TCE Flashcards

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1
Q

Quais os mecanismos de trauma no TCE?

A
  • Fechado: alta energia ou baixa energia.

- Penetrante: ferimento por arma de fogo, outros ferimentos.

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2
Q

Classificação do TCE: Gravidade?

A

1) Leve: Glasgow 13 a 15.
2) Moderado: Glasgow 9 a 12.
3) Grave: Glasgow 3 a 8.

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3
Q

10% dos pacientes com TCE morrem antes de chegar ao hospital. Dos que recebem atendimento: ?% tem lesões leves, ?% moderadas e ?% graves?

A

80% tem lesões leves, 10% moderadas e 10% graves

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4
Q

Qual o principal objetivo do tratamento do TCE? E quais as 2 medidas principais para conseguir isso?

A

Nosso objetivo é prevenir as lesões secundárias através de:

  • Fornecer oxigenação adequada.
  • Manutenção de pressão arterial suficiente para garantir a perfusão de cérebro (PPC = PAM – PIC).
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5
Q

Qual a PIC normal? Quando tem prognóstico ruim?

A
  • Pressão intracraniana normal = 10 mmHg.

- > 20, persistentemente, prognóstico ruim.

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6
Q

Qual a pressão de perfusão cerebral normal adequada?

A

Entre 60-70 mmHg.

- PPC < 70 mmHg é desfavorável.

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7
Q

Quanto deve ser o fluxo sanguíneo cerebral? Quanto é indicativo de morte cerebral?

A
  • Manter o fluxo sanguíneo cerebral de 50 ml/100g cérebro/min.
  • Fluxo sanguíneo cerebral (FSC) < 5 indica morte cerebral.
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8
Q

Comente sobre a Doutrina de Monroe-Kellie.

A

O crânio é um recipiente rígido e não expansível, quando há uma massa crescendo (hematoma) há eliminação do LCR (CSF) e do sangue venoso para compensação e a PIC se mantém, porém, com o aumento progressivo da massa, haverá um ponto de descompensação e o efeito massa irá fazer uma elevação importante da PIC, com consequente lesão secundária, que serão vistos por sinais clínicos e pela escala de Glasgow.

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9
Q

Como é feita avaliação inicial do TCE (cite)?

A

A – vias aéreas e coluna cervical;
B – respiração;
C – circulação;
D – Disability: escala de coma de Glasgow e reação pupilar.

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10
Q

Comente sobre a escala de coma Glasgow.

A

Total: 3 a 15.

1) Abertura ocular:
- Espontânea = 4. | À voz = 3. | À pressão = 2. | Nenhuma = 1.
2) Resposta verbal:
- Orientada = 5. | Confusa = 4. | Palavras = 3. | Sons = 2. | Nenhuma = 1.
3) Resposta motora:
- Obedece a comandos = 6. | Localiza dor = 5. | Movimento de retirada (flexão normal) = 4. | Flexão anormal (decorticação) = 3. | Extensão (descerebração) = 2. | Nenhuma = 1.

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11
Q

O que muda na escala de coma Glasgow com avaliação pupilar?

A

Idem à escala de Glasgow original, acrescentando reação pupilar:

  • Inexistente: nenhuma pupila reage ao estímulo da luz = 2.
  • Parcial: apenas 1 pupila reage ao estímulo da luz = 1.
  • Completa: as 2 pupilas reagem ao estímulo de luz.
#Total: resultado do Glasgow – reação pupilar.
* ATLS não considerou o “Glasgow pupilar” para o politraumatizado na contagem do Glasgow.
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12
Q

Reação pupilar: cite os 3 achados.

A

Midríase; miose; pupilas anisocóricas.

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13
Q

Reação pupilar: o que indica midríase unilateral (resposta à luz ausente)?

A

Indica compressão do III par – herniação tentorial (olho para baixo e para fora).

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14
Q

Reação pupilar: o que indica midríase bilateral (resposta à luz ausente)?

A

Indica perfusão cerebral inadequada; paralisia bilateral do III par.

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15
Q

Reação pupilar: o que indica midríase unilateral com resposta à luz cruzada?

A

Indica lesão do II par.

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16
Q

Reação pupilar: o que indica miose bilateral com resposta à luz difícil de determinar?

A

Indica drogas (opiáceo), lesões de ponte, encefalopatia metabólica.

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17
Q

Reação pupilar: o que indica miose unilateral com resposta à luz preservada?

A

Indica lesão do trato simpático.

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18
Q

Quais os sinais de herniação uncal?

A

Midríase ipsilateral + hemiparesia contralateral (por compressão do III par e do trato córtico-espinhal).

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19
Q

Fratura de calota craniana: cite os tipos de fraturas.

A

Lineares, estreladas, com afundamento, sem afundamento, fechada, exposta.

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20
Q

Fratura de calota craniana: cite as indicações cirúrgicas.

A

Afundamento maior, sinais de hipertensão intracraniana, perda de líquido cerebroespinhal, fraturas expostas.

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21
Q

Fratura de base do crânio: sinais?

A
  • Sinal do guaxinim: equimose periorbital.
  • Sinal de “Battle”: equimose retro-auricular.
  • Rinorreia, otorreia.
  • Paralisia facial ou perda auditiva (por lesão do n. VII e VIII).
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22
Q

Fratura de base do crânio: o que fazer se paciente precisar de descompressão gástrica?

A

Passar sonda OROgástrica. É proscrito SNG.

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23
Q

Cite as lesões intracranianas focais.

A

Hematoma epidural, subdural, contusões/hematomas intracerebrais.

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24
Q

Cite as lesões intracranianas difusas?

A

Concussão leve, concussão clássica, lesão axonal difusa.

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25
Q

Hematoma epidural: lesão é aonde?

A

Artéria meníngea média (está na fossa temporal).

- Origem arterial na maioria, origem venosa em 1/3 – rotura do seio parieto-occipital ou fossa posterior.

26
Q

Hematoma epidural: clínica clássica?

A

É frequente o intervalo lúcido, entre o trauma e sintomas neurológicos.
- Fica bem e depois tem deterioração, piorando quadro neurológico.

27
Q

Hematoma epidural: achado na TC de crânio?

A

Lente biconvexa (“limão”).

28
Q

Hematoma epidural: conduta? Prognóstico?

A

Drenagem precoce.

- Prognóstico é bom.

29
Q

Hematoma subdural: lesão é aonde?

A

Rotura do plexo venoso meníngeo, entre o córtex cerebral e o seio venoso.

30
Q

Hematoma subdural: comum em que pacientes?

A

Comum em pacientes com quedas repetidas, principalmente etilistas e idosos.

31
Q

Hematoma subdural: como é a imagem na TC de crânio?

A

Lesão de forma côncava (“lua crescente - banana”), revestindo e comprimindo os giros e sulcos causando desvio ventricular e da linha média.

32
Q

Hematoma subdural crônico: como é a imagem na TC?

A

Imagem do sangue fica preta, pois há absorção do ferro e fica só o líquido.

33
Q

Hematoma subdural: tratamento e prognóstico?

A
  • Tratamento cirúrgico quando indicado, feito rapidamente.
  • Prognóstico: pior do que o do hematoma extradural, pela presença de lesão parenquimatosa grave mais comumente associada.
34
Q

Qual é mais comum: hematoma epidural ou subdural?

A

Subdural.

35
Q

Contusões e hematomas intracerebrais: o que são?

A

Lesões focais mais comuns e frequentemente mais associadas ao hematoma subdural.
- Contusões com possível expansão e coalescência, formando hematoma intracerebral que requeira evacuação cirúrgica imediata.

36
Q

Contusões e hematomas intracerebrais: localização?

A

Localizados preferencialmente nos lados frontal e temporal.

37
Q

Contusões e hematomas intracerebrais: o q devemos fazer quanto à TC?

A

Repetir em 12-24h após TC inicial, para avaliar as mudanças nos padrões da contusão.

38
Q

Quais são mais comuns: lesões intracranianas focais ou difusas?

A

Difusas.

39
Q

Lesões intracranianas difusas: mecanismo?

A

Aceleração/desaceleração.

40
Q

Lesões intracranianas difusas: cite-as.

A

Concussão leve, contusão cerebral clássica e lesão axonal difusa.

41
Q

Concussão leve: o que ocorre?

A

É um choque ou agito violento que causa um distúrbio nas funções cerebrais.
- Consciência preservada, disfunção neurológica temporária, podendo passar despercebida.

42
Q

Concussão leve: quadro clínico em casos leves?

A

Confusão e desorientação sem amnésia/totalmente reversível, sem sequelas.

43
Q

Concussão leve: quadro clínico em casos graves?

A

Amnésia retrógrada e anterógrada.

44
Q

Contusão cerebral clássica: clínica?

A
  • Perda da consciência transitória e reversível.
  • Grau de amnésia relacionada a magnitude da lesão.
  • Déficits possivelmente ausentes ou permanecendo como perda da memória, tonturas, náuseas, anemia ou depressão (síndrome pós-concussão = quadro depressivo).
45
Q

Lesão axonal difusa: o que é?

A
  • Lesão cerebral grave.

- Coma pós-traumático prolongado, sem lesão de massa ou lesão isquêmica.

46
Q

Lesão axonal difusa: clínica?

A

Possível decorticação ou descerebração e disfunções autonômicas (hipertensão-hiper-hidrose), além de sequelas neurológicas tardias.

47
Q

Lesão axonal difusa: TC?

A

TC de crânio muitas vezes normal, mas paciente com TCE grave (ECG 3).

48
Q

Lesão axonal difusa: mecanismo?

A

Cisalhamento devido a aceleração rotacional da cabeça.

49
Q

Lesão axonal difusa: anormalidades descritas?

A

Lesão focal de corpo caloso, lesão de porção rostral de tronco encefálico, alterações morfológicas dos axônios sob formas de esferoides de retração.

50
Q

Quando solicitar TC de crânio em TCE? Deve ser com ou sem contraste?

A

Solicitar para todos os pacientes (mesmo TCE leve).

- Sem contraste.

51
Q

TCE leve: se indisponibilidade de TC, o que fazer?

A

Observação hospitalar ou domiciliar.

52
Q

Cite indicações de observação hospitalar em paciente com TCE leve.

A

Não tem tomo, TCE penetrante, perda de consciência, cefaleia, intoxicação por álcool ou drogas, fratura de crânio, rinorreia ou otorreia, falta de acompanhante confiável, impossibilidade de retorno.

53
Q

Qual a conduta inicial no paciente com TCE grave e sinais de hipovolemia, com:

  • PAS < 100 mmHg?
  • PAS > 100 mmHg?
A
  • PAS < 100 mmHg: identificar sangramento – LPD? FAST?

- PAS > 100 mmHg (sem choque): avaliação neurológica + tomografia.

54
Q

Tratamento clínico: TCE grave?

A

Estabilidade da vítima.

1) Via aérea definitiva = IOT precoce, FiO2 100%.
- Hiperventilação moderada: pCO₂ 25 mmHg.
2) Hipotensão = ressuscitação volêmica.
3) Manitol: diurético osmótico. Reduz PIC. *Se indicação, CI em hipotensos.
4) Barbitúricos: reduz PIC refratária, evitar em pacientes hipotensos.
5) Fenitoína: em ocasião de convulsões, como profilaxia não.
6) Avaliação do neurocirurgião.

55
Q

Qual a importância da hiperventilação no TCE grave?

A

pCO2 reduzida = produz vasoconstrição cerebral, pois hipercapnia gera dilatação, que aumenta PIC e deve ser evitada.

56
Q

Como é feita a ressuscitação volêmica no TCE?

A

Solução salina ou ringer lactato. Nunca soluções hipotônicas (solução com glicose NÃO, pois hiperglicemia piora a lesão cerebral, hiponatremia está associada a edema cerebral).

DÚVIDA.

57
Q

Quando é indicado manitol em TCE grave?

A

Quando pupilas normais evoluem a dilatadas ou hemiparesia/pupilas dilatadas (anisocoria) e não reativas e não hipotensos (cada vez mais, menos utilizado).

58
Q

Paciente hipotenso + PIC elevada = conduta antes de entrar com manitol?

A

Usar droga vasoativa (noradrenalina) para tentar usar manitol e furosemida.

59
Q

Indicações de tratamento cirúrgico do TCE?

A
  • Lesões de couro cabeludo.
  • Fraturas com afundamento de crânio.
  • Lesões intracranianas de massa.
60
Q

Cite os critérios de morte cerebral.

A

Glasgow 3; pupilas arreativas; reflexos mesencefálicos ausentes (oculocefálico, corneal, oculovestibular, reflexo nauseoso/tosse); EEG, doppler cerebral, arteriografia cerebral confirmando a morte cerebral.