Mononucleose Flashcards

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1
Q

Quem é o principal agente etiológico da Mononucleose?

A

Vírus Esptein-Barr (EBV).

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Q

De que família é o EBV? Ele é RNA ou DNA?

A

Herperviridae. É o herpes-vírus 4.

- DNA vírus.

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Q

Qual a característica principal dos herpes vírus?

A

São vírus latentes, não curam, tem períodos de atividade, geralmente causando doença autolimitada e depois ficam em latência.

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4
Q

Como ocorre a transmissão do EBV?

A

Por gotículas pelo ar, saliva (doença do beijo), compartilhamento de comida e utensílios, outras formas de contato íntimo.

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5
Q

Comente sobre o ciclo de vida do EBV

A

Replicação lítica inicial no epitélio orofaríngeo -> infecção primária dos linfócitos B -> que desencadeia intensa resposta celular citotóxica T-mediada (surgindo linfócitos atípicos). Essa resposta elimina a maioria das células infectadas, mas algumas permanecem viável -> compondo o reservatório onde o vírus fica latente por toda a vida do indivíduo -> quando reativa (+ em imunoderimidos, geralmente assintomático), essa replicação viral faz com que o portador se torne fonte de transmissão. Os linfócitos B infectados pelo EBV entram em estado de proliferação contínua (denominado transformação ou imortalização) e em situações de imunodepressão pode ocorrer doenças linfoproliferativas, acarretando malignização (capacidade oncogênica do EBV).

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6
Q

Por quanto tempo o vírus EBV é transmitido?

A

18 meses, que é o tempo que o vírus persiste na orofaringe.

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7
Q

Em que população a mononucleose infecciosa é mais frequente?

A

Adolescentes e adultos jovens.

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8
Q

Faça a correlação de idade x frequência de infecção pelo EBV x clínica

A
  • A infecção pelo EBV é mais frequente até os 5 anos, sendo geralmente assintomáticos, pois até os 5 anos o sistema imunológico está em formação e resposta inflamatória é mais lenta, não é completa.
  • Aos 12 anos: 80% tem IgG+.
  • Entre 10-20 anos: sintomas são piores, pois no adolescente/adulto, resposta imunológica está completa, gerando piores sintomas.
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9
Q

Qual a clínica da mononucleose em crianças?

A

Raramente é sintomático e quando ocorre é mais frequente o rash cutâneo, neutropenia e pneumonite do que em pessoas mais velhas.

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10
Q

Período de incubação - Mononucleose

A

30-50 dias.

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11
Q

Quadro clínico clássico da mononucleose (adolescente/adulto jovem)?

A
  • Período prodrômido: cefaleia, mialgia, fadiga (7-14d).
  • Tríade: febre (10-14d; ou fadiga p/ alguns autores) + linfadenopatia + faringoamigdalite (pico da dor no 3º-5ºd, desaparece em 10d).
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12
Q

Quais linfonodos são afetados na mononucleose e quais as características?

A

cervical (simétrica), posteriores, submandibulares, axilares, região inguinal. Moveis, fibroelástico e levemente doloroso a palpação

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13
Q

Cite outros sintomas da mononucleose

A

Sintomas gerais: perda de apetite, fadiga, fotofobia, tosse, náusea, rash.
Hepatoesplenomegalia e dor abdominal.

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14
Q

Como é o rash na mononucleose e quem acomete mais?

A
  • Exantema macular que inicia-se em pescoço e tronco e dissemina para MMSS, mais percebido em crianças.
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15
Q

Pq a faringoamigdalite na mononucleose pode ser confundida com bacteriana e como diferenciar?

A

Por ser uma faringoamigdalite exsudativa , com padrão pseudomembranosa (parece placa). P/ diferenciar: procurar gânglios aumentados, que não terá na infecção bacteriana.

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16
Q

Forma de evolução da mononucleose

A

Geralmente benigna e autolimitada, com resolução espontânea em 2 a 4 semanas.

17
Q

Complicações da mononucleose

A

Anemia hemolítica autoimune (raro), crioglobulinemia IGM.

Graves (<1%): plaquetopenia persistente, ruptura do baço, encefalopatia, SD de Guillain-Barré.

18
Q

Com relação à sua capacidade oncogênica, cite o que EBV pode causar

A
  • Linfo-histiocitose hemofagocítica associada ao EBV, linfoma de Burkitt, carcinoma nasofaríngeo, granulomatose linfomatoide, doença lipoproliferativa pós-transplante, linfoma de Hodgkin, linfoma T e NK nasal, linfoma de efusão pleural, linfoma primário do SNC.
19
Q

Doença proliferativa -EBV

A

Ocorre mais em transplantados.

20
Q

Linfoma primário do SNC - EBV

A

Ocorre mais em AIDS com CD4 muito baixo.

21
Q

Linfoma de Burkitt - EBV

A

Ocorre mais em criança afriacana HIV +.

22
Q

Linfoma de Hodgkin - EBV

A

Atinge crianças (países pobres) e adultos (países ocidentais).

23
Q

Carcinoma nasofaríngeo - EBV

A

Ocorre mais em chineses.

24
Q

Relação do EBV e doenças autoimunes

A

EBV é gatilho que pode desencadear LES, AR, esclerose múltiplo.

25
Q

Diagnóstico da mononucleose

A

Clínica + Lab.

  • Hemograma: linfocitose com atipia. Pode ter neutropenia e plaquetopenia.
  • Mielograma com linfócitos atípicos.
  • Sorologia: IgM anti-VCA.
  • Elevação leve a moderada de TGO/TGP, hipergamaglobulinemia.
26
Q

Sorologia EBV epsecífica

A
  • IgM anti-VCA (se eleva em dias leva 3-4m p/ negativar, aparecendo IgG, mas ainda assim o EBV fica por 18m na saliva)
  • Ac heterófilos (Paul-Bunnel): ñ usado mais.
27
Q

Diagnósticos diferenciais de mononucleose

A

HIV agudo, toxoplasmose, rubéola, CMV, hepatites virais, sífilis.

28
Q

HIV x Mononucleose

A

Tem história de relação sexual desprotegida nos ultimos 30 dias + quadro persistente de febre e exantema em até 50% dos casos.
- Confirmação: carga viral HIV.

29
Q

Toxoplasmose x Mononucleose

A

Avaliação dos gânglios, não costumam ter lesões na faringe.

- Confirmação: sorologia IgM.

30
Q

Rubéola x Mononucleose

A

Apenas lesões na pele e poucos sintomas na orofaringe.

- Confirmação: sorologia IgM.

31
Q

CMV x Mononucleose

A
  • “SD mono-like”: 20% é causada por CMV.
  • Tem rash importante e parte hepática mais inflamada (altera + TGO/TGP).
  • Faringotonsilite exsudativa não é causada por CMV.
  • Esplenomegalia e linfonodomegalia é mais em EBV.
  • Febre, fadiga = mais intensos na CMV (mas duram pouco, no EBV duram mais).
  • Confirmação: sorologia IgM.
32
Q

Sífilis x Mononucleose

A

Lesões de pele apenas na forma secundária nas palmas/plantas de mãos/pés. Prurido é o mais importante. Incomum febre ou dor de garganta.
- Confirmação: VDRL e FTA-ABS

33
Q

Tratamento da mononucleose

A
  • Sintomáticos (analgésicos, AINEs p/ faringite), pois é autolimitada.
  • Restringir exercícios físicos se esplenomegalia.
  • Específicos: casos pós-transplantes = QT, Ac. Monoclonal anti-CD20 (pouco efeitvos).
34
Q

É indicado ATB na mononucleose?

A

Não!
- Uso de amoxicilina/ampicilina por confusão com tonsilite bacteriana pode piorar o rash, confundindo alergia a penicilinas.

35
Q

Causa frequente de adenomegalia axilar epitroclear? E Dx diferenciais?

A

Doença da arranhadura do gato. Dx diferenciais: infecções de antebraço e mão, linfoma, sarcoidos, tularemia, sifílis secundária.

36
Q

Doenças que se apresentam como “SD mononucleose-like”

A

Mononucleose, CMV, Toxoplasmose, Rubéola, Sífilis, HIV, Dengue.