Assistência Pré-Natal Flashcards

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1
Q

A diminuição da morbimortalidade materna e perinatal está relacionada ao tripé: cite-os.

A

Planejamento familiar (gravidez desejada e planejada) + assistência pré-natal e assistência ao parto.

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2
Q

Assistência pré-natal atua em caráter preventivo, assistencial e educacional. Cite seus objetivos.

A
  • Diagnosticar/confirmar gravidez (teste rápido).
  • Diagnosticar doenças preexistentes.
  • Proporcionar higidez ao organismo materno e fetal.
  • Amparar social e psicologicamente.
  • Preparar para o parto e a maternidade.
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3
Q

Qual o momento ideal para iniciar o pré-natal e pq?

A

Em consulta pré-concepcional, para ver sorologias, vacinação, avaliar comorbidades, hábitos e alimentação, uso de medicamentos, condições de trabalho, avaliação do parceiro (como sorologias), e assim corrigir os problemas previamente.

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4
Q

Até que idade gestacional deve ocorrer a 1ª consulta pré-natal?

A

Captação precoce da gestante: 1ª consulta deve ser preferencialmente até a 12ª semana de gestação

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5
Q

Qual o número de consultas MÍNIMAS que a gestante deve fazer de acordo com OMS?

A

6 (1, 2, 3):

  • 1 no 1º trimestre, 2 no 2º trimestre e 3 no 3º trimestre.
  • Obs.: além de 1 no pós-parto.
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6
Q

O ideal é que as consultas sejam com que periodicidade?

A
  • Até 28ª semana: consulta mensal.
  • 28ª até 36ª semana: consulta quinzenal.
  • 36ª até 41ª: consulta semanal.

*Gestantes de alto risco devem ser acompanhadas com intervalos menores.

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7
Q

Quando deverá ser dada a alta do pré-natal?

A

Não existe alta do pré-natal!

- A partir da 41ª se não entrou em trabalho de parto devemos encaminha-la para indução ou cesárea.

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8
Q

Em que serviço deve ocorrer o seguimento das:

  • Pacientes de baixo risco?
  • Pacientes de alto risco?
A
  • Paciente de baixo risco (90% das pacientes): seguimento na atenção básica.
  • Pacientes de alto risco (10%): encaminhadas para pré-natal de alto risco (especializado).
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9
Q

Quem são as pacientes de alto risco? Todas devem ser encaminhadas para serviço especializado?

A
  • Pacientes com doenças preexistentes.
  • História reprodutiva de perdas fetais.
  • Alterações fetais e maternas na gestação atual -> encaminhar.
    Obs.: nem sempre paciente de alto-risco é encaminhada ao serviço especializado.
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10
Q

Primeira consulta: Dados da identificação?

A
  • Nome.
  • Idade da paciente.
  • Etnia.
  • Estado civil.
  • Profissão: se é física (esforço) ou intelectual.
  • Procedência.
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11
Q

Qual idade favorável para a gestação e pq? Qual idade é de alto risco?

A
  • É favorável para a gestação idade entre 18 e 28 anos (órgão genitais internos e externos atingem seu pleno desenvolvimento fisiológico e anatômico).
  • Alto risco: < 15 e > 35 anos = são de alto risco.
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12
Q

Gestantes negras apresentam maior incidência de que?

A

Tem mais incidência de hipertensão arterial crônica, anemia falciforme, miomatose uterina, além de ter maior incidência de bacia androide (que é compensado pela maior plasticidade da cabeça dos fetos dessa etnia, favorecendo o parto via vaginal).

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13
Q

Primeira consulta: o que investigar nos antecedentes pessoais?

A

Hipertensão, diabetes (ideal ter engravidado com HbA1c < 6,0), se já recebeu transfusão sanguínea, anemia, doenças infecciosas (sífilis, toxoplasmose, AIDS, hepatite, rubéola), alergias, doenças neuropsiquiátricas, tireoidopatias (> risco de abortamento), cardiopatias, doenças renais, asma, cirurgias prévias.

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14
Q

Primeira consulta: o que investigar nos antecedentes familiares?

A

História de hipertensão e eclampsia na família, diabetes, doenças congênitas, gemelaridade, câncer de mama, tuberculose, hanseníase, doenças infectocontagiosas.

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15
Q

Primeira consulta: hábitos - conduta e riscos do tabagismo.

A

Orientar cessar. Fumo aumenta o risco de morte fetal, DPP, PP, CIUR, prematuridade, baixo peso ao nascer, etc.

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16
Q

Primeira consulta: hábitos - conduta e riscos do etilismo.

A

Cessar, não existe dose segura durante gestação. Aumenta chance de CIUR, malformações fetais, retardo mental.

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17
Q

Primeira consulta: hábitos - conduta e riscos de uso de drogas ilícitas.

A

Cessar uso. Cocaína aumenta significativamente o risco de DPP e rotura prematura das membranas.

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18
Q

Primeira consulta: o que investigar nos antecedentes ginecológicos?

A
  • Ciclos menstruais: se é regular ou não, características da menstruação. Confiabilidade da DUM.
  • Se estava em uso de métodos anticoncepcionais (MAC).
  • Infertilidade ou esterilidade: saber se fez fertilização in vitro.
  • DST, doenças ginecológicas, cirúrgicas ginecológicas prévias, início da atividade sexual e número de parceiros.
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19
Q

Paciente em uso de DIU que engravidou: conduta?

A
  • Gestação tópica = retirar DIU (diminui taxas de abortamento).
  • Gestação ectópica = conduta específica (resolução da GE).
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20
Q

Primeira consulta: o que investigar nos antecedentes obstétricos?

A
  • Número de gestações (Gesta Para).
  • Abortos espontâneos ou induzidos/curetagem.
  • Partos prematuros.
  • Número de filhos vivos, neomortos e natimortos.
  • IG à interrupção da gestação.
  • Peso dos recém-nascidos.
  • Via de parto.
  • Parto cesárea anterior e puerpério.
  • Doença induzida por gestação (DMG, pré-eclâmpsia, hipertireoidismo induzido pela gestação).
  • Intervalo interpartal.
  • Aleitamento.
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21
Q

Qual o intervalo interpartal ideal? O que representa intervalos superiores a 10 anos?

A
  • O ideal é que esse intervalo seja de 2 anos.

- Em intervalos superiores a 10 anos, equivale à uma 1ª gestação.

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22
Q

Como calcula a IG pela DUM? E se DUM não for confiável?

A

Soma-se o número de dias que vai da DUM até a data desejada (o dia que você está fazendo o cálculo) e divide isso por 7.
• Exemplo: DUM = 20/10/2019. Data do cálculo = 11/01/2020. IG = 11 + 30 + 31 + 11 = 83/7 = 11 semanas e 5 dias.

  • Se DUM não confiável: USG obstétrico até 20 semanas tem boa acurácica.
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23
Q

Como calcula a DPP pela DUM?

A

Regra de Naegele (DPP): dia da última menstruação + 7 e mês da última menstruação – 3 (se soma não exceder nº de dias do mês) ou – 2 (se soma exceder nº de dias do mês).

  • Exemplo 1: DUM = 13/09/2019. DPP = 13 + 7 = 20; 9 – 3 = 6. Logo, DPP = 20/06/2020.
  • Exemplo 2: DUM = 27/11/17. DPP = 27 + 7 = 34 (soma superior ao numero de dias do mês (30 (novembro) + 4 -> o numero excedido será o dia do parto), logo, 11 – 2 = 9. DPP = 04/09/2018.
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24
Q

CITE os sintomas gravídicos no 1º trimestre.

A

Dor na mama, cefaleia, tontura, perda de peso, diminuição da libido, sangramento (alguns são normais), náuseas e vômitos, pirose, sialorreia (ou ptialismo)

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25
Q

Náuseas e vômitos são comuns em que período? Qual o tratamento?

A
  • Comuns até o 3º mês, manifestam-se pela manha e repetem-se ao longo do dia.
  • Tratamento mais efetivo é piridoxina (vitamina B6, 10-25 mg, 3x/d).
  • Outros: gengibre em cápsulas (250 mg, 4x/d), anti-histamínicos, doxilamina com piridoxina.
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26
Q

Hiperêmese gravídica - tratamento?

A

Nenhum tratamento parece ter benefício evidente para hiperêmese gravídica.

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27
Q

1º consulta - Como é o exame físico?

A
  • IMC.
  • Medir PA (senta ou em decúbito dorsal), FC, características da pele.
  • Cabeça e pescoço.
  • Tórax: ausculta cardíaca e pulmonar.
  • Abdome: palpar órgãos internos (fígado, baço e útero).
  • Membros: edema e varizes.
  • Mamas e mamilos.
  • Altura uterina (principalmente após 20 semanas).
  • BCF.
  • Especular e toque vaginal.
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28
Q

Infecção dentária pode aumentar risco de que?

A

Pode ocasionar parto prematuro

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29
Q

Exame das mamas: se atentar a que?

A

Se atentar à nodulações no parênquima, inversão de mamilos, mamilos planos.

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30
Q

BCF: com qual IG conseguimos auscultar? Qual a FCF fisiológica

A
  • Sonar: ouve a partir de IG de 10-12sem. Pinar = a partir de 20sem.
  • USG TV: ouve a partir da 6ª a 8ª semana.
  • FCF: 110-160 bpm.
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31
Q

CITE os exames que devem ser solicitados na 1ª consulta (1º trimestre). (10)

A

Hemograma, glicemia de jejum, tipagem ABO e fator Rh (se neg = Coombs indireto), sorologias (sífilis, HIV, toxoplasmose, hepatite B), urina I e urocultura.

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32
Q

Conduta frente a fator Rh negativo?

A

Solicitar Coombs indireto:

  • se negativo = repetir mensalmente até a 28ª semana, quando será realizada a profilaxia com imunoglobulina anti-D.
  • se positivo = deve ser acompanhada em serviço de alta complexidade. Obs.: > 1:8 investigação de anemia fetal.

Obs.: gestante não sensibilizada deve receber a imunoglobulina anti-D após abortamento, gravidez ectópica, mola hidatiforme, biópsia de vilo corial, amniocentese e cordocentese.

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33
Q

Hemograma em gestante - indique os valores de referência e justifique.

A

Devido à hemodiluição gestacional:
- Hb: limite é de 11 g/dl. Anemia verdadeira: Hb < 11 g/dl.
- Plaquetas: entre 100.000 e 320.000.
Além disso:
- Leucócitos: valores normais até 15.000. O aumento ocorre às custas de neutrófilos.

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34
Q

Quais são as sorologias obrigatória? Quais podemos pedir se houver disponibilidade? Comente.

A
  • Sorologia de sífilis: VDRL e FTAbs.
  • Sorologia de HIV (ELISA).
  • Sorologia para toxoplasmose: IgM e IgG. -> repetir de 3/3 meses se susceptível.
  • Sorologia para hepatite B: HBsAg principalmente. Se possível: anti-HBc, anti-HBs.

Outros:

  • Sorologia para rubéola: IgM e IgG. O ideal seria fazer antes de engravidar, porque se IgG negativa deveríamos vaciná-la 30 dias antes de engravidar e na gestação não pode vacinar.
  • Sorologia para CMV: IgM e IgG. Pode reativar, então IgG+ não te dá certeza de que não terá infecção.
  • Sorologia para hepatite C: anti-HCV.
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35
Q

Hepatite C é CI à amamentação?

A

Não! Pacientes com hepatite C podem amamentar! A não ser que: tenha fissura mamilar, secreção se exteriorizando (não amamentar com aquela mama).

36
Q

Cite outros exames NÃO obrigatórios que podemos pedir na 1ª consulta.

A
  • USG obstétrico.
  • Colpocitologia oncótica (CCO).
  • Exame de secreção vaginal (se quadro infeccioso).
  • Parasitológico de fezes (se sintomas ou se mora em região suscetível): tratar, risco de anemia.
  • Eletroforese de hemoglobina (se história pessoal/familiar de anemia).
  • NIPT (Non Invasive Prenatal Test): disponível apenas na rede privada.
37
Q

NIPT - O que detecta e como?

A
  • Exame de rastreio (se vier positivo, confirmar com investigação fetal invasivo através da amniocentese ou biópsia de vilo).
  • Detecta células fetais através do sangue materno que podem ser investigadas.
  • Aneuploidias fetais.
  • Alterações cromossômicas: trissomias 21, 18, 13. Importante causa de morte perinatal.
  • É superior a todos os métodos usados (inclusive USG morfológica).
  • Diminui falsos positivos e testes invasivos.
38
Q

AFP - Cite situações que está aumentada/diminuída no líquido amniótico e soro materno.

A
  • AFP aumentada: grávidas com fetos com defeitos no fechamento do tubo neural, fetos com gastrosquise e onfalocele, necrose fetal e hemorragia fetomaterna.
  • AFP diminuída: em síndrome de Down e trissomia do 18.
39
Q

Sulfato ferroso: qnd iniciar? Dose?

A
  • A partir do 2º trimestre (20ª semana).
  • Dose profilática: 40-60 mg de Fe/dia (200-300mg sulfato ferroso).
  • Dose terapêutica (se anemia ferropriva): 3x dose profilática.
40
Q

Ácido fólico: qnd iniciar e por quanto tempo? Qual a finalidade? Dose?

A
  • Iniciar 3 meses antes da concepção para profilaxia de malformação fetal (defeitos do fechamento do tubo neural) e manter até o 2º ou 3º mês de gestação.
  • Dose: 0,4 a 0,8 mg/dia (em população de baixo risco).
  • Dose p/ gestantes com fatores de risco: 4-5 mg/dia. Ex.: história de filho com defeito de tubo neural, mulheres que usam drogas que aceleram o metabolismo do ácido fólico (ex.: anticonvulsivantes).
41
Q

Cálcio - indicações? Dose?

A
  • Indicado para pacientes com baixa ingesta e com risco de hipertensão (previne pré-eclâmpsia).
  • Dose: 1g/dia (essa dose não é precisa).
42
Q

Vitamina A - indicações?

A

Suplementar em locais onde a deficiência da vitamina A é prevalente (todos os estados do Nordeste e norte de MG).

43
Q

Vacinação - quais a gestante deve receber? Quais mais são permitidas (5)?

A

Influenza, hepatite B, DTPa.

  • São permitidas:
  • Febre amarela: em situações inevitáveis de exposição.
  • Raiva (antirábica).
  • Hepatite A.
  • N. meningitidis.
  • Cólera.
44
Q

Quais vacinas NÃO são permitidas na gestação e pq (7)? Quais devem ser evitadas (3)?

A

As vacinas abaixo NÃO SÃO PERMITIDAS, pois é CONTRAINDICADO vacina com vírus vivo atenuado na gestação:

  • Sarampo.
  • Caxumba.
  • Rubéola.
  • Sabin (poliomielite).
  • Varicela.
  • MMR (= SCR).
  • HPV.
  • Devem ser evitadas:
  • Pneumococcus, Salk (poliomielite), BCG.
45
Q

Hepatite B - esquema de vacinação?

A
  • Se já foi vacinada com 3 doses: não precisa vacinar novamente.
  • Nunca vacinou e tem susceptibilidade ao vírus (observado pela sorologia): 3 doses (0, 1 e 6 meses).
  • Vacinação incompleta: completar a vacinação. Ex.: tomou 1 dose antes da gestação -> tomar mais 2 vacinas durante gestação.
46
Q

Conduta em gestante soropositiva? Quem deve receber profilaxia com imunoglobulina contra hepatite B? De q forma?

A
  • Sorologia positiva: tenofovir 300 mg/dia a partir da 28ª semana até 30 dias após o parto se HBsAg+/HBeAg- com HBV DNA > 10^6 UI/ml ou HBsAg+/HBeAg+.
  • MS recomenda a imunoglobulina contra hepatite B associada à vacina nas primeiras 12h de vida aos RN de mães soropositivas para HBV.
47
Q

DTP - esquema vacinal?

A
  • É recomendado que em TODA gestação a mulher receba 1 dose de dTpa após a 20ª semana.
    1) Gestante sem nenhuma dose registrada: 2 doses de dT e 1 dose de dTpa.
    2) Gestante que tomou 1 dose de dT prévia: 1 dose de dT e última dose dTpa.
    3) 2 doses de dT prévia, esquema dT completo ou vacinação dTpa na gestação anterior: 1 dose de dTpa na gestação atual
48
Q

Pq TODA gestante deve receber 1 dose de dTpa?

A

Por causa do componente pertussis, que tem como objetivo prevenir coqueluche no RN (estimula a mãe a produzir Ac que serão transferidos ao feto), logo, mesmo se tiver o cartão vacinal completo ela irá receber ao menos 1 dose de DTPA.

49
Q

Comente as orientações gerais que devemos dar na 1ª consulta. (12)

A
  1. Relação sexual: permitido, exceto se tiver CI.
  2. Repouso: não tem tanto benefício.
  3. Constipação: orientar a ingerir mais fibras, aumentar ingesta hídrica e se não resolver, entramos com laxativos.
  4. Atividades físicas: se já fazia antes de engravidar, pode continuar. É benéfico. Se não fazia, iniciar atividades leves, como as atividades aquáticas. Exercícios de respiração também ajudam na preparação para o trabalho de parto.
  5. Deita: fracionada e balanceada.
  6. Fumo, álcool, drogas ilícitas: orientar a cessar.
  7. Medicamentos: modificar para medicamentos seguras.
  8. Adoçantes: gestante pode usar sucralose, stevia e aspartame.
  9. Exame de radiografia: não recomendados na gestação, mas se for estritamente necessário, usar proteção abdominal de cobre.
  10. Profissão: se necessário, mudar de setor.
  11. Vestuário e meias ortopédicas.
  12. Viagens e transporte: não há contraindicação, inclusive até 28 semanas pode viajar sem atestado médico. Orientar a levantar a cada 1h e usar meia ortopédica pelo menos ¾ (até o joelho).
50
Q

Nas consultas subsequentes, devemos conversar sobre sintomas anteriores e novos. Quais os sintomas gravídicos do 2º trimestre?

A
  • Síndromas dispépticas começa a diminuir.
  • Dor abdominal, cólica, flatulência e obstipação intestinal (progesterona).
  • Fraqueza e desmaio (pela hipotensão fisiológica).
  • Dispneia, sonolência.
  • Sangramento gengival, epistaxe (é fisiológico).
  • Polaciúria e urgência miccional (útero exerce compressão vesical).
  • Câimbras e parestesias.
  • Leucorreia: maioria é fisiológico (há aumento do transudato vaginal). Mas a mudança do pH vaginal (mais ácido) pode favorecer infecção por fungos.
  • PICA ou malácia (desejos de comer coisas nada a ver).
  • Crescimento uterino mais pronunciado (20 semanas = umbigo).
51
Q

Nas consultas subsequentes, devemos conversar sobre sintomas anteriores e novos. Quais os sintomas gravídicos do 3º trimestre?

A
  • Dor lombar (modificação da postura).
  • Varizes (podem surgir em MMII e na vulva) e hemorroidas.
  • Cloasma gravídico, linha nigra (aumenta produção dos hormônios estimuladores dos melanócitos), estrias.
  • Desconforto para dormir, dispneia, cansaço, ganho de peso.
  • Edema.
52
Q

Edema: pq ocorre? O que sugere edema generalizado (mãos e face)?

A
  • Instala-se mais no final da gravidez. Ocorre devido à retenção de líquidos pelos hormônios esteroides e do aumento da pressão hidrostática.
  • Edema generalizado (mãos e face) pode ser sinal de toxemia gravídica (pré-eclâmpsia).
53
Q

Indique o quanto pode ser o ganho de peso em: Gestante que previamente foi classificada como “Baixo peso”?

A

Pode ganhar 12,5 a 18kg.

54
Q

Indique o quanto pode ser o ganho de peso em: Gestante que previamente foi classificada como “Adequado peso”?

A

Pode ganhar 11,5 a 16kg.

55
Q

Indique o quanto pode ser o ganho de peso em: Gestante que previamente foi classificada como “Sobrepeso”?

A

Pode ganhar 7 a 11,5kg.

56
Q

Indique o quanto pode ser o ganho de peso em: Gestante que previamente foi classificada como “Obesidade”?

A

Pode ganhar 5 a 9kg.

57
Q

Como avaliamos níveis pressóricos?

A

TABELA - FOTO.

58
Q

Altura uterina - deve ser feita principalmente a partir de que IG? Como medir?

A
  • Após 20 semanas (na 20ª semana o fundo do útero encontra-se na altura da cicatriz umbilical).
  • Medir da sínfise púbica até o fundo do útero.
59
Q

Qual a relação entre altura uterina e IG?

A
  • Entre a 18ª e 32ª semana a IG é compatível com a altura uterina (cm).
  • 40ª semana a altura uterina tem cerca de 34cm.
60
Q

Interpretação da altura uterina na curva uterina e conduta se: Medida entre p10 e p90?

A

Seguir atendimento de rotina.

*TABELAS - FOTO.

61
Q

Interpretação da altura uterina na curva uterina e conduta se: Medida > p90?

A

Maior do que a esperada: pensar em erro na IG, polidrâmnio, gemelaridade, macrossomia fetal, mola hidatiforme, miomatose, obesidade. Se possível, solicitar USG e caso permaneça dúvida, marcar retorno em 15 dias para reavaliação ou encaminhar para serviço de alto risco.

*TABELAS - FOTO.

62
Q

Interpretação da altura uterina na curva uterina e conduta se: Medida < p10?

A

Medida menor do que o esperado: Pensar em erro na IG, CIUR, oligoâmnio, óbito fetal. Se possível, solicitar USG e caso permaneça dúvida, marcar retorno em 15 dias para reavaliação ou encaminhar para serviço de alto risco.

*TABELAS - FOTO.

63
Q

Manobra de Leopold-Zweifel (Palpação obstétrica): o que avaliamos?

A

Avalia situação, posição e apresentação fetal. É feita em 4 tempos.

64
Q

Manobra de Leopold-Zweifel (Palpação obstétrica): Primeiro tempo?

A

Delimitar fundo uterino, reconhecendo altura uterina, forma, situação fetal e polo que o ocupa.

65
Q

Manobra de Leopold-Zweifel (Palpação obstétrica): Segundo tempo?

A

Exploração do dorso para determinar posição fetal, reconhecer qual o lado ocupado pelo dorso do feto e o lado onde estão os membros.

66
Q

Manobra de Leopold-Zweifel (Palpação obstétrica): Terceiro tempo?

A

Exploração da mobilidade do polo que está no estreito superior. Faz movimentos para ver o grau de penetração na bacia (manobra de Leopold ou de Pawlick).

*Quando há insinuação, o polo insinuado na bacia é pouco móvel.

67
Q

Manobra de Leopold-Zweifel (Palpação obstétrica): Quarto tempo?

A

Exploração da escava (examinador de costas para paciente, espalma mãos sobre as fossas ilíacas e desloca-as em direção ao hipogástrio). Escava completamente ocupada = cabeça fetal. Escava parcialmente ocupada: polo pélvico. Escava vazia = sugere apresentação córmica.
- Vemos o grau de insinuação da apresentação.

68
Q

Quando avaliar movimento fetais?

A

A partir de 18-20 semanas (acho que 22 segundo Meirelles).

69
Q

Exames complementares: 2º trimestre?

A
  • TOTG 75g se glicemia abaixo de 92 (entre 24 e 28 semanas).
  • Coombs indireto se Rh negativo.
  • Toxo se susceptível (?) -> pq é de 2-3m
70
Q

Exames complementares: 3º trimestre?

A
  • Hemograma.
  • Coombs indireto se Rh negativo.
  • VDRL, HIV, hepatite B (se não for vacinada), toxoplasmose (se susceptível), EAS e urocultura.
  • Entre 35 e 37 semanas: coletar swab anal e vaginal para pesquisa de Streptococcus do grupo B.
71
Q

Pq coletar swab anal e vaginal para pesquisa de Streptococcus do grupo B?

A

Pois ele coloniza TGU e TGI e pode ocasionar quadros graves de sepse, pneumonia e meningite em neonatos.

72
Q

USG obstétrico: é um exame obrigatório?

A

Não é obrigatória para baixo risco.

73
Q

USG obstétrico: o FEBRASGO recomenda fazer na 1ª consulta de pré-natal para determinar o que?

A

IG (11-42% das IG pela DUM são incorretas), além de: confirmar gravidez, determinar local do desenvolvimento embrionário, nº de embriões e vitalidade fetal.

74
Q

USG obstétrico: qual a época ideal para ser feita (FEBRASGO)? Pq?

A

18ª a 22ª semana.
- Pois conseguiremos calcular IG com pequena margem de erro (7-14 dias) e detectar malformações fetais (já dá pra fazer o USG morfológico do 2º trimestre).

75
Q

USG obstétrico: se pudéssemos fazer vários USG , em quais IG faríamos no 1ºT e pq? Cite os achados.

A
  • 6 a 9 semanas: ver se é tópica ou ectópica.
  • Entre 11 e 13 semanas e 6 dias: morfológico do 1º trimestre – translucência nucal (TN é o principal marcador de aneuploidias), Doppler do ducto venoso e presença do osso nasal (osso nasal hipoplásico = 50% associado com SD de Down) -> predizer se existe alteração cromossômica.
76
Q

USG obstétrico: pra quem é indicado o USG entre 11 e 13 semanas e 6 dias (TN)?

A

Oferecer para pacientes com fatores de risco p/ aneuploidias (idade materna > 35 anos, filho nascido com malformação, abortamento de repetição no 1º trimestre).

77
Q

USG obstétrico: qnd dizemos que TN está alterado? O q indica?

A
  • TN alterado: quando for > do que o percentil 95 para determinada IG (> 2,5mm estará alterado).
  • Indica: alteração cromossômica. OU: > risco para anomalias cardíacas, hérnia diafragmática, onfalocece, megabexiga, anomalia de body-stalk, acondrogênese.
78
Q

Qual o método mais fidedigno para medida da IG ao USG?

A

O comprimento cabeça-nádegas (CCN). Margem de erro de 3-5d.

79
Q

USG obstétrico: como é feita a medida da IG entre 10-13ª semanas?

A

Utiliza-se o comprimento cabeça-nádegas (CCN) para determinar IG (é o período ideal) -> método mais fidedigno, margem de erro de 3 a 5 dias.

80
Q

USG obstétrico: como é feita a medida da IG a partir da 15ª semana?

A

Medida do diâmetro biparietal.

81
Q

USG obstétrico: se pudéssemos fazer vários USG , em que IG faríamos no 2ºT e pq?

A

20ª a 24ª semanas: indicado morfológico do 2º trimestre – boa sensibilidade para detectar malformações e cromossomopatias.
- Pode confirmar IG, mas com maior imprecisão (erro de 7 a 14 dias).

*Morfológico nessa fase é bom porque a proporção entre bebe e quantidade de líquido é ideal para ver estruturas fetais, é o melhor período p/ análise estrutural do feto.

82
Q

USG obstétrico: se pudéssemos fazer vários USG , em que IG faríamos no 3ºT e pq?

A

Entre 32ª a 36ª semana: USG é para avaliar crescimento fetal, perfil biofísico fetal, volume do líquido amniótico, localização e maturidade placentária, apresentação fetal.
- Margem de erro para IG = 2-3sem.

83
Q

“Qualquer alteração no exame clínico pode exigir novo exame de USG para confirmação diagnóstica.” É correto isso?

A

Sim.

84
Q

Cesárea a pedido (Lei nº 17.137/2019 – SP): pode ser solicitada a partir de que IG?

A
  • A partir de 39 semanas.
  • Também pode solicitar analgesia no trabalho de parto.

*É importante reforçar risco e benefício do parto normal x parto cesárea no pré-natal.

85
Q

Medicamentos contraindicados na gestação?

A

FOTO.