Conceitos básicos em Epidemiologia Flashcards

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1
Q

O que é a epidemiologia?

A

A epidemiologia é um método de investigação. É a ciência que estuda sobre as doenças, saúde, como desenvolver tratamentos, identificar fatores de risco.

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2
Q

Cite os 5 objetivos da epidemiologia.

A
  • Identificar a causa de doenças; estudar a história natural e prognóstico da doença; avaliar as medidas terapêuticas tanto existentes como em desenvolvimento. = Epidemiologia clínica.
  • Estimar a extensão da doença na comunidade. = Epidemiologia descritiva.
  • Construir conhecimento para desenvolver políticas de saúde. = Políticas públicas.
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3
Q

Epidemiologia x Medicina Preventiva x Clínica Médica: o que é a medicina preventiva? Foca em que?

A

É uma especialidade médica (CREMERS). É focada na prevenção de doenças.

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4
Q

Epidemiologia x Medicina Preventiva x Clínica Médica: o que é epidemiologia? Foca em que?

A

É um método. Foca na investigação do processo de adoecimento e tratamento. Investigação com foco no comunitário (é o que é possível hoje, só podemos testar drogas e etc aplicando o conhecimento na população).

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5
Q

Epidemiologia x Medicina Preventiva x Clínica Médica: o que é a clínica médica? Foca em que?

A

O método da epidemiologia é aplicado. Aplica o conhecimento a epidemiologia no diagnóstico e tratamento. Investigação com foco no indivíduo (aplicamos o conhecimento da população para 1 indivíduo).

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6
Q

A investigação de John Snow sobre a cólera é considerada o modelo para investigações epidemiológicas de campo. Dentre os itens a seguir, assinale aqueles realizados no seu trabalho:
I. Hipótese biologicamente plausível;
II. Comparação de resultados de saúde entre grupos expostos e não expostos;
III. Recomendação para ação de saúde pública;
IV. Análise estatística com significância, p < 0,05.
a) Apenas I e II são corretos.
b) Apenas I, II e III são corretos.
c) Apenas II e III são corretos.
d) Todos são corretos.
e) Nenhum é correto.

A

b) Apenas I, II e III são corretos.

* Esse conceito da significância veio bem depois de 1800.

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7
Q

Epidemiologia descritiva: quais suas 3 variáveis?

A
  • Tempo: quando?
  • Pessoa: quem?
  • Lugar: onde?

*Com quem a doença aconteceu? Onde a doença aconteceu? Quando a doença aconteceu?

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8
Q

Epidemiologia descritiva: o que buscamos no “quem”?

A
  • Fatores sociodemográficos: estado civil, classe social, sexo, idade, etnia, ocupação.
  • Variáveis de saúde: medicações, alimentação, tabaco, álcool, exame físico, comorbidades.
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9
Q

Epidemiologia descritiva: o que buscamos no “onde”?

A

Queremos saber do delineamento demográfico da doença: é uma pandemia (mundial)? É restrita a alguns continentes? É restrita a microrregiões (bairro, cidade)? Ocorre em um local delimitado (ex.: surto em creche)?

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10
Q

Epidemiologia descritiva: o que queremos saber no “quando”?

A

Em que momento do tempo a doença ocorreu.

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11
Q

Epidemiologia analítico: qual a variável usada?

A

Por quê?

*Por quê a doença aconteceu? Por quê o tratamento é eficaz?

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12
Q

Cite os estudos descritivos e os analíticos.

A
  • Os estudos descritivos são: transversais/de prevalência.

- Os estudos analíticos são: caso-controle, ensaios clínicos, coortes.

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13
Q

A epidemiologia descritiva caracteriza-se por:

a) Observar, através de instrumentos estatísticos, se hipóteses causais tem associação.
b) Buscar comprovação de hipóteses através de instrumentos experimentais.
c) Caracterizar agente, ambiente e hospedeiro envolvidos em uma relação causal.
d) Caracterizar o hospedeiro e associar essas características aos seus sinais e sintomas.
e) Estudar a distribuição de um evento de interesse para a saúde segundo o tempo, lugar e pessoa.

A

e) Estudar a distribuição de um evento de interesse para a saúde segundo o tempo, lugar e pessoa.

  • a, b, c = epidemio analítica.
  • d = não é só isso.
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14
Q

A epidemiologia descritiva atende ao objetivo primário dessa ciência, que é a descrição do padrão de distribuição das doenças. Ao fazê-lo, utiliza 3 conjuntos de variáveis: relacionadas ao tempo, ao lugar e às pessoas. Sobre esses 3 conjuntos, é correto afirmar que:

a) Os dados sistemáticos relativos ao espaço são obtidos por procedimentos de inquérito.
b) Período é a denominação de ordem geral que se dá a partes do tempo delimitadas e especificadas.
c) As variáveis relativas às pessoas guardam estrita dependência do tempo e do espaço.
d) Se não for interveniente, espera-se que em qualquer país o número de homens e de mulheres seja igual.
e) Os fatores geográficos compõem um sistema ecológico simples em que os condicionantes estão desvinculados da estrutura social.

A

b) Período é a denominação de ordem geral que se dá a partes do tempo delimitadas e especificadas.

a) Inquérito = dado sobre as PESSOAS e não lugar.
c) Não, são variáveis independentes.

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15
Q

Medidas descritivas: defina tempo de incubação e dê sua fórmula.

A
  • Fórmula: Data do aparecimento do 1º sinal ou sintoma – data da invasão de um agente infeccioso.
  • Interpretação: Tempo entre a invasão do agente até o surgimento dos sintomas.
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16
Q

Medidas descritivas: defina infectividade e dê sua fórmula.

A
  • Fórmula: Infectados/expostos.

- Interpretação: Capacidade dos hospedeiros de ficarem infectados.

17
Q

Medidas descritivas: defina patogenicidade e dê sua fórmula.

A
  • Fórmula: Doentes/infectados.

- Interpretação: Capacidade do agente infeccioso de produzir doença.

18
Q

Medidas descritivas: defina virulência e dê sua fórmula.

A
  • Fórmula: Doentes com dano grave (ou óbito)/doentes.

- Interpretação: Gravidade da patogenicidade.

19
Q

Medidas descritivas: defina poder imunogênico.

A

Interpretação: Capacidade do agente infeccioso de induzir imunização específica.

20
Q

Medidas descritivas: cite o macete para #MEMORIZAR.

A

FOTO.

  • Desenhar a pirâmide e colocar no topo o mais grave. Paciente fica exposto -> infectado -> pode desenvolver a doença -> e pode ter a doença grave. Para lembrar das fórmulas, vai dividindo um pelo outro (ex.: doentes com dano grave/doentes = virulência).
  • TEMPO de incubação.
  • Poder imunogênico = imunização.
21
Q

Na cadeia epidemiológica das doenças infecciosas, a capacidade de o agente etiológico produzir doenças, de modo geral, é definida como:

a) Infectividade.
b) Patogenicidade.
c) Virulência.
d) Antigenicidade.
e) Vulnerabilidade.

A

b) Patogenicidade. = Doença/infectados.

22
Q

A capacidade de um bioagente de produzir casos graves ou fatais de uma determinada doença denomina-se:

a) Virulência.
b) Infectividade.
c) Poder invasivo.
d) Patogenicidade.
e) Imunogenicidade.

A

a) Virulência. = Graves/doença.

23
Q

A característica de um agente infeccioso, instalado no organismo do homem ou de outros animais, produzir sintomas em maior ou menor proporção no hospedeiro infectado corresponde à definição de:

a) Dose infectante.
b) Poder invasivo.
c) Patogenicidade.
d) Virulência.
e) Infectividade.

A

c) Patogenicidade. = Doença/infectados.

24
Q

Epidemiologia analítica: “Por quê?” - O que quer saber?

A
  • Quer saber se um fator de risco vai causar uma condição.
  • Quer saber se um fator etiológico vai causar uma doença.
  • Quer saber se o tratamento vai causar cura ou melhora.

*Quanto maior a capacidade de responder a pergunta “por quê?”, maior a força da minha evidência na epidemiologia, que depende dos estudos analíticos.

25
Q

Prevenção primordial: no que consiste?

A

Evitar o fator de risco.

26
Q

Prevenção primária: no que consiste?

A

Medidas para evitar que a doença aconteça. Ex.: vacina.

27
Q

Prevenção primária se divide em que?

A

Promoção da saúde e proteção específica.

28
Q

Prevenção primária: o que é a promoção da saúde?

A

Não visa uma doença em particular, mas são ações para manter qualidade de vida. Ex.: educação alimentar, incentivo à prática de atividades físicas, campanhas contra uso de álcool e tabaco, etc.

29
Q

Prevenção primária: o que é a proteção específica?

A

Dirigidas ao combate de uma enfermidade específica. Ex: vacinação, exame pré-natal, quimioprofilaxia, eliminação de focos de vetores de doenças, fluoretação da água, distribuição de preservativos, adoção de medidas ergonômicas e ginastica laboral no ambiente de trabalho, etc.

30
Q

Prevenção secundária: no que consiste?

A

Medidas para tratar a doença já instalada do paciente a fim de evitar as consequências da mesma. Ex.: tratar o DM para evitar que paciente desenvolva nefropatia diabética, etc.

31
Q

Prevenção secundária: se divide em que?

A

Diagnóstico precoce e limitação da incapacidade.

32
Q

Prevenção secundária: no que consiste diagnóstico precoce?

A

Detectar o mais rapidamente a doença já instalada, antes do aparecimento dos sintomas. Ex.: exames periódicos de saúde (chekups), rastreamentos para doenças infectocontagiosas, autoexame, intervenções médicas precoces.

33
Q

Prevenção secundária: no que consiste limitação da incapacidade?

A

Doença já está plenamente instalada, mas as ações são para limitar a extensão das lesões e retardar aparecimento das complicações. Ex.: grupo de apoio a pacientes crônicos, telemonitoramento, tratamento médico adequado, etc.

34
Q

Prevenção terciária: no que consiste?

A

Está tratando as complicações (como nefropatia diabética em estágio avançado) para que as limitações impostas pela doença prejudiquem o mínimo possível a vida da pessoa. Ex.: acompanhamento de complicações em pacientes diabéticos, reabilitação pós-IAM ou AVE, terapia ocupacional, próteses e órteses, etc.

35
Q

Prevenção quaternária: no que consiste?

A

Prevenir a iatrogenia.

36
Q

O que é:

  • Eficácia?
  • Eficiência?
  • Efetividade?
A
  • Eficácia: analisada por meio das ações produzidas, capacidade de alcançar os melhores resultados possíveis, principalmente em relação a cobertura (nº de pessoas atendidas) e a concentração (nº de ações oferecidas a cada pessoa).
  • Eficiência: uso dos recursos disponíveis da melhor maneira possível, no menor tempo possível e com menor custo, evitando desperdícios de recursos e esforços.
  • Efetividade: capacidade de se promover resultado pretendidos.
37
Q

O que é causa suficiente?

A

Conjunto de eventos e condições mínimos que inevitalmente acarretam a ocorrência da doença.

É aquela que está presente sempre que algo ocorre, e este não acontece se ela não estiver presente. É necessária para que o efeito ocorra e somente ela é suficiente para tal.