Câncer colorretal Flashcards
Intestino grosso é irrigado por quais artérias?
A. mesentérica superior e inferior.
Ramos da a. mesentérica superior
Artéria cólica direita e a. cólica média.
Ramos da a. mesentérica inferior
A. cólica esquerda, artérias sigmóideas e a. retal superior.
Artérias mesentéricas tem origem aonde?
Aorta abdominal.
Reto é irrigado por quais artérias? Cite de quais ramos estas se originam.
A. retal superior (ramo da a. mesent inferior) e pelas artérias retais D/E (ramo das aa. hipogástricas/ilíacas D/E).
Artérias retais D/E são ramos de quem?
Das artérias hipogástricas (a. ilíaca interna D/E).
Drenagem venosa do intestino
- Drenagem do reto médio/baixo: Veia pudenda drena para plexo ilíaco e então para v. cava inferior.
- Drenagem venosa do intestino grosso (e reto alto?): é feita pela v. mesentérica inferior que desemboca na v. esplênica que junta com a v. mesentérica superior pra formar a v. porta (confirmar).
Drenagem linfonodal do intestino
Anda junto com circulação arterial e venosa.
Qual o principal tipo histológico de CCR? Cite outros também.
95% é adenocarcinoma.
- Outros: linfoma, tumor estromal gastrintestinal, tumores carcinoides.
Ordem de mortalidade do CCR no Brasil H/M?
- Homens: 1º- próstata, 2º- pulmão e 3º- cólon/reto.
- Mulheres: 1º- mama e 2º- cólon/reto.
Em que lugar de mortalidade por CA está o CCR em países indutrializados?
2º lugar!
Qual sexo tem incidência maior de CCR?
É similar.
Qual a idade mais acometida por CCR?
50-80 anos (70%).
Qual o segmento intestinal mais acometido no CCR?
Reto (43%) e sigmoide (25%).
O que são carcinomas sincrônicos?
Tumores ao mesmo tempo em locais diferentes do cólon. Ex.: tumor próximo ao ângulo esplênico e outro no sigmoide.
O que são carcinomas metacrônicos?
Recidiva pouco tempo após tratamento.
Quais são os fatores de risco para CCR?
- Idade: a partir de 50a.
- Presença de pólipos.
- Genéticos: história familiar, PAF, HNPCC.
- Fatores ambientais: > ingesta de gordura animal e de carne vermelha, tabagismo e etilismo, obesidade.
- DII (princ RCUI ativa com > 10-15a).
- Irradiação prévia de tumores ginecológicos ou prostáticos.
- Ressecção colorretal por neoplasia prévia.
- Ureterossigmoidostomia.
- Etnia: nos EUA, + em negros.
Fatores protetores para CCR?
- Fibras vegetais: ñ são digeridas, aumentam velocidade do trânsito pois trazem água para TGI, resultando em < contato do epitélio com substâncias carcinogênicas.
- Selênio.
- Cálcio: reduz excreção fecal de ácidos biliares e reduz proliferação celular da mucosa colônica.
- Vitamina C, E.
- Consumo de vegetais amarelos e verdes.
- Betacaroteno.
- AAS e AINEs.
Qual a importância do rastreamento para CCR?
CCR é curável se detectado precocemente, além de poder ser evitado pela excisão das lesões pré-malignas (adenomas).
Quais exames são usados para rastreio de CCR?
- Toque retal, sangue oculto nas fezes e colonoscopia (é o melhor) ou retossigmoidoscopia flexível.
Estratificação de risco p/ CCR e rastreamento
1- Risco normal/baixo: são as pessoas sem fatores de risco. Rastreio em TODOS ≥ 50 anos através de pesquisa de sangue oculto nas fezes anualmente (e se positivo = fazer colonoscopia); OU fazer colonoscopia a cada 10 anos; OU retossigmoidoscopia flexível a cada 5 anos.
2- Pessoas com fatores de risco: rastreio após 40 anos ou 10 anos antes do surgimento de câncer no parente que teve câncer colorretal.
a) Indivíduos de médio risco: história pessoal ou em parente de 1º grau de CCR ou história pessoal de adenoma. Rastreio: colonoscopia a cada 3-5 anos.
b) Indivíduos de alto risco: DII, SD genéticas relacionadas ao CCR, enterite actínica. Rastreio: colonoscopia anualmente.
*Realizar rastreio até 75a e então individualizar a decisão. NÃO rastrear mais após 85a.
Clínica do CCR
- Assintomático no início.
- CA no cólon D: anemia + massa palpável! Dor leve em QID, palidez, cansaço, astenia, tontura, perda de peso. Sangramento oculto/melena (sangra aos poucos e tumor vai crescendo).
- CA no cólon E: afilamento de fezes + obstrução! Alternância do hábito intestinal (constipação x diarreia paradoxal), sangue e muco nas fezes.
- Reto: sangue vivo nas fezes (hematoquezia), tenesmo, fezes em fita, obstrução intestinal.
Exame físico CCR
- Toque retal: detecta 80% dos tumores no reto.
- Plateleira de Blumer.
- Exame ginecológico (comprometimento de útero, vagina, anexos).
Como é feito o diagnóstico de CCR?
- Clínica + toque retal + colonoscopia,
Quais são as alternativas à colonoscopia?
- Retossigmoidoscopia: tem sido substituída pela colonoscopia.
- Colonoscopia virtual (colografia).
- Enema opaco: menos usado, indicado quando ñ dá pra fazer colonoscopia. É um RX contrastado, vê morfologia, sinal da “maça mordida”. Não detecta lesões pequenas.
O que é o sinal da maça mordida e em que exame é detectado?
Representa o estreitamento da luz intestinal no CCR, visto no enema opaco.
Como é realizada a colonoscopia? Tem complicações? E o custo?
Sob sedação, com preparo do cólon intestinal, tem risco baixo de complicações, é mais caro, mas com custo-benefício válido.
Qual o exame padrão-ouro para diagnóstico de CCR? Pq?
Colonoscopia, pq tem maior sensibilidade que exames radiológicos, detectando lesões, permitindo realizar biópsias e excisão de lesões pré-cancerígenas (adenomas), além de detectar neoplasias sincrônicas.
Qual marcador tumoral podemos dosar no CCR e qual o seu valor?
CEA. Só tem valor prognóstico, e não diagnóstico!
Em que etapa é dosado o CEA?
No pré-operatório para ter linha de base para seguimento.
Em que situações temos CEA aumentado?
CCR, outros tumores, fumantes.
O que indica CEA aumentando após cirurgia p/ CCR?
Recidiva.
Cite as 3 “formas” de CCR e diga qual o mais/menos comum
1- PAF: menos comum.
2- Câncer colorretal hereditário não polipose.
3- Câncer esporádico: o mais comum.
Qual a forma genética de CCR mais comum?
Câncer colorretal hereditário não polipose.
Cite as formas de estadiamento de CCR e indique a mais usada
Dukes e TNM (mais usada).
Como é a classificação de DUKES? Para quais categorias está indicado QT adjuvantte?
- DUKES A: tumor restrito à parede intestinal (mucosa e muscular).
- DUKES B: tumor ultrapassa parede do cólon, invasão vai até serosa ou gordura peri-retal, não comprometendo linfonodos.
- DUKES C: metástase para gânglio linfático.
- DUKES D: metástase à distância.
*Quimioterapia adjuvante (pós-operatória) p/ DUKES B ou C.
TNM - cite os estádios em q serão classificados os doentes. Em que estádio há queda do prognóstico e pq?
0, I, II, III, IV.
Há queda do prognóstico qnd vai do estádio II pro III, pq passa a ter linfonodos positivos.
TNM - quais estádios devem receber QT adjuvante?
Estádio II e III.
Em que estádio do TNM geralmente são diagnosticados com CCR?
Estádio III/IV (linfonodos positivos e meta à distância).
Quais são os exames pré-op p/ estadiamento e pq?
1- Colonoscopia: detecta tumores sincrônicos.
2- USG de abdome/TC de abdome: ver se tem lesão hepática. TC é melhor.
3- Raio X de tórax/TC de tórax: ver se tem algo nos pulmões. TC é melhor.
4- CEA: p/ ter linha da base, pois se cai e pós-tto eleva dnv, indica recidiva.
*Para avaliar profundidade de invasão na parede retal:
1- USG endorretal: para avaliar a extensão dos tumores de reto extraperitoneais e se há linfonodos acometidos.
2- RNM da pelve: obrigatória no estadiamento do câncer retal. É melhor que USG endorretal, mais facilmente encontrada, tem padronização na análise dos achados (USG é técnico-dependente).