PAC Flashcards

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1
Q

O que é pneumonia?

A

Processo infeccioso agudo do parênquima pulmonar (alvéolos e bronquíolos), podendo ser causada por bactérias, vírus (influenzae) e fungos.

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2
Q

Pneumonia adquirida na comunidade - Definição

A

Pneumonia que ocorre fora do ambiente hospitalar ou até 48h após sua admissão.

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3
Q

PAC apresenta que posição de mortalidade mundial? E no Brasil? E que posição em causa de internação hospitalar no Brasil?

A

3ª causa de mortalidade mundial e 3ª causa de morte no Brasil.
- É a 2ª causa de internação hospitalar no Brasil

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4
Q

PAC - apresenta maior incidência em que faixa etária? E em que época do ano?

A

Maior incidência nos extremos de idade (< 5 e > 65 anos) e nos meses de outono e inverno.

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5
Q

PAC - que grupo de pacientes morre mais?

A

Idosos > 65 anos e portadores de comorbidades, além de crianças < 1 ano.

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6
Q

PAC - como os agentes infecciosos penetram as vias aéreas inferiores?

A
  • Aspiração das vias aéreas superiores (VAS tem germes e podem ir pra VAI);
  • Inalação de aerossóis (principalmente na PNM por influenzae);
  • Via hematogênica (geralmente é mais grave);
  • Contaminação por contiguidade (espaço pleural, mediastino).
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7
Q

Cite as 4 fases de evolução na PNM por pneumococo na microscopia.

A

1- Congestão e edema.
2- Hepatização vermelha.
3- Hepatização cinzenta.
4- Resolução.

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8
Q

Microscopia (pneumococo) - Fase de congestão e edema

A

Apenas exsudato plasmático, com congestão de vasos; exsudato proteináceo e bactéria. Raramente é percebida clinicamente, pois evolui rapidamente para a 2ª fase.

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9
Q

Microscopia (pneumococo) - Fase de hepatização vermelha

A

Extravasamento de hemácias, fibrina e neutrófilos nos alvéolos; presença de hemácias junto ao exsudato intra-alveolar com intenso influxo neutrofílico. Ocasionalmente há bactéria.

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10
Q

Microscopia (pneumococo) - Fase de hepatização cinzenta

A

Hemácias que se desintegram ou sofrem lise, formando exsudato supurativo com fibrina pela ação dos macrófagos; célula predominante é o neutrófilo. Não há bactéria nesta fase.

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11
Q

Microscopia (pneumococo) - Fase de resolução

A

Recuperação da arquitetura do alvéolo. Macrófagos reaparecem e voltam a ser dominantes. Os debris restantes são recolhidos.

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12
Q

Quais são as defesas do hospedeiro?

A

Angulação da VA, clearance muco-ciliar, tosse, surfactante, macrófagos alveolares, mediadores vaso ativos.

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13
Q

Os defeitos no mecanismo de defesa do hospedeiro podem ocorrer por quais fatores?

A
  • Idade: doenças de base (> risco de IAM, AVE e consequentemente PNM), clearance mucociliar deficiente, tosse menos efetiva, alterações na imunidade celular humoral.
  • Defeitos congênitos: fibrose cística, SD dos cílios imóveis, de Kartagener, bronquiectasias, anemia falciforme – pneumonias de repetição.
  • Imunossupressão: AIDS, hipogamaglobulinemia, câncer, drogas imunossupressoras.
  • Comorbidades: DPOC, bronquiectasias, IRC, cirrose hepática, ICC, DM.
  • Alterações do nível de consciência: comprometimento do fechamento da epiglote.
  • Tabagismo: perda da função mucociliar e da atividade macrofágica.
  • Álcool: reduz os reflexos de tosse e epiglótico, aumenta a colonização da orofaringe por Gram negativos, quimiotaxia anormal.
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14
Q

Qual a relação entre influenzae x pneumococo, S. aureus e H. influenzae na PAC?

A

Influenzae pode anteceder e facilitar a ação de pneumococo, S. aureus (principalmente) e H. influenzae, por alterar imunidade e defesa das vias respiratórias.

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15
Q

Qual é o principal agente etiológico da PAC (em qualquer idade e situação)? Quais as exceções a isso?

A
Streptococcus pneumoniae (16-60%) - Pneumococo. 
- Exceções: recém-nascido (principais são as bactérias do canal vaginal -> Gram negativos, como E. coli) e DPOC (o principal é o H. influenzae).
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16
Q

Cite todos os principais agentes etiológicos da PAC

A

o Germes típicos:

  • Streptococcus pneumoniae: 16-60%.
  • Haemophilus influenzae: 3-38%. Outros Gram negativos (Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa): 7-18%.
  • Staphylococcus aureus: 2-5%.

o Germes atípicos:

  • Mycoplasma pneumoniae: 1-20%.
  • Clamydophila pneumoniae: 6-12%.
  • Legionella pneumophila: 2-8%.

o Vírus: 10-30%.

  • Influenza A e B.
  • Adenovírus tipos 3, 4 e 7.
  • Parainfluenza.
  • Vírus sincicial respiratório.
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17
Q

Cite a ordem dos 3 principais causadores de pneumonia

A

S. pneumoniae, M. pneumoniae e C. pneumoniae.

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18
Q

Cite o agente etiológico que devemos pensar nas seguintes situações, além do pneumococo:

  • Alcoólatras
  • DPOC e/ou tabagista
  • Pacientes com bronquiectasia
  • Pacientes com demência e queda do nível de consciência
  • Viagem nos últimos 15 dias em cruzeiro
  • Exposição à pássaros
  • Exposição a coelhos
A
  • Alcoólatras: anaeróbios, Klebsiella pneumoniae.
  • DPOC e/ou tabagista: H. influenzae, Legionella, C. pneumoniae, M. catarrhalis, Pseudomonas aeruginosa.
  • Pacientes com bronquiectasia: P. aeruginosa, S. aureus, Burkholderia cepacia.
  • Pacientes com demência e queda do nível de consciência: anaeróbios e bactérias Gram negativas entéricas.
  • Viagem nos últimos 15 dias em cruzeiro: Legionella.
  • Exposição à pássaros: Chlamydia psittaci.
  • Exposição a coelhos: Francisella tularensis.
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19
Q

Etiologia da pneumonia em pacientes com AIDS: CD4 > 200; CD4 < 200; CD4 < 100; CD4 < 50.

A
  • CD4 > 200: semelhante ao imunocompetente (pneumococo principal).
  • CD4 < 200: pneumocistose, maior incidência de S. aureus e P. aeruginosa.
  • CD4 < 100: criptococose.
  • CD4 < 50: CMV, micobactérias atípicas.
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20
Q

Agente etiológico PAC - Devemos sempre identificá-lo?

A
  • Não, em PAC não grave: nunca iremos precisar identificá-lo, pode liberar o paciente com ATB oral empírico, e mesmo se tiver que internar na enfermaria, se ele não está grave eu não preciso identificar o agente.
  • Já em PAC grave ou que não respondeu ao ATB empírico ou internado em UTI: identificar o agente!

Obs.: somente em 40% dos casos é identificado o agente etiológico.

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21
Q

Critério clínico ou radiológico tem valor preditivo adequado para definir a etiologia microbiológica da PAC? No que podemos nos basear na suspeita do agente etiológico?

A
  • NÃO podemos fechar o diagnóstico etiológico microbiológico só por esses critérios.
  • A suspeita do agente etiológico deve ser baseada na EPIDEMIOLOGIA do paciente p/ início do tto empírico e o diagnóstico microbiológico só é fechado com exames (que nem sempre são feitos).
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22
Q

Diagnóstico microbiológico - Cite-os. Devemos solicitá-los e aguardar resultado p/ iniciar tto?

A

JAMAIS deve atrasar o início do tratamento devido a exames para definir o agente. São eles:

  • Hemocultura, Gram + cultura do escarro.
  • Pesquisar antígeno urinário: faz no EAS, geralmente pra identificar pneumococo e Legionella.
  • Broncoscopia com coleta de lavado broncoalveolar ou aspirado endotraqueal.
  • Toracocentese em caso de DP.
  • Sorologia, PCR e biopsia pulmonar (raro, geralmente faz se estamos pensando em outra doença).
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23
Q

Anaeróbios - perfil de pacientes em q está presente

A
  • Pacientes com dentes em mal estado de conservação.
  • Paciente com fatores de risco para broncoaspiração (rebaixamento de nível de consciência, etc).
  • Pacientes com obstrução brônquica.
  • Etilistas.
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24
Q

Anaeróbios - comum em q tipo de PNM? Como é a expectoração?

A
Pneumonia aspirativa (aspiração de conteúdo gástrico).
- Expectoração volumosa e fétida.
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25
Q

Anaeróbios - achados ao RX

A

Presença de abscesso pulmonar, pulmão direito e segmentos posteriores de lobos superiores e inferiores. Pode ter cavitação como TB.

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26
Q

PNM por Gram negativo - cite os principais agentes

A

Principal é o Pseudomonas aeruginosa, seguido de E. coli. Outros: Klebsiella pneumoniae, Haemophilus influenzae.

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27
Q

PNM por Gram negativo - afeta mais que pacientes?

A

Diabéticos, pacientes renais crônicos ou em uremia, pacientes com doença cerebrovascular (AVE prévio), indivíduos com fibrose cística, institucionalizados, etilistas, DPOC. Raro em imunocompetentes.

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28
Q

PNM por Gram negativo - Pseudomonas aeruginosa e E. coli: acometem mais quem?

A

Mais frequente em pneumonia nosocomial, fibrose cística* ou outra doença pulmonar estrutural, uso crônico de corticoides, desnutrição, uso de ATB de amplo espectro, neutropênicos febris. *Ñ tem associação com E.coli.

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29
Q

PNM por Gram negativo - Klebsiella pneumoniae: acomete mais quem?

A

Etilista principalmente, e DM. É causa frequente de pneumonia lobar por aspiração de vômitos.

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30
Q

PNM por Gram negativo - Haemophilus influenzae: acomete mais quem?

A

Idosos acima de 65 anos, asmáticos, DPOC. Tornou-se rara com vacina.

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31
Q

PNM por bactérias atípicas - agentes

A

Mycoplasma pneumoniae (mais comum), Chlamydophila pneumoniae, Legionella pneumophila.

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32
Q

PNM por bactérias atípicas - características do quadro clínico

A

Quadro insidioso (7-10 dias), tosse seca, febrícula.

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33
Q

PNM por bactérias atípicas - confunde com PNM de qual outra causa? Como diferenciar?

A

PNM viral, tem mesmo quadro clínico arrastado e radiologia (infiltrado intersticial). Para diferenciar: ver alterações laboratoriais e microbiológicas, além do perfil da PNM.

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34
Q

PNM por bactérias atípicas - Mycoplasma pneumoniae: mais comum em quem? Associações? Resolução?

A
  • Mais comum em adultos jovens (20-30a) e adolescentes.
  • Associação à miringite bolhosa, anemia hemolítica com acumulo de crioaglutininas (IgM), SD de Steven-Johnson e Guillain-Barré.
  • Resolução mais rápida.
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35
Q

PNM por bactérias atípicas - Chlamydophila pneumoniae: mais comum em quem?

A

Idosos maiores de 65 anos.

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36
Q

PNM por bactérias atípicas - Legionella pneumoniae: mais comum em quem? Associação? Resolução?

A
  • Mais comum em AIDS, usuário crônico de corticoides, transplantados.
  • Associando-se à hiponatremia (SIADH) - quadro grave.
  • Relacionada com viagens recentes (permanece viável em água, sendo comum a contaminação de dutos de ar condicionado).
  • Resolução lenta e arrastada.
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37
Q

PNM por bactérias atípicas - Moraxella catarrahalis: mais comum em quem?

A

Mais comum em DPOC, asmáticos e contato com gado (especialmente veterinários, após cirurgias ou partos veterinários).

38
Q

PNM por bactérias atípicas - Coxiella burnetti: mais comum em quem?

A

Contato com gado (especialmente veterinários, após cirurgias ou partos veterinários).

39
Q

PNM “atípica” de causa ñ bacteriana - quais os agentes mais frequentes?

A

Influenza A (H1N1) e B, coronavírus e adenovírus, ou qlqr outro enterovírus.

40
Q

PNM por bactérias atípicas/vírus - achados ao RX

A

Infiltrados intersticiais, geralmente não tem tanta consolidação.

41
Q

Staphylococcus aureus - mais comum em quem?

A

Mais comum em crianças < 5 anos, usuários de drogas injetáveis, associados a bronquiectasias e outras doenças pulmonares (fibrose cística).

42
Q

Staphylococcus aureus - um achado comum no RX

A

Pneumatocele (foto).

43
Q

Streptococcus pyogenes - associado a que e em quem? RX pode ter o q?

A
  • Quadros de tonsilite purulenta associados à pneumonia sequencial em crianças e adultos jovens.
  • RX pode ter cavitação como a TB.
44
Q

PAC - Critérios diagnósticos

A

Quadro radiológico compatível (consolidação) + 1 critério maior ou 2 critérios menores.

  • Critérios maiores: tosse, expectoração, febre (T ≥ 37,8 ºC).
  • Critérios menores: dor torácica, dispneia, ausculta pulmonar alterada, confusão mental, leucocitose > 12.000/mm³.
45
Q

PNM com hemoptise maciça chama atenção para qual agente etiológico?

A

CA-MRSA.

46
Q

PNM - Exame físico

A

Síndrome da condensação = frêmito toracovocal aumentado, macicez e estertores crepitantes.

47
Q

PNM em idoso - clínica e características

A
  • Tosse, febre e dispneia são menos prevalentes. (mesmo em PAC grave, pode abrir o quadro já com choque séptico e IRpA).
  • 2/3 dos casos com taquicardia e taquipneia.
  • Pode ter confusão mental.
  • Pneumonia pode ocorrer por descompensação da doença de base
48
Q

Qual é o exame radiológico de escolha para PNM? Pq?

A

Radiografia de tórax PA e perfil.

- Tem baixo custo, fácil disponibilidade e baixa radiação.

49
Q

Qual a importância de pedir RXde tórax em perfil? Qnd pedir em DLE?

A
  • Perfil é bom para detectar infiltrados em posição retrocardíaca e lobos inferiores.
  • Pedir RX em decúbito lateral (incidência de Laurell) se: suspeita de derrame pleural ou para avaliar septações na imagem inicial.
50
Q

Quais são os padrões radiológicos da PNM?

A

Variam de densa consolidação até infiltrados de padrão alveolar mais tênue (vidro fosco ou micronódulos centrolobulares agrupados) ou de padrão intersticial (foto).

51
Q

Cite 1 achado radiológico classicamente associado ao diagnóstico?

A

Broncograma aéreo.

52
Q

O que é o broncograma aéreo?

A

Achado radiológico. Representa um segmento brônquico pérvio em meio a uma região do parênquima pulmonar densamente preenchida por exsudato inflamatório.

53
Q

Cite algumas patologias em que vemos o broncograma aéreo.

A

PNM, atelectasia, tumores como linfoma e carcinoma bronquíolo-alveolar.

54
Q

Quanto tempo leva para a ter a resolução completa das alterações radiológicas?

A

2 semanas após a apresentação inicial na metade dos casos e, em 6 a 8 semanas em 2/3 dos casos.

55
Q

Quando devemos repetir o raio x de tórax após o tratamento?

A
  • Se houver persistência ou retorno dos sintomas após 6 semanas.
  • Em fumantes, mesmo com melhora, repetir após 6 semanas (excluir câncer).
  • Se houver persistência da imagem após 8 semanas, fazer investigação adicional.
56
Q

Cite situações radiológicas em que a resolução é mais lenta?

A

Idade avançada, DPOC, imunossupressão, alcoolismo, DM, pneumonia multilobar.

57
Q

Paciente com pneumonia pode ter raio x normal?

A

Até 10% dos RX em PNM são “normais”.

58
Q

USG e TC: quando solicitar?

A
  • US: usada para delimitar localizações de derrames de difícil punção e com loculações.
  • TC: Indicado para paciente com quadro clínico exuberante de PNM, mas RX normal; duvida da presença ou não de infiltrado radiológico; na suspeita de complicações (como DP loculado, cavitações e abscesso), além do diagnostico diferencial de massas (neoplasia) com PNM.
59
Q

Paciente com pneumonia pode ter TC de tórax normal?

A

Não existe PNM com tomografia de tórax normal!

60
Q

USG x TC x RX: Quem tem maior sensibilidade e maior acurácia?

A

TC e USG.

61
Q

Classificação da pneumonia de acordo com a localização?

A
  • Pneumonia lobar: um lobo inteiro,
  • Broncopneumonia: vias aéreas distais e alvéolos, pode ser multifocal, bilateral.
  • FOTO.
62
Q

Cite os exames laboratoriais que podemos solicitar para investigação de pneumonia?

A

Hemograma, PCR, procalcitonina, função renal, gasometria arterial e
lactato arterial, hemocultura, pesquisa de escarro diretamente da boca, cultura de lavado broncoalveolar, pesquisa urinária de antígenos, investigação de DP.

63
Q

PAC - Hemograma: leuco; leuco em idoso; é marcador de que?

A
  • Mostra leucocitose ou leucopenia (a última é de pior prognóstico).
  • Idoso: pode haver leucometria normal com DE.
  • Funciona como marcador de melhora clínica em paciente em tratamento.
64
Q

PAC - PCR: é útil pra que?

A

Para o seguimento identificando piora da doença ou falha de tratamento (se demora cair).

65
Q

PAC - Procalcitonina: útil pra que? Melhor/pior que PCR?

A

Útil na distinção de etiologia viral da bacteriana, é mais específica para infecção bacteriana, não se eleva em infecção viral, logo, auxilia no início precoce de ATB (se elevada) ou descontinuação do mesmo (se baixa).
- É melhor que PCR.

66
Q

PAC - função renal: útil pra que?

A

Marcador de gravidade (detecta IRA pré-renal, por exemplo) e auxilia em ferramentas prognósticas.
- Cr determina correção de ATB.

67
Q

PAC - qnd solicitar gaso/lactato?

A

Se paciente dispneico, para ver se há acidose metabólica, hipoxemia, suspeita de choque séptico.

68
Q

PAC - hemocultura: qnd solicitar?

A

Não solicitar rotineiramente, baixa sensibilidade. Pedir em choque séptico.

69
Q

PAC - cultura de lavado broncoalveolar: indicações e valores da UFC p/ diagnóstico

A

Indicado em doença cavitária, falha terapêutica, admissão em UTI, pacientes etilistas, doenças pulmonares estruturais ou obstrutivas graves, pesquisa urinária de antígenos para pneumococo ou Legionella positivo e derrame pleural. Para diagnóstico:

  • Broncoscopia com lavado broncoalveolar: 104 UFC.
  • Aspirado traqueal (pacientes intubados): 106 UFC.
  • Secreção de orofaringe: não recomendada cultura por bactérias habituais.
70
Q

PAC - pesquisa urinária de antígenos pode ser feito para quais germes? Qual a vantagem?

A

Legionella e pneumococo.

- Vantagem: rapidez no diagnóstico em comparação com sorologia.

71
Q

Derrame pleural parapneumônico - quando solicitar toracocentese diagnóstica? O que investigar no LP e como prosseguir?

A

1- Puncionar se ao decúbito lateral, a lâmina de líquido for > 1 cm ou em casos que houver loculação (p/ ver se é DP complicado ou não ou se há empiema).
2- Comparar LP com dosagem sérica:
a) DHL LP/sérico > 0,6; ou
b) Proteína total LP/sérico > 0,5; ou
c) DHL LP > 2/3 do limite superior do DHL sérico.
- Se qlqr um deles presente
= solicitar no LP: Gram, cultura, glicose, pH, celularidade total e diferencial. Em pcte selecionados: BAAR, cultura p/ micobactéria, fungos e adenosina deaminase.
3) Realizar drenagem torácica se qlqr um dos itens abaixo presentes:
a) Presença de pus na cavidade pleural ou germe identificado ao Gram ou à cultura;
b) Dosagem de glicose do LP < 40 mg/dl;
c) pH < 7 no líquido pleural (ou 7,2 p/ alguns autores).
- Obs: se nenhum item presente = seguimento clínico, puncionar se aumentar.

72
Q

Tratamento PAC - Cite os escores usados para definir local de tratamento

A

CURB-65, PSI (pneumonia severity index), escore de Fine et al, SCAP (severe Community-acquired pneumonia score), SMAT-COP.

73
Q

CURB-65: o que investiga?

A
  • C: confusão mental.
  • U: ureia acima de 50 mg/dl.
  • R: respiração (FR ≥ 30 irpm)
  • B: blood pressure (PAS < 90 mmHg e/ou PAD ≤ 60 mmHg).
  • 65: idade ≥ 65 anos.

Para cada item iremos dar 1 ponto e então definir se o tratamento será ambulatorial (domiciliar), hospitalar em enfermaria ou hospitalar em UTI.

74
Q

CURB-65: pontuação e local de tto definido por esta

A
  • 0-1: tratamento ambulatorial (rever se o item+ for hipotensão, por ex).
  • 2: considerar tto hospitalar (enfermaria geralmente).
  • 3 ou +: tto hospitalar como PAC grave. Se 4-5 internar em UTI.
75
Q

CRB-65: pontuação e local de tto definido por esta

A
  • 0= tto ambulatorial.
  • 1-2: considerar tto hospitalar.
  • 3-4: hospitalização urgente.
76
Q

Críticas ao CURB-65/CRB-65?

A
  • Não analisa se paciente tem comorbidades, o que aumenta o risco da PNM.
  • Imagem radiológica: não analisa tamanho da alteração radiológica.
  • Oxigenação: não analisa saturação.
  • Fatores psicossociais e econômicos: paciente pode não conseguir pagar o remédio.
  • Julgamento clínico: se acho que paciente vai complicar.
77
Q

Diante às críticas ao CURB-65, quais etapas usar p/avaliar o local de tto de PAC (SBPT)?

A

1- Avaliar a presença de doenças associadas.
2- Avaliar CRB-65 ou CURB-65.
3- Avaliar o grau de oxigenação e o comprometimento radiológico.
a. SatO2 < 90%: indicação de internação.
b. RX de tórax: extensão radiológica e DP suspeito de empiema.
4- Avaliar os fatores sociais e cognitivos: ausência de familiar ou cuidador no domicílio.
5- Capacidade de entendimento da prescrição.
6- Avaliar os fatores econômicos.
a. Acesso aos medicamentos.
b. Retorno para avaliação.
7- Avaliar a aceitabilidade da medicação oral (náusea, emese).
8- Julgamento clínico.

78
Q

Critérios de EWIG – Indicação de UTI

A
  • Pelo menos 1 critério maior: necessidade de ventilação mecânica, choque séptico. OU
  • Pelo menos 2 critérios menores: PAS ≤ 90 mmHg; PaO2/FiO2 < 250; infiltrado multilobar na radiografia.
79
Q

PAC - Drogas: como escolher inicialmente? Devemos ajustar quando? Início do ATB tem q ser em quanto tempo após diagnóstico?

A
  • Tratamento inicial é empírico, se basear no patógeno provável.
  • Ajustar ATB após identificar agente.
  • O ATB deve ser iniciado antes das primeiras 8 horas (4-8h) da chegada ao serviço de saúde.
80
Q

Tratamento PAC - Ambulatorial

A

1) Paciente previamente hígido e sem uso de ATB nos últimos 3 meses:
a) Betalactâmico: amoxicilina ou amoxicilina-clavulanato OU
b) Macrolídeos: azitromicina ou claritromicina.
2) Paciente com fatores de risco, doença mais grave ou uso recente de antibióticos:
a) Betalactâmico + macrolídeo. Exemplo: amoxicilina + azitromicina.

  • Quinolona respiratória: só usa se tiver alergia aos anteriores! Pois tem muito efeito colateral e tem seleção maior de cepa para bactérias resistentes.
  • > Tempo de tratamento: 5 a 7 dias.
81
Q

Tratamento PAC - Enfermaria

A

a) Betalactâmico + macrolídeo: cefalosporinas de 3ª geração (ceftriaxona ou cefotaxima) + macrolídeo (azitromicina ou claritromicina) ou ampicilina-sulbactam + macrolídeo (azitromicina ou claritromicina) OU
b) Quinolona respiratória em MONOTERAPIA: levofloxacino ou monofloxacino ou gemifloxacino.

-> Tempo de tratamento: 7 a 10 dias. Ou 10-14 dias?

82
Q

Tratamento PAC - UTI

A

Sempre usar 2 ATB:

a) Sem risco de Pseudomonas: betalactâmico + macrolídeo -> cefalosporinas de 3ª geração (ceftriaxona ou cefotaxima) + macrolídeo (azitromicina ou claritromicina) ou ampicilina-sulbactam + macrolídeo (azitromicina ou claritromicina) | OU betalactâmico + quinolona respiratória.
b) Com risco de Pseudomonas: betalactâmico + quinolona respiratória -> cefalosporina de 3ª geração (ceftriaxona ou cefotaxima) + quinolona respiratória.

-> Tempo de tratamento: 10 a 14 dias. Obs.: tratamento por pseudomonas ou legionelose devem ser tratados por 14 a 21 dias, por terem resposta mais lenta.

83
Q

Doses de ATB

A

FOTO TABELA.
Outros:
- Linezolida: oxazolidinona com ampla cobertura para Gram+ com perfil MRSA e boa cobertura pulmonar. Dose: 600mg, 12/12h.
- Vancomicina: não é inferior a linezolida, sua dosagem sérica é necessária (deve ficar entre 15 e 20 mcg/dl p/ tto efeito de MRSA)
- Daptomicina: proscrita para pneumonias.
- Polimixina: tem baixa concentração pulmonar, sendo a B e a E com melhor penetração, tem sido usada em caso de Gram negativos resistentes a carbapenêmicos (Pseudomonas, Klebsiella, Acinetobacter).

84
Q

Defina “falha terapêutica”

A

Ausência de melhora ou piora do quadro clínico e radiológico após 48-72 horas.

  • Todos os casos deverão ser reavaliados.
  • Fluxograma: foto.
85
Q

Cite situações que retardam a resposta ao tratamento?

A

TB, TEP, nocardiose, resistência bacteriana, neoplasia pulmonar, abscessos pulmonares e/ou empiemas.

86
Q

Pneumonia aspirativa - ATB

A

Betalactâmico + clindamicina 600mg, 6/6h OU betalactâmico + inibidor de betalactamase (amoxicilina-clavulanato 500/125 mg, 8/8h).

87
Q

Pneumonia aspirativa em paciente institucionalizado - ATB

A

Internação + terapia anti-Pseudomonas com droga com cobertura para anaeróbios (ex.: piperacilina-tazobactam 1/0,5 g, 8/8h).

88
Q

Pneumonia intersticial - Tto

A

Betalactâmico + macrolídeo (quadro atípicos podem fazer pneumonia intersticial); se evolução rápida para IRpA (< 24h), discutir uso de oseltamivir – pneumonia viral.

89
Q

PNM em paciente com asma, DPOC - ATB

A

Quinolona respiratória (ex: moxifloxacino 400 mg/d).

90
Q

PNM em suspeita de legionelose - ATB

A

Betalactâmico (ceftriaxona 1g, 12/12h IV) + azitromicina 500mg/d, VO ou IV. Pode substituir azitromicina por quinolona respiratória (ex.: levofloxacino 750 mg/d).

91
Q

Fatores de risco p/ PNM por Pseudomonas

A

Bronquiectasias; fibrose cística; uso de ATB de amplo espectro por mais de 7 dias, nos últimos 30 dias; internação recente (últimos 7 dias); uso de corticoide (> 10 mg/d de prednisona ou equivalente) cronicamente; pacientes transplantados ou em uso de QT ou imunomoduladores (interferona peguilada, azatioprina, etanercepte, rituximabe) neutropênicos (< 1.000/mm³).

92
Q

Prevenção de PAC

A

Vacinação:

  • Gripe.
  • Pneumocóccica 23-valente: de 5/5 anos em maiores de 65 anos, asmáticos, DPOC, institucionalizados, esplenectomizados, transplantados, HIV+, portadores de doenças crônicas, etc.
  • Prevenar 13: rede privada. Melhor espectro p/ pneumococo.
  • Pneumocócica 10-valente: PNI, diminui incidência de pneumonias em crianças.

Além de cuidados com saúde bucal.