CMV e Toxoplasmose Flashcards

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1
Q

CMV é causado por quem? (Família, tipo de vírus)

A

Citomegalovírus. É um vírus DNA, da família Herpesviridae. É o herpes vírus tipo 5 (HHV-5).

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Q

Qual a característica desse vírus?

A

Entram em latência após infecção primária (como outros vírus da família Herpes).

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3
Q

Reativação do CMV está relacionada ao que?

A

Está relacionada à imunodepressão, geralmente relacionadas à queda da imunidade celular. Ex.: doente HIV, pós-transplante, imunidade por uso de QT.

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4
Q

Como é a soroprevalência do CMV? Quando ocorre a aquisição geralmente?

A
  • Soroprevalência IgG: 65 a 85% em adultos.

- Aquisição geralmente é na infância, sendo em geral autolimitada, e o vírus entra em latência.

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5
Q

CMV - Transmissão

A
  • Sangue, urina, saliva (é a mais comum na criança), sêmen, secreção vaginal e cervical: todas tem CMV.
  • Transmissão pode ocorrer por: contato com essas secreções (sangue, sexual, tosse), transplante (doador IgG+ e receptor IgG–, aí o receptor faz CMV aguda) ou vertical (pode levar a malformações ou lesões graves neurológicas, motoras, oculares).
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6
Q

CMV - Quadro clínico em adulto imunocompetente

A

Decorrente da primo-infecção geralmente, é benigno e autolimitado. “Mononucleose símile” = é clinicamente indistinguível de EBV, porém, menos intenso e pode ñ ter todos os sintomas a mesmo tempo:

  • Febre prolongada (10 dias a 6 semanas) + linfadenopatia + faringoamigdalite.
  • Além de sinais clínicos inespecíficos (+ intensos que EBV).
  • Obs: tem linfocitose relativa igual EBV (com linfócitos atípicos > 10%).
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7
Q

Pq CMV é DD de febre de origem indeterminada?

A

Por ter muita febre, sem outros sintomas importantes associados. CVM entra nos quadros de DD de outras doenças com FOI, em adultos geralmente.

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8
Q

Clínica de CMV em situações especiais (imunocomprometidos)

A
  • Transplante de órgãos sólidos: é o principal vírus responsável por rejeição de enxertos.
  • Transplante de células tronco hematopoéticas (medula óssea): doença do enxerto contra hospedeiros, pneumonite por CMV. CMV é a principal causa de infecção nos primeiros 120 dias pós-transplante.
  • AIDS: coriorretinite é a principal, pode levar a amaurose (cegueira). Mas pode fazer lesão em qualquer parte do corpo.
  • Gestação: malformações ou sequelas como lesões fetais oculares (pode levar a amaurose -> cegueira) ou no SNC.
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9
Q

CMV x EBV - frequência nas SD mono-like; faringotonsilite exsudativa; aumento do baço e gânglios; sintomas clínicos gerais; Ac heterófilos e alteração de transaminases.

A

CMV = SD mono-like. EBV = mononucleose (real).

  • Sintomas da SD mono-like (febre, linfadenopatia, faringoamidgalite importante, exantema) são mais frequentes no EBV – 80%. No CMV é menos frequente dar todos esses sintomas ao mesmo tempo – 20%.
  • Faringotonsilite exsudativa: forma placa semelhante à placa purulenta bacteriana, mas quem causa é o vírus EBV. CMV não faz isso, só dá a dor na garganta.
  • Aumento do baço e gânglios também é mais intenso no EBV.
  • Os sintomas clínicos gerais, como febre e fadiga, são mais intensos e prolongados no CMV.
  • Anticorpos heterofilos são positivos apenas no EBV.
  • CMV é mais hepatotrópico do que EBV, altera mais transaminases.
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10
Q

CITE as complicações do CMV

A

Pneumonite intersticial, hepatite, miocardite, complicações neurológicas e hematológicas.

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11
Q

Pneumonite intersticial x CMV - ocorre mais em quem? Diagnóstico?

A

No imunocompetente é rara, ocorre mais no imunodeprimido por transplante.
- Diagnóstico: biópsia pulmonar.

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12
Q

Hepatite x CMV - é mais comum em quem?

A

É comum na infecção aguda (primo-infecção).

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13
Q

Miocardite x CMV - acomete mais quem?

A

Miocardite pode ocorrer em qualquer infecção viral. Perfil de risco são pacientes jovens, mas não é tão comum ser causada pelo CMV.

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14
Q

Quais complicações neurológicas podem ocorrer no CMV? Acomete mais quem?

A

Meningoencefalite e polirradiculoneurite (ocorre mais em imunodeprimidos).

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15
Q

Quais complicações hematológicas ocorrem no CMV?

A

Anemia hemolítica e púrpura trombocitopênica.

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16
Q

Relação do HIV x coinfecção por CMV - é frequente? Pq ocorre?

A

Mais de 90% dos pacientes HIV tem coinfecção por CMV (como vimos, a maior parte da população teve infecção prévia por CMV (CMV+), e o HIV facilita a saída da latência do CMV, reativando-o em qualquer órgão do corpo). O CMV é causa frequente de febre não determinada em paciente com infecção pelo HIV.

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17
Q

Reativação de CMV no HIV x CD4

A

Reativação tem relação com CD4 baixo. Costuma ocorrer em AIDS avançada – CD4 < 50.

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18
Q

Qual a principal manifestação clínica de infecção por CMV na AIDS?

A

Coriorretinite.

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19
Q

O que é coriorretinite e como fazer diagnóstico?

A

Lesão ocular grave, irreversível. Diagnostico clínico com base no aspecto da retina à fundoscopia:
• Infiltrados algodonosos com áreas de hemorragia, causando amaurose em quase 100% dos casos (pois geralmente acomete mácula no lado afetado) – aspecto de “queijo com ketchup”.

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20
Q

Coriorretinite - tto

A

Gangiclovir EV em doses de ataque seguidas de manutenção.

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21
Q

Cite complicações na AIDS por coinfecção com CMV

A

Coriorretinite, úlceras esofágicas, polirradiculopatia, colite, pneumonite, meningocefalite, CMV disseminado.

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22
Q

Como são as úlceras esofágicas causadas por CMV? Temos q diferenciar de qual infecção?

A

CMV tem úlceras rasas e difusas (em maior quantidade), diferindo das úlceras de herpes simples, que são profundas e em menor quantidade. Mas isso não é regra! Tem que biopsiar e aí vê a inclusão viral no AP.

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23
Q

Qual a conduta se paciente HIV tiver candidíase, eu tratá-la e ele não melhorar? Quais as HD?

A

Repetir EDA ao final do tratamento, pq ao tratar cândida, veremos as úlceras esofágicas q podem ser causadas por herpes simples ou CMV.

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24
Q

Úlcera esofágica - tto

A

Ganciclovir. Pois ele trata CMV e herpes. (Se fosse usar aciclovir pensando em Herpes, ele não pega CMV. Mas quando sair AP, se vier herpes, troca pra Aciclovir que é menos tóxico pra medula).

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25
Q

Qual a principal manifestação neurológica da infecção por CMV em paciente com AIDS?

A

Polirradiculopatia.

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26
Q

Pq CMV pode piorar a pancitopenia na AIDS?

A

CMV faz invasão de medula e piora pancitopenia. Paciente tem febre persistente (confunde com TB, mas pensar em CMV como DD).

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27
Q

Quando geralmente ocorre infecção por CMV pós-transplante?

A

Nos primeiros 120 dias.

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28
Q

Qual a causa mais comum de infecção pós-transplante e pq ocorre?

A

CMV.

  • Pode ter a reativação de CMV que estava latente, devido à imunossupressão.
  • Ou o doador ser IgG+ e o receptor IgG–, aí o receptor faz CMV aguda em 70-80% dos casos (está recomendado terapia antiviral a esses receptores).
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29
Q

Qual a manifestação mais comum de infecção por CMV pós transplante de células tronco hematopoéticas – medula óssea?

A

Pneumonite intersticial, evolução grave e mais comum nos primeiros 120 dias.

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30
Q

Qual a finalidade da terapia preemptiva e como fazer?

A

Detecção precoce de CMV, evitar uso desnecessário de droga antiviral e minimizar toxicidades. Para isso, fazemos monitorização semanal de CMV após transplante.

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31
Q

Quando iniciar a terapia preemptiva?

A

Ao 1º sinal de replicação viral na corrente sanguínea.

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32
Q

Como fazer a monitorização semanal p/ CMV pós-transplante?

A
  • PCR para CMV: contagem viral, detecção mesmo de pequenas quantidades de vírus, importante para identificar replicação viral. Mais usado, faz semanalmente e se vier positivo -> terapia preemptiva.
  • Antigenemia: mais barato, mas pode dar falso negativo em paciente neutropênico. Investigação da proteína pp65 do vírus.
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33
Q

Infecção CMV - Congênita: em que período gestacional a transmissão traz maior risco p/ feto?

A

Maior risco ao RN se transmitido na 1ª metade da gestação.

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34
Q

Infecção CMV - Congênita: clínica e achados

A

Microcefalia (calcificações cerebrais periventriculares), retardo do DNPM, coriorretinite, deficiência visual e auditiva, icterícia, hepatoesplenomegalia, petéquias, convulsões no período neonatal.

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35
Q

Infecção CMV - Congênita: diagnóstico

A
  • Infecção congênita: presença do CMV na urina e/ou na saliva do RN nas primeiras 3 semanas de vida (detectada por isolamento viral ou PCR).
  • Infecção perinatal: detecção do vírus a partir da 4ª até 12ª semana de vida.

Fonte: MS/2011.

36
Q

CMV - Diagnóstico

A

Sorologia IgM positiva: CMV aguda em paciente imunocompetente.

37
Q

CMV - Tratamento inicial e quem tratar e NÃO tratar? PQ?

A

Ganciclovir 5 mg/kg, 12/12h, de 14-21 dias.

  • É o tratamento inicial de infecções por CMV em imunodeprimidos, com a finalidade de evitar complicações.
  • Imunocompetentes NÃO, não irei tratar esse paciente, pois ele tem doença autolimitada, além de que o gangiclovir não irá tratar o vírus, ele vai entrar em latência!
38
Q

CMV na gestação - tto

A

Não usar ganciclovir, pois é teratogênico. Só irei acompanhar a gestação.

39
Q

Qual o problema do ganciclovir?

A

Tóxico para medula óssea, uso prolongado produz pancitopenia.

40
Q

Ganciclovir - profilaxia

A

Ganciclovir 5-10 mg/kg/d de segunda a sexta-feira, ou 5 mg/kg/d diariamente.

41
Q

Cite outras opções terapêuticas ao ganciclovir e qnd usá-los

A

Foscarnet e cidofovir. Usados em casos de resistência a CMV. São menos efetivos e mais tóxicos do que ganciclovir.

42
Q

Toxoplasmose - Agente etiológico

A

Toxoplasma gondii. É um protozoário, da classe Sporozoa, ordem Eucoccidea. Trata-se de um parasita intracelular obrigatório.

43
Q

Toxoplasmose - Prevalência

A

50-60% da população mundial com IgG positivo (OMS).

44
Q

Toxoplasmose - Evolução geral

A

É autolimitada na maioria das vezes, sem complicações. Mas pode ser grave em imunodeprimidos e RNs que adquirem por transmissão vertical.

45
Q

Toxoplasmose - Hospedeiro definitivo e intermediário

A
  • Hospedeiro definitivo: felídeos (gatos).

- Hospedeiro intermediário: homem.

46
Q

Toxoplasmose - Cite as formas evolutivas

A

Oocistos, taquizoítos e bradizoítos.

47
Q

Toxoplasmose - O que é o oocisto? Onde estão presentes?

A
  • É a forma de resistência ambiental, presente no solo, forma que é eliminada nas fezes dos gatos (reprodução sexuada) e que tem que durar ali para se reproduzir.
  • Ao ingerir alimentos ou água com oocistos há a transmissão da doença.
48
Q

Toxoplasmose - O que são os taquizoítos? Onde estão presentes?

A

Taqui = rápido. São as formas replicantes rápidas, de reprodução assexuadas no ser humano.
- Estão presentes na infecção ativa durante a infecção primária (circulação sanguínea) no homem ou na fase de reativação (nos tecidos), pois formas latentes podem reativar na forma de taquizoítos.

49
Q

Toxoplasmose - O que são os bradizoítos? Onde estão presentes?

A

Bradi = lentos. São as formas replicantes lentas, se replicam lentamente no interior de cistos teciduais, ficam em forma latente, estão nos homens e animais.
- Fase crônica no hospedeiro intermediário (assexuada), transmitem a doença pela ingestão de carne malcozida.

50
Q

Toxoplasmose - Ciclo

A

Gato é o hospedeiro definitivo, no intestino tem a forma taquizoítos, evacua e distribui as fezes no ambiente com os oocistos não esporulados, contaminando água e alimentos. O solo é contaminado com oocistos esporulados que infecta animais (cistos musculares). Os animais, que são hospedeiros intermediários, desenvolvem a forma tecidual dos cistos -> se gato ou homem ingerir esses cistos irão se contaminar. O homem é um hospedeiro acidental, a infecção humana ocorre se ingerir os alimentos (carne crua ou malcozida)/água contaminados por oocistos esporulado (que tem bradizoítos), ou pelo contato íntimo com gatos -> o conteúdo gástrico rompe cisto, e o protozoário (taquizoítos) vai pra parede, entra nos vasos e cai na circulação geral -> taquizoítos vão pra células (musculo e SNC) -> e se multiplicam assexuadamente, rompendo célula -> cai mais protozoários na circulação -> parasitam outras células -> até formar Ac que os atacam, mas eles não morrem, eles encistam pra se proteger dos Ac, e fica assim pelo resto da vida (cistos o resto da vida nos tecidos da pessoa infectada).

51
Q

Quais as formas de transmissão da toxoplasmose?

A
  • Carne crua ou malcozida ingerida: bradizoítos (oocistos).
  • Leite não pasteurizado: taquizoítos.
  • Transmissão vertical.
52
Q

Toxoplasmose - clínica (forma aguda e reativação) e evolução em imunocompetente

A
  • Doença aguda e autolimitada.
  • Forma aguda: Sinal mais importante: adenomegalia cervical. Sem outros sintomas associados, mas pode ter febre, mialgia, cefaleia, sudorese, dor de garganta, hepatoesplenomegalia e exantema maculopapular (sintomas mononucleose-símile).
  • Reativação: geralmente com coriorretinite.
53
Q

Toxoplasmose - como geralmente é a adenopatia?

A

Dimensão de até 3 cm, não são dolorosos e tem consistência fibroelástica e sem flutuação.

54
Q

Cite 3 doenças que apresentam linfócitos atípicos e são semelhantes.

A

Mononucleose, CMV, toxoplasmose (em menor proporção que as outras duas).

55
Q

Toxoplasmose - Período de incubação

A

1 a 4 semanas.

56
Q

Toxoplasmose - que apresentações clínicas podem ocorrer por toxo, mas são raros?

A

Pneumonite, miocardite, hepatite ou encefalite.

57
Q

Coriorretinite em toxo - acomete imunocompetente ou imunocomprometido?

A

Pode acometer ambos.

58
Q

Coriorretinite em imunocomprometido: como são as lesões? em que fase ocorre geralmente? São graves? Diagnóstico?

A
  • São lesões retinianas com vitreíte associada. Causa em torno de 80% das uveítes posteriores.
  • São graves e deixam sequelas.
  • Pode ocorrer na fase aguda ou por reativação de infecção latente.
  • Congênita ou adquirida.
  • Diagnóstico: clínico e é difícil.
59
Q

Lesão ocular CMV x Toxo (imunocompetente/imunodeprimido; evolução; tipo da lesão)

A
  • Toxo: imunocompetente ou deprimido; evolução lenta; coriorretinite com vitreíte.
  • CMV: só imunodeprimido, evolução rápida com amaurose em 100% dos casos; retinite e lesões algodonosas com áreas hemorrágicas (“queijo com ketchup”).
60
Q

Toxoplasmose - como é a infecção em imunodeprimidos?

A

Pode ser por infecção aguda ou reativação da doença (bradizoítos), com infecção grave, disseminada ou SNC.

61
Q

Toxoplasmose na AIDS - É mais frequente ocorrer em que circunstâncias?

A

Por reativação e qnd CD4 < 200 (< 100 principalmente).

62
Q

Toxoplasmose na AIDS acomete mais sistema?

A

Reativa em SNC.

63
Q

Neurotoxoplasmose - AIDS: clínica

A

-Sinal mais comum: hemiparesia com ou sem disartria. Causa crises convulsivas, lesão focal com déficit motor (hemiparesia).

64
Q

Neurotoxoplasmose - AIDS: achados ao exame de imagem

A

Exame de imagem: efeito de massa, edema perilesional, realce anelar de contraste, geralmente lesões múltiplas em gânglios da base.

65
Q

Toxoplasmose em transplantados - reativação x infecção aguda (frequência de acordo com tipo de transplante)

A
  • Transplante de órgãos sólidos é mais comum ocorrer em virtude de ter um doador IgG positivo com receptor IgG negativo (Toxo aguda).
  • Transplante de células-tronco hematopoéticas é mais comum ocorrer por reativação de cistos teciduais.
66
Q

Toxoplasmose em transplantados - clínica

A
  • Febre de origem indeterminada.
  • Pneumonite: padrão intersticial (lembrar-se de toxo entre diagnósticos diferenciais).
  • Miocardite (em transplante de coração).
  • Encefalite.
67
Q

Toxoplasmose em transplantados - reativação ocorre em q período?

A

Ocorre nos primeiros 6m, principalmente nos primeiros 30-90 dias.

68
Q

Toxoplasmose congênita - trimestre com maior chance de transmissão e trimestre de maior risco de danos ao feto

A

Chance de transmissão é maior no 3º trimestre, porém risco para o feto é maior se transmitido no 1º trimestre, causa mais danos ao feto que está em fase de formação.

69
Q

Toxoplasmose congênita - clínica clássica

A

Tétrade de Sabin: coriorretinite bilateral, calcificações cerebrais (pode levar a crises convulsivas de repetição), perturbações neurológicas (retardo DNPM) e alteração do volume craniano (hidrocefalia, etc).

70
Q

Diagnósticos diferenciais da toxoplasmose (linfadenomegalias)

A

Mononucleose infecciosa (EBV – mas faz faringite que não tem na toxoplasmose), infecção aguda por CMV (não faz tanta adenomegalia), infecção aguda por herpes-vírus tipo 6 (faz exantema), SD da arranhadura do gato (faz adenopatia, mas geralmente tem o ponto de inoculação da arranhadura presente), tuberculose, linfoma de Hodgkin/não Hodgkin, leucemia, sarcoidose, carcinoma metastático, tularemia.

71
Q

Toxoplasmose - Diagnóstico pela sorologia (fase aguda/crônica)

A

1) Fase aguda:
a) IgM+/IgG+ (teste imunoenzimático, IFI): infecção aguda.

b) IgM+/IgG–: repetir exame em 7 dias -> se IgG+ é infecção aguda, se não, é possível que tenha sido um falso-positivo.

2) Fase crônica:
a) IgG+ isoladamente. 100% das reativações tem IgG+.

72
Q

O IgM na toxo leva qnt tempo pra positivar? Pode ficar qnt tempo positivo?

A

IgM pode demorar 2-3 semanas para positivar em pacientes mesmo com sintomas (repetir s/n). E pode permanecer positivo por até 6 meses (confundidor em gestantes).

73
Q

O que é o teste de avidez de IgG? Para quem é indicado?

A
  • É para ver quanto tempo o IgG está ali.

- Indicado em gestantes de até 12 semanas com IgM+.

74
Q

Teste de avidez de IgG - Interpretação

A
  • Avidez baixa (< 30%): IgG recente, está circulando há pouco tempo. Indica que infecção ocorreu há < 12 semanas. A depender da IG da gestante, pode haver risco de transmissão para feto.
  • Avidez alta (> 60%): IgG antigo, está circulando há muito tempo. Indica que infecção ocorreu há > 12 semanas.
75
Q

Diagnóstico de toxoplasmose congênita

A

1) Parasita em sangue de cordão umbilical confirma diagnóstico.
2) IgM positivo no RN confirma diagnóstico, pois IgM não ultrapassa a barreira placentária.
3) Título de IgG no RN > mãe confirma diagnóstico. Pois embora IgG ultrapasse a placenta, não pode estar mais aumentado do que na mãe, a não ser que o RN tenha a infecção.

76
Q

Para quem está indicado solicitar PCR real time para toxoplasmose?

A

Úteis em imunodeprimidos (doença com IgM negativo) no sangue ou lavado broncoalveolar; no LCR (sensibilidade baixa, p/ neurotoxo); líquido amniótico em gestantes com suspeita de infecção não afastada pela avidez para toxoplasmose.

77
Q

Tratamento - Toxoplasmose aguda em imunocompetentes

A
  • Não tratar na maioria, pois é autolimitada.
  • Indicado em: muito sintomáticos, com lesões pulmonares ou lesão ocular:
    Sulfadiazina 1.000mg (< 60 kg) a 1.500mg (> 60 kg) 6/6h + pirimetamina (ataque com 75-100 mg, 1x/d de 1 a 3 dias, seguido de 25-50 mg) + ácido folínico 15mg 1x/dia por 3 semanas; ou SMX/TMP por 3 semanas.
  • Se alergia à sulfa: substituir ela por Clindamicina 600 VO ou IV, 6/6h e manter restante.
78
Q

Tratamento - Toxoplasmose em gestante

A

1) Espiramicina 1g, 8/8h, VO: iniciar na suspeita de toxoplasmose.
2) Se confirmar infecção fetal: sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico intercalado com espiramicina. APÓS 14ª semana de gestação (antes a pirimetamina é teratogênica).

79
Q

Tratamento - Toxoplasmose em imunodeprimidos

A

Sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico por 42 dias.

80
Q

Tratamento - Neurotoxoplasmose

A
  • Faz prova terapêutica: faz o tratamento e realiza exame de imagem para controle após 2 semanas de tratamento. Se houver regressão das lesões, manter o esquema por 4-6 semanas, caso contrário, investigar outras etiologias e realizar biópsia estereotáxica.
  • Dexametasona: indicado em lesões com edema importante.
81
Q

Pq usar ácido folínico no tto de toxo?

A

Para reduzir a toxicidade da sulfadiazina, evitando anemia.

82
Q

Finalidade da espiramicina

A

Evitar a transmissão da toxoplasmose para feto. Ela não passa pela barreira placentária, logo, não irá tratar o feto, mas impede placentite por taquizoítos.

83
Q

O que é a tétrade de Sabin?

A

Coriorretinite bilateral, calcificações cerebrais (pode levar a crises convulsivas de repetição), perturbações neurológicas (retardo DNPM) e alteração do volume craniano (hidrocefalia, etc).

84
Q

Toxo - Como é a lesão da coriorretinite congênita? E da adquirida?

A
  • Congênita: lesões bilaterais, com envolvimento da mácula.

- Adquiridas: unilaterais e periféricas, geralmente poupando a mácula.

85
Q

Conduta geral (diagnóstico/tto) para toxo na gestação

A

1) Sorologia no pré-natal: idealmente antes de engravidar, se não der, no 1º trimestre iniciar:
a) Negativa: orientar medidas de prevenção.
b) IgM-/IgG+: imune.
c) IgM+/IgG+ e assintomática -> realizar teste de avidez de IgG antes de 12 semanas de gestação para confirmar se é toxo aguda ou não.
- Se suspeita para toxo persistir (IgM continuar positivo, ou realizou teste de avidez de IgG após 12 semanas): inicia espiramicina e continua investigação com PCR no líquido amniótico (a partir de IG-18sem), exame de imagem.
- Se confirmação de infecção fetal: intercalar espiramicina com sulfadiazina+pirimetamina+ácido folínico (só pode começar depois de 14 sem). CONFIRMAR TUDO ISSO.

86
Q

Toxoplasmose - Profilaxia

A

Saneamento, educação sanitária, incineração de fezes de gato, controle de roedores, tampar caixas de areia, não ingerir carne crua ou malcozida, higienização adequada de verduras, SMX-TMP nos imunodeprimidos (para não reativar a toxoplasmose).

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Q

Quadro comparativo de EBV x CMV x TOXO x Rubéola x HIV

A

FOTO.