DMG Flashcards

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1
Q

Qual é o principal fator de risco para mulheres desenvolverem DM2?

A

DMG prévio.

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2
Q

DMG: Definição?

A

Mulher com hiperglicemia detectada pela 1ª vez durante a gravidez, com níveis glicêmicos sanguíneos que não atingem os critérios diagnósticos para DM.

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3
Q

DMG: fatores de risco?

A
  • Idade ≥ 35 anos.
  • Sobrepeso/obesidade (IMC ≥ 25), sedentarismo.
  • Antecedentes familiares de DM (1º grau).
  • Antecedentes pessoais de alterações metabólicas: HbA1c ≥ 5,7%, SOP, HAS, hipertrigliceridemia, acantose nigricans, doença cardiovascular aterosclerótica, uso de medicamentos hiperglicemiantes.
  • Antecedentes obstétricos: 2 ou mais perdas gestacionais prévias, DMG, feto GIG, macrossomia, malformação fetal, óbito fetal, polidrâmnio.
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4
Q

DMG: Fisiopatologia - o que ocorre na 1ª metade da gestação?

A
  • Ocorre diminuição dos níveis glicêmicos maternos em 10-20%, devido ao aumento da secreção pancreática de insulina decorrente do estrogênio e da progesterona maternos. Dessa forma, há: diminuição da glicemia materna de jejum, diminuição da produção hepática de glicogênio e aumento no seu armazenamento.
  • A glicose atravessa livremente a placenta, já a insulina não (o feto produz sua insulina).
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5
Q

DMG: DMG: Fisiopatologia - o que ocorre na 2ª metade da gestação? Disserte bem sobre o lactogênio placentário.

A
  • Há elevação dos hormônios contrainsulínicos, como o lactogênio placentário (HLP), cortisol, prolactina e glucagon, pois há um feto crescendo no ventre materno, logo, é fundamental ter mais glicose disponível para esse ser.
  • A placenta é o principal causador do aumento à resistência insulínica (produz lactogênio placentário, cortisol e prolactina).
  • O lactogênio placentário é o principal. De acordo com que a gestação evolui, sua produção aumenta e gera resistência insulínica, ou seja, diminui atuação da insulina no receptor e isso culmina em aumento da produção de insulina. Com isso, algumas mulheres conseguem suprir a resistência à insulina pelo aumento da produção da insulina. Porém, outras mulheres não conseguem aumentar a produção de insulina pelo pâncreas o suficiente e desenvolvem DMG.
  • No final da gestação, o lactogênio placentário que vinha em crescente produção, tem uma queda. Isso ocorre, pois próximo as 40 semanas de IG a placenta vai ficando mais insuficiente e não produz mais tanto lactogênio.
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6
Q

DMG: o diagnóstico e rastreio deve ser direcionado só para gestantes que apresentem fatores de risco?

A

NÃO. Diagnóstico é universal. O rastreio é para todas, não se utiliza mais a avaliação de fatores de risco para o rastreamento de DMG.

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7
Q

DMG: o que solicitaremos na 1ª consulta do pré-natal?

A

Glicemia de jejum.

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8
Q

DMG: Glicemia de jejum na 1ª consulta - objetivos? Valores diagnósticos p/ DM/DMG/normal?

A

Objetivos: diagnosticar DM2 e DMG:

1) DM2: ≥ 126 mg/dl.
2) DMG: ≥ 92 e ≤125 mg/dl.
3) < 92 mg/dl: realizar TOTG 75 entre 24 e 28 semanas. Obs.: aquela diagnosticada com DM2 ou DMG pela glicemia de jejum NÃO precisará fazer o TOTG!

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9
Q

DMG: Rastreio/Diagnóstico - Qual é o teste padrão?

A

TOTG 75g (Curva glicêmica gestacional).

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10
Q

DMG: Em que IG realizar o TOTG? Como é feito?

A

Realizar com IG entre 24 a 28 semanas, pela manhã, após jejum de pelo menos 8 horas.

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11
Q

DMG: TOTG - valores que fecham diagnóstico de DMG?

A

1) Glicemia de jejum ≥ 92 (até 125).
2) Glicemia 1 hora ≥ 180.
3) Glicemia 2 horas ≥ 153 (até 199).
* Basta UM valor desses alterados para fecharmos o diagnóstico de DMG.

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12
Q

Overt Diabetes: definição?

A

Gestante que tinha DM2 desconhecido (não tinha o diagnóstico prévio), sendo diagnosticada na gestação pelos níveis glicêmicos que fecham os critérios da OMS para DM na ausência de gestação.

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13
Q

Como fechar o diagnóstico de Overt Diabetes? Como é o seguimento?

A

Diagnóstico é igual à não gestante:

1) Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl.
2) TOTG ≥ 200 após 2 horas.
3) Glicemia ocasional ≥ 200 mg/dl + sintomas (4 P’s).
4) HbA1c ≥ 6,5%.
* Seguimento será feito como diabetes pré-gestacional.

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14
Q

Qual exame solicitaremos em gestante com início do pré-natal entre 20 e 28 semanas p/ rastreio/diagnóstico de DMG? *Em um cenário de “viabilidade financeira e disponibilidade técnica TOTAL”.

A

O ideal é já realizar o TOTG entre 24-28s.

- Não há necessidade de fazer glicemia de jejum, para em seguida fazer o TOTG.

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15
Q

Qual exame solicitaremos em gestante com início do pré-natal com mais de 28 semanas p/ rastreio/diagnóstico de DMG? *Em um cenário de “viabilidade financeira e disponibilidade técnica TOTAL”.

A

Realizar o TOTG imeadiatamente.

- Já passou da data do rastreio universal, mas não podemos deixar de diagnosticar DM nesta gestante.

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16
Q

Qual exame solicitaremos em gestante para rastreio/diagnóstico de DMG dentro de um cenário de “viabilidade financeira e/ou disponibilidade técnica PARCIAL”?

A

Não tenho o TOTG, então irei solicitar:

- Glicemia de jejum, independente da IG.

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17
Q

Qual exame solicitaremos em gestante para rastreio/diagnóstico de DMG dentro de um cenário de “viabilidade financeira e/ou disponibilidade técnica PARCIAL”?

A

Não tenho o TOTG, então irei solicitar:

- Glicemia de jejum, independente da IG.

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18
Q

Gestante com glicemia de jejum realizada com < 24 semanas com valor < 92 mg/dl, mas sem a disponibilidade de realizar TOTG entre 24-28s. Conduta?

A

Iremos repetir a glicemia de jejum entre 24 e 28 semanas e analisar da mesma forma do TOTG, porém, tendo apenas a medida 0 (glicemia de jejum) e não obtendo as medidas de 1h e 2h.

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19
Q

DMG: CITE os riscos fetais e neonatais.

A

GIG (> p90) e macrossomia (PN ≥ 4.000g), hipóxia fetal, óbito fetal intraútero, desconforto respiratório, hipoglicemia neonatal, policitemia, hipocalcemia.

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20
Q

Diante a hiperglicemia materna, a glicose em excesso passa por difusão facilitada e chega ao feto gerando hiperglicemia fetal. Como o feto responde a isso (cite)?

A

Com quadro de hiperinsulinemia e polidrâmnio, além de fazer glicosilação da Hb fetal.

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21
Q

DMG: hiperinsulinemia fetal gera o que? Cite os 3.

A
  • Macrossomia.
  • Hipoglicemia no RN.
  • Desconforto respiratório (síndrome da angústia respiratória – DMH).
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22
Q

DMG: pq ocorre macrossomia?

A

Pois insulina é um hormônio anabólico.

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23
Q

DMG: pq ocorre hipoglicemia no RN?

A

Isso ocorre pois no meio intraútero o feto estava em regime hiperglicêmico e o pâncreas estava produzindo altas taxas de insulina, ao nascer, isso se perpetua inicialmente, mas agora ele tem menos glicose disponível.

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24
Q

DMG: pq ocorre desconforto respiratório?

A

Insulina tem ação no pneumócito do tipo 2, fazendo com que ele não produza surfactante. Logo, produção de surfactante é tardia nesses fetos filhos de mãe DMG.

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25
Q

DMG: pq ocorre polidrâmnio?

A

Ocorre pela poliúria, o LA do feto é principalmente urina fetal.

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26
Q

DMG: o que a glicosilação da Hb fetal gera?

A

Gera aumento da afinidade da hemoglobina pelo oxigênio (hb glicosilada não libera o oxigênio no tecido), resultando em hipóxia tecidual, que irá estimular a produção de Hb levando à policitemia (Ht venoso ≥ 65%).

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27
Q

DMG: o que a policitemia gera?

A
  • Pode piorar a hipóxia tecidual (sangue fica mais viscoso), gerando trombos = se impactar a nível placentária = óbito fetal.
  • Pode levar também a falência cardíaca, diminuição da função renal, trombose da veia renal, enterocolite necrotizante e prejuízo do SNC.
  • Pode provocar hiperbilirrubinemia do RN: ao nascer, RN não está mais sob vigência de hiperglicemia, logo, a HbA1 dele cai e com isso não há mais hipóxia, então, o organismo dele fará hemólise, resultando na hiperbilirrubinemia, principalmente as custas de BD.
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28
Q

DMG: risco para as gestantes durante e após gestação?

A
  • Infecções (ITU e corrimentos).
  • Polidrâmnio, TPP, RPMO, atonia uterina (sobredistensão uterina).
  • Pré-eclampsia.
  • Cesárea: por macrossomia, por exemplo.
  • Cetoacidose diabética (pouco comum).
  • Risco futuro de diabetes e intolerância à glicose (obesas e usuárias de insulina).
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29
Q

DMG: risco futuro para os RN filhos de mãe DMG?

A

Esses fatores aumentam o risco para o feto de desenvolver no futuro: obesidade, SM, DM, HAS.

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30
Q

DMG: como evitar os riscos materno-fetais?

A
  • Controle glicêmico: principal.
  • Diagnóstico adequado e precoce da doença.
  • Início imediato da terapêutica.
  • Conhecimento e diagnóstico das repercussões fetais do DMG.
  • Momento da resolução da gestação e das medidas preventivas no pós-parto.
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31
Q

Overt Diabetes: quais as 3 principais complicações prévias que temos que nos atentar?

A

Retinopatia, nefropatia e cardiomiopatia.

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32
Q

Overt Diabetes: orientações pré-concepcionais - qual o nível glicêmico adequado e pq?

A

HbA1c ≤ 6% (pois maior que isso aumenta o risco de malformações fetais NESTA gestante que já TINHA DM prévio).

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33
Q

Overt Diabetes: quais orientações devemos dar a ela?

A
  • Assegurar contracepção e planejamento da gestação.
  • Pesquisa de complicações do DM.
  • Reavaliação das medicações em uso.
  • Reforçar a importância do automonitoramento glicêmico.
  • Adequação do peso.
34
Q

Overt Diabetes: repercussão de controle glicêmico inadequado no início da gestação?

A

Abortamento, malformações congênitas.

35
Q

Overt Diabetes: repercussão de controle glicêmico inadequado acima de 12 semanas?

A

RCIU (por vasculopatias que essa gestante com DM já tinha), macrossomia.

36
Q

Overt Diabetes: repercussão para a gestante um controle glicêmico inadequado?

A

Risco de progressão para retino/nefropatia e pré-eclâmpsia.

37
Q

Overt Diabetes: quais exames solicitar para avaliar lesões em órgão-alvo?

A
  • Fundoscopia.
  • Avaliação odontológica: infecção dentária é o principal causador de hiperglicemia nessas mulheres.
  • ECG e ecocardiograma.
  • Avaliação de função renal: ureia, creatinina, microalbuminúria e/ou proteinúria de 24 horas.
  • Exames complementares: HbA1c, urocultura (2/2 meses), perfil lipídico, ácido úrico, TSH/T4L.
38
Q

Cite as medidas que podem/devem ser realizadas no DMG para controle glicêmico.

A

1) Monitorização glicêmica:
a) Dieta adequada + atividade física.
b) Insulinoterapia (se dieta + atividade física não forem o suficiente para obter o controle glicêmico).
2) Manejo multidisciplinar: nutricionista, psicólogo, médico especialista, enfermagem.

39
Q

DMG - terapia nutricional: qnts refeições e kcal por dia? Como deverá ser o consumo de carboidratos? Qual adoçante usar?

A
  • Refeições a cada 3 horas (6 refeições, 1.800 a 2.000 kcal/dia).
  • Substituir carboidratos simples (farinha simples, açúcar puro) pelos carboidratos complexos, associar a proteína, ingerir fibras, alimentos in natura, integrais.
  • Adoçantes (ao invés do açúcar): aspartame (principal), sucralose, stevia.
40
Q

DMG: o que avaliamos na avaliação antropométrica?

A
  • Peso, altura, IMC, tabela de ganho de peso.

- Importante acompanhar o IMC pela curva, que é diferente da população geral, é especial para gestante.

41
Q

DMG - exercícios físicos: realizar com que periodicidade? cite as opções de exercícios.

A
  • Realizá-los por 30 minutos, 3x/semana. *Desde que não tenham contraindicações.
  • Opções: caminhada, hidroginástica, alongamento.
42
Q

DMG - exercícios físicos: qual o mecanismo para controle glicêmico?

A
  • Diminuem a resistência à insulina: fortalece a ligação da insulina a seu receptor e expressa mais GLUT4 na membrana celular (principalmente na membrana muscular), permitindo mais entrada de glicose.
  • Diminuem gordura intra-abdominal, reduzem AGL, além de o consumo muscular retirar 75% da glicose sanguínea.
43
Q

DMG: com que frequência devem ser as consultas?

A

Consultas frequentes (7 a 14 dias).

44
Q

DMG: como e para quem é feito o perfil glicêmico (dextro) simples? Qual a meta glicêmica?

A
  • São feitas 4 medidas: em jejum, 1 hora após café/almoço/jantar (alguns serviços fazem 2h após).
  • É realizado para as gestantes sem uso de insulina.
  • Meta glicêmica:
    a) Jejum: ≤ 95 mg/dl.
    b) 1 hora pós-prandial: ≤ 140 mg/dl.
    c) 2 horas pós-prandiais: ≤ 120 mg/dl.
45
Q

DMG: dieta + exercícios tem sucesso no controle da glicemia?

A

Dieta + exercício = controle da glicemia em 60-70% dos casos de DMG.

46
Q

DMG: o que indica mau controle glicêmico mesmo em dieta + exercícios físicos? Qual a conduta?

A
- 30% de glicemias alteradas.
OU
- 20% de valores alterados + fetopatia (percentil de crescimento > 75, polidrâmnio).
- Média glicêmica ≥ 120 md/dl.
- Conduta: insulinoterapia.
47
Q

DMG - Insulinoterapia: quais são as ofertadas pelo SUS?

A

NPH e regular.

48
Q

DMG - Insulinoterapia: iremos iniciar com qual insulina e dose?

A
  • Iniciamos com NPH 3x/dia.

- Dose: 0,3 a 0,5 UI/kg/dia – ½ (café da manhã) + ¼ (almoço) + ¼ (22h).

49
Q

DMG - Insulinoterapia: Complete:

  • Insulina NPH da manhã age no: ___.
  • Insulina NPH do almoço age no: ___.
  • Insulina NPH das 22h age no: ___.
A
  • Insulina NPH da manhã age no: almoço.
  • Insulina NPH do almoço age no: jantar.
  • Insulina NPH das 22h age no: café da manhã (jejum).
50
Q

DMG - Insulinoterapia: pq iniciamos com NPH?

A

A gestante tem um pâncreas que funciona, mas que não está conseguindo produzir insulina suficiente, logo, se a gente mantém um nível basal de insulina (pela NPH), o pâncreas irá conseguir funcionar melhor, pois não está sendo sobrecarregado, e irá conseguir produzir insulina para suprir após as refeições (muitas vezes não sendo necessário o uso da insulina regular).

51
Q

DMG - Insulinoterapia: como é feito o perfil glicêmico neste contexto? Qual a meta glicêmica?

A
  • 7x/dia: jejum, 1 hora após café, pré-almoço, 1 hora após almoço, pré-jantar, 1 hora após jantar e 3 horas da madrugada.
  • Meta glicêmica (a mesma):
    a) Jejum: ≤ 95 mg/dl.
    b) 1 hora pós-prandial: ≤ 140 mg/dl.
    c) 2 horas pós-prandiais: ≤ 120 mg/dl.
    c) Pré-prandial e madrugada: ≤ 100 mg/dl.
52
Q

DMG - Insulinoterapia: quando iremos introduzir insulina regular?

A

Se temos medidas pós-prandiais alteradas, mas o restante controlado.

*Isso me indica que o pâncreas dela não está conseguindo suprir após alimentações.

53
Q

DMG - Insulinoterapia: lispro e asparte (ultrarrápidas) são válidas em que perfil de pacientes?

A

Aquelas que fazem muita hipoglicemia

54
Q

De acordo com as alterações glicêmicas abaixo, diga que ajuste devemos fazer na NPH ou insulina regular/lispro/asparte:

1) Hiperglicemia às 3h (qualquer jejum)?
2) Jejum normal e pós-café aumentado?
3) Hiperglicemia pré-almoço (qualquer pós-almoço)?
4) Pré-almoço normal e hiperglicemia pós-almoço?
5) Hiperglicemia pré-jantar (qualquer pós-jantar)?
6) Pré-jantar normal e hiperglicemia pós-jantar?

A

1) Hiperglicemia às 3h (qualquer jejum): aumentar NPH das 22.h
2) Jejum normal e pós-café aumentado: aumentar regular do café da manhã.
3) Hiperglicemia pré-almoço (qualquer pós-almoço): aumentar a NPH do café da manhã.
4) Pré-almoço normal e hiperglicemia pós-almoço: aumentar a regular do almoço.
5) Hiperglicemia pré-jantar (qualquer pós-jantar): aumentar a NPH do almoço
6) Pré-jantar normal e hiperglicemia pós-jantar: aumentar a regular do jantar.

55
Q

De acordo com as alterações glicêmicas abaixo, diga que ajuste devemos fazer na NPH ou insulina regular/lispro/asparte:

1) Hipoglicemia às 3h (qualquer jejum)?
2) Jejum normal e hipoglicemia pós-café?
3) Hipoglicemia pré-almoço (qualquer pós-almoço)?
4) Pré-almoço normal e hipoglicemia pós-almoço?
5) Hipoglicemia pré-jantar (qualquer pós-jantar)?
6) Pré-jantar normal e hipoglicemia pós-jantar?

A

1) Hipoglicemia às 3h (qualquer jejum): reduzir a NPH das 22h.
2) Jejum normal e hipoglicemia pós-café: reduzir a regular do café da manhã.
3) Hipoglicemia pré-almoço (qualquer pós-almoço): reduzir a NPH do café da manhã.
4) Pré-almoço normal e hipoglicemia pós-almoço: reduzir a regular do almoço.
5) Hipoglicemia pré-jantar (qualquer pós-jantar): reduzir a NPH do almoço.
6) Pré-jantar normal e hipoglicemia pós-jantar: reduzir a regular do jantar.

56
Q

DMG - Insulinoterapia: Frente à glicemia de jejum elevada, temos 3 cenários possíveis às 3h da madrugada. Quais são eles e qual a conduta para cada?

A

1) Quadro de hipoglicemia às 3h, seguido de hiperglicemia às 6h – jejum (curva rosa). Conduta: reduzir dose da NPH das 22h. O motivo da hiperglicemia de manhã é um efeito rebote em função da hipoglicemia da madrugada.
2) Quadro de euglicemia às 3h, seguido de hiperglicemia às 6h – jejum (curva azul claro). Conduta: aumentar dose da NPH das 22h.
3) Quadro de hiperglicemia às 3h, que se mantém até o jejum (curva azul escuro). Conduta: aumentar dose da NPH das 22h e provavelmente a NPH do almoço também.

57
Q

DMG - Insulinoterapia: como aspirar NPH+regular?

A
  • Aspirar regular primeiro.
  • Para lembrar: “não pode sujar o frasco”, a regular é transparente, aspira ela 1º e depois vem com NPH (que é branca).
  • Obs.: apenas após jantar vai ser necessário fazer a regular sozinha, enquanto que NPH será feita às 22h.
58
Q

DMG - Insulinoterapia: quais os sinais de hipoglicemia? Qual o valor no dextro? Como corrigir?

A
  • Sinais: alterações de humor, fome, dor de cabeça, sudorese, tonteira, visão embaçada, cansaço extremo ou palidez, tremores.
  • Dextro < 70 mg/dl.
  • Correção: 4 balas mastigáveis OU ½ copo de suco de laranja OU 1 colher sopa rasa de açúcar + copo de leite (para não fazer outro quadro de hipoglicemia).
59
Q

DMG: metformina pode ser usada?

A

Não deve ser a 1ª escolha (FEBRASGO já disponibilizou como opção, mas MS não, então sempre optar pela insulina prova, pois não temos dados a longo prazo).

60
Q

DMG: se usar metformina, como será dose? Deve ser feita em monoterapia ou associada?

A
  • Monoterapia: mulheres que não aderem à insulina. OU
  • Associada à insulina: em gestantes com difícil controle glicêmico.
  • Dose: 500 a 2.500 mg/dia. Junto ou logo após as refeições.
61
Q

DMG: “indicações” de metformina?

A
  • Não acessibilidade à insulina (ou não adesão).
  • Dificuldade na autoadministração de insulina.
  • Quando insulina é um estresse para paciente (determina restrição alimentar), mesmo orientada.
  • Necessidade de altas doses diárias de insulina (> 100 UI).
  • Ganho de peso excessivo em uso de insulina.
  • Paciente deve assinar termo de consentimento se for usar. Lembrar que para MS, NÃO usa! Opta por insulina.
62
Q

DMG: no seguimento, que exames pediremos?

A
  • Hb glicada 2/2m.
  • Urocultura 2/2m.
  • USG obstétrico mensal a partir de 28 semanas (avaliar crescimento fetal, LA).
  • Perfil biofísico fetal.
  • Retornos semanais.
63
Q

DMG - em qual IG será feito o parto se:

  • Bom controle?
  • Macrossomia?
  • Difícil controle glicêmico?
A
  • Bom controle glicêmico: até 40 semanas (mesmo com uso de insulina).
  • Macrossomia: parto imediato.
  • Difícil controle glicêmico: 34s a 38s6d (individualizar). Devemos primeiro esgotar as possibilidades de tratamento clínica = internar, insulinas, associação de metformina, adequar alimentação, além de monitorização fetal (se alteração de doppler e mau controle glicêmico ainda = parto) para chegar no mínimo a 37 semanas de IG.

*Avaliar bem se o parto ocorrer antes de 37 semanas: risco de desconforto respiratório (deficiência na produção de surfactante).

64
Q

DMG: qual a via de parto?

A

Obstétrica.

- Se PFE ≥ 4.500g pode ser indicado cesárea para prevenir distocia biacromial.

65
Q

DMG: qual a meta glicêmica no período intra-parto? O dextro deve ser realizado com que periodicidade?

A
  • Precisamos de glicemia entre 70 e 140 no intraparto (caso contrário, há risco de hipoglicemia neonatal).
  • Realizar dextro a cada:
    a) 1-2 horas, se faz uso com insulina.
    b) 4 horas, se controle com dieta.
66
Q

DMG: como será a alimentação e a dose de NPH e regular se:

  • Indução?
  • Cesárea?
A

1) Se indução:
- Alimentação normal.
- Fazer 1/3 da dose de NPH pela manhã + dose total de regular (se usar).
- Soro glicosado 5% para manutenção de glicemia.
2) Se cesárea:
- Jejum.
- Fazer 1/3 da dose de NPH e suspende regular (pois está em jejum).
- Soro glicosado 5% para manutenção de glicemia.

67
Q

DMG: no pós-parto imediato, como será dieta e o uso de insulina? Qual perfil glicêmico realizar e pq?

A
  • Dieta sem restrições e suspensão da insulina (pois é DMG, só fez DM por causa da gestação, logo, saindo a placenta não há mais necessidade de manter insulina).
  • Realizar perfil glicêmico simples com o objetivo de diagnosticar aquelas que são DM2 e foram diagnosticadas como DMG.
68
Q

DMG: no pós-parto tardio, o que devemos orientar sobre amamentação? E sobre DM?

A
  • Orientar sobre o benefício da amamentação (principalmente por mais de 3 meses): reduz risco de DM no futuro.
  • Orientar sobre o risco de DM no futuro e 6 semanas após o parto deverá ser feito TOTG 75g (0, 2h aqui) para reclassificação das mulheres que tiveram DMG.
69
Q

DMG - Reclassificação: puérpera 6 semanas após o parto realiza TOTG (jejum e 2h). Complete com os valores que indicam cada situação abaixo:

1) Normal = ?
2) Glicemia de jejum alterada = ?
3) Intolerância à glicose = ?
4) Diabetes mellitus = ?

A

1) Normal = jejum < 100 mg/dl e 2ª hora < 140 mg/dl.
2) Glicemia de jejum alterada = jejum 100-125 mg/dl e 2ª hora < 140 mg/dl.
3) Intolerância à glicose = jejum < 126 mg/dl e 2ª hora 140-199 mg/dl.
4) Diabetes mellitus = jejum ≥ 126 mg/dl e/ou 2ª hora ≥ 200 mg/dl.

70
Q

DMG - Reclassificação: puérpera 6 semanas após o parto realiza glicemia de jejum. Complete com os valores que indicam cada situação abaixo:

1) Normal = ?
2) Glicemia de jejum alterada = ?
3) Diabetes mellitus = ?

A

1) Normal = GJ < 100 mg/dl.
2) Glicemia de jejum alterada = GJ 100-125 mg/dl.
3) Diabetes mellitus = GJ ≥ 126 mg/dl.

71
Q

DMG - Reclassificação: podemos fazer diagnóstico de DM pela dosagem de HbA1c na puérpera?

A

Não se deve solicitar dosagem de HbA1c no pós-parto, pois esse exame não está validado para o diagnóstico de DM no puerpério.

72
Q

DMG - Reclassificação na puérpera: qual a conduta se TOTG vier normal?

A

Realizar TOTG de 75g, glicemia de jejum e HbA1c anualmente.

73
Q

Overt Diabetes: como é feito o perfil glicêmico? Qual a meta terapêutica?

A

1) Controle glicêmico:
a) Perfil glicêmico simples: 4 x/d (se não usa insulina).
b) Perfil glicêmico completo: 7 x/d (se em uso de insulina).
2) Meta glicêmica:
a) Jejum: ≤ 95 mg/dl.
b) 1 hora pós-prandial: ≤ 140 mg/dl.
c) Pré-prandial e madrugada: ≤ 100 mg/dl.

74
Q

Overt Diabetes: qual a conduta em paciente DM2 que já usam insulina? E nas que usam hipoglicemiantes orais?

A

1) Dependentes de insulina: reavaliar esquema utilizado e perfil glicêmico completo (7 x/d).
2) Hipoglicemiantes orais (MS não se manifestou, protocolo a seguir é do HC):
a) Se já usa: manter medicação e perfil glicêmico simples + orientações nutricionais.
b) Se não usa: introduzir se dose total de insulina > 100 UI.
* Obs.: isso serve apenas para metformina, os demais não devem ser usados.
* MS: trocar os hipoglicemiantes por insulina.

75
Q

Overt Diabetes: conduta em paciente DM1 que não evolui bem com sua dose de insulina?

A

Bomba de insulina.

76
Q

Overt Diabetes - Insulinoterapia: como é o esquema e doses?

A

Esquema multifracionado: 2/3 NPH + 1/3 insulina rápida ou ultrarrápida. Doses:

1) 1º trimestre: 0,5-0,6 UI/kg/dia.
2) 2º trimestre: 0,7-0,8 UI/kg/dia.
3) 3º trimestre: 0,9-1,0 UI/kg/dia.

  • Exemplo: gestante de 82 kg no 2º trimestre -> 0,7-0,8 UI x 82 kg = 57,4-65,6 UI dose total -> Se fizermos 58 UI:
  • 2/3 NPH = 40 UI = ½ + ¼ + ¼ = 20/10/10.
  • 1/3 rápida = 18 UI = 1/3 + 1/3 + 1/3 = 6/6/6, 30 minutos antes das refeições.
77
Q

Overt Diabetes: como deve ser feita a avaliação fetal?

A
  • USG morfológica de 1º e 2º trimestres, pois tem maior risco de malformações.
  • USG obstétrica mensal.
  • Ecocardiograma fetal entre 26-28 semanas (malformação mais comum é a cardíaca).
  • Vitalidade fetal:
    a) Doppler com 20, 26 e 32 semanas.
    b) PBF semanal, a partir de 28 semanas.
78
Q

Overt Diabetes - em qual IG será feito o parto se:

  • Bom controle?
  • Macrossomia?
  • Restrição de crescimento?
  • Feto GIG?
  • ILA reduzido?
  • Piora do controle glicêmico após 37 semanas?
  • Impossibilidade do controle glicêmico adequado, apesar de otimização de tratamento?
  • Nefropatia?
  • Difícil controle glicêmico?
A
  • Se bom controle glicêmico = 40 semanas (mesmo com uso de insulina).
  • Se tiver:
    a) Macrossomia = parto imediato.
    b) Restrição de crescimento (pois podem ter vasculopatia) = resolução com 37 a 38s6d.
    c) Feto GIG:
  • Se não houver contraindicação para indução: resolução com 38 semanas.
  • Se houver contraindicação para indução: resolução com 39-40 semanas.
    d) ILA reduzido: internação + PBF completo até 39-40 semanas
    e) Piora do controle glicêmico após 37 semanas = internação + controle glicêmico até 39-40 semanas.
    f) Impossibilidade do controle glicêmico adequado, apesar de otimização de tratamento = resolução com 37 semanas.
    g) Nefropatia: resolução com 37 semanas (se creatinina ≥ 1,4 mg/dl e/ou PTu 24h ≥ 3g/vol na 36ª semana ou se piora progressiva de função renal).
    h) Difícil controle glicêmico = 34s a 38s6d (individualizar).
79
Q

Overt Diabetes: qual a via de parto?

A

Obstétrica.

80
Q

Overt Diabetes: condutas e orientações no puerpério?

A
  • Ajustes nas medicações e doses, controle glicêmico prévio à gestação.
  • Mantém hipoglicemiantes orais (insulinas e metformina podem ser usadas durante amamentação).
  • Insulina:
    a) Bom controle antes da gestação: dose prévia à gestação.
    b) Controle ruim antes da gestação: metade da dose final da gestação.
  • É importante realizar dextro antes da amamentação (pois se estiverem com hipoglicemia, irão fazer quadro de hipoglicemia grave ao amamentar).