Dissecção aguda de aorta Flashcards
Acometimento de acordo com idade
- Mais comum em homens.
- 50-60a = + comum na aorta ASCENDENTE. Mais grave, tto cirúrgico. Fatores de risco genéticos.
- 60-70a = + comum na aorta DESCENDENTE. FR cardiovasculares, tto clínico inicialmente.
Fisiopatologia
1- Rotura da camada íntima = o sangue entra do lúmen e penetra na parede da aorta (80% dos casos)..
2- Rotura primária da vasa vasorum = os vasos da parede se rompem e geram hemorragia ali (hematoma intramural aórtico), rompendo a íntima.
3- Úlcera penetrante na placa de aterosclerose.
Classificação de Standford
- É mais usada.
- Tipo A: dissecção da aorta ascendente. Comum em doenças do colágeno (SD de Marfan).
- Tipo B: dissecção NÃO envolve aorta ascendente. Acomete pessoas com HAS de longa data.
Classificação de DeBakey
- Tipo I: origina-se na aorta ascendente, podendo se estender para arco descendente e aorta abdominal.
- Tipo II: somente aorta ascendente.
- Tipo III: descendente -> a) dissecção restrita a aorta torácica / b) estende-se a aorta abdominal.
Sinal da bola de tênis
Visto na TC, comparação da luz verdadeira com a luz falsa por causa da dissecção.
Classificação de acordo com duração
- Aguda: ≤ 2 semanas (maior mortalidade e morbidade).
- Crônica: > 2 semanas.
Fatores de risco para dissecção aguda de aorta
HAS, aterosclerose, iatrogenia, trauma, doenças do colágeno (Ehler Danlos, Marfan, SD de turner), arterites, coarctação da aorta, valva aórtica bicúspide, estenose aórtica congênita, hipervolemia (gestação), feocromocitoma, SD de cushing, doença renal policística.
Manifestações clínicas
- Dor torácica retroesternal, súbita, em facada/pontada/dilacerante de forte intensidade, irradiando p/ dorso/pescoço/mandíbula.
- PA com diferença significativa em MMSS e pulsos assimétricos.
- Pode gerar AVE, IAM, neuropatias periféricas, PCR (por hemopericárdio).
- Sinais de choque hipovolêmico, mas com PA elevada.
- IRA (afeta a. renal)
- Pode ser indolor em: DM, aneurisma prévio, cirurgia cardíaca prévia (denervação).
Exames complementares
1- Angiotomografia computadorizada: é o melhor. Enquanto não chega TC, faz RX (sinal da bola de tênis).
2- RX de tórax: AP no leito. Alteração mais comum é o contorno aórtico anormal ou alargamento da silhueta aórtica (princ tipo A) e separação da calcificação intimal (sinal de cálcio - princ tipo B). Se estiver normal = NÃO exclui dissecção!
3- RNM.
4- ECO: normal = não exclui dissecção. O TT é o menos sensível/específico, mas o faz p/ pcte instável, na ausência dos exames acima, e se não diagnosticar = faz o ECO TE (tem boa sensibilidade para tipo A, mas p/ tipo B não).
5- Arteriografia.
6- ECG: achados inespecíficos (HVE por HAS crônica, isquemia ou ser normal).
Conduta na dissecção aguda de aorta
1- MOV.
2- Controle de PA e FC:
- Nitroprussiato de sódio (0,25 mcg/kg/min EV).
- Metoprolol (5mg EV, máx 15mg).
*Meta: reduzir PAS para < 140 na 1ª hora e < 120 mmHg após. FC = 60 bpm.
3- Analgesia: Morfina 3-6mg EV.
- Obs: Tipo A = tto cirúrgico / Tipo B = manejo clínico inicial (citado acima).
Tratamento agudo geral da dissecção de aorta - Tipo A
Tratamento cirúrgico com com substituição da aorta ascendente por prótese, necessitando de circulação extracorpórea e parada circulatória total.
Tratamento agudo geral da dissecção de aorta - Tipo B: qnd optar por tto cirúrgico e como fazer? e se ñ for cirúrgico, como será o tto?
- Só será cirúrgico se houver dilatação > 6 cm, rotura da falsa luz, oclusão de ramos aórticos ou do intratável -> substituição da aorta após a emergência da a. subclávia por prótese Caso contrário, tratamento clínico.
- Manejo clínico inicial: emergência hipertensiva (nitroprussiato de Na), controle da FC (BB) e da dor.
Quais complicações podemos ter do tto cirúrgico de disseção tipo B?
Isso pode causar isquemia medular e paraplegia)
Pq devemos tratar precocemente as dissecções do tipo B em pacientes jovens, segundo Guideline da AHA? Qual o procedimento de escolha?
Para evitar degeneração aneurismática na fase crônica. Procedimento de escolha: endoprótese na aorta ocluindo o orifício de entrada e garantido fluxo pela luz verdadeira.
Tratamento inicial ou de emergência da dissecção
- Eliminação da dor.
- Redução da PA.
- Redução da força de contração e da velocidade de ejeção do VE -> BB de ação rápida (esmolol, metoprolol) associado a vasodilatadores (nitroprussiato de sódio) e analgesia.