IAM Flashcards

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1
Q

Síndrome coronariana aguda - Cite

A
  • IAM com supradesnivelamento do ST: oclusão de 100% da artéria.
  • IAM sem SST: oclusão parcial da artéria (“trombo branco”).
  • Angina instável: oclusão parcial da artéria, mas sem a elevação das marcadores de necrose cardíaca.
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2
Q

Classificação do IAM

A
  • Tipo 1: IAM por eventro coronário primário, como erosão de placa e/ou ruptura, fissura ou dissecção.
  • Tipo 2: IAM secundário a isquemia devido a aumento da demanda (taquicardia) ou diminuição da oferta de O2 (anemia).
  • Tipo 3: morte súbita cardíaca
  • Tipo 4a: IAM associado à procedimento percutâneo.
  • Tipo 4b: IAM associado à trombose de stent.
  • Tipo 5: IAM associado à RVM.
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3
Q

Fisiopatologia

A

1- Estreitamento da luz coronariana por aterosclerose ou reestenose pós intervenção coronariana.
2- Angina secundária por aumento de demanda ou redução da oferta de O2.
3- Espasmo de uma artéria epicárdica (angina de Prinzmetal) = é um infarto (altera ECG + enzimas cardíacas), mas no cate NÃO tem lesão coronariana.
4- Constrição de artérias intramurais de pequeno calibre (SD de tako-tsubo ou do coração partido) = infarto sem lesão coronariana também, mais comum em mulheres (estresse).

*Obd: diferenciar 3 e 4 = injeta substância vasoconstritora -> artéria reage se for angina de prinzmetal (pois cate só vê a. epicárdicas = TCE, ACD, ADA, ACX).

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4
Q

Dor torácica - Classificação/Tipo de dor

A
  • Tipo A - Definitivamente anginosa: dor retroesternal ou precordial, precedida por esforço físico, irradia para ombro, mandíbula ou face interna do braço, dura minutos, alivia com repouso ou nitrato em até 10 minutos.
  • Tipo B - Provavelmente anginosa: precisa de exames para exclusão de SCA.
  • Tipo C - Provavelmente não anginosa: precisa de exames para exclusão.
  • Tipo D - Definitivamente não anginosa.
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5
Q

Causas cardíacas de dor torácica

A

SCA, pericardite, miocardite, angina vasoespástica (Prinzmetal), anomalias coronarianas, miocardiopatia hipertrófica.

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6
Q

Causas não cardíacas de dor torácia

A

Dissecção aguda de aorta, TEP, musculoesquelética, pleura (pneumotórax, DP), pneumonia, esofágica (DRGE, espasmo), gástrica psicogênica, costocondrite.

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7
Q

Critério de lesão miocárdica

A

Detecção de um valor elevado de cTn acima do percentil 99 URL.
A lesão é considerada aguda se houver aumento e/ou queda dos valores de cTn.

*URL = limite superior referência.

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8
Q

Critérios para IM tipo 1

A
  • Presença de lesão miocárdica (já citado) + pelo menos um dos seguintes: sintomas de isquemia miocárdica aguda (dor torácica típica) / novas alterações ao ECG indicativo de isquemia (BRE novo, elevação/depressão segmento ST) / desenvolvimento de ondas Q patológicas / evidencia de imagem de nova perda de miocárdio viável ou nova anormalidade do movimento da parede regional (contratilidade segmentar anormal) / identificação de um trombo coronário por angiografia incluindo imagem intracoronária ou por autópsia.
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9
Q

Diagnóstico de IAM

A
  • História clínica + ECG (10min) + Marcadores de necrose miocárdica.
  • Dor torácica aguda: coletar troponina ultra-sensível na admissão > se vier positiva, fazer nova coleta 3h depois
  • > se vier positiva > 20% do valor inicial do teste = IAM +. Se troponina-US na admissão vier negativa -> coletar em 3h -> se vier troponina positiva > 50% do percentil 99 = IAM +. *Após 6h, opcional pedir, e serão os mesmos parâmetros pra dizer que é IAM.
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10
Q

Troponina convencional x ultra-sensível

A
  • Convencional: menos sensível, mais específica.

- Ultra-sensível: mais sensível, menos específica. (Aumenta os falso-positivos)

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11
Q

Estratificação de risco - TIMI risk

A
  • Idade > 65a
  • ≥ 3 fatores de risco (DAC, DM, dislipidemia, tabagismo, obesidade, hist familiar)
  • Lesão coronariana ≥ 50% de obstrução
  • Uso de AAS nos últimos 7 dias
  • ≥ 2 crises de angina nas últimas 24h
  • Desvio de ST ≥ 0,5 mm (infradesnivelamento)
  • 1 marcador de necrose alterado.
  • Cada item = 1 ponto, classifica-se em:
  • Baixo risco = 0-2 pontos.
  • Intermediário = 3-4 pontos.
  • Alto risco = 5-7 pontos.

*Avalia risco de complicações em 2 semanas (óbito, IAM, novo infarto e RVM de urgência).

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12
Q

HEART Score

A
  • History: alt suspeito 2 / mod susp 1 / levemente susp 0.
  • ECG: alteração significativa segmento ST 2 / distúrbios da repolarização inespecíficos 1 / normal 0.
  • Age: ≥ 65y = 2 / > 45 e < 65y = 1 / ≤ 45y = 0.
  • Risk factors: ≥ 3 FR = 2 / 1 ou 2 FR = 1 / 0 FR = 0.
  • Troponin: ≥ 3x valor normal = 2 / 1-3x valor normal = 1 / ≤ valor normal = 0.
  • 0-3 pontos = baixo risco,
  • 4-6 pontos = moderado risco.
  • 7-10 pontos = alto risco.
  • ≥ 4 = hospitalização e investigação.
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13
Q

Estratégias conservadora e invasiva (cate) no IAMSSST

A
  • Estratégia invasiva IMEDIATA (<2h): se instabilidade hemodinâmica, choque cardiogênico, angina refratária ou IM agudo.
  • Estratégia invasiva precoce (< 24h): se escore de alto risco (GRACE > 140), elevação de marcadores de necrose miocárdica, alterações dinâmicas ST.
  • Estratégia invasiva (primeiras 72h): escore TIMI > 2, GRACE 109-140, presença de DM ou IR (ClCr < 60 ml/min), disfunção VE (FE < 40%), ICP ou RM prévias.
  • Estratégia conservadora: dúvida diagnóstica, escores de risco baixos (TIMI 0-2, GRACE < 109), preferência do paciente.
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14
Q

Estratégia conservadora - Exames

A

Teste ergométriico, cintilografia do miocárdio com estresse farmacológico ou exercício, ecocardiograma com dobutamina.

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15
Q

Tratamento IAM (sem e com supra)

A

1- Oxigênio (2-4 L/min) se SatO2 < 90%

2- Nitrato (principal anti-anginoso. CI: sildenafil, taladonafil ou similares nas ultimas 24-48h pelo risco de vasodilatação e choque. CI também infarto de VD)

  • Mono ou dinitrato de isossorbida (isordil) 5mg, SL, pode repetir de 5-5min por até 3x.
  • Nitroglicerina EV, BIC (se refratariedade).

3- Morfina 2-4mg, repetidos a cada 5-15min (somente se dor refratário nitrato)

4- Betabloqueador VO (CI em bloqueios de alto grau, choque, bradicardia): Metoprolol 25-50mg, 12/12h / Betabloqueador IV (cuidado! Ação é rápida, indicado para paciente muito taquicárdicos): Metoprolol 5mg, IV de 5-5min, por até 3 doses, seguindo-se com VO.

5- Dupla antiagregação plaquetária:
- Clopidogrel** 300 mg + AAS - ataque 200-300mg OU
Ticagrelor - ataque 180mg + AAS - ataque 200-300mg OU
Prasugrel - ataque 60mg + AAS - ataque 200-300mg, seguidos por 10mg/dia. Administrar após anatomia coronária conhecida, tratados com ICP e sem fatores de risco para sangramento (idade ≥ 75 anos, peso < 60kg, AVE/AIT prévios -> não prescrever Prasugrel nesses casos!!)

6- HNF ou HBPM por 2 a 5d (enoxaparina preferencialmente à HNF, exceto se previsão de CRVM nas próximas 24h, onde é melhor HNF, cujo efeito anticoagulante pode ser revertido com protamina).

a) HNF - ataque 60-70 bolus UI/kg IV, máximo de 5.000 UI. Manutenção: 12-15 UI/kg/h BIC, máximo de 1.000 UI/h.
b) Enoxaparina (HBPM): 1 mg/kg, 2x/d, SC. Exceto se: ClCr < 30 (SÓ 1x/d); ≥ 75 anos (adm 0,75 mg/kg, 2x/d); peso > 100kg (dosar fator anti-Xa).
c) Fondaparinux: atar=que 2,5 mg, 1x/d (não está associado à trombocitopenia induzida por heparina).

7- IECA em pacientes com disfunção de VE, DM ou HAS. (iniciar IECA+estatina em 24-48h?)

8) Benzodiazepínicos.
9) Fibrinólise = se com supra/BRE novo, citado em outra questão.

  • *Clopidogrel = ataque de 600mg p/ quem irá p/ estratégia intervencionista e 300mg p/ quem vai p/ não invasiva ou trombólise. NÃO administrar dose de ataque de clopidogrel se ≥ 75 anos (dar 75mg?).
  • Não realizar Prasugrel em > 75 anos ou < 60kg ou AVEi ou AIT prévios.
  • Não realizar Ticagrelor ou Prasugrel com fibrinolítico.
  • AINEs (exceto AAS) são CI na isquemia miocárdica!
  • Não realizar inibidores da glicoproteína IIb/IIIa de rotina em pcte com dupla antiagregação.
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16
Q

Qual o primeiro local do coração a ter lesão?

A

Subendocárdio -> e dai necrose se estende (leva de 6-12h para completar o processo). Não altera ECG.

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17
Q

Aceleram/retardam necrose miocárdica

A
  • Presença de rede de colaterais (grande quantidade em obstrução crônica -> idoso)
  • Consumo miocárdico de O2 (MVO2) -> importante abaixar FC e PA no paciente com infarto.
  • Reperfusão precoce: o principal. Cerca de 30% há recanalização espontânea pelo sistema fibrinolítico endógeno.
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18
Q

Consequências da Isquemia

A
  • 1º = déficit contrátil segmentar ou acinesia ou discinesia (área isquêmica diminui contração pois não tem energia).
  • Área isquemica VE > 20-25% = Insuficiência de VE / > 40% = risco de choque cardiogênico.
  • Congestão pulmonar: por disfunção diastólica (que é mais precoce e mais comum que a sistólica) e aumento da pressão de enchimento de VE. -> pra relaxar há gasto de energia.
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19
Q

Miocárdio atordoado

A

Após reperfusão miocárdica, o déficit contrátil leva dias para se normalizar. Acredita-se que ocorra por influxo de cálcio muito rápido na reperfusão.

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20
Q

Miocárdio hibernado

A

Áreas de miocárdio viável (contrai adequadamente), mas com função contrátil diminuída devido à isquemia. Função volta ao normal ao retornar o fluxo sanguíneo.

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21
Q

Caráter/Localização/Fatores desencadeantes da dor torácica

A
  • Caráter: típica = em aperto, compressão, peso / atípica = facada, agulhada, pontada, piora ao respirar.
  • Localização: típica = retroesternal, precórdio, epigástrica, irradia p/ ombro E, face e mandíbula / atípica: hemitórax D, irradia p/ ombro D.
  • Fator desencadeante: típica: exercício, excitação, estresse, frio, refeições copiosas / atípica = ao repouso.
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22
Q

Outros sintomas IAM

A

Sudorese, palidez, náusea, vomito, ansiedade, taquipneia/dispneia, taquicardia/palpitações, vertigem, cansaço.

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23
Q

Equivalentes anginosos

A
  • Dispneia, síncope, palpitações, dispepsia, eructações.
    É comum em: idoso, DM, RVM ou cirurgia torácica prévia, IRC.
    *Sintomas de isquemia miocárdica que nao sejam a angina.
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24
Q

Diagnóstico diferencial IAM

A

Pericardite aguda, dor pleurítica, embolia pulmonar, dissecção aguda da aorta, espasmo esofageano, costocondrite.

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25
Q

IAMcST - Definição ECG

A
  • É uma nova elevação de ST no ponto J em 2 derivações contíguas com o ponto de corte:
  • ≥ 1mm em todas as derivações, EXCETO as V2-V3 onde os seguintes pontos de corte se aplicam:
  • ≥ 2 mm em homens ≥ 40 anos;
  • ≥ 2,5 mm em homens < 40 anos, ou
  • ≥ 1,5 mm em mulheres, independentemente da idade.

Aula Larissa: Supradesnivelamento do segmento ST no ponto J > 1,0 mm em 2 derivações contíguas no plano frontal OU > 2,0 mm em derivações precordiais OU BRE novo (segmento QRS fica alargado).

  • 1 quadradinho pequeno = 1mm.
  • Olha a linha de base e conta quantos quadradinhos tem acima dele.
26
Q

Ponta J/Onda Q patológica/Supra ou infra de ST

A
  • Ponto J = final do S e início da onda T.
  • Onda Q patológica = zona de necrose, área sem viabilidade.
  • Supra ou infra de ST: depende se lesão é epi ou endocárdia, e se o vetor tá olhando pra lesão (supra) ou se está oposto à ela (infra).
27
Q

Relação do vetor e área que ele “vê” (tem print)

A

Precordiais:

  • V3R e V4R: representam VD, ficam à direita.
  • V1 e V2: septo interventricular.
  • V3, V4, V5 = ápice do VE.
  • V5 e V6 = região lateral de VE.
  • V7 e V8 = região dorsal ou posterior.

Frontais:

  • D2, D3, aVF: parede inferior.
  • D1, aVL = parede lateral alta.
  • Nunca tem acometimento a nível de AVR.
28
Q

Derivação no ECG | Localização | Artéria

A

Foto

  • V1 a V6; V1 a V6 + DI e aVL = ADA.
  • V4 a V6 ou DI e aVL = diagonal ou marginal.
  • DII, DIII e aVF = CD ou CX.
  • DII, DIII, aVF e V5 e V6 = CD ou CX (proximais).
  • DII, DIII, aVF e V5-V8 = CX proximal.
  • V7 e V8 = CX.
  • V3R e V4R = CD.
29
Q

Próximo passo quando há supra de ST em D2, D3, aVF.

A

Pedi V3R, V4R, V5R, V6R pra ver VD, pois se há acometimento da parede inferior pode ter de VD (ACD).

30
Q

Fases evolutivas do IAMcST

A

A) Primeiros minutos: onda T hiperaguda (confunde com hipercalemia)
B) > 30min = supra do ponto J e do segmento ST.
C)~ 6h = surgimento da onda Q de necrose.
D)~ 24h = inversão de onda T, onda Q cresce, supra começa a diminuir.
E) > 24h e < 7 dias = regressão do supra de ST, onda T negativa e onda Q maior (infarto evoluído = não teve reperfusão).

*Por isso deve-se seriar ECG de 20-20min.

31
Q

DD de supra-ST

A

Pericardite, miocardite, BRE, sobrecarga ventricular E, aneurisma VE, angina de Prinzmetal, hiperpotassemia, SD de Brugada, repolarização precoce/variante normal.

*Por não ter isquemia, neles não tem corrente de lesão, logo, não evolui nos ECG seriados.

32
Q

Conduta inicial no IAMcST

A

Anamnese sugestiva + MOVE + ECG diagnóstico (em até 10 min) e enzimas = estratégia de reperfusão. (Tratamento farmacológico deve ser feito antes e é igual ao sem supra de ST).

33
Q

Atendimento pré-hospitalar (SAMU) no IAMcST

A

Se tempo porta-balão > 120 min = administrar fibrinolítico:
1- Tenecteplase (TNK-PA) - bolus em dose única:
*< 60kg: 30mg.
*60-70kg: 35mg.
*70-80kg: 40mg.
*80-90kg: 45mg.
*> 90kg: 50mg.
+ terapia antitrombótica:
2- HNF ajustada ao peso por 48h ou HBPM até 8 dias.

34
Q

Tratamento intra-hospitalar - IAMcST (ou BRE novo)

A

1- MOVE
2- AAS (200-300mg) + Clopidogrel 300mg (600mg só for pra ATC)
3- Nitrato SL, salvo contra-indicações.
4- Morfina, se dor REFRATÁRIA ao nitrato.
5- HNF ou HBPM - ajustada ao peso (por 48h ou até 8d, respectivamente).
6- Estratégia de reperfusão:
Angioplastia primária é o padrão-ouro! Mas, se tempo porta-balão é > 90 min (ou > 120 min se precisar de transferência), sem CI ao fibrinolítico = administrar fibrinolítico em até 30min:
a) Alteplase (rt-PA):
- 15 mg, IV, bolus;
- 0,75 mg/kg por 30min (máx 50mg);
- 0,50 mg/kg por 60min (máx 35mg).
b) Estreptoquinase (SK): 1,5 milhões UI em 100ml SF0,9%, correr em 30-60min. (Ñ usado mt mais).

  • NÃO administrar dose de ataque de clopidogrel se ≥ 75 anos.
  • Não realizar Ticagrelor ou Prasugrel com fibrinolítico.
  • AINEs (exceto AAS) são CI na isquemia miocárdica!
  • Não realizar inibidores da glicoproteína IIb/IIIa de rotina em pcte com dupla antiagregação.
35
Q

Contraindicações absolutas ao uso de trombolíticos

A

Qualquer sangramento intracraniano, AVCi nos últimos 3 meses, neoplasia no SNC, trauma na cabeça nos últimos 3m, sangramento ativo, malformação arteriovenosa, dissecção aguda de aorta, discrasia sanguínea.
*Hemorragia cerebrovascular a QUALQUER MOMENTO contraindica trombólise = dica.

36
Q

Contraindicações relativas ao uso de trombolíticos

A
  • AVCi há > 3m, gravidez, uso de marevan (qnt > RNI, > é o risco de sangrar), RCP prolongada, cirurgia de grande porte há < 3 semanas, úlcera péptica ativa, HAS não controlada, exposição prévia à estreptoquinase (mais de 5 dias) ou reação alérgica prévia.
37
Q

Tempo porta-balão

A

90 minutos ou 120 minutos se for transferir para outro serviço com hemodinâmica.

38
Q

Tempo porta-agulha

A

30 minutos para administrar fibrinolítico.

39
Q

Duração da dor do IAM p/ definir uso de fibrinolítico ou ATC

A
  • Dor há > 20 minutos até 12h = benefício em usar fibrinolítico e angioplastia.
  • Dor de > 12h até 24h = não há benefício em realizar fibrinolítico. Otimizar terapêutica e se não melhorar = angioplastia.
  • ICP primária está indicada em paciente com choque cardiogênico independente do tempo de apresentação.
40
Q

Estratégias de reperfusão

A
  • ICP primária.
  • Fibrinolíticos.
  • Estratégia fármaco-invasiva: fibrinólise seguida de ICP, naqueles que não conseguirão fazer ICP primária em até 120min, sendo que deverá ser feito em 6-24h do início dos sintomas.
  • ICP de resgate: recomendada após fibrinólise sem sucesso (crit de reperfusão).

*Paciente com PCR revertida = encaminhar à hemodinâmica independente do tempo de infarto.

41
Q

Critérios de reperfusão miocárdica

A
  • Redução de > 50% na altura do supra de ST na derivação onde o supra era maior.
  • Surgimento de arritmias de reperfusão (RIVA - ritmo idioventricular acelerado = ritmo ventricular com QRS alargado e FC 60/100 bpm).
  • Desaparecimento súbito da dor.
42
Q

Remodelamento cardíaco

A
  • Ocorre após 3-10 dias do evento.
  • As fibras necróticas deslizam-se entre si, e VE dilata (região sadia puxa área necrosada ao fazer mais força, pois há ↑RVP) -> o que pode gerar aneurismas ventriculares e ruptura. Ademais, áreas não dilatadas sadias sofrem hipertrofia para manter FEVE.
  • Determinantes: pós-carga, patência da cornária do IAM e efeito metabólico tóxico dos mediadores humorais (angiotensina II e aldosterona = favorecem fibrose).
43
Q

Angina estável - Definição

A
  • Também chamada de insuficiência coronariana crônica (ICO).
  • SD clínica em que há dor em tórax/epigástrio/mandíbula/ombro/dorso/MMSS em aperto desencadeada por atividade física ou estresse emocional e atenuada com repouso e uso de nitrato.
44
Q

DAC - Definição

A
  • Situação clínica em que há placa de colesterol nas a. coronárias. Significativa = estenose ≥ 70% em ao menos 1 segmento de 1 das artérias epicárdicas maiores, ou ≥ 50% no tronco coronário E -> gerando sintomas.
  • Quando há sintomas ao esforço = ICO.
45
Q

Anatomia coronária

A

Aorta → saem ACD e TCE (que se divide em ADA e circunflexa) = vasos epicárdicos.

46
Q

Angina primária/secundária

A
Primária = desencadeada por redução da oferta de O2.
Secundária = desencadeada por aumento de consumo de O2.
47
Q

Formas de apresentação da angina

A
  • Angina estável

- Angina instável / IAMSST / IAMcST –> Síndromes isquêmicas miocárdicas instáveis (SIMI ou SCA).

48
Q

Classificação de CASS - Angina

A
  • Tipo A: dor definitivamente anginosa.
  • Tipo B: dor provavelmente anginosa (angina atípica)
  • Tipo C: dor provavelmente não anginosa (angina atípica)
  • Tipo D: dor definitivamente não anginosa.
49
Q

Classificação de Diamong/Forrester

A

< 10%: baixa probabilidade pré-teste de ser coronariopatia.
> 90%: alta probabilidade pré-teste de ser coronariopatia.
Entre 10-90%: probabilidade pré-teste intermediária -> é para esses pacientes que há INDICAÇÃO de pedir TESTE ERGOMÉTRICO. para investigar dor anginosa coronariana.

50
Q

Classificação clínica da Angina Estável - CCS

A
  • CCS I: não há limitação às atividades habituais.
  • CCS II: limitação moderada.
  • CCS III: limitação importante.
  • CCS IV: angina ocorre em qualquer atividade ou repouso.
51
Q

Investigação laboratorial p/ AE

A

Lipidograma, glicemia de jejum, hemograma, creatinina, marcadores de necrose miocárdica, função tireoidiana.

52
Q

Exames para AE

A

ECG, RX de tórax, ECO, provas isquêmicas.

53
Q

Teste ergométrico AE

A
  • Indicado se probabilidade intermediária de DAC.
  • Método não invasivo mais usado (diagnóstico e estratificação de risco).
    1- Resposta funcional: tolerância ao esforço ou capacidade funcional -> dor torácica é o principal, cansaço/dispneia/vertigem/palidez/sudorese, etc.
    2- Resposta hemodinâmica: FC máx = 220 - idade. FC submáx = 85% da FC máx. -> chegar na FC máx = estressei o coração, se não chegar nisso tem que ir até FC submáx, se não chegar nisso = teste ineficaz. / PA: limite máximo = aumento da PAS = 220 mmHg ou 15 mmHg/1 MET, se passar disso pare o exame.
    3- Resposta eletrocardiográfica: teste positivo quando ocorre depressão horizontal ou descendente do segmento ST > 1mm, 60 a 80 ms após final do QRS (ponto J).
    *CI: IAM recente (< 2d), pericardite/endocardite/miocardite aguda, dissecação aguda de aorta, TEP, doença vascular perifériaca grave.
54
Q

Eco com estre

A

Induz isquemia miocárdica por esforço físico, dobuta, vasodilatadores (dipiridamol e adenosina) ou marca-passo transesofágico.

55
Q

Cineangiocoronariografia

A

Padrão-ouro para diagnóstico de CATE, mas os não-invasivos são preferidos devido risco de complicações.
- Indicações: angina estável CCS III/IV a despeito do tto clínico; resultados em testes não invasivos de alto risco (ex: síncope em TE); angina + sintomas/sinais de IC ou < FEVE; sobreviventes de PCR ou arritmias ventriculares complexas.

56
Q

Tratamento medicamentoso AE

A
  • AAS (se CI -> usar clopidogrel)
  • BB (FC em torno de 60 bpm).
  • BCC: se houver CI ao BB. Ex: asma, Prinzmetal. (Diltiazem 30-90 mg, VO, 8/8h ou Verapamil 40-120 mg, VO, 8/8h).
  • Estatina. LDL alvo < 50 mg/dl. Atorvastatina/Rosuvastatina/Sinvastatina+Ezetimibe.
  • Nitrato (Isordil 5mg, SL, a cada 5-10min até dose máx de 15mg ou alívio da dor).
  • IECA/BRA: pcte com DAC de alto risco (DM ou disf VE).
  • Outras: Trimetazidina (Vastarel); Ivabradina (Procoralan).
  • Vacinação: anual para Influenza.
57
Q

Tratamento medicamentoso AE

A
  • AAS (se CI -> usar clopidogrel)
  • BB (FC em torno de 60 bpm). Ex.: metoprolo 50mg, 12/12h.
  • BCC: se houver CI ao BB. Ex: asma, Prinzmetal. (Diltiazem 30-90 mg, VO, 8/8h ou Verapamil 40-120 mg, VO, 8/8h).
  • Estatina. LDL alvo < 50 mg/dl. Atorvastatina/Rosuvastatina/Sinvastatina+Ezetimibe.
  • Nitrato (Isordil 5mg, SL, a cada 5-10min até dose máx de 15mg ou alívio da dor).
  • IECA/BRA: pcte com DAC de alto risco (DM ou disf VE).
  • Outras: Trimetazidina (Vastarel); Ivabradina (Procoralan).
  • Vacinação: anual para Influenza.
58
Q

Tratamento percutâneo - ATC

A

Indicado em: angina limitante ou arritmia ventricular a despeito do tto clínico em paciente uni ou multiarteriais com anatomia favorável / Lesão de TCE em pcte não elegível a RVM.

  • Stent convencional
  • Stent farmacológico: DM/reestenose em stent convencional.
59
Q

Lesões de alto risco p/ ATC (não realizar)

A
  • Lesão > 20mm
  • Calcificação maciça
  • Tortuosidade excessiva do segmento proximal
  • Segmento-alvo com angulação externa (> 90º)
  • Oclusão crônica em ponta romba
  • Impossibilidade de proteção de ramo lateral significativo (≥ 2,5 mm) e estenótico (> 50%)
  • Enxertos venosos degenerados.
60
Q

Classificação de Angina Instável - Braunwald

A

Foto.