Câncer de Mama Flashcards

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1
Q

Qual é o tipo de tumor ginecológico mais comum no sexo feminino?

A

Câncer de mama, e é o 2º mais comum nas mulheres dentre todos os cânceres.
*Principalmente no RS e RJ.

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2
Q

Qual o tipo histológico mais comum de câncer de mama?

A

Carcinomas ductais.

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3
Q

Principais vias de disseminação do câncer de mama?

A

Cadeia linfática axilar e a via hematogênica.

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4
Q

Quais os fatores principais envolvidos na patogênese do câncer de mama?

A

Todo câncer de mama tem origem genética, e além da mutação nos genes o principal fator envolvido é o estrogênio (estimula a reprodução das células).

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5
Q

Fatores de risco para câncer de mama? (14)

A

1) Idade avançada (> 40 anos).
2) Mutação genética em BRCA 1 e 2.
- Outros: p53, PTEN.
3) Menarca precoce e menopausa tardia (> 55 anos) -> a janela estrogênica é maior.
4) Terapia hormonal.
5) ACHO: aumento de risco é discreto.
6) Nuliparidade.
7) Obesidade: gordura tem aromatase, consegue fazer conversão de androgênio para estrona, que é o estrogênio periférico.
8) Aumento da densidade mamária na mamografia na pós-menopausa.
- Jovem = mama densa (> glândula, BIRADS 0), mulher mais velha, na pós-menopausa, deve ter a mama lipossubstituída, então se tiver a mama densa (tem mais glândula do que gordura ainda, tem mais tecido mamário para ter carcinogênese, BIRADS 0) e isso é fator de risco para câncer de mama.
9) Álcool.
10) Antecedente familiar de câncer de mama.
11) Lesões mamárias com atipia.
12) Radiação ionizante torácica antes dos 30 anos. Obs.: mamografia não aumenta risco.
14) Câncer de mama prévio.

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6
Q

BRCA gene 1: o que é? Sua mutação está relacionado à que cânceres?

A

É um gene supressor tumoral e mutações nesse gene aumentam risco do câncer de mama e do câncer de ovário.

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7
Q

BRCA gene 2: o que é? Sua mutação está relacionado à que cânceres?

A

É um gene supressor tumoral e mutações nesse gene aumentam risco do câncer de mama em mulheres e também de câncer de mama masculino.

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8
Q

Quanto é o risco de ter câncer ao longo da vida em mulheres com mutação nos genes BRCA 1 e 2?

A

60-85% de lifetime risk, sendo geralmente em mulheres mais jovens (< 50 anos).

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9
Q

Estratégias de prevenção do câncer de mama: cite-as.

A
  • Mastectomia redutora de risco.
  • Quimioprevenção.
  • Acompanhamento anual com RNM.
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10
Q

Estratégias de prevenção do câncer de mama: mastectomia redutora de risco é indicada para quem? Irá prevenir 100% o câncer?

A

Especialmente para mulheres com mutação no BRCA 1 e 2. Não é profilática, pois mesmo com pouco tecido mamário ainda há risco de desenvolver o câncer.

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11
Q

Estratégias de prevenção do câncer de mama: quimioprevenção é indicada para quem? Drogas?

A

Pode ser sugerida para mulheres consideradas de alto risco para o câncer de mama.

  • Droga: tamoxifeno, 20 mg/d.
  • Alternativa: raloxifeno ou exemestano, especialmente em mulheres na pós-menopausa.
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12
Q

Estratégias de prevenção do câncer de mama: avaliação anual com RNM é indicada para quem e pq?

A

Portadoras de mutação no BRCA 1 e 2, pois ela tem maior acurácia para detectar melhor esses tumores e evitaria fazer a mastectomia redutora de riscos nesse caso.

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13
Q

Tamoxifeno previne surgimento de todos os câncer de mama? Riscos?

A

Essa droga não previne o surgimento de tumores receptores negativos e pode elevar o risco de carcinoma de endométrio e fenômenos tromboembólicos.

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14
Q

Qual é o método padrão-ouro para rastreamento de câncer de mama? Qual é o tipo de prevenção?

A

Mamografia.

- Prevenção secundária.

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15
Q

Mamografia: deve ser realizado como para pacientes de baixo risco e assintomáticas?

A

Deve ser realizado dos 50-69 anos, a cada 2 anos (bienal) – MS.

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16
Q

Mamografia: deve ser realizado como para pacientes do grupo de risco? Cite-as.

A

Mamografia anual, a partir dos 35 anos. São elas:

1) Paciente com história familiar de câncer de mama em parente de 1º grau (mãe, irmã, filha), cujo diagnóstico foi antes dos 50 anos.
2) Paciente com história familiar de câncer de mama bilateral em parente de 1º grau, em qualquer idade.
3) Paciente com história familiar de câncer de ovário em parente de 1º grau, em qualquer idade.
4) Paciente com história de familiar com câncer de mama masculino (> chance de ter mutação de BRCA).
5) História pessoal de biópsia mamária com lesões proliferativas, com atipias ou carcinoma lobular in situ.

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17
Q

O autoexame da mama é recomendado pelo MS? Pq?

A

Não mais, pois estudos mostraram que não redução da mortalidade por câncer de mama, além de aumento no nº de consultas e exames desnecessários.

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18
Q

O exame clínico da mama é recomendado pelo MS?

A

MS não se posiciona nem a favor, nem contra. Ou seja, se o profissional está habilitado pode fazê-lo, se não, não está errado não fazer.

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19
Q

Diagnóstico: anamnese e exame físico sugestivos de câncer de mama?

A
  • Nódulo pétreo, fixo e indolor. Obs.: nódulo só se torna palpável a partir de 1 cm.
  • Achado mamográfico suspeito em paciente assintomática: nódulo espiculado, microcalcificações irregulares, pleomórficas, agrupadas, lineares.
  • Derrame papilar: é raro, mas sugere carcinoma se for descarga unilateral (uma mama apenas), uniductal (um único ducto), espontânea e com aparência de “água de rocha”, serosa ou hemorrágica.
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20
Q

Derrame papilar com secreção em:

  • Água de rocha: sugere o que?
  • Sanguinolento: sugere o que?
A
  • Água de rocha: carcinoma de mama.

- Sanguinolento: papiloma intraductal (benigno).

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21
Q

Diagnóstico: quais exames complementares podemos fazer? Qual laudo seguir?

A

Mamografia, USG e RNM, cujos laudos devem seguir o BI-RADS.

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22
Q

BI-RADS 0: definição?

A

Exame inconclusivo, que necessita de avaliação adicional com outro exame radiológico, usualmente a ultrassonografia mamária.

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23
Q

BI-RADS 1: definição?

A

Exame normal, com recomendação de rastreamento a cada 2 anos.

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24
Q

BI-RADS 2: definição?

A

Achados radiológicos benignos, como cistos simples, próteses mamárias, calcificações tipicamente benignas. Recomendação de rastreamento a cada 2 anos.

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25
Q

BI-RADS 3: definição?

A

Achados muito provavelmente benignos, cuja chance de malignidade é menor do que 2%. Exemplos: microcalcificações agrupadas e puntiformes, assimetria focal, nódulos sólidos não palpáveis com características de benignidade (regulares, sem sobra acústica, horizontais) e microcistos agrupados. A recomendação é a repetição do exame em 6 meses, por 2 anos.

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26
Q

BI-RADS 4: definição?

A

Risco de malignidade variável de 2 a 95%, em média de 40%. São microcalcificações e nódulos irregulares. Recomendação de estudo anatomopatológico. Subdivide-se em 4A, 4B e 4C.

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27
Q

BI-RADS 5: definição?

A

Achados altamente suspeitos, com risco maior do que 95% de malignidade: nódulos espiculados, microcalcificações pleomórficas ou em trajeto ductal. Recomendação de estudo anatomopatológico.

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28
Q

BI-RADS 6: definição?

A

Achados que já tem diagnóstico de câncer.

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29
Q

Diagnóstico: qual o método padrão-ouro para diagnóstico definitivo de câncer de mama?

A

Core Biopsy - Biópsia com agulha grossa.

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30
Q

Como é feito core biopsy?

A

Tem uma pistola e uma agulha acoplada. Iremos nos guiar pela palpação do nódulo ou por exame de imagem (USG, mamografia) e retirar um pedaço do tecido para fazer anatomopatológico (histologia).

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31
Q

Qual é tipo histológico mais comum no câncer de mama?

A

Carcinoma ductal invasor (CDI).

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32
Q

Carcinoma ductal: cite e comente os 2 tipos.

A
  • In situ ou intraductal: começa a crescer no epitélio, mas ainda não invadiu a membrana basal, não sendo capaz de provocar metástase.
  • Invasor ou infiltrante (CDI): já passou da membrana basal e tem a capacidade de gerar metástases.
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33
Q

Carcinoma lobular: cite e comente os 2 tipos.

A
  • In situ: restrito ao epitélio, ainda não invadiu a membrana basal. Não é considerado câncer nem lesão precursora (apesar do nome), e sim um marcador de risco.
  • Invasor: já passou da membrana basal e tem a capacidade de gerar metástases.
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34
Q

Cite outros tipos histológicos além do carcinoma ductal e lobular.

A

Carcinoma medular, tubular, mucinoso ou coloide, metaplásico, apócrino, secretor, doença de Paget, adenoide cístico, papilar. Mas são bem menos frequentes!

35
Q

Carcinoma inflamatório: definição?

A

São êmbolos tumorais que saem do tumor (carcinoma ductal ou lobular) e vão para derme fazendo um aspecto inflamatório, semelhante a mastite.

36
Q

Carcinoma inflamatório: qual o aspecto da pele da mama?

A

Pele com aspecto de “casca de laranja”.

37
Q

Carcinoma inflamatório: é agressivo?

A
  • É o mais agressivo dos tumores malignos de mama, temos que fazer biópsia da pele ou nódulo (caso tenho) para mandar para o AP.
38
Q

Carcinoma inflamatório: tratamento? prognóstico?

A
  • Tratamento: QT neoadjuvante, seguida de mastectomia sempre e RT.
  • Prognóstico ruim, é o mais agressivo dos tumores malignos de mama.
39
Q

Carcinoma de Paget: definição?

A
  • Câncer de mama da aréola e mamilo, geralmente unilateral.

- Área descamativa e pruriginosa, com destruição importante da região.

40
Q

Carcinoma de Paget: faz diagnóstico diferencial com o que? Como diferenciar?

A

Com eczema areolar:

  • Geralmente é bilateral, com bordas indefinidas e responde bem ao corticoide tópico.
  • Causas mais comuns são doenças de pele, como dermatite seborreica, dermatite de contato e psoríase.
  • Se persistência da lesão = biopsiar para investigação de possível doença de Paget da mama (que é unilateral, tem bordos definidos e não responde ao corticosteroide tópico).
41
Q

Carcinoma de Paget: tratamento?

A

Centralectomia.

42
Q

Câncer de mama em homem: é comum? Tem associação com o que? Tratamento?

A
  • Raro (1:135).
  • Tem associação com BRCA 2.
  • Tratamento: sempre mastectomia.
43
Q

Cite diagnósticos diferenciais de câncer de mama.

A
  • Esteatonecrose.
  • Cicatriz radial.
  • Tumor phyllodes.
  • Cistos.
  • Fibroadenoma.
  • Papiloma.
  • Adenose esclerosante, metaplasia apócrina e fibrose.
  • Mastite.

*LESÕES BENIGNAS!

44
Q

Câncer de mama: DD - Esteatonecrose: o que ocorre?

A

Paciente tem um trauma na mama e a gordura que perfaz o estroma mamário necrosa e aparece na mamografia como calcificação ou como nódulo (irregular e com espículas).

45
Q

Câncer de mama: DD - Cicatriz radial: o que é?

A

É um nódulo benigno da mama que se manifesta com espículas na mamografia.

46
Q

Câncer de mama: DD - Tumor phyllodes (ou filoide): o que é?

A

É um tumor grande que deforma a mama, mas é benigno. Ocorre proliferação do parênquima e do estroma mamário com alta celularidade.

47
Q

Quais os principais sítios de metástase do câncer de mama? Quais exames solicitar?

A

Ossos, pleura, pulmão e fígado. Exames:

  • Radiografia ou TC de tórax.
  • Cintilografia óssea.
  • USG ou TC de abdome.
48
Q

Imuno-histoquímica - Câncer de mama: o que reflete? Qnd é feito?

A

Nos dá o status dos receptores hormonais, é feito após retirada da peça cirúrgica.

49
Q

Imuno-histoquímica - Câncer de mama: quais são os receptores?

A
  • RE (receptor de estrogênio).
  • RP (receptor de progesterona).
  • Ki-67: índice de proliferação do tumor. Quanto mais alto = tumor se prolifera mais = pior o prognóstico.
  • Her-2 (c-erb-B2): fator de crescimento epidérmico. Tem a ver com a proliferação tumor. Se ele estiver superexpresso = prognóstico ruim (se prolifera muito).
50
Q

Tratamento do câncer de mama: cite as 2 condutas possíveis.

A
  • Cirurgia radical: mastectomia (geralmente associada à linfadenectomia).
  • Cirurgia conservadora: quadrantectomia (ou setorectomia) + RT adjuvante (QUART) -> não precisa fazer linfadenectomia.
51
Q

O que é o linfonodo sentinela?

A

1º linfonodo que recebe a drenagem linfática da mama. Iremos pesquisá-lo durante mastectomia e quadrantectomia.

52
Q

Tratamento do câncer de mama: linfonodo sentinela - como é técnica com corante azul patente?

A

Injeta o corante na mama, faz uma massagem suave por 7 minutos e disseca axila identificando o linfonodo sentinela.

53
Q

Tratamento do câncer de mama: linfonodo sentinela - como é técnica com radiofármaco?

A

Injeta tecnécio e o detecta por medicina nuclear.

54
Q

Tratamento do câncer de mama: após achar o linfonodo sentinela, o que faremos?

A

Iremos retirar o linfonodo sentinela e enviar para exame transoperatório de congelação.

  • Se congelação negativa: não precisamos fazer o esvaziamento axilar.
  • Se congelação positiva (metástase): fazer esvaziamento axilar (retirar todos os linfonodos da axila). Exceções:
    1) Se foi realizada setorectomia (pois a RT que é realizada obrigatoriamente após reduz o risco).
    2) Em tumores de até 5 cm.
    3) Até 2 linfonodos positivos.
    4) Se a setorectomia for a primeira intervenção (se fez QT antes, vai ter que fazer linfadenectomia).
55
Q
Cirurgia radical x conservadora - Aponte qual fazer nas situações abaixo:
1- Relação tumor/mama.
2- Gestante.
3- Doenças do colágeno.
4- Tumores multicêntricos.
5- Radioterapia prévia.
A

1- Relação tumor/mama: se tumor tem menos de 1/5 de tamanho da mama = podemos indicar cirurgia conservadora (geralmente são tumores de até 3cm).
2- Gestante: se for gestação de 1º ou 2º trimestre, teremos que fazer mastectomia (pois não pode fazer RT), já se for de 3º trimestre dará tempo de realizar a RT, logo, podemos fazer cirurgia conservadora e após o parto fazemos RT.
3- Doenças do colágeno: não podem fazer RT, então faremos mastectomia. Ex.: esclerodermia.
4- Tumores multicêntricos: quando tem mais de um foco de tumor na mama, não dá pra fazer setorectomia, faremos mastectomia.
5- Radioterapia prévia: faremos mastectomia, pois podemos tentar RT apenas 1x na mama, se recidivou, não iremos tentar setorectomia+RT novamente.

56
Q

Qual a recomendação atual para reconstrução mamária?

A

Realizá-la logo após mastectomia pelo benefício psicológico e estigmas para a mulher.

57
Q

Tratamento adjuvante com Radioterapia: qnd é indicada? *ñ cai mt

A
  • Sempre indicada em cirurgia conservadora.
  • Cirurgia radical: indicada se os limites forem comprometidos; se houver comprometimento de pele e parede torácica (patologista que nos diz) ou se houver mais de 4 linfonodos positivos após esvaziamento axilar.
58
Q

Tratamento adjuvante com Quimioterapia: indicação absoluta?

A

Llinfonodo sentinela positivo. É o tratamento sistêmico.

59
Q

Tratamento adjuvante com Quimioterapia: drogas?

A

Drogas - Classes: antraciclinas, taxanos.

60
Q

Quando indicamos QT neoadjuvante?

A

Podemos indicar QT antes da cirurgia para tumores volumosos (ex.: > 6 cm) e acompanhar a regressão do tumor e indicar cirurgia conservadora depois.

61
Q

Tratamento adjuvante com Hormonioterapia: indicações? drogas?

A
  • Indicado para tumores com RE+/RP+.
  • Drogas: paciente usa por 5 anos após o tratamento do câncer de mama.
    1- Tamoxifeno: bloqueador do receptor estrogênico na mama (é um modulador seletivo do receptor de estrogênio que age nos receptores de estrogênio e bloqueia a síntese do estrogênio (17-beta-estradiol) - reduz ação do estrogênio na mama, mas estimula a proliferação endometrial).
    2- Inibidor de aromatase: indicado apenas para pacientes pós-menopausa, na ausência de tamoxifeno. Ex.: anastrozole (Armidex), o letrozole (Femara) e o exemastane (Aromasin).
62
Q

Tratamento adjuvante com Trastuzumabe: é a terapia alvo pra qual situação?

A

Terapia alvo contra o Her-2, bloqueia o Her-2, diminuindo recidiva nas pacientes com superexpressão.

63
Q

Fatores prognósticos - Câncer de mama: recidiva local:

  1. Estado das margens.
  2. Grau nuclear.
  3. Tamanho do tumor.
  4. Tipo histológico.
  5. Receptores hormonais.
  6. HER-2 ou C-erb-B2.
A
  1. Estado das margens: se ficar margem comprometida, a chance de recidivar é alta.
  2. Grau nuclear: quanto mais indiferenciados, pior o prognóstico.
  3. Tamanho do tumor: quanto maior, maior será a chance de comprometimento axilar.
  4. Tipo histológico: os de pior prognóstico são o lobular invasivo e ductal invasivo.
  5. Receptores hormonais: tem melhor prognóstico para mulheres com tumores receptores positivos para estrogênio e progesterona.
  6. HER-2 ou C-erb-B2: tumores com elevada expressão tem perfil mais agressivo e menos responsivos à QT.
64
Q

Fatores prognósticos - Câncer de mama: qual o principal para recidiva SISTÊMICA?

A

Status axilar: linfonodo positivo = maior chance de ter metástase a distância.

65
Q

Complicações específicas após tratamento cirúrgico da mama? Cite tb complicações gerais.

A
  • Específicas: Isquemia e necrose de retalho microcirúrgico, encapsulamento de prótese mamária, infecção mamária com evolução para fasciite necrosante é perigoso.
  • Gerais: infecção, deiscência da ferida, trombose venosa, formação de escara ou cicatriz hipertrófica, hematoma e seroma.
66
Q

Complicações do esvaziamento axilar?

A
  • Lesão do nervo Bell (torácico longo): escápula alada.

- Lesão do nervo intercostobraquial: parestesias na face interna do braço ipsilateral, linfedema.

67
Q

Cite as características que sugerem imagem suspeita na USG de mama.

A

Lesões sólidas, que provocam sombra acústica posterior, irregulares ou microlobuladas e verticais em relação à pele.

68
Q

Quais antidepressivos são contraindicados em paciente sob uso de tamoxifeno? Quais as opções de AD para ela?

A

Tamoxifeno é CI em combinação com fluoxetina, paroxetina, sertralina (pois eles são potentes inibidores da CYP2D6 e modificam a ação de TMX).
- Considerar uso de antidepressivos que não inibam ou que sejam inibidores fracos da CYP2D6: citalopram, escitalopram e principalmente venlafaxina.

69
Q

Cite efeitos colaterais da antraciclina (QT)

A

Cardiotoxicidade (IC, arritmias, BAV) é o principal. Outros: lacrimejamento, conjuntivite.

70
Q

Tamoxifeno: aumenta de risco de quais cânceres? É protetor para qual?

A

1) Aumenta risco de CA de:
- Útero (colo, endométrio, sarcoma).
- TGI: reto, colon.
2) É protetor para câncer de mama.

71
Q

Câncer de mama: DD - Cistos: o que são? Mais frequentes qnd? Qual exame é melhor?

A

Decorrentes do processo de involução das mamas, mais frequentes na pré-menopausa (40 anos). Melhor maneira de diferenciá-las é na USG de mamas.

72
Q

Câncer de mama: DD - Papiloma: o que são? Acomete mais quem? Conduta?

A

Lesão proliferativa dos ductos maiores, subareolares, em geral única. Acomete mulheres na pré-menopausa, há derrame papilar hemorrágico, espontâneo e intermitente (diferenciar de carcinoma papilífero). Deve ser feito exérese, pois é um marcador de risco para CA de mama.

73
Q

Qual é o tumor sólido benigno mais frequente das mamas?

A

Fibroadenoma.

74
Q

Câncer de mama: DD - Fibroadenoma: acomete mais q idade?

A

Mulheres entre 20-30 anos.

75
Q

Câncer de mama: DD - Fibroadenoma: características?

A

São lesões unilaterais, móveis à palpação, bem delimitadas, ovais ou lobuladas, de consistência fibroelástica, que atingem dimensões de até 3 cm.

  • Quando em mulheres mais jovens, crescimento rápido e > 5 cm, suspeitar de variante juvenil do fibroadenoma.
  • É hormônio-dependente, mas não é CI o uso de ACHO e nem precisa suspendê-lo.
76
Q

Câncer de mama: DD - Fibroadenoma: conduta?

A

Conduta após confirmação por biópsia pode ser expectante, com seguimento clínico e USG anual (BI-RADS 2).

77
Q

Cite os grupos da classificação molecular do câncer de mama.

A
  • Luminal A.
  • Luminal B.
  • Luminal-HER-2.
  • HER-2.
  • Basal (ou triplo negativo).
78
Q

Classificação molecular do câncer de mama - Luminal A: como é perfil hormonal? Associado à que? Atinge mais que idade?

A

Tumores com RE e RP positivos, HER-2 negativo e Ki-67 < 14%.
- A maioria dos carcinomas invasivos é assim. São mais frequentes em mulheres com 50 anos ou mais e tem associação com ação estrogênica.

79
Q

Classificação molecular do câncer de mama - Luminal B: como é o perfil hormonal?

A

Tumores com RE e RP positivos, HER-2 negativo e Ki-67 ≥ 14%.

80
Q

Classificação molecular do câncer de mama - Luminal-HER-2: como é o perfil hormonal?

A

Tumores com RE e RP positivos, HER-2 positivo.

81
Q

Classificação molecular do câncer de mama - HER-2: como é o perfil hormonal? Como é a resposta à QT?

A

Tumores com RE e RP negativos e HER-2 positivo.
- Tem pior resposta à QT, no entanto, há medicamentos terapia-alvo anti-HER-2 (Trastuzumabe) que melhoram as taxas de resposta aos tratamentos convencionais.

82
Q

Classificação molecular do câncer de mama - Basal (ou triplo negativo): como é o perfil hormonal? Associado à que? Mais frequente em q idade?

A

Tumores com RE, RP e HER-2 negativos.
- É o tipo molecular mais associado às mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 e costuma ser mais frequente em mulheres com menos de 50 anos.

83
Q

Qual tipo da classificação molecular tem o pior prognóstico e resposta aos tratamentos?

A

Basal (triplo negativo).