Assistência Clínica ao Parto Flashcards

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1
Q

Quais são os períodos/fases clínicas do parto?

A
  • Primeiro período: dilatação. Subdividido em: fase latente e fase ativa.
  • Segundo período: expulsão.
  • Terceiro período: secundamento (dequitação placentária).
  • Quarto período: 1ª hora pós-parto
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2
Q

Primeiro período - dilatação: é dividido em quais fases?

A

Fase de latência e fase ativa.

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3
Q

Fase de latência: características?

A

Contrações irregulares e arrítmicas responsáveis pelo esvaecimento (apagamento – “desaparece” o canal endocervical, o orifício interno e externo se aproxima) e dilatação < 5 cm do colo, além da saída do tampão mucoso.

*Obs. 1: sinônimo de pródromos de trabalho de parto (se inicia entre 30-36 semanas de gestação).

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4
Q

Fase de latência: conduta?

A

Orientar a paciente de que irá entrar em trabalho de parto em algumas horas. Não devemos fazer a internação na maternidade nessa fase (pode ir pra casa ou ficar em um ambiente acolhedor do hospital).

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5
Q

Fase de latência: qual o tempo máximo?

A

NÃO tem tempo máximo de fase latente! – OMS

*Obs.: Rotina GO e medcurso intensivão dizem que fase latente pode durar de 14 (multíparas) a 20h (primíparas) - mas isso está atrasado com relação à OMS.

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6
Q

Fase ativa: características?

A

São contrações rítmicas e coordenadas, com frequência de 2 a 5 eventos a cada 10 minutos e duração de 45 a 60 segundos, e dilatação cervical de ≥ 5 cm (vai até 10cm).

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7
Q

Fase ativa: tempo máximo?

A
  • Primigestas = fase ativa não pode ultrapassar 12 horas.

- Multíparas = fase ativa não pode ultrapassar 10 horas.

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8
Q

Fase ativa: conduta?

A

Admissão! É nessa fase que é indicado internar a paciente e abrir o partograma.

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9
Q

Fase ativa: fale sobre o quanto deve dilatar por hora.

A

NÃO é válido mais que é necessário haver dilatação de 1 cm/h!

*Obs.: a média de 1,2 cm/h nas primíparas e 1,5 cm/h nas multíparas não deve mais ser considerada como regra, a velocidade média é variável de paciente para paciente.

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10
Q

Qual deve ser a intensidade mínima da contração para dilatar o colo?

A

15 mmHg.

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11
Q

Comente sobre a ordem de ocorrência do esvaecimento do colo uterino e a dilatação nas:

  • Primíparas.
  • Multíparas.
A
  • Primíparas: o esvaecimento do colo uterino ocorre primeiro que a dilatação.
  • Multíparas ocorre o inverso (ou o esvaecimento e dilatação ocorrem simultaneamente).
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12
Q

Quais são as propriedades do miométrio?

A

Sensibilidade, excitabilidade, elasticidade, contratilidade e tonicidade.

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13
Q

Quais os 2 tipos de contrações uterinas?

A
  • Generalizadas e de intensidade entre 10 e 20 mmHg, se difundem por todo o útero (contrações de Braxton Hicks).
  • Contrações pequenas e localizadas, com intensidade entre 2 a 4 mmHg.
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14
Q

A atividade uterina é controlada por fatores neuro-hormonais, quais?

A

Principalmente a ocitocina. As prostaglandinas, estrogênios e o feto também participam da dinâmica do parto.

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15
Q

Assistência no 1º período: cite as medidas.

A
  • BCF a cada 15-30 min, antes, durante e após as contrações com SONAR, ou de forma contínua pelo uso de cardiotocografia.
  • Dinâmica uterina a cada hora.
  • Sinais vitais 4/4h.
  • Toque vaginal: a cada 4 horas com registro no partograma (OMS). Se ela der sinais de que está em período expulsivo posso tocar antes.
  • Analgesia (não farmacológica e farmacológica).
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16
Q

Assistência no 1º período: medidas para alívio da dor NÃO farmacológicas?

A

Deambulação, massagem, banho morno, suíça, cavalinho, orientação respiratória, escalda pés, musicoterapia, aromaterapia, bola de pilates, e relaxamento são estimulados.

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17
Q

Assistência no 1º período: quando oferecer as medidas farmacológicas?

A

Se as medidas não farmacológicas não resolverem, e estando na fase ativa do trabalho de parto, podemos oferecer à gestante.
- Analgesia regional ou analgesia peridural e analgesia combinada raqui-peridural (RPC).

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18
Q

Assistência no 1º período: analgesia regional - o que informar à gestante?

A

Informar a gestante que:

  • Não está associada com aumento na incidência de dor lombar;
  • Não está associada com 1º período do parto mais longo ou aumento na chance de cesariana;
  • Está associada com aumento na duração do 2º período do parto e na chance de parto vaginal instrumental;
  • Necessita de nível mais elevado de monitorização e mobilidade pode ser reduzida.

*Isso está na rotina GO/UNIC.

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19
Q

Assistência no 1º período: analgesia peridural e analgesia combinada raqui-peridural (RPC) - eficácia?

A

São igualmente eficazes (escolha depende da experiencia do anestesista). – rotina GO

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20
Q

Assistência no 1º período: o que NÃO é indicado fazer?

A

Realizar CTG em gestante de baixo risco, fazer acesso venoso periférico, tricotomia, enteróclise, deixar a gestante em decúbito dorsal dorsal (risco de SD da hipotensão supina, pode ficar em decúbito lateral), fazer pelvimetria de rotina, fazer amniotomia ou ocitocina (essas sãos as recomendações atuais, seguir ISSO pra prova).

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21
Q

Parada secundária da dilatação: definição e causas?

A

Dilatação cervical mantida diagnosticada por 2 toques sucessivos, com intervalo de 2 horas seguidas em paciente na fase ativa do parto.
- Causas: desproporção cefalopélvica absoluta ou relativa (deflexões, má-rotações).

*FOTO.

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22
Q

Parada secundária da dilatação: conduta? Comente sobre a necessidade ou não de indicar cesariana.

A
  • Primeiramente, podemos empregar técnicas humanizadas de estímulo ao parto normal = posições verticalizadas, deambulação, exercícios. Se progredir, ótimo, continue acompanhando.
  • Se com as medidas citadas acima melhorar a DU, mas continuar sem progresso da dilatação (ou seja, não tem distócia motora), isso pode indicar 2 coisas: início do aumento da velocidade de contração (e logo mais irá progredir a dilatação cervical) ou DCP, mas NÃO é preciso indicar cesariana desde que gestante e feto estejam bem. Mas se ficar muitas horas estagnado em um nível de dilatação (ex.: 6cm por 6 horas) não está errado indicar cesariana, mas lembre-se que você tem até cerca de 12h para o parto evoluir, então posso seguir apenas observando também.
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23
Q

Parto precipitado: definição? Riscos?

A

Dilatação, descida e expulsão em um período de ≤ 4 horas. (Taquissistolia e hiperssistolia presentes).
- Riscos: dilaceração de trajeto, hematoma na cabeça do feto.

*FOTO do partograma.

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24
Q

As decisões de cesariana devem ser…?

A

Individualizadas.

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25
Q

Veja partograma do parto fisiológico citado no exemplo a seguir.

A
  • Foto 1 (parto fisiológico): paciente internou às 08h com 5cm, irei marcar um X ou triângulo no “5 cm” bem em cima da linha de alerta e faço um círculo aberto onde representa em qual plano de DeLee está. Coloca também o horário (8h nesse exemplo), marca um ponto na FCF e preencho os quadradinhos da DU (no exemplo está com 3 contrações em 10 minutos). Em 15-30 minutos irei auscultar FCF novamente e marcar. Em mais 15-30 minutos ausculto FCF + DU e por aí vai. Após 4 horas da admissão (12:00h) irei fazer o toque vaginal, nesse exemplo, ela foi pra 9 cm (marco o X no partograma) e feto está no plano +3 de DeLee.
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26
Q

O que é “indução do trabalho de parto”?

A

São todos os procedimentos que podem provocar contrações uterinas e, consequentemente, o trabalho de parto em gestantes com mais de 22 semanas de idade gestacional.

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27
Q

Indução do trabalho de parto: objetivo?

A

Promover o parto vaginal quando a continuação da gravidez significa risco materno-fetal maior do que a sua interrupção. É uma estratégia importante para a redução das taxas de cesariana.

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28
Q

Indução do trabalho de parto: indicações?

A

Síndromes hipertensivas, gravidez prolongada, RPMO, corioamnionite, diabetes, isoimunização fetal e restrição de crescimento fetal.

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29
Q

Indução do trabalho de parto: contraindicações?

A

Macrossomia, apresentação anômalas, desproporções cefalopélvica, 2 ou mais cicatrizes uterinas prévias, sofrimento fetal, placenta prévia completa e parcial, vasa prévia, prolapso do cordão umbilical, sorologia HIV positiva e herpes genital em atividade.

*Basicamente são as CI ao parto vaginal.

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30
Q

Indução do trabalho de parto: o que é importante fazer antes de iniciar indução?

A

Avaliar a vitalidade fetal com o uso de US e/ou cardiotocografia. Além de verificar as condições cervicais (Bishop).

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31
Q

Índice de Bishop: comente.

A

FOTO.

  • Índice de Bishop < 6 = condições cervicais desfavoráveis, necessita amadurecimento cervical prévio (misoprostol ou sonda de foley).
  • Índice de Bishop > 6 = indução direta das contrações uterinas com ocitocina (rotina GO).
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32
Q

Condições cervicais desfavoráveis (índice de Bishop < 6) estão associados a que?

A

Falha de indução do trabalho de parto, ao seu prolongamento e ao elevado índice de cesariana.

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33
Q

Indução do trabalho de parto: métodos mecânicos - sonda de foley (comente).

A

Tem ação mecânica + libera prostaglandinas. É necessário associá-la à ocitocina para maior efetividade -> sonda amadurece o colo e a ocitocina aumenta contração uterina. Podem ser tão efetivas quanto o misoprostol.

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34
Q

Indução do trabalho de parto: qual o método preferencial p/ amadurecimento do colo uterino com feto vivo?

A

Misoprostol (farmacológico).

- Dose: 25 mcg, 6/6h, via vaginal.

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35
Q

Misoprostol: qual a vantagem da via vaginal em relação a VO?

A

Via vaginal tem a mesma efetividade da via oral e menos efeitos colaterais, além de ser de fácil acesso.

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36
Q

Misoprostol x prostaglandinas e ocitocina - comente

A

Misoprostol é mais eficiente que as outras prostaglandinas e apresenta maior sucesso que ocitocina na indução do parto com colo imaturo.

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37
Q

Misoprostol: vantagens?

A

Custo é inferior ao das outras prostaglandinas, tempo de meia-vida alargado, fácil administração, não requer refrigeração para sua estocagem.

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38
Q

Que instrumento usamos para acompanhar a evolução do trabalho de parto?

A

Partograma.

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39
Q

O que é o partograma? Qual é o recomendado pelo MS?

A

É um gráfico no qual são anotadas a progressão do trabalho de parto e as condições da mãe e do feto. MS recomenda o uso do partograma simplificado da OMS.

40
Q

É obrigatório o peenchimento do partograma?

A

Conforme normativa nº 368 (06/01/2015): é obrigatório o preenchimento do partograma para médicos de toda a rede privada do país.

41
Q

Quem pode preencher o partograma?

A

Ele só pode ser preenchido por trabalhadores da saúde com treinamento adequado em obstetrícia.

42
Q

O partograma consiste em 3 componentes. Quais?

A

Condição fetal, progressão do trabalho de parto e condição materna.

43
Q

Comente sobre a linha de alerta/ação e os parâmetros do partograma.

A

Linha de alerta e linha de ação são separadas por 4 quadradinhos (4h). OMS orienta não usar mais esses parâmetros da linha de alerta e de ação, mas sim usar os demais parâmetros (DU, planos de DeLee, FCF), ou seja, não precisamos tomar conduta quando chega na linha de ação!
*Cada quadrado representa 1 hora.

44
Q

Cite 3 consequências do trabalho de parto prolongado.

A

Sepse materna, hemorragia pós-parto e infecção neonatal.

45
Q

Período expulsivo: definição?

A

Inicia-se quando a dilatação do colo está completa (10 cm) e termina com o desprendimento total do feto.

46
Q

Período expulsivo: como é a contração?

A

A atividade uterina é máxima, com frequência de 5 contrações em 10 minutos e intensidade de até 50 mmHg.

47
Q

Período expulsivo: cite os 2 períodos em que é dividido e comente-os.

A
  • Período pélvico: até o plano +3 de DeLee (feto já insinuou e está fazendo sua descida até o plano +3).
  • Período perineal: a partir do plano +3, quando irá ocorrer a rotação interna.
48
Q

Período expulsivo: qual o tempo máximo de período expulsivo (OMS)? E o tempo médio?

A
  • Primigesta: até 3 horas. (Até 4h com analgesia, mas com tempo médio de 50min – rotina GO)
  • Multíparas: até 2 horas. (Até 3 horas com analgesia, mas com tempo médio de 20min – rotina GO)

*Obs.: desde que vitalidade fetal esteja boa.

49
Q

Período expulsivo: qual a conduta após passar o tempo máximo?

A

Identificar a causa (chance de não nascer é grande).

50
Q

Assistência ao período expulsivo: medidas?

A
  • Auscultar BCF a cada 5 minutos.
  • DU a cada 30 minutos.
  • Puxos só devem ser indicados se paciente sentir vontade, caso contrário, se BCF ok, aguarde. Devemos evitar puxos dirigidos.
  • Proteção do períneo – handzone.
  • Posição.
  • Manobra de Kristeller está PROSCRITA!
  • Ao nascer: realizar clampeamento tardio (1-3 minutos).
51
Q

Assistência ao período expulsivo: como deve ser feita a proteção do períneo?

A
  • Técnica de mãos sobre: proteger períneo e flexionar cabeça fetal.
  • Técnica de mãos prontas: com as mãos sem tocar o períneo e a cabeça fetal, mas preparadas para tal.
  • Colocar compressas mornas e massagem perineal (rotina GO não indica a massagem).
  • Não realizar episiotomia de rotina!
52
Q

Assistência ao período expulsivo: qnd está indicado fazer episiotomia? Como deve ser feita e pq?

A
  • Indicações: distocia de ombros; parto instrumentalizado (se for usar fórcipes) e na possibilidade de lesão perineal extensa (se durante o parto eu ver que vai dilacerar, mas antes devo pedir o consentimento da gestante).
  • Deve ser realizada a episiotomia mediolateral direita, por apresentar menor risco de lesão da musculatura do esfíncter externo do ânus e do reto (embora a episiotomia mediana seja a + fisiológica, por possibilitar menor perda sanguínea e menor dor no pós-op).
53
Q

Assistência ao período expulsivo: qual a melhor posição para a parturiente? Quais as mais usadas?

A

A melhor é a que a paciente preferir.

*As mais usadas são a litotomia, Labirie-Duncan ou cócoras, semi-sentada com apoio em perneira para flexão das coxas (desencorajar posição supina, decúbito dorsal horizontal ou semi-supina).

54
Q

No partograma, o que devemos avaliar principalmente no:

  • 1º período?
  • 2º período?
A
  • 1º período: dilatação.

- 2º período: descida.

55
Q

Parada secundária da descida: definição?

A

Parada de descida fetal por pelo menos 1 hora após atingir a dilatação completa.

*É quando a gestante está com dilatação completa e ao toque com o intervalo de 1 hora entre um toque e outro não há progressão da descida, está no mesmo plano de DeLee.

56
Q

Parada secundária da descida: causas?

A

Pode ser por deficiência da contratilidade motora, vício pélvico, DCP, macrossomia fetal, diástase dos músculos retos abdominais.

57
Q

Parada secundária da descida: conduta?

A

Individualizar cada caso. Monitorizar BCF e gestante e aguardar até 2/3 horas.
- Caso haja alteração do BCF pode indicar cesárea, ou se já estiver em planos mais positivos de DeLee pode considerar o parto instrumental (vácuo-extrator ou fórcipes).

*FOTO.

58
Q

Porque a manobra de Kristeller está proscrita?

A

Pois ao fazer pressão no fundo uterino há aumento do risco de laceração hepático, fratura de costela, ruptura uterina, sofrimento fetal, lesões de partes moles fetais e maternas, discinesias uterinas.

59
Q

Período pélvico prolongado: definição e causas.

A
  • Descida progressiva, mas excessivamente lenta no período expulsivo.
  • Causa: contratilidade diminuída ou DCP relativa.

*MEDCURSO.

60
Q

O que é a manobra de Ritgen?

A

Desprendimento lento da cabeça fetal para evitar lesões perineais, através de compressão perineal durante a expulsão fetal.

*MEDCURSO.

61
Q

O que é o sinal da tartaruga e o que representa?

A

Retração da cabeça fetal sobre o períneo materno em direção à pelve logo após a sua exteriorização do polo cefálico.
- Representa distocia de ombro.

62
Q

Distocia de ombro: Fatores de risco?

A

Macrossomia fetal, DMG, parto instrumentado e gravidez anterior complicada por distocia de ombros. Mas a maioria ocorre na ausência desses fatores, sendo imprevisível.

63
Q

Distocia de ombro: comente sobre as manobras (mnemônico - 8)

A

HELPERR:

1- H: Call for help (e anota o horário)
2- E: Episiotomy
3- L: Legs (hiperflexão – McRoberts)
4- P: Pubic pressure (Manobra de Rubin I) – até aqui é 1ª linha
5- E: Enter rotational manouvers (Manobra de Rubin II, Manobra de Woods ou Woods invertida)
6-R: Remove the posterior arms
7-R: Roll the patient to her hands and knees (Manobra de Gaskin)

8- Zavanelli: manobra de 3ª linha.

64
Q

Distocia de ombro: em quanto tempo devemos resolvê-la e pq?

A

Em até 5 minutos, de modo a evitar lesões de encefalopatia hipóxico-isquêmica no RN.

65
Q

Distocia de ombro: manobras de 1ª linha: como são feitas? taxa de sucesso?

A
  • McRoberts: faz hiperflexão das coxas da gestante, o que aumenta o ângulo do arco púbico.
  • Rubin I: pode associa-la à manobra de McRoberts. Consiste em: médico auxiliar fazer pressão suprapúbica (de forma firme e contínua, por pelo menos 30 segundos, no sentido inferolateral).
  • Resolução das distocias de ombro em 90% dos casos.
66
Q

Distocia de ombro: manobra de 2ª linha - cite-as.

A
  • Manobras de rotação interna para realizar rotação do diâmetro biacromial fetal para posição oblíqua: Rubin II, Woods, combinação de ambas ou Woods invertido.
  • Extração do ombro posterior.
  • Manobra de Gaskin.
67
Q

Distocia de ombro: manobra de rubin II, Woods e Woods invertido - como fazer?

A
  • Manobra de Rubin II: introduz o dedo indicador e médio e exerce pressão na face posterior do ombro anterior para rodá-lo no sentido do tórax anterior.
  • Manobra de Woods: introduz o dedo e exerce pressão na face anterior do ombro posterior (que está lá embaixo) e tenta rodá-lo para o dorso do feto.
  • Manobra de Woods invertido: exerce pressão na face posterior do ombro posterior (de baixo) e tenta rodar 180º. -> é o da foto abaixo.
  • FOTO.
68
Q

Distocia de ombro: manobra de Jacquemier - como fazer?

A

Extração do ombro posterior: introduz os dedos na vagina e puxa o braço do feto trazendo-o pra fora.

69
Q

Distocia de ombro: manobra de Gaskin - como fazer?

A

Colocar a paciente em posição de 4 apoios, que aumenta o arco púbico e pode resolver a distocia de ombro.

*Macete: “GAskin” = posição de GAtas.

70
Q

Distocia de ombro: manobra de Zavanelli - qnd usar? como fazer? mortalidade fetal?

A
  • Manobra de 3ª linha (“manobra de salvamento”). É usada apenas se NADA resolver, se nenhuma das manobras anteriores resolverem a distocia.
  • Roda a cabeça para OP, flete a cabeça e empurra a cabeça para reintroduzi-la dentro da vagina. Em seguida, faz cesariana.
  • Mortalidade fetal é alta.
71
Q

Distocia de ombro: sinfisectomia - o que é?

A

Secção cirúrgica da sínfise púbica. Deve ser usada como último recurso e apenas em situações-limite da preservação da vida fetal.

72
Q

Apresentação pélvica: como é o manejo? Cite as manobras.

A
  • Manejo expectante! Não tracionar e não realizar amniotomia.
  • Somente após sair todo o corpo e braços, ficando apenas a cabeça lá dentro que iremos fazer a manobra de Bracht para retirar a cabeça.
  • Desprendimento dos ombros (se ficarem impactados): manobra de Pajot, de Rojas, Lovset, Deventer-Muller, desprendimento dos braços in situ.
  • Cabeça derradeira: manobra de Mauriceau, fórcipe de Piper.
73
Q

Apresentação pélvica: Manobra de Bracht - como é feita?

A

Usada para retirar a cabeça fetal.
- Rebate o corpo do feto para cima da sínfise púbica, podendo ser realizado também uma pressão na sínfise púbica.

*FOTO.

74
Q

Apresentação pélvica: Manobra de Pajot - como é feita?

A

Usada se ombros ficarem impactados.
- Introduz o dedo na vagina e traz cada ombro.

*FOTO.

75
Q

Apresentação pélvica: Manobra de Rojas - como é feita?

A

Usada se ombros ficarem impactados.
- Segura o feto pela cintura pélvica e faz movimento helicoidal com o feto (gira o feto) para que assim os ombros se desprendam.

*FOTO.

76
Q

Apresentação pélvica: Manobra de Lovset - como é feita?

A

Usada se ombros ficarem impactados.

- Rotação, tração e translação do eixo escapular por até 180º.

77
Q

Apresentação pélvica: Manobra de Deventer-Muller - como é feita?

A

Usada se ombros ficarem impactados.

- Movimentos pendulares de elevação e descida do tronco fetal, facilitando o acesso aos braços.

78
Q

Apresentação pélvica: Manobra de Mauriceau - como é feita?

A

Usada se cabeça derradeira.
- Introduzir o dedo dentro da boca do feto e faz um movimento de alavanca para desprender a cabeça.

*FOTO.

79
Q

Apresentação pélvica: fórcipe de Piper

A

Usado se cabeça derradeira.

- Esse fórcipe é exclusivo para parto pélvico. Macete: P iper de P élvico.

80
Q

Versão externa: indicada pra quem? Qnd fazer? Como fazer?

A
  • Para a gestante que tem feto em posição pélvica e quer tentar parto normal cefálico.
  • Momento ideal para fazer: 37 semanas.
  • Manobra: coloca uma mão no polo pélvico e outra no polo cefálico e faz a rotação.
81
Q

Versão externa: pq realizar com 37sem?

A

Pois até 34sem a maioria faz a versão espontânea, e aqueles que não rodaram podem rodar até 37 semanas, além de que é um procedimento de risco, pode haver descolamento de placenta e sofrimento fetal, e se for necessária a interrupção da gestação preciso ter uma gestação à termo.

82
Q

Período de dequitação/secundamento: quando inicia?

A

Começa logo após o desprendimento do feto e termina com a saída da placenta.

83
Q

Período de dequitação/secundamento: manejo ativo?

A
  • Ocitocina 10UI, IM: ideal ser feita no momento da saída do ombro anterior do feto.
  • Trações controladas do cordão: reduz perda sanguínea materna e mortalidade materna.
84
Q

O descolamento da placenta ocorre por 2 mecanismos: cite-os.

A
  • Baudeloque-Schultz (descolamento central).
  • Baudeloque-Duncan (descolamento marginal).

*FOTO.

85
Q

Baudeloque-Schultz: explique.

A

A placenta dequita como se fosse um guarda-chuva, pelo lado fetal e após a saída da placenta ocorre o sangramento vaginal.

*A maioria é assim (75%). *Macete -> Schultz = Chuva.

86
Q

Baudeloque-Duncan: explique.

A

É quando a placenta sai pelo lado materno e o sangramento vaginal ocorre antes da exteriorização da placenta.

  • 25% dos casos.
  • Macete -> Duncan = cantora Zelia Duncan (mãe).
87
Q

Uma vez descolada a placenta, quais manobras podemos realizar? Comente.

A
  • Manobra de Freund: despregar o segmento inferior mediante movimentos de elevação do corpo uterino para facilitar a descida da placenta já descolada.
  • Manobra de Jacob-Dublin: torção da placenta para favorecer o completo descolamento das membranas.
88
Q

Qual é a:

  • Face fetal da placenta?
  • Face materna da placenta?
A
  • Face fetal da placenta: onde está o cordão umbilical.

- Face materna da placenta: onde vemos os cotilédones.

89
Q

Período de dequitação/secundamento: tempo máximo?

A

30 minutos.

90
Q

Período de dequitação/secundamento: se não dequitar em 30min, qual a conduta?

A

Curagem uterina (extração manual da placenta).

*Introduzir a mão dentro da cavidade uterina e decolar a placenta, chamar anestesista antes para anestesia, além de técnica asséptica em centro cirúrgico.

91
Q

Cite uma medida que favorece a dequitação da placenta.

A

Iniciar o aleitamento (reflexo de Ferguson – liberação de ocitocina desencadeada pela sucção mamilar).

92
Q

Quarto período: definição.

A

É a 1ª hora após a dequitação.

93
Q

Quarto período: como ocorre a hemostasia uterina?

A
  • Miotamponamento: o útero contrai e faz o tamponamento dos vasos que estão sangrando.
  • Trombotamponamento: os vasos são obliterados por trombose vascular.
94
Q

Assistência ao quarto período?

A
  • Avaliar a contração uterina: ao palpar abdome e ver o tônus uterino, ou seja, se o útero está contraído (globo de segurança de Pinard).
  • Avaliar sinais vitais.
95
Q

Quarto período: trauma ou laceração perineal - cite e comente os grau.

A
  • Primeiro grau: lesão apenas de pele e mucosas. -> não suturo.
  • Segundo grau: lesão dos músculos perineais sem atingir o esfíncter anal.
  • Terceiro grau: lesão do períneo envolvendo o complexo do esfíncter anal.
  • – 3a: laceração de < 50% da espessura do esfíncter anal.
  • – 3b: laceração de > 50% da espessura do esfíncter anal.
  • – 3c: laceração do esfíncter anal interno.
  • Quarto grau: lesão do períneo envolvendo o complexo do esfíncter anal (esfíncter anal interno e externo) e o epitélio anal.
96
Q

Período de dequitação/secundamento: manobra de Harvey - o que é?

A

Compressão leve na região do segmento uterino inferior após diagnosticado o descolamento placentário.

*MEDCURSO

97
Q

Período de dequitação/secundamento: manobra de Credé - o que é?

A

Expressão uterina visando auxiliar o descolamento placentário – deve ser evitada pelo risco de inversão uterina.

*MEDCURSO.