caracterizado por eczema associado a prurido intenso, de distribuição peculiar e variável com a idade do paciente.

50
Q

Dermatite atópica: tem associação com história…?

A

Associada à história pessoal ou familiar de atopia (asma, rinite, etc).

51
Q

Explique a marcha atópica.

A

É a evolução dos diagnósticos de dermatite atópica (1º ano), rinite alérgica e asma (ambas na fase escolar).
- A dermatite atópica é fator predisponente ao aparecimento de asma.

52
Q

Dermatite atópica: etiopatogenia?

A

Resulta da interação entre fatores genéticos e ambientais (irritantes, mudanças climáticas, estresse materno durante a gravidez, tabagismo passivo e alguns alimentos = ovo, leite de vaca e trigo) que culminam em intenso processo inflamatório cutâneo por resposta exagerada.

53
Q

Dermatite atópica: quando inicia a clínica?

A

Inicia no lactente, já no 1º ano de vida (60%). E 30% manifestam entre 1 e 5 anos. Ou seja, 90% manifesta antes dos 5 anos.

54
Q

Dermatite atópica: clínica?

A
  • Prurido intenso (mais à noite) e xerose (pele seca e sem brilho) são os principais.
  • Eczema (lesão inflamatória não contagiosa da derme e epiderme).
  • As lesões agudas da dermatite atópica são pápulas eritematosas.
  • As lesões crônicas mostram liquenificação e espessamento da pele.
55
Q

Dermatite atópica: quais as 2 formas de eczema?

A

1- Eczema atópico: há sensibilização IgE mediada. Representa 70-80% dos pacientes.
2- Eczema não atópico: sensibilização não é IgE mediada. Representa 20-30% dos pacientes.

*Em AMBAS as formas há eosinofilia.

56
Q

Dermatite atópica: distribuição das lesões nos lactentes?

A
  • Até 8m: FACE, couro cabeludo, pescoço, tronco, superfícies extensoras. A área da frauda é poupada.
  • > 8 meses: inclui áreas flexurais, nádegas e raiz posterior das coxas.
57
Q

Dermatite atópica: distribuição das lesões a partir de 2 anos até puberdade?

A

Lesões em flexuras (joelhos, cotovelos) e dobras, pescoço, punho e tornozelos. Gradativamente, as lesões são substituídas por liquenificação (espessamento da pele com escurecimento e acentuação dos sulcos) e a doença costuma remitir em adolescentes e adultos.

58
Q

Dermatite atópica: distribuição das lesões em adolescentes e adultos?

A

Dermatite atópica crônica = predominam lesão liquenificada em flexura, face e mãos.

59
Q

Dermatite atópica: diagnóstico?

A

Baseado em 3 elementos principais: prurido + dermatite eczematosa + curso crônico ou recaídas frequentes.

60
Q

Dermatite atópica: exames laboratoriais?

A

Eosinofilia, elevação de IgE e IgE específica identificada aos alérgenos (RAST, teste epicutâneo, APT)

61
Q

Lactente com dermatite atópica + déficit de crescimento: sugere o que?

A

Histiocitose.

62
Q

Lactente com dermatite atópica + imunodeficiência + trombicitopenia: sugere o que?

A

Síndrome de Wiskott-Aldrich (doença ligada ao X).

63
Q

Dermatite atópica: cite os diagnósticos diferenciais.

A
  • Histiocitose.
  • SD de Wiskott-Aldrich.
  • Dermatite contato (agentes tóxicos), dermatite seborreica, dermatite de fraldas.
  • Escabiose, herpes-simples, foliculites.
  • Lesões de pele no paciente com HIV.
  • Psoríase.
64
Q

Dermatite de fralda x dermatite atópica: comente a lesão e regiões acometidas na dermatite de fralda.

A
  • Dermatite de fralda tem alta frequência e cursa com lesão eritematosa, brilhante, com variação na intensidade conforme a evolução.
  • Acomete regiões onde há maior contato com a fralda (superfícies convexas das nádegas, coxas, parte inferior do abdome, pube, grandes lábios e escroto), também sendo conhecida como dermatite em W por isso. É comum a infecção concomitante por Candida.
65
Q

Dermatite atópica: tratamento (cite)?

A
  • Orientar que é uma doença crônica.
  • Hidratação da pele: após o banho usar hidratantes, emolientes.
  • Identificar e evitar os fatores desencadeantes: irritantes (sabonetes, cloro, banhos quentes e demorados), alimentos, aeroalérgenos, infecções cutâneas.
  • Terapia anti-inflamatória tópica: corticoide tópico é o principal tratamento nas exacerbações agudas!
66
Q

Dermatite atópica: corticoide tópicos = classes e drogas?

A
  • Classe 7 (menos potente): hidrocortisona. Menos efeitos colaterais.
  • Classe 4 (intermediária): furoato de mometasona creme. É a droga do momento.
  • Classe 1 (mais potente): propionato de clobetasol. O problema é que quanto mais potente, maior a absorção e maior os efeitos sistêmicos colaterais.
67
Q

Dermatite atópica: corticoide tópicos = qnd evitar o uso?

A

Lesões de face (pelo risco de atrofia, mas se usar, optar por hidrocortisona que é de baixa potência).

68
Q

Dermatite atópica: corticoide tópicos = efeitos adversos sistêmicos e locais?

A
  • Sistêmicos: supressão do eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal = distúrbio do crescimento, hiperglicemia (ñ seria hipo?), alterações ósseas.
  • Locais: estrias, atrofia cutânea.
69
Q

Dermatite atópica: inibidores tópicos da calcineurina - droga? Quando usar?

A

Tacrolimus:
- Indicado em casos moderados a graves, lesões de face.

  • É eficaz e tem menos efeitos colaterais, porém, é caro.
70
Q

Dermatite atópica: anti-histamínicos - qual geração usar? tem benefício? drogas?

A
  • Se optar por seu uso (tem pouco benefício), dar preferência pelos de 1ª geração (sedativos), pois prurido é maior à noite.
  • Drogas: hidroxizina, difenidramina
71
Q

Dermatite atópica: qnd usar corticoides sistêmicos? Riscos?

A
  • Raramente usados. Reservar para casos graves e refratários.
  • A melhora é dramática, mas há rebote intenso (quando suspende corticoide a lesão volta ainda pior).
72
Q

Dermatite atópica: na ausência de resposta medicamentosa, qual a conduta?

A
  • Verificar adesão e eliminação de fatores desencadeantes e pode ser usado ciclosporina, azatioprina, micofenolato de mofetila e fototerapia.
73
Q

Dermatite atópica: como realizar o controle infeccioso?

A
  • Banhos de imersão por 10 minutos com hipoclorito de sódio a 6% diluído em 100 litros de água, em 3 aplicações semanais, durante 3 meses.
  • Aplicação nasal, nas pregas axilares e inguinais e cicatriz umbilical de mupirocina, 2x/dia, durante os primeiros 5 dias do mês, para toda família e paciente.
74
Q

Dermatite atópica: qual a principal complicação?

A

Infecções cutâneas por S. aureus.

75
Q

Dermatite atópica: complicação com infecção cutânea por S. aureus - tratamento?

A
  • Lesões localizadas: mupirocina tópica.

- Infecções extensas: ATB sistêmico.

76
Q

Dermatite atópica: qual a conduta frente a lesões extensas, mas sem sinais de infecção e que não melhoram com corticoide tópico?

A

Associar ATB antiestafilocócico (geralmente há melhora).

77
Q

Dermatite atópica: prevenção?

A

Aleitamento materno.

78
Q

IgE sérica total geralmente está elevada nos pacientes com alergia, indique a ordem de elevação de IgE (de quem eleva mais até quem eleva menos) considerando rinite alérgica, dermatite atópica e asma.

A

Em dermatite atópica IgE é > asma que é > rinite alérgica.

- Porém, até 50% dos pacientes atópicos podem não ter este aumento, logo, IgE sérica normal não exclui doença alérgica.

79
Q

Rinite sazonal: é mais comum em que estações? Pq?

A

Primavera, verão ou outono por alérgenos vegetais como o pólen.
Mas isso é melhor visto em países da América do Norte e Europa.