DRGE na infância Flashcards

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1
Q

Qual a doença esofágica mais comum na infância?

A

DRGE.

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2
Q

Refluxo gastroesofágico fisiológico: o que é? epidemiologia?

A

O refluxo fisiológico do conteúdo gástrico para o esôfago não traz repercussões clínicas ao lactente e é breve, limitado ao terço distal do esôfago.
- Em crianças: tem início antes dos 2 meses de vida, com PICO de ocorrência aos 4 meses e resolução espontânea entre 12 (88%) e 24 (100%) meses de vida.

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3
Q

Qnd deixa de ser RGE e torna-se DRGE em lactentes?

A

É quando esses episódios de regurgitação se tornam frequentes e intensos, com vômitos intensos, dificuldade para mamar, irritabilidade, choro, alteração na posição cervical, sintomas respiratórios (broncoaspiração com pneumonia, estridor laríngeo), esofagite e perda ponderal.

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4
Q

Qual o mecanismo primário da DRGE?

A

Relaxamento transitório do esfíncter esofágico inferior prolongado.

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5
Q

DRGE - Fisiopatologia?

A

Multifatorial e complexa. Há frequência aumentada dos relaxamentos transitórios do esfíncter esofágico inferior, esvaziamento gástrico retardado, clearance esofágico deficiente, alterações na barreira antirrefluxo, diminuição do tônus do esfíncter esofágico inferior, hipersensibilidade visceral e hiper-reatividade brônquica.
- Além disso, a exposição ao pH ácido lesa o esfíncter esofágico inferior, diminuindo ainda mais seu tônus, gerando um círculo vicioso.

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6
Q

DRGE - Fatores ambientais associados à patogênese?

A

Obesidade, alergia alimentar e respiratória, hérnia de hiato, drogas, exposição ao cigarro, óxido nítrico e a prostaglandina também podem produzir efeito nocivo sobre o esôfago.

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7
Q

Clínica em lactentes?

A
  • Regurgitação pós-prandial.
  • Sinais de esofagite: choro, irritabilidade, arqueamento do corpo, engasgos, aversão à comida.
  • Baixo ganho ponderoestatural ponderal (failure to thrive).
  • Sibilância recorrente.
  • SD de Sandifer.
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8
Q

Clínica em crianças maiores?

A
  • Epigastralgia.
  • Dor retroesternal que melhora temporariamente com comida ou antiácidos e piora com alimentos gordurosos e cafeína.
  • Azia.
  • Náuseas ao acordar, halitose e crises de sibilância recorrentes.
  • Erosão dentária.
  • Sintomas respiratórios: laringite, traqueíte e pneumonias de repetição (microaspiração).
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9
Q

Diagnóstico?

A
  • História + exame físico.

- Exames complementares se houver sinais de complicação.

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10
Q

Quais alterações podem ser encontradas no exame físico de DRGE?

A

Emagrecimento, hiperemia posterior em orofaringe, lesões aftoides, erosão dentária.

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11
Q

Diagnósticos diferenciais de DRGE?

A
  • Alergia alimentar (destaque à APLV – alergia à proteína do leite de vaca).
  • Esofagite eosinofílica (que é uma complicação da APLV).
  • Estenose pilórica.
  • Má rotação intestinal.
  • Erros inatos do metabolismo.
  • Hidronefrose.
  • Hipertensão intracraniana.
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12
Q

Exames complementares (comente): Impedanciometria intraluminal acoplada a sensor de pHmetria.

A

Método mais recente e promissor (tem sido a técnica preferencial), pois detecta todo o fluxo de conteúdo intraesofágico (gás, líquido, sólido, refluxo ácido e não ácido), além do tempo e extensão do refluxo.

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13
Q

Exames complementares (comente): Monitorização do pH esofágico (pHmetria).

A

Avalia a exposição do esôfago à acidez do conteúdo gástrico pela medida da frequência e duração dos episódios de refluxos ácidos ocorridos durante 24 horas. Era considerado o exame padrão-ouro (sine qua non), hoje há dúvidas quanto sensibilidade/especificidade, além de não registrar refluxos não ácidos.

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14
Q

Exames complementares (comente): Endoscopia digestiva alta.

A

EDA com biópsia é indicado para alguns casos, pode mostrar complicações da DRGE e evidenciar a intensidade da esofagite, presença de estenose esofágica, esôfago de Barret, esofagite eosinofílica e esofagite infecciosa, além de hérnia de hiato.

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15
Q

Exames complementares (comente): Seriografia Esôfago-Estômago-Duodeno (SEED).

A

Estudo contrastado com bário do TGI é útil para examinar a anatomia desses órgãos, mas não auxilia no diagnóstico de DRGE (baixa especificidade). É importante para descartar malformações do TGI (hérnias, duplicidades, atrésias), cujo tratamento é cirúrgico. Se houver aspiração de bário para o pulmão é diagnóstico de DRGE.

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16
Q

Exames complementares (comente): Cintilografia com tecnécio-99.

A

É indicado para avaliar tempo de esvaziamento gástrico e útil para avaliar aspiração pulmonar em pacientes com sintomas respiratórios crônicos e refratários. Tem baixa sensibilidade e especificidade e não é recomendado como método de rotina para diagnóstico e seguimento de lactentes com DRGE.

17
Q

Cite uma medida possível quando tenho história e exame físico sugerindo DRGE para fechar diagnóstico.

A

Teste terapêutico (ver se melhora ou não).

18
Q

Tratamento da DRGE: objetivos?

A

Alívio dos sintomas, ganho ponderoestatural adequado, cura da esofagite e prevenção de complicações respiratórias ou outras complicações que possam estar associadas ao quadro.

19
Q

Tratamento da DRGE: não farmacológico - cite

A

Iniciar com tto ñ farmacológico:
1- Orientações posturais.
2- Dieta hipoalergênica.

20
Q

Tratamento da DRGE: não farmacológico - quais são as orientações posturais?

A

Após mamadas manter o lactente por cerca de 30 minutos em posição vertical para facilitar esvaziamento gástrico e permitir eructação. Durante o sono, deixa-lo em decúbito dorsal com cabeceira elevada de 30 a 40º (não colocar travesseiro, colocar calço no berço mesmo pra elevar). Posição prona/DLE não são recomendadas por maior risco de morte súbita.

21
Q

Tratamento da DRGE: não farmacológico - dieta hipoalergênica?

A

Exclusão da proteína do leite de vaca por 2-4 semanas. -> Exclui proteína do leite da dieta materna ou se introduz fórmula extremamente hidrolisada -> em geral, há melhora dos sintomas em 24h, deve-se então manter a dieta por 14 dias e realizar reexposição -> se houver piora = diagnóstico de APLV confirmado (e não de DRGE) e criança deve ficar sem proteína do leite até pelo menos 1 ano. Se não for APLV, ir para farmacoterapia para DRGE.

22
Q

Complete: Fórmulas hidrolisadas + volumes menores/maiores e menos/mais frequentes de dietas (fracionar dieta) + ______ ______ + não exposição ao ______= melhora os sintomas de DRGE em até 60% dos lactentes.

A

Fórmulas hidrolisadas + volumes menores e mais frequentes de dietas (fracionar dieta) + medidas posturais + não exposição ao cigarro = melhora os sintomas de DRGE em até 60% dos lactentes.

23
Q

Tratamento da DRGE: farmacológico - indicações:

A

Se não houver melhora com medidas posturais e dietéticas; sintomas graves, perda do ganho ponderal, esofagite na EDA.

24
Q

Tratamento da DRGE: farmacológico - classe de escolha? Drogas? Melhor apresentação para pediatria?

A

Inibidores da bomba de prótons.

  • Omeprazol e esomeprazol são aprovados pela Food and Drug Administration para uso a partir de 1 mês de vida.
  • Melhor apresentação para a Pediatria são os comprimidos dispersíveis (MUPS).
25
Q

Tratamento da DRGE: farmacológico - IBP atua em que?

A

Atuam na esofagite (pois fazem bloqueio ácido), mas não no refluxo propriamente dito (indicados em esofagite, estenose péptica).

26
Q

Tratamento da DRGE: farmacológico - antagonistas do receptor H2 de histaminas - drogas? qnd indicar? dose?

A
  • Incluem cimetidina, ranitidina e famotidina.
  • Dose inicial: 5 mg/kg/dose de 12/12 horas.
  • Indicados nas DRGEs leves que não se resolveram com o tratamento conservador ou em lactentes com esofagite leve.
27
Q

Tratamento da DRGE: farmacológico - antagonistas do receptor H2 de histaminas - desvantagens?

A

Perda da ação ao longo do tempo (taquifilaxia), e são menos eficazes do que os bloqueadores de bomba de prótons.

28
Q

Tratamento da DRGE: farmacológico - antiácidos algínicos - quando são indicados? Desvantagens?

A

Devem ser usados por até 3 dias, no quadro agudo (alívio dos sintomas por curto tempo).
- Desvantagens: não tratam esofagite e podem causar intoxicação por alumínio, constipação e distúrbios hidroeletrolíticos.

29
Q

Tratamento da DRGE: farmacológico - procinéticos - como atua? drogas? são benéficas?

A
  • Aumentam o tônus do esfíncter esofágico inferior, aceleram o esvaziamento gástrico e melhoram o clearance esofágico.
  • Porém, trazem muitos efeitos colaterais (metoclopramida = suspensa; bromoprida = mesmos efeitos da metoclopramida; domperidona = reservada para pacientes com gastroparesia por intervalo curto e supervisionado).
30
Q

Tratamento da DRGE em adolescentes: medidas não farmacológicas?

A

Redução de peso, elevação do decúbito durante o sono, fracionamento da dieta, não se alimentar imediatamente antes de dormir. Diminuir ingestão de chocolates, refrigerantes, pimenta, cafeína, alimentos gordurosos, bebidas alcoólicas e tabagismo.

31
Q

Tratamento da DRGE em adolescentes: tratamento farmacológico de escolha?

A

IBP - 1 cp pela manhã, em jejum, com alimentação 30 minutos após a ingestão da medicação, por 4-8 semanas.

32
Q

Tratamento da DRGE em adolescentes: tto farmaco se persistir com sintomas noturnos após IBP?

A

Dose pode ser fracionada ou adicionar bloqueador de H2 à noite.

33
Q

Tratamento da DRGE em adolescentes: qnd indicar procinéticos?

A

Indicados somente em pacientes com gastroparesia comprovada.

34
Q

Tratamento da DRGE - indicações de tto cirúrgico?

A
  • DRGE intratável.
  • Esofagite refratária (não ganha peso).
  • Doença pulmonar crônica.
  • Intolerância aos medicamentos.
35
Q

Tratamento da DRGE - qual o procedimento cirúrgico mais usado?

A

Fundoplicatura de Nissen.

36
Q

Tratamento: RGE (fisiológico)?

A
  • Orientar família de que é fisiológico e que vai reduzir com 6 meses e se resolver por volta de 1 ano, além de que o uso de medicamentos não é necessário.
  • Medidas posturais (citadas em tto de DRGE).
  • Dieta: se em AME = manter livre demanda, mas reduzindo o tempo de sucção não nutritiva. Se recebe fórmula = espessar fórmulas e fracionar dieta.