Nutrição Flashcards

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1
Q

Por quanto tempo manter jejum no paciente crítico?

A

Tempo 0 = jejum + soro de manutenção.

Realimentação deve ser feita em até 24-48h, se paciente hemodinamicamente estável.

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Q

Malefícios do jejum prolongado (ou mesmo NPP).

A
  • Atrofia intestinal
  • Atrofia tecido linfoide (diminui imunoglobulinas)
  • Aumento da permeabilidade intestinal
  • Altera flora intestinal
  • Comprometimento da barreira física e imunológica
  • Favorece translocação bacteriana (sepse)
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3
Q

Melhor via para aporte nutricional

A

Enteral.

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4
Q

Indicações via enteral

A
  • Paciente que não poderá comer VO por ≥ 5 dias.
  • Desnutrição ou risco nutricional
  • Perda de peso > 5% em 3m, ou > 10% em 6m.
  • Disfagia mod ou grave
  • Ingestão oral inadequada (< 60% da oferta ideal)
  • Anorexia/hiporexia
  • Distúrbios neurológicos
  • Situações hipermetabólicas (sepse, trauma, queimadura, pancreatite).
  • Desde que com BOM estado hemodinâmico.
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5
Q

Via de administração da dieta enteral

A
  • Sonda nasogástrica, sonda nasoenteral (pode ficar por até 4 semanas, depois usar ostomias).
  • Gastrostomia, jejunostomia.

*Posição da sonda: gástrica é mais fácil, mas a pós-pilórica é melhor para paciente crítico, pois reduz risco de aspiração.

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6
Q

Benefícios da nutrição enteral

A

Melhora balanço hídrico e nitrogenado,;aceleração da transição para dieta oral; melhora do balanço calórico; diminuição da demanda metabólica; diminuição da perda de peso; menor risco de SIRS,sepse, SDMOS; preserva trofismo/integridade e barreira intestinal; menor tempo de hospitalização.

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7
Q

Contraindicações de nutrição enteral

A

TGI COMPROMETIDO:

  • obstrução intestinal
  • íleo paralítico
  • fístula distal de débito elevado
  • sangramento no TGI grave
  • SD de má absorção
  • níveis de lactato em ascensão ou persistentemente elevados (sugerindo ISQUEMIA intestinal)
  • diarreia grave
  • SD compartimental abdominal e SD do intestino curto
  • instabilidade hemodinâmica
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8
Q

Conduta p/ CI da nutrição enteral

A
  • sonda nasojejunal ou gastrojejunostomia (se houver peristaltismo no jejuno)
  • dietas enterais especiais que aceleram esvaziamento
  • drogas procinéticas (metoclopramida, eritromicina, cisaprida)
  • nutrição parenteral.
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9
Q

Nutrição parenteral - Indicações

A
  • Meta calórica não atingida por via enteral até 5º-7º dia.
  • fístulas gastrointestinais
  • SD do intestino curto
  • queimaduras
  • falência hepática
  • enterite aguda por radiação
  • íleo prolongado
  • pré-op de grandes cirurgias e câncer (em pcte desnutrido, fazer or 7-10d no pré-op).
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10
Q

Características da NP

A
  • Fornece os elementos por via EV: carboidratos, gorduras, proteínas, vitaminas, eletrólitos, microminerais, água.
  • infusão de NP dever feita por via única exclusiva
  • NP periférica: se for até 7-10d.
  • NP central: se for > 7-10d. Permite maior concentração de glicose sem risco de flebite.
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11
Q

NP - Glicose

A
  • 1g = 3,4 kcal.
  • Principal substrato energético.
  • mais usado: 50%.
  • Máx: 5g/kg/d.
  • Em hipermetabólicos: intolerância a glicose e hiperglicemia são frequentes, usar solução
    3: 1.
  • controle glicêmico: 140-180 mg/dl.
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12
Q

NP - Lipídeos

A
  • 1g = 9kcal.
  • Fazem reposição de AG essenciais que auxiliam no metabolismo
  • formulação 3:1 = líp + aa + glicose.
  • formulação 2:1 = aa + glicose.
  • reposição de ser < 1g/kg/d.
  • monitorizar níveis séricos dos lipídeos.
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13
Q

NP - Proteínas

A
  • 1g = 4kcal.
  • tem aa essencias e não essenciais (2:1)
  • necessidade proteica: 0,8 a 1,2 g/kg/d.
  • hipermetabolismo: 2g/kg/d.
  • insuf renal = precisa de histidina.
  • encefalopatia = + AA de cadeia ramificada.
  • glutamina é CI em disf organica multipla, insuf renal/hepática ou instabilidade hemodinâmica.
  • Dieta normoproteica: 1g/kg/d.
  • Dieta hipoproteica: 0,5 g/kg/d.
  • Dieta hiperproteica: 1,2 g/kg/d.
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14
Q

NP - Água

A

35 ml/kg/d.

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15
Q

Avaliação nutricional - Clínica

A

% de redução de peso, prega cutânea

*não confiável, paciente pode anasarcar, etc.

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16
Q

Avaliação nutricional - Laboratorial

A

Albumina, transferrina, leucócitos.

17
Q

Albumina - Avaliação nutricional

A
  • reservas proteicas viscerais (refle melhor depleção proteica crônica)
  • é insensivel a mudanças agudas no estado nutricional (meia-vida 19-20d)
  • manutenção da pressão oncótica
  • aumenta na desidratação, uso de esteroides anabólicos e insulina e infusão exógena de albumina.
  • diminui: no edema, doença hepática, má absorção, diarreia, queimadura, IRC, desnutrição, etc.
18
Q

Transferrina - Avaliação nutricional

A
  • é mais sensível a mudanças agudas (meia-vida 8-10d).
  • elevada em reserva inadequada de erro, desidratação, anemia por def de ferro…
  • diminuída em anemia perniciosa e falciforme, infecção, retenção hídrica…
19
Q

Linfócitos - Avaliação nutricional

A
  • linfopenia em depleção de proteínas viscerais, etc
20
Q

Grau de desnutrição lab - Albumina

A
  • Leve: 3 a 3,5
  • Moderada: 2,1 a 3
  • Severa: < 2
21
Q

Grau de desnutrição lab - Transferrina

A
  • Leve: 150 a 180
  • Moderada: 100 a 150
  • Severa: < 100
22
Q

Grau de desnutrição lab - Leuco

A
  • Leve: 1.200 a 1.500
  • Moderada: 800 a 1.200
  • Severa: < 800
23
Q

Escore NUTRIC

A

Pontuação:

  • 0 a 4 = baixo risco nutricional.
  • 5 a 9 = alto risco.
24
Q

Escore NRS 2002

A

4 perguntas:
1- IMC < 20,5?
2- paciente perdeu peso nos ultimos 3m?
3- paciente teve redução de ingestão alimentar na ultima semana?
4- paciente está gravemente doente (UTI)?

  • > se nenhuma pergunta for positiva = baixo risco.
  • > se alguma for positiva = ir pra próxima fase, dai se:
  • pontuação 0 = nova triagem semanal.
  • pont 1 a 2 - risco aumentado = nova triagem semanal.
  • pont 3 ou mais - risco alto = plano de cuidados nutricionais é iniciado.
25
Q

Meta calórica

A
  • 25 a 30 kcal/kg/d.
  • iniciar com 15 a 20 kcal/kg/d e progredir para 25-30 após o 4º dia de nutrição.
  • método padrão-ouro: calorimetria indireta (na beira do leito, avalia O2 consumo e CO2 liberado, para estimar quantas calorias são necessárias)
  • buscar atingir meta em até 1 semana.
  • elevar cabeceira em 30-45º (evitar refluxo e estase gástrica) + usar procinéticos se intolerância.
  • não usar glutamina e arginina.
26
Q

Requerimento nutricional

A
  • Sepse: 1,5-2,5 g/kg/d de proteínas - 15-20% / 20-30% de lipídeos / 50% de glicose. Evitar arginina (pois aumenta NO = mais vasodilat).
  • Pneumopatias: hipocalórica 20-30 kcal/kg/d / 1,5 g/kg/d de proteínas / < 50% de carbo (pq produz CO) / 1,5 g/kg/d de lipídeos.
  • Hepatopatias: 50-70% de carbo / geralmente degradam proteína gerando ureia, mas cirróticos toleram 1-1,5 g/kg/d de proteínas.
  • Nefropatias: fornecer aa essenciais.
27
Q

Necessidade energética de acordo com estresse

A
  • leve: 20-30 kcal/kg/d.
  • moderado: 30-40 kcal/kd/d.
  • intenso: 40-50 kcal/kg/d.
  • grande queimado: > 50 kcal/kg/d.
28
Q

SD da realimentação - Conceito

A

Alterações agudas em líquidos e eletrólitos corporais, como consequência da administração de nutrientes de forma rápida e excessiva em pacientes com desnutrição grave e prolongada.
- Ocorre nos primeiros 2-4d após introdução do suporte nutricional.

29
Q

SD da realimentação - Consequências

A
  • ocorre aumento súbito da insulina e as bombas da membrana voltam a funcionar, jogando K e fosfato de volta pra intracelular -> hipocalemia e hipofosfatemia.
  • Hipofosfatemia: gera hemólise e quadro de disfunção orgânica e morte.
  • Pode ocorrer: IC, arritmias graves, IRpA, disfunção hepática, delírio, convulsões.
  • Encefalopatia de Wernicke (B1 consumida e ocorre carência de forma aguda)
30
Q

SD da realimentação - Prevenção

A
  • Iniciar oferta de 50% do que é planejado para peso do paciente (iniciar com 20 kcal/kg).
  • Monitorizar eletrólitos, suplementar B1 e usar compostos com fosfato.
  • Geralmente é irreversível após sua instalação.