Asma Flashcards

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1
Q

Definição de asma?

A

É uma doença inflamatória crônica das vias aéreas caracterizada por hiper-responsividade das vias aéreas inferiores e limitação variável ao fluxo aéreo, REVERSÍVEL espontaneamente ou com tratamento.

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2
Q

“Nem toda asma é alérgica. Nem toda asma se manifesta com sibilância, e nem toda sibilância é asma.” Está correto essa sentença?

A

Sim.

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3
Q

Há impacto da asma na renda familiar e internações?

A

Sim, é a 4ª causa de internação e tem impacto de 25% da renda familiar dos pacientes de classe menos favorecida.

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4
Q

Fisiopatologia da asma?

A
  • Interação entre fatores genéticos (aumento de IgE e eosinófilos) e ambientais.
  • Hiper-responsividade brônquica como resposta broncoconstritora exagerada ao estímulo que seria inócuo em pessoas normais.
  • Estreitamento brônquico intermitente e reversível é causado por contração do músculo liso brônquico, edema da mucosa e hipersecreção da mucosa.
  • Ciclo contínuo de agressão e reparo = remodelamento das vias aéreas.
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5
Q

Cite os fatores ambientais desencadeadores da asma e suas agudizações.

A
  • Alérgenos (ácaros, etc).
  • Vírus (IVAS = principal desencadeador na infância).
  • Irritantes (poluentes externos).
  • Fumo.
  • Exercício físico/estresse.
  • DRGE.
  • Baixa aderência ao tratamento.
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6
Q

Qual a história natural da asma?

A

Lactentes e crianças pré-escolares com sibilância recorrente (podem evoluir com asma ou não).

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7
Q

Cite características para prever se a sibilância recorrente na criança irá persistir na vida adulta (asma).

A
  • Diagnóstico de eczema com < 3 anos de vida.
  • Diagnóstico de rinite com < 3 anos de vida.
  • Pai ou mãe com asma.
  • Sibilância sem resfriado (virose).
  • Eosinofilia sanguínea > 3% (na ausência de parasitoses).
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8
Q

Como é feito o diagnóstico de asma?

A

Sugerido por: dispneia, tosse crônica, sibilância, opressão ou desconforto torácico, com piora dos sintomas à noite ou nas primeiras horas da manhã, e melhora espontânea ou com medicações.

  • Variabilidade dos sintomas (intercala dias em BEG com crises asmáticas).
  • Sibilos = obstrução ao fluxo aéreo, mas não ocorrem em todos os asmáticos e não são específicos de asma.
  • Confirmação do diagnóstico: espirometria (método objetivo) para crianças > 5 anos. Além de outros testes diagnósticos disponíveis.
  • Lembrando que: espirometria normal com história clínica típica de asma = tratar como asmático.
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9
Q

Diagnóstico de asma se dá A PARTIR de que idade e pq?

A

A partir dos 2 anos de idade, pois antes disso é difícil diferenciar de bronquiolite. Mas o diagnóstico em < 5 anos não é fácil.

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10
Q

Como é feito o diagnóstico em crianças menores de 5 anos? Cite as manifestações mais sugestivas de asma.

A

É baseado em aspectos clínicos.
1- Manifestações clínicas mais sugestivas de asma são:
- Episódios frequentes de sibilância (+ 1x/mês).
- Desencadeamento por irritantes inespecíficos (fumaça, odores fortes) ou aeroalérgenos (ácaros, vírus, fungos).
- Tosse ou sibilos que ocorrem à noite ou cedo pela manhã provocados por riso ou choro intenso ou exercício físico.
- Tosse sem relação evidente com viroses respiratórias.
- Presença de atopia (rinite alérgica ou dermatite atópica).
- História familiar de asma e atopia.
- Boa resposta clínica a beta-2-agonistas inalatório associados ou não aos corticoides oral ou inalatório.

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11
Q

Qual o método de escolha para diagnóstico de limitação ao fluxo de ar das vias aéreas? É feito a partir de que idade?

A

Espirometria.

- Em crianças > 5 anos.

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12
Q

Espirometria: cite 3 utilidades.

A

Diagnóstico, gravidade da obstrução e monitorar o curso da doença asmática.

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13
Q

Espirometria: como é feito o diagnóstico de asma?

A
  • Redução da relação VEF1/CVF = diagnóstico de limitação ao fluxo de ar das vias aéreas.
  • Aumento de VEF1 > 12% do valor pré-broncodilatador, após inalação de broncodilatador de curta duração = reversibilidade.
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14
Q

Espirometria: cite os parâmetros e indique a medida isolada mais acurada.

A

1) VEF1 (volume expirado forçado no 1º minuto): reduz no asmático, pois demora a eliminar todo o ar.
- Tem boa reprodutibilidade, os aparelhos de marcas diferentes são bons.
- É a medida isolada mais acurada (precisão).
2) CVF (capacidade vital forçada): é mantido, mas pode estar reduzido também.

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15
Q

Espirometria normal exclui diagnóstico de asma? Qual a conduta?

A

Espirometria normal NÃO exclui o diagnóstico de asma.

  • Nesse caso = repetir o exame após o broncodilatador -> pode revelar uma resposta significativa, demonstrando que havia um broncoespasmo (obstrução ao fluxo) e o fluxo normal desse paciente é maior do que o descrito na espirometria.
  • Lembrando que: em pessoa com asma controlada o exame estará normal.
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16
Q

Mediadas seriadas do PFE: é útil?

A

É uma forma mais simples, mas menos acurada que espirometria. É bastante útil para o seguimento de resposta durante a crise.

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17
Q

Mediadas seriadas do PFE: o que vemos nesse exame?

A

O quanto ao longo do dia o pico do fluxo expiratório varia de acordo com a broncoconstrição.

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18
Q

Mediadas seriadas do PFE: como é feito? Quando é positivo?

A

Realizar medidas matinais e vespertinas obtidas durante 2 semanas.

  • O paciente deve soprar 3 vezes no peak flow pela manhã e 3 vezes à tarde, depois fazemos (valores matinais - valores vespertinos /maior valor) x 100.
  • Teste positivo = variações > 20% de redução (há grande variabilidade de fluxo aéreo) = ASMA.
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19
Q

Mediadas seriadas do PFE: desvantagens?

A
  • Avalia apenas as grandes vias aéreas.
  • É esforço-dependente (quanto menor a criança, pior).
  • Produz medidas de má qualidade.
  • Valores variam entre os diversos aparelhos.
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20
Q

Teste de broncoprovocação: qnd realizar? O que estamos investigando?

A
  • Realizado em casos de dúvidas (história + espiro normal), confirma ou afasta a suspeita.
  • Iremos verificar a hiper-responsividade das vias aéreas, medido através da inalação de substâncias broncoconstritoras (metacolina, carbacol e histamina) ou pelo exercício (naqueles com broncoespasmo induzido por exercícios).
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21
Q

Teste de broncoprovocação - Testes farmacológicos: quais os achados na asma? O que indica teste positivo/negativo?

A

Asma = após o estímulo com a droga (metacolina, histamina, carbacol) há uma queda significativa no VEF1 (por convenção, queda > 20%), aí administra broncodilatador pra ver se melhora.
- Alta sensibilidade e elevado VPN -> resultado negativo (exame normal) = exclui diagnóstico de asma.

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22
Q

Teste de broncoprovocação - Testes farmacológicos: O que indica quando o teste for positivo? E quando for negativo?

A

Alta sensibilidade e elevado VPN:

  • Teste negativo (exame normal) = exclui diagnóstico de asma.
  • Teste positivo = pode ser asma, rinite alérgica, fibrose cística, bronquiectasia, DPOC.
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23
Q

Teste de broncoprovocação - Teste com exercício: achado?

A

Broncoprovocação por exercício demonstrando queda do VEF1 > 10%.

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24
Q

Medidas do estado alérgico: o que buscar na anamnese?

A
  • História de rinite, dermatite atópica e outras alergias.
  • Exposição a determinados alérgenos: ácaros, fungos, polens, antígenos de cães e gatos, baratas.

*Obs.: alimentos raramente induzem asma.

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25
Q

Medidas do estado alérgico: quais os testes usados?

A
  • Testes cutâneos (provas in vivo): preferível. Mais frequente é demonstrar a sensibilização a ácaros da poeira Dermatophagoides pteronyssinus.
  • Dosagem sérica de IgE específica (provas in vitro): IgE sérica específica confirma os resultados dos testes cutâneos.
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26
Q

Cite alguns diagnósticos diferenciais.

A

Rinossinusite; DBP e malformações congênitas; fibrose cística, bronquiectasias, bronquiolite obliterante pós-infecciosa e discinesia ciliar; síndromes aspirativas (DRGE, distúrbios de deglutição, fístula traqueoesofágica, aspiração de corpo estranho); laringotraqueomalácia, doenças congênitas da laringe e anel vascular; tuberculose; cardiopatias; imunodeficiências.

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27
Q

Qual o objetivo do tratamento da asma?

A

Controle da doença (limitações clínicas atuais e redução dos riscos futuros).

28
Q

Defina: controle x gravidade.

A
  • Controle: é o quanto consigo suprimir os sintomas olhando para as últimas 4 semanas (quero controlar com o tratamento para evitar que tenha crises repetitivas).
  • Gravidade: é a quantidade de medicamento necessária para atingir o controle. Ou seja, paciente pode estar controlado e ter uma asma grave (usa muita medicação para controlar, portanto).
29
Q

Controle da asma: cite os parâmetros avaliados.

A
  • Sintomas (diurnos E despertares noturnos).
  • Necessidade de medicação de alívio.
  • Limitação de atividades físicas.
  • Intensidade da limitação ao fluxo aéreo (PFE ou VEF1).
30
Q

Controle da asma: cite as classificações da asma.

A
  • Asma controlada: todos os 5 parâmetros adequados.
  • Asma parcialmente controlada: 1 ou 2 parâmetros presentes.
  • Asma não controlada: 3 ou mais parâmetros presentes.

*FOTO.

31
Q

Gravidade da asma: como é a classificação?

A
  • Asma intermitente: necessita apenas de broncodilatador de curta ação SOS (etapa 1).
  • Asma leve: necessita de baixa intensidade de tratamento (etapa 2).
  • Asma moderada: necessita de intensidade intermediária (etapa 3)
  • Asma grave: alta intensidade de tratamento (etapas 4 e 5).
32
Q

Tratamento da Asma - Etapa 1?

A

“Asma intermitente” = apenas beta-2-agonista de curta ação SOS (crise).

  • Drogas: salbutamol, fenoterol, terbutalina (e diz prof que formoterol é de curta e longa ação).
  • Educação do asmático e controle ambiental.
33
Q

Qual é o início e pico de ação, duração e efeitos colaterais do:

1) Beta-2-agonista de curta ação?
2) Beta-2-agonista de longa ação (LABA)?

A

1) Beta-2 de curta ação:
- Início de ação: 1 minuto, pico em 20min.
- Duração: 4 a 6 horas.
- EA: Tremores de extremidades, arritmias cardíacas e hipocalemia.
2) LABA:
- Início de ação: 1 minuto, com pico em 2 horas.
- Duração: 8 horas.

34
Q

Tratamento da Asma - Etapa 2?

A

“Asma leve” = 1ª escolha é dose baixa de corticoide inalatório diariamente (+ beta-2 de curta SOS).

  • Drogas: beclometasona (Clenil), budesonida, fluticasona, mometasona, flunisolida, ciclesonida, triancinolona.
  • Alternativa: antileucotrienos (montelucaste).

*Obs.: livro diz p/ em > 6 anos já iniciar na etapa 3 (GINA - 2019). Mas, tudo vai depender da gravidade do caso mesmo! O importante é a reabordagem em 3 meses para ver se vamos subir/descer etapa (step up/step down).

35
Q

Quando inicia o controle dos sintomas com o uso de corticoide inalatório?

A

1 a 2 semanas após o início do tratamento.

36
Q

Corticoide inalatório: efeitos colaterais?

A

Candidíase oral e rouquidão (reduzidas com higiene oral após o uso), tosse, irritação na garganta.
- Livro: osteoporose, catarata, glaucoma, desaceleração do crescimento. Mas prof disse que não tem efeito sistêmico.

37
Q

Tratamento da Asma - Etapa 3?

A

“Asma moderada” = dose baixa de corticoide inalatório + LABA (+ beta-2 de curta SOS). Ex..: budesonida+formoterol (Alenia, Symbicort); fluticasona+formoterol (Lugano).

  • LABA: só pode em > 6 anos (> 4 SBP), e ñ usar em monoterapia. Drogas: formoterol e salmeterol.
  • Em < 6 anos (< 4 SBP): opte pelo esquema de dose média ou alta de corticoide inalatório.
  • Outras alternativas:
  • Dose baixa de CI + antileucotrienos.
  • Dose baixa de CI + teofilina de liberação lenta.
  • Obs.: Para crianças > 6 (ou > 4) anos é melhor associar LABA (ou antileucotrienos) do que aumentar dose de corticoide, devido aos efeitos colaterais do uso crônico de corticoide em dose alta!
38
Q

Tratamento da Asma - Etapa 4?

A

“Asma grave” = dose moderada ou alta de corticoide inalatório + LABA (+ beta-2 de curta SOS).

  • Alternativas:
  • Dose moderada ou alta de CI + LABA + antileucotrienos.
  • Dose moderada ou alta de CI + LABA + teofilina de liberação lenta.
39
Q

Tratamento da Asma - Etapa 5?

A

“Asma grave” = além da dose moderada ou alta de corticoide inalatório + LABA, associa-se corticoide oral na dose mais baixa possível e pelo menor tempo necessário. (+ beta-2 de curta SOS).

  • Drogas: prednisona, prednisolona. Dose: 1 a 2 mg/kg/d, máximo de 60 mg/d.
  • Para pacientes atópicos podemos adicionar anti-IgE: Omalizumabe. Indicado para paciente > 6 anos com asma alérgica de difícil controle.
40
Q

Quando iremos passar para etapa 5?

A

Só faremos etapa 5 para pacientes com asma NÃO controlada na etapa 4 e que tenha sido exaustivamente questionado sobre ADESÃO ao tratamento.

41
Q

Efeitos adversos do corticoide oral?

A

Alterações no metabolismo da glicose, retenção de líquidos, osteoporose, ganho de peso, HAS, necrose asséptica da cabeça do fêmur.

42
Q

Quando podemos reduzir 1 etapa do tratamento?

A

Após 3 meses de asma bem controlada, pode-se reduzir 1 etapa do tratamento, a fim de manter o paciente no menor degrau possível, com o mínimo de tratamento.

43
Q

Como é o tratamento da asma de acordo com o nível de controle?

A
  • Controlada: manter o tratamento e identificar a menor dose para manter o controle.
  • Parcialmente controlada: considerar aumentar a dose para atingir o controle.
  • Não controlada: aumentar etapas até conseguir controle;
  • Exacerbação: tratar como exacerbação.
44
Q

Qual é o único precipitante natural da asma que induz a taquifilaxia?

A

Exercício físico, ou seja, de acordo com que o indivíduo vai fazendo exercício, o broncoespasmo vai passando. Em outros desencadeantes da asma, o contato com o alérgeno só piora a o broncoespasmo.

45
Q

Pacientes asmáticos devem evitar exercícios?

A

NÃO! Atividades aeróbicas são benéficas.

*Obs.: não há evidências de superioridade da natação.

46
Q

Tratamento da broncoconstricção induzida pelo exercício (BIE): profilaxia?

A

Tratamento regular da asma com corticoide inalatório costuma reduzir magnitude de BIE em 50%; aquecimento (alongamento) antes do exercício, beta-2-agonistas inalatório de curta duração 15-30 minutos antes do exercício.

47
Q

Tratamento da broncoconstricção induzida pelo exercício (BIE): manutenção? Indicações?

A

Imunoterapia específica com alérgenos (IT):

  • Indicações: asma alérgica (presença de anticorpos IgE para alérgenos do ambiente), em indivíduos com idade entre 5 e 60 anos.
  • É uma terapia de dessensibilização.
48
Q

Fale sobre:

- Xantinas, macrolídeos e cromonas na asma.

A
  • Xantinas: teofilina e aminofilina tem sido cada vez menos usadas. São broncodilatadores de baixa potência com vários efeitos colaterais, principalmente em idosos e lactentes, pois a dose tóxica é muito próxima da terapêutica.
  • Macrolídeos: GINA 2019 aprovou de forma off label, o uso de azitromicina para crises severas, a fim de promover imunomodulação. É discutível.
  • Cromonas: nedocromil, cromoglicato. É a via final de tratamento, nada funcionou.
49
Q

Crise/exacerbação/agudização da asma: ocorrem de forma abrupta ou gradual?

A

De forma gradual, há uma deterioração clínica progressiva em um período de 5-7 dias.

50
Q

Qual a causa mortis por asma?

A
  • Asfixia (quase a totalidade). Lembrar que a principal causa de PCR na pediatria é a hipóxia.
  • Tratamento excessivo é causa rara de morte.
51
Q

Classificação da intensidade das exacerbações em crianças e adultos: pode ser dividido em que?

A
  • Leve a moderada.
  • Grave.
  • Muito grave (insuficiência respiratória).

*FOTO.

52
Q

Classificação da intensidade das exacerbações em crianças e adultos: leve a moderada - parâmetros? (12)

A
  1. Gerais: sem alterações.
  2. Estado mental: normal.
  3. Dispneia: ausente ou leve.
  4. Fala: frases completas.
  5. Musculatura acessória: retrações leves/ausentes.
  6. Sibilância: ausente com MV normal, localizada ou difusa.
  7. FR: normal ou aumentada.
  8. FC: ≤ 110.
  9. PFE, % previsto: > 50.
  10. SpO2: > 95% -> PRINCIPAL ITEM PARA CLASSIFICAR EM LEVE/MODERADA = MACETE!
  11. PaO2: normal.
  12. PaCO2: < 40.
53
Q

Classificação da intensidade das exacerbações em crianças e adultos: grave - parâmetros? (12)

A
  1. Gerais: sem alterações.
  2. Estado mental: normal ou agitação.
  3. Dispneia: moderada.
  4. Fala: frases incompletas. No lactente = choro curto, dificuldade alimentar.
  5. Musculatura acessória: retrações acentuadas.
  6. Sibilância: localizada ou difusa.
  7. FR: aumentada.
  8. FC: > 110.
  9. PFE, % previsto: 30-50.
  10. SpO2: 91-95% -> GRAVE = MACETE!
  11. PaO2: ao redor de 60.
  12. PaCO2: < 45.
54
Q

Classificação da intensidade das exacerbações em crianças e adultos: muito grave - parâmetros? (12)

A
  1. Gerais: cianose, sudorese, exaustão.
  2. Estado mental: agitação, confusão, sonolência.
  3. Dispneia: intensa.
  4. Fala: frases curtas ou monossilábicas. No lactente = dificuldade alimentar.
  5. Musculatura acessória: retrações acentuadas.
  6. Sibilância: ausente com MV diminuído.
  7. FR: aumentada.
  8. FC: > 140 ou bradicardia.
  9. PFE, % previsto: < 30.
  10. SpO2: ≤ 90% -> MUITO GRAVE = MACETE!
  11. PaO2: < 60.
  12. PaCO2: ≥ 45.
55
Q

Conduta na crise leve a moderada de asma?

A

RESUMO: B2 de curta ação + Oxigênio + Corticoide sistêmico.

1) Nebulização com beta-2-agonista de curta duração, a cada 20 minutos (podendo repetir 3x s/n), na 1ª hora.
* Em crianças: pode ser usado salbutamol intravenoso ainda na sala de emergência para os que não responder à via inalatória.
* UPDATE (discutível): Em paciente que já faz uso como controle diário de CI + LABA, na crise = eu posso optar por LABA (formoterol) + CI em dose baixa, ao invés de usar o beta-2-agonista de curta ação.

2) Oxigenoterapia: se SatO2 ≤ 95% (O2 é broncodilatador). Manter a SpO2 > 95%.

3) Se não está respondendo ao beta-2 na 1ª hora, entre com corticoide sistêmico precocemente, ainda dentro da 1ª hora.
a) Droga: prednisolona, 1 a 2 mg/kg/d, por 5 dias em crianças. Obs.: adultos = prednisona, 1 a 2 mg/kg/d e máximo de 60 mg/d, por 7 a 10 dias.

  • O uso de corticoide sistêmico por via oral ou intravenosa tem efeito clínico equivalente.
56
Q

Podemos usar água destilada na nebulização pata tratamento de crise asmática?

A

Água destilada NÃO DEVE SER VEÍCULO NAS NEBULIZAÇÕES! Risco de agravamento. Tem que usar soro fisiológico.

57
Q

Conduta na crise grave/muito grave de asma?

A
  1. Monitorização, oxigenação.
  2. Inalação com beta-2-agonista (até 3x) + brometo de ipratrópio a cada 20 minutos durante 1 hora.
  3. Corticoide: metilprednisolona 2 mg/kg (máximo de 125 mg) ou hidrocortisona 4 mg/kg IV em dose de ataque.
  4. Hidratação EV (fase rápida).
  5. Encaminhar para a Urgência e posteriormente para UTI.
  6. Se persistência do quadro grave: indicado sulfato de magnésio (ficar atento a hipotensão) e/ou terbutalina IV (broncodilatador venoso).
  7. Se não melhorar, considerar intubação.
58
Q

Avaliação da resposta ao tratamento para crise asmática: como é feito?

A

30-60 minutos após o tratamento inicial: reclassificar gravidade. Lembrando que a medida objetiva que melhor se correlaciona com a gravidade é a SpO2 (oximetria de pulso deve ser adotada): resposta boa/má/incompleta.

59
Q

Avaliação da resposta ao tratamento para crise asmática: boa resposta - achados e conduta?

A
  • Não apresentam sinais de gravidade; SpO2 > 95% em AA; PFE ou VEF1 ≥ 70% do valor previsto.
  • Iremos aumentar intervalos da nebulização para 2/2h e observar por no mínimo 1h, se manter estável: alta.
  • Alta: com medicação domiciliar (nebulização com beta-2 de curta por 5 dias e mantém corticoide oral por 5 dias se tiver usado) + plano de acompanhamento.
60
Q

Avaliação da resposta ao tratamento para crise asmática: má resposta - achados e conduta?

A
  • Persistência de SpO2 < 91% após tratamento inicial.
  • Sinais clínicos de gravidade, PFE < 40%.
  • Indica hospitalização: manter nebulização com beta-2 de 20/20min, considerar sulfato de magnésio EV e/ou terbutalina EV.
61
Q

Avaliação da resposta ao tratamento para crise asmática: resposta incompleta - achados e conduta?

A

Pacientes com SpO2 entre 91-95%, PFE entre 40 e 70%, sinais clínicos moderados: manter tratamento, reavaliar e reclassificar após 1 hora.

62
Q

Crise de asma: Indicações de transferência para UTI?

A
  • Hipercapnia, acidose (pH < 7,30) ou hipoxemia.
  • Níveis elevados de lactato sérico.
  • Hipotensão arterial ou arritmias cardíacas graves.
  • Persistência dos sinais e sintomas de gravidade a despeito do tratamento adequado: sonolência, confusão mental, exaustão, cianose, silêncio respiratório (ar não entra), PFE < 30% do valor previsto.
63
Q

Crise de asma: qnd intubar?

A
  • VM é o último recurso, criança asmática é difícil de ser ventilada na VM, tente mascara não reinalante, cateter nasal de alto fluxo.
64
Q

Crise de asma: Sedativo de escolha para IOT?

A
  • Quetamina é o sedativo de escolha, pois não compromete a hemodinâmica e produz broncodilatação.
  • Complementar com bloqueio neuromuscular.
65
Q

Cite os dispositivos p/ administrar medicamentos por via inalatória de acordo com a faixa etária (< 4a; 4-6a; > 6 anos; adultos).

A
  • < 4 anos: IP + espaçador com máscara facial.
  • 4 a 6 anos: IP + espaçador com bocal.
  • ≥ 6 anos: IP + espaçador com bocal ou IP isolado.
  • Adultos: IP ou IPo.
  • IP = inalador pressórico.
  • IPo = inalador de pó.
66
Q

Brometro de ipratrópio (Atrovent): efeitos adversos?

A

Secura da mucosa oral, náusea, glaucoma, retenção urinária.

*Obs.: o brometo de TIOtrópio: só para 12 anos.