HAS na infância Flashcards
Complete:
1- Em crianças menores, HA geralmente é de causa primária/secundária.
2- Em adolescentes, HA geralmente é de causa primária/secundária.
1- Em crianças menores, HA geralmente é de causa secundária.
2- Em adolescentes, HA geralmente é de causa primária (essencial).
Veja o gráfico (foto) com as variáveis de sexo, idade e estatura e disserte sobre a interpretação dos valores de PA.
- No gráfico (que escolho 1º se é o de meninas ou de meninos), temos a idade; as % na horizontal que indicam o percentil de estatura da criança; e o percentil na vertical (90, 95, 99) de acordo com a pressão arterial para sexo, idade e estatura. Para avaliar a PA, irei primeiro pegar a coluna da idade, e então olhar o percentil de estatura da criança, para em seguida verificar em qual percentil da PA (90, 95, 99) se encaixa a PA aferida nesta criança.
Os valores de PA alteram de acordo com a altura? Como isso funciona?
Sim, o valor da PA AUMENTA de acordo com a altura da criança. Quem é mais alto tem um limite superior para PA aceitável.
- Ex.: olhe o gráfico (foto): para uma criança de 1 ano com percentil de estatura de 5% o limite da PAS é 94, já para uma criança de 1 ano com percentil de estatura de 90% (mais alta) o limite da PAS é 102.
Classificação da PA pelo Guideline da American Academy of Pediatrics: Para crianças de 1 a 13 anos?
1- Pressão normal: PAS e PAD < percentil 90.
2- Pressão elevada: PAS e/ou PAD ≥ percentil 90 até < percentil 95, ou entre 120x80 mmHg e < p95. (Antiga pressão “limítrofe”, pré-hipertensão).
3- Hipertensão estágio 1: ≥ percentil 95 até < percentil 95 + 12 mmHg, ou entre 130x80 mmHg a 139x89 mmHg.
4- Hipertensão estágio 2: ≥ percentil 95 + 12 mmHg, ou 140x90 mmHg.
*Veremos a PAS e PAD, considerando sempre a mais alta (se uma estiver alterada, iremos usá-la como referência para classificar a PA).
Guideline da American Academy of Pediatrics: Para crianças ≥ 13 anos?
1- Pressão normal: < 120x<80 mmHg (< p90).
2- Pressão elevada: entre 120x<80 até 129x<80 mmHg.
3- Hipertensão estágio 1: entre 130x80 até 139x89 mmHg.
4- Hipertensão estágio 2: ≥ 140x90 mmHg.
*Veremos a PAS e PAD, considerando sempre a mais alta (se uma estiver alterada, iremos usá-la como referência para classificar a PA).
Etiologia da HAS - em < 6 anos, qual a principal causa? Cite as outras.
- Hipertensão secundária: doença renal corresponde 60-90% das causas. Incluem nefropatias parenquimatosas, renovasculares e obstrutivas. Ex.: hipertensão renovascular, estenose de artéria renal.
- Outras: excesso de mineralocorticoides e doenças da tireoide (5%), coarctação da aorta (2%), neurofibromatose, medicamentos (corticoides, estimulantes do SNC), HA monogênica, exposição ambiental (mercúrio, cádmio, ftalatos, chumbo)
Etiologia da HAS - em > 6 anos e adolescentes?
- Hipertensão primária (essencial). é mais frequente, mas é um diagnóstico de exclusão, e as causas secundárias devem ser investigadas.
Fatores de risco que aumentam PA em > 6 anos e adolescentes.
Sobrepeso e obesidade, drogas (cocaína), cigarro, medicação para emagrecer, história familiar de HAS, maior sensibilidade à ingesta de sal.
Quadro clínico da HAS?
- HAS essencial: maioria é assintomático.
- Encefalopatia hipertensiva: vômitos, ataxia, torpor, convulsões.
- Se não tratada, a longo prazo pode causar disfunção de órgãos-alvo (coração, rim).
Devemos aferir a PA com que periodicidade? A partir de que idade?
- Aferir a PA anualmente em toda criança a partir dos 3 anos de idade; e em toda visita naquela com fator de risco para HA.
- Abaixo de 3 anos: só afere se houver fatores de risco para ter HAS, conforme necessário.
Quais são os fatores de risco p/ HA?
Nefropatias, ITU de repetição; cardiopatias congênitas corrigidas ou não; em uso de drogas que elevam a PA, prematuro < 32 semanas, muito baixo peso ao nascer, com antecedente de cateterização umbilical; submetidos a transplante de órgãos sólidos ou medula óssea; neoplasias; evidências de aumento da pressão intracraniana; neurofibromatose, anemia falciforme.
Cite uma etiologia de HAS em RN.
Trombose de artérias renais após cateterismo de artéria umbilical.
Como aferir a PA em crianças?
- Aferir no braço direito (crianças com coarctação de aorta têm PA falsamente baixa no braço esquerdo).
- Usar um manguito adequado: traça o ponto médio entre o cotovelo e o ombro, e o comprimento do manguito deve ser de 80 a 100% da circunferência do braço, e a largura deve equivaler 40% da circunferência do braço nesse ponto.
Complete:
- Manguito pequeno: altera a PA para cima/baixo.
- Manguito grande: altera a PA para cima/baixo.
- Manguito pequeno: altera a PA para cima.
- Manguito grande: altera a PA para baixo.
É preferível usar manguito maior ou menor em caso de ñ ter manguito de tamanho adequado? Pq?
Se não tiver manguito de tamanho adequado pra criança é preferível usar um manguito MAIOR, que jogará a PA pra baixo.
Como fechar diagnóstico de HA na criança/adolescente?
São necessárias 3 aferições em visitas diferentes com valor maior/igual a p95 ou maior/igual à 130x80 mmHg para considerar a criança/adolescente com hipertensão.
O que é importante fazer na consulta ao detectar PA elevada ou HA em criança? O que podemos encontrar e de que patologia suspeitaremos com os achados dessa medida?
Aferir a PA nos 2 membros superiores e 1 das pernas. Caso os pulsos sejam baixos ou de difícil palpação em membros inferiores e PA do MI seja menor que à dos MMSS suspeitar de coarctação de aorta (normalmente a PA em MMII é 10 a 20 mmHg maior do que nos MMSS).
Quando indicar MAPA?
- MAPA é indicado na investigação da HAB, hipertensão mascarada e seguimento de pacientes com PA elevada ou HA.
O que é a hipertensão do avental branco? É comum em criança?
- PA elevada no consultório, mas normal no MAPA e MRPA.
- Ocorre em 22-32% das crianças.
O que é hipertensão mascarada?
PA de consultório normal, porém persistentemente elevada em MAPA/MRPA.
Cite os exames para investigação de HA secundaria.
1- ECG e ecocardiograma: importante. 2- Glicemia de jejum e lipidograma. 3- EAS, urinocultura, eletrólitos, ureia, creatinina, renina plasmática, USG renais com Doppler (ou angio-RM/angio-TC e até angiografia invasiva). 4- Hemograma. 5- Ácido úrico sérico. 6- Fundoscopia.
Qual a importância de solicitar ECG/ECO?
Pode evidenciar processo crônico -> hipertrofia de VE, que é a manifestação mais comum de lesão de órgão-alvo em crianças hipertensas e predispõe arritmias e IC na idade adulta.
Para que solicitar glicemia de jejum e lipidograma?
Para pesquisar presença de comorbidades que aumentam o risco cardiovascular (hiperlipidemia, intolerância à glicose).
EAS, urinocultura, eletrólitos, ureia, creatinina, renina plasmática, USG renais com Doppler (ou angio-RM/angio-TC e até angiografia invasiva): que causa secundária estamos investigando?
Doença renal.
- USG renais com Doppler: para investigar doença vascular renal (envolvimento renal ou de aa. Renais).
- Hipertensão renovascular: além do doppler, podemos solicitar angio-RM, angio-TC e muitas vezes angiografia invasiva. Solicitar renina plasmática (estará aumentada).
Medidas de prevenção da HAS
- Desestimular o tabagismo, uso de drogas.
Tabaco: aumenta rigidez das paredes arteriais e aumenta a viscosidade do sangue, elevando assim a PA. - Reduzir ingesta de sal.
- Praticar atividades físicas.
Tratamento da HAS - qual a meta?
Meta: PA < p90 em crianças, ou < 130x80 em adolescentes.
Tratamento da HAS - Não farmacológico: indicado p/ quem? Quais as medidas?
Indicado p/ hipertensão estágio 1 e observar se há melhora, se n: tto farmacológico. Medidas:
1- Dieta: frutas e vegetais frescos, fibras, leite e derivados com pouca gordura e redução do sal com suplementação de potássio e cálcio.
2- Exercícios aeróbicos: 30 a 60 min/dia + limitação das atividades sedentárias em no máximo 2h/dia.
3- Evitar fumo e álcool.
Redução de peso e redução de ingesta de sal = cada uma dessas atitudes reduz 5 a 10 mmHg da PA
Tratamento da HAS - Farmacológico: indicações (6)
1- Hipertensão estágio 2.
2- Falta de resposta à abordagem inicial não farmacológica.
3- HA sintomática.
4- Presença de lesão de órgão-alvo (ex.: hipertrofia ventricular esquerda).
5- DM 1 e 2.
6- DRC.
Tratamento da HAS - Farmacológico: como iniciar e fazer os devidos ajustes?
Começar com uma única medicação em dose baixa. Geralmente é o suficiente, mas se não for = aumentar a dose até chegar à PA adequada (a cada 2-4 semanas). Se dose máxima e sem a resposta esperada OU em caso de efeitos colaterais = associar uma 2ª medicação anti-hipertensiva, de outra classe.
Tratamento da HAS - Farmacológico: quais anti-HAS são usados em crianças (cite as classes apenas)?
IECA, BRA, betabloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio, diuréticos.
Tratamento da HAS - Farmacológico: o que os betabloqueadores podem gerar?
Podem elevar os lipídeos séricos, levando a hiperlipidemia.
Emergência hipertensiva - definição, clínica e tratamento.
- Definição: aumento abrupto da PA com LOA (SNC, renal, ocular, hepático ou miocárdio)
- Clínica: encefalopatia, convulsões, alterações visuais, alterações no ECG ou ECO, insuficiência renal ou hepática.
- Tratamento: nitroprussiato de sódio. Se usado por > 24h, controlar nível sérico de cianeto. Após estabilização, usar anti-HAS por VO.
Urgência hipertensiva - definição e tratamento.
- Definição: Elevação aguda da PA associada a sintomas menos grave em paciente com risco de LOA, mas sem evidencia de seu acometimento.
- Tratamento: anti-HAS VO, reduzindo PA em 24-48h.
Crise hipertensiva por sobrecarga de volume (Ex.: GN aguda): droga de escolha?
Furosemida.
Complete: Paciente com tumor produtor de catecolamina podem ser inicialmente coloque a droga usada aqui, seguido de adição de coloque a droga aqui.
Paciente com tumor produtor de catecolamina podem ser inicialmente alfabloqueados com fenoxibenzamina, seguido de adição de um betabloqueador.