Puerpério Flashcards

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1
Q

O que é o puerpério e qual sua duração?

A

É o pós-parto. Inicia com a dequitação da placenta e vai até o retorno às condições antes da gestação, durando em média 6 a 8 semanas.

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2
Q

Quais são as fases do puerpério e a duração de cada uma?

A
  • Imediato: 1ª a 2ª hora pós-parto.
  • Mediato: 2ª hora até o 10º dia.
  • Tardio: 11º dia ao 42º ou 45º dia.
  • Remoto: após o 42º ou 45º dia até a completa recuperação das alterações da gestação e a volta dos ciclos menstruais ovulatórios normais (nutrizes pode durar até o 5º mês).
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3
Q

Alterações involutivas e fisiológicas:

- Altura uterina, peso e características do útero no pós-parto?

A
  • Mantém altura de 15 a 20 cm pós-parto (fundo uterino é palpado na altura da cicatriz umbilical) e pesa cerca de 1.000g. É endurecido e indolor (“globo de segurança” ou ligaduras vivas de Pinard).
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4
Q

Alterações involutivas e fisiológicas do útero:

- Processos que ocorrem a nível vascular/celular?

A
  • Miotamponamento: para controle hemostático do sangramento uterino.
  • Diminuição do citoplasma celular: pois as células do útero aumentam de tamanho durante a gestação (útero aumenta 500-1.000x).
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5
Q

Alterações involutivas e fisiológicas do útero:

  • Involui quantos cm/dia?
  • Quando retorna à sua posição inicial?
A
  • Involução média de 1 cm/dia (o importante é o útero estar sempre em processo de involução e contraído) até o 3º dia e 0,5 cm/dia até o 12º dia.
  • 4 a 6 semanas após o parto tem o retorno à posição inicial.

*No parto: fica na altura da cicatriz umbilical. Dia 9-12: está aproximadamente na sínfise púbica.

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6
Q

O que é o reflexo útero-mamário?

A

Enquanto amamenta, o útero é estimulado pela ocitocina (o que gera cólicas pela contração).

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7
Q

Alterações involutivas e fisiológicas do colo uterino:

- Fica dilatado qnts cm e por quanto tempo pós-parto?

A

Coincide orifício interno e externo (devido ao esvaecimento do colo uterino durante o trabalho de parto).

  • Fica 1 a 2 cm dilatado até 3 a 5 dias após o parto.
  • Em 1 semana o colo fecha.
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8
Q

Alterações involutivas e fisiológicas do colo uterino:

  • Colo puntiforme: é visto em quem?
  • Colo em fenda: é visto em quem?
A
  • Colo puntiforme: nulíparas e cesárea.

- Colo em fenda: parto vaginal.

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9
Q

Alterações involutivas e fisiológicas do colo uterino: devemos aguardar quanto tempo para coleta de CCO?

A

2 meses.

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10
Q

Alterações involutivas e fisiológicas do endométrio: o que ocorre?

A

Com a dequitação placentária há também a retirada da camada esponjosa da decídua, restando a camada superficial e basal.

  • A camada superficial necrosa, sendo eliminada na forma de loquiação.
  • A camada basal se regenera em endométrio por volta da 3ª semana.
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11
Q

Alterações involutivas e fisiológicas da vagina e introito vaginal: o que ocorre?

A

Equimoses pós-parto, vagina e vulva ficam entreabertas, ânus herniado e períneo hipotônico. Na vulva ficam retalhos da membrana himenal (carúnculas himenais).

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12
Q

Alterações involutivas e fisiológicas da vagina e introito vaginal: como fica a vagina e quanto tempo leva a cicatrização vaginal leva? E o repregueamento e redução do diâmetro?

A
  • Vagina fica atrófica, pálida, porque tem carência de estrogênio, e mantém-se assim durante amamentação no puerpério tardio, enquanto que aquelas não lactantes recupera mais rapidamente pro estado pré-gravídico.
  • Cicatrização da vagina é rápida, em menos de 1 semana.
  • Repregueamento e redução do diâmetro ocorre nas 1ªs semanas.
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13
Q

Alterações involutivas e fisiológicas da ovulação: quando volta a ovulação em:

  • Puérperas não amamentando?
  • Amamentando exclusivamente?
A
  • Não amamentando: em 6 a 8 semanas (45d). Geralmente ovulação ocorre antes da menstruação.
  • Amamentando exclusivamente: fica em anovulação por até 8-12 meses (se amamentar integralmente), mas existe o risco (mesmo que baixo) de gravidez, logo, iniciaremos anticoncepção.
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14
Q

Alterações involutivas e fisiológicas das mamas: o que ocorre?

A
  • Glândulas exócrinas modificadas: garantem nutrição e proteção.
  • Na gestação ocorre a mamogênese: proliferação dos ductos e glândulas.
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15
Q

Alterações involutivas e fisiológicas das mamas: qual o 1º leite? E qnd ocorre a apojadura?

A
  • Colostro: 1º leite, rico em proteínas.

- Apojadura ocorre por volta do 3º dia de puerpério, quando leite vai amadurecendo (lipídios).

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16
Q

A lactogênese é influenciada pelo o que?

A

Durante a gestação (fase lactogênese I), estrogênio, progesterona e outros hormônios estimulam lóbulos e ductos das mamas, mas progesterona e HLP inibem a secreção láctea, que já inicia a produção mediada pela prolactina. O tempo da apojadura coincide com a queda dos hormônios da gestação (estrogênio, progesterona e HLP), por volta do 3º dia. Quando a cai a progesterona (que inibe a ação da prolactina) e com o estímulo da ocitocina e prolactina (mulher amamentando pelo menos 12h) há a lactopoiese (produção de leite). A partir do 9º dia entrará na fase da galactopoiese (amamentação plena).

*Lembrar que dopamina diminui produção de leite.

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17
Q

Mamada na 1ª meia-hora após o nascimento traz benefícios. O que devemos orientar no pós-parto sobre amamentação a mãe?

A

Sobre os reflexos do bebê (procura, sucção, deglutição), orientar sobre as posições, a importância da livre demanda e do esvaziamento das mamas, higiene das mamas antes e após mamadas, sustentação adequada das mamas, s/n: ocitocina nasal (2 gts/narina) ou 1UI IM (1h antes).

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18
Q

Quais são os cuidados com as mamas no pré-natal?

A
  • Iniciar na 2ª metade da gravidez.
  • Não usar pomadas, cremes, óleos, sabão ou álcool na região areolomamilar.
  • Banhos de sol até as 10h da manhã ou após as 16h.
  • Deixar região mamilar exposta ao ar o maior tempo possível.
  • Fazer exercícios de protração do mamilo 2-3 x/dia.
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19
Q

Mastite puerperal ou da lactação: o que é?

A

É um processo infeccioso agudo das glândulas mamarias que acomete 2-10% das mulheres em fase de lactação.

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20
Q

Mastite puerperal ou da lactação: etiologia mais comum?

A

Staphylococcus aureus 50-60% dos casos (MRSA tem aumento incidência).

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21
Q

Mastite puerperal ou da lactação: fatores predisponentes?

A

Ingurgitamento mamário, fissuras nos mamilos, obstrução ductal, técnica incorreta de amamentação, higiene local inadequada..

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22
Q

Mastite puerperal ou da lactação: achados clínicos?

A

Calor, rubor, endurecimento e dor local. Sistêmicos: febre, mal-estar, astenia, calafrios, prostração, podendo chegar a abscessos (região endurecida, dolorosa e com ponto de flutuação) e sepse.

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23
Q

Mastite puerperal ou da lactação: qnd solicitar USG?

A

Se temos dúvida pela palpação se é abscesso.

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24
Q

Mastite puerperal ou da lactação: tratamento?

A
  • Massagem é o melhor tratamento (fluidifica o leite e estimula a síntese de ocitocina). Seguida de ordenha, aumento da ingestão de líquidos e repouso.
  • Analgésicos, antitérmicos, compressas frias (causa vasoconstrição, melhorando).
  • ATB podem ser necessários: penicilinas resistentes à penicilinase ou cefalosporinas.
  • É indicada a manutenção da amamentação!!!
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25
Q

Mastite puerperal ou da lactação: qual ATB usar em:

  • Casos leves?
  • Casos graves?
A
  • Casos leves: cefalexina 500 mg VO 6/6h (7-10 dias).
  • Casos graves: oxacilina 500* mg EV 6/6h ou até 1g EV de 4/4h (associa oxa à cefoxitina 1g EV 8/8h se achar que tem anaeróbio). *4 frascos = 2g de 6/6h (HG).

*São seguras durante lactação.

Obs.: isso estava na aula do básico.

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26
Q

Mastite puerperal ou da lactação: qnd está indicada a drenagem cirúrgica?

A

Abscesso, s/n.

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27
Q

Mastite puerperal ou da lactação: pq iremos manter a amamentação? Não risco de contaminação?

A
  • LM é rico em anticorpos e fatores antibacterianos, e as toxinas das bactérias, quando ingeridas, são destruídas no tubo digestivo.
  • Desmame abrupto favorece aumento da estase láctea com possível formação de abscesso.
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28
Q

Alterações involutivas e fisiológicas endócrinas - o que ocorre com:

  • HCG.
  • HLP.
  • Progesterona.
  • Estrogênio.
  • Prolactina.
  • Ocitocina.
  • FSH e LH?
A
  • Queda do HCG, HLP (lactogênio placentário), progesterona e estrogênio.
  • Aumento de prolactina (PRL) e ocitocina.
  • Manutenção de FSH e LH baixo, em virtude da PRL alta.
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29
Q

Alterações involutivas e fisiológicas endócrinas - qual a ação de:

  • Prolactina?
  • Ocitocina?
A
  • Prolactina: estimula produção de leite.

- Ocitocina: estimula ejeção de leite.

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30
Q

Porque a ovulação não ocorre durante o período da amamentação?

A

Em virtude da PRL alta, que suprime atividade ovariana (mantém FSH e LH baixo).

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31
Q

Alterações involutivas e fisiológicas hemodinâmicas: o que ocorre com o DC e pq?Qnd se normaliza?

A
  • DC aumenta, devido à diminuição da compressão da veia cava e da dequitação (sangue que estava preso no compartimento placentário volta para circulação – cera de 300 ml).
  • DC se normaliza 6 semanas após o parto.
32
Q

Alterações involutivas e fisiológicas hemodinâmicas: o que ocorre com a RVP?

A

RVP aumenta novamente (durante a gestação a placenta faz um shunt arteriovenoso, que gera queda da RVP, logo, após dequitação há aumento da RVP).

33
Q

Alterações involutivas e fisiológicas hemodinâmicas: o que ocorre com a pressão venosa dos MMII? O que isso acarreta?

A

Reduz, facilitando retorno venoso em 1-2 semanas (devido a descompressão da veia cava, melhorando varizes, edema, hemorroidas).

34
Q

Alterações involutivas e fisiológicas hemodinâmicas: como pode estar a FC, FR e PA?

A

Pode ter bradicardia, FR abaixo do normal, pressão arterial (previamente baixa) se normaliza nos 5 primeiros dias.

35
Q

Alterações involutivas e fisiológicas hematológicas: o que ocorre com a série vermelha?

A

Hb e Ht diminuem no pós-parto e voltam ao normal em 6 semanas.

36
Q

Alterações involutivas e fisiológicas hematológicas: o que ocorre com a série branca?

A

Pode ocorrer leucocitose sem desvio até 25.000 no pós-parto, que pode durar cerca de 1 semana.

37
Q

Alterações involutivas e fisiológicas hematológicas: o que ocorre com o sistema de coagulação?

A

Mulheres são pró-coagulantes e no puerpério isso se intensifica = tem maior risco de trombose no puerpério do que na gestação

38
Q

Alterações involutivas e fisiológicas no trato urinário: o que ocorre com a bexiga e ureteres?

A

Bexiga fica distendida e ureteres dilatados por 2 a 8 semanas até 3 meses pós-parto (benigno).

39
Q

Alterações involutivas e fisiológicas no trato urinário: como está a diurese?

A
  • Diurese escassa no 1º dia, pois a puérpera desidratada durante parto.
  • Excreção urinária abundante do 2º ao 6º dia, pois todo o processo de embebição gravídica (edema, retenção de líquido) será reabsorvido, aumentando a excreção urinária.
  • Filtração glomerular se normaliza nos 1ºs dias.
40
Q

Alterações involutivas e fisiológicas no trato urinário: é comum retenção urinária? Quais os riscos disso?

A

Retenção urinária (principalmente se receber opioides, traumas) no pós-parto imediato é frequente = risco de infecção e febre.

41
Q

Alterações involutivas e fisiológicas no trato digestivo?

A

Hábito intestinal fisiológico retorna em 3 a 4 dias, principalmente com a deambulação.

42
Q

Alterações involutivas e fisiológicas da pele e anexos: qual alterações podemos ter?

A
  • Hiperpigmentação da pele desaparece (linha nigra, cloasma gravídico, sinal de Hunter – aréola secundária) em até 6m a 1 ano (algumas mulheres mantêm).
  • Estrias vermelhas tendem a ficar brancas.
  • Queda de cabelo (eflúvio puerperal) é observado entre 1 e 5 meses pós-parto, é auto-limitado, com restauração dos padrões normais em 6 a 15 meses.
  • Sudorese também são comuns no pós-parto.

*Durante a gravidez os hormônios influenciam deixando o cabelo na fase alógena, em crescimento, sedoso. Após o parto ela volta a ciclar e tem o eflúvio telógeno.

43
Q

Manifestações clínicas do puerpério: qual a dor mais comum? O que investigar em caso de dor forte refratária a tratamento?

A
  • A mais comum é a dor do reflexo útero-mamário (cólica uterina pela amamentação).
  • Atenção a dor forte: investigar presença de edema, hematomas, infecções.
44
Q

Manifestações clínicas do puerpério: cite os tipos de lóquia.

A
  • Lóquia rubra.
  • Lóquia fusca.
  • Lóquia serosa ou flava.
  • Lóquia alba.
45
Q

Manifestações clínicas do puerpério: lóquia rubra - qual a cor? presente em qual período de dias? é composta de que?

A
  • Dura 3 a 4 dias. *Se durar mais de 2 semanas = pensar em restos ovulares.
  • Vermelha.
  • Compostos de sangue, retalhos de decídua, muco e células epiteliais. Têm ação defensiva (poder bactericida do sangue fresco).
46
Q

Manifestações clínicas do puerpério: lóquia fusca - qual a cor? presente em qual período de dias? é composta de que?

A
  • Do 4º ao 10º dia.

- Mais escura, devido a presença de Hb decomposta. Diminui hemácias e crescem os leucócitos.

47
Q

Manifestações clínicas do puerpério: lóquia serosa ou flava - qual a cor? presente em qual período de dias?

A
  • 10º dia em diante, até tornar-se branco ou seroso (alba).

- Cor amarela (“purulentos”, mas não é infecção).

48
Q

Manifestações clínicas do puerpério: lóquia alba - qual a cor? presente em qual período de dias?

A

Ocorre a partir do 10º dia até 5ª semana, é branca ou serosa.

49
Q

Manifestações clínicas do puerpério: quais as 2 principais HD diante a lóquia com odor fétido?

A

1) Vaginose bacteriana: com o pH alcalino do sangue pode estimular o crescimento da flora bacteriana, principalmente gardnerella.
2) Infecção puerperal: se for purulento, associado a febre e queda do estado geral (possivelmente endometrite).

50
Q

“Loquiação é a menstruação puerperal.” Verdadeiro ou falso?

A

FALSO! Não é menstruação.

51
Q

Como é a perda de peso no pós-parto?

A

Perdem 5 a 8 kg logo após o parto, e em 6 meses retornam ao peso que tinham antes da gestação.

52
Q

Como devemos medir a temperatura corporal da puérpera e porque?

A

Tem que medir VIA ORAL!
- Temperatura de puérpera não se mede em axila, pois tem glândulas mamárias produzindo leite e a temperatura será mais elevada.

53
Q

O que é a “febre do leite”?

A

Em 48h, com a apojadura, pode ter a “febre do leite”, por causa da lactogênese.

54
Q

Disforia pós-parto (síndrome Blue) é comum? Características clínicas?

A
  • É comum, acontece em até 60% das puérperas.

- Caracterizada por tristeza, choro fácil, adinamia, ansiedade, mas elas amam o bebê, querem amamentar.

55
Q

Disforia pós-parto (síndrome Blue): dura quantos dias?

A

Dura de 3 a 14 dias. Se persistência ou agravamento, devemos encaminhar para o psiquiatra, pois pode ser depressão pós-parto.

56
Q

Disforia pós-parto (síndrome Blue): Cite diagnósticos diferenciais e o tratamento.

A
  • Diagnósticos diferenciais: depressão puerperal (10-15%) e psicose puerperal (0,14-0,26%).
  • Não há tratamento específico.

*Obs.: o lítio é excretado no leite materno e não deve ser usado, na depressão trataremos com antidepressivos tricíclicos de 2ª geração (amitriptilina) ou ISRS (fluoxetina).

57
Q

Assistência pós-natal: o que devemos avaliar no puerpério imediato e mediato?

A
  • Sinais vitais.
  • Perdas vaginais e palpação uterina.
  • Bexiga: se atentar a bexigoma (retenção urinária).
  • Deambulação precoce (após 6h do parto): para prevenir trombose e estímulo da micção e evacuação (laxantes podem ser prescritos a partir do 3º dia).
58
Q

Assistência pós-natal: quais orientações daremos as puérperas quanto a:

  • Cuidado com as feridas?
  • Cuidados com as mamas?
  • Profilaxia anti-D?
A
  • Higiene.
  • Cuidados com feridas: lavar episio e afins com água e sabão (sempre que for ao banheiro, além do banho) e retirar o curativo da cesariana 1 dia ou no máximo 2 dias após.
  • Cuidados com as mamas: esvaziar mama após cada mamada, aliviando o ingurgitamento (ingurgitação e congestões mamarias podem ser precursoras de mastites), orientar pega.
  • Profilaxia anti-D (em até 72h (máximo de 21d) nas mães Rh negativo com RN Rh positivo).
59
Q

Alta hospitalar deve ser dada em quanto tempo se:

  • Parto normal de baixo risco?
  • Parto cesárea?
  • Parto em gestante com DM/PE?
A

Em 24h se parto normal e de baixo risco; em 48-72h se parto cesárea, DM, pré-eclâmpsia.

60
Q

Quando deverá ser a consulta de retorno da puérpera?

A

Consultas no 7º e 30º dia pós-parto.

*Retirada de pontos em 7-14 dias.

61
Q

O que orientaremos quanto à:

  • Dieta?
  • Intervalo interpartal adequado?
  • Exercícios físicos?
  • Automedicação?
A
  • Orientar dieta: não tem restrições, mas deve evitar álcool enquanto amamenta e se alimentar de forma balanceada.
  • Intervalo interpartal: orientar que o ideal é ser de no mínimo 2 anos.
  • Exercícios físicos: liberado a partir de 30 dias pós-parto (leve, e em 60 dias por completo).
  • Automedicação: não recomendado, há drogas que podem passar na amamentação (foto no resumo das CI).
62
Q

Quando a mulher pode retornar atividade sexual? O que ocorre com a libido?

A
  • Orientar que há diminuição da libido logo após o parto, devido ao aumento da prolactina.
  • Após 40 dias: liberada a atividade sexual.
63
Q

Qual método de anticoncepção NÃO é indicado para puerperas e pq?

A

Método não estrogênico até o 6º mês (não pode ser pílula combinada, anel vaginal, adesivos, injetáveis), pois o estrogênio altera a qualidade e sabor do leite, além de favorecer ainda mais a ocorrência de fenômenos tromboembólicos.

64
Q

Quando podemos liberar uso de anticoncepção com estrogênios para mulheres pós-parto?

A

Mulheres que NÃO amamentam a partir de 21 dias pós-parto (desde que não tem outros fatores de risco para TEV); e a partir de 42 dias pós-parto para todas as que não amamentam.

*Mulheres amamentando só após 6 meses.

65
Q

Qual método de anticoncepção podemos e devemos recomendar às puérperas e pq? Cite-os.

A

Progestagênios isolados (pílula, minipílula, injeção, implante de etonogestrel, DIU de levonorgestrel).
- Pois não aumentam o risco de trombose.

66
Q

Método de anticoncepção na puérpera: qual a pílula mais usada?

A

Desogestrel 75mg é o mais usado, inibem a ovulação em 98 a 99% dos ciclos.

67
Q

Método de anticoncepção na puérpera: quando devemos inserir o DIU? Quem não pode usar?

A
  • Pode ser inserido no pós-parto imediato (10min a 48h) ou 4-6 semanas.
  • Puérperas com sepse puerperal não devem usá-lo.
68
Q

Método de anticoncepção na puérpera: DIU dura quanto tempo?

A
  • DIU de levonorgestrel: 3-5 anos.
  • DIU de cobre: 5-10 anos.

*Não tenho certeza, conferir na aula de MAC.

69
Q

Método de anticoncepção na puérpera: qual o método injetável?

A

Injetáveis trimestrais: acetato de medroxiprogesterona 150 mg.

70
Q

Método de anticoncepção na puérpera: qual é o implante? Dura quanto tempo?

A

Implante de etonorgestrel (Implanon): alta eficácia, dura 3-5 anos, impedem ovulação.

71
Q

Método de anticoncepção na puérpera: minipílulas tem sido usadas?

A

Não se usa de rotina mais, mas é uma opção.
- Não inibem a ovulação, elas aproveitam o período de amamentação e modificam muco cervical de forma que dificulte a gravidez.

72
Q

Método de anticoncepção na puérpera: cite métodos não hormonais.

A
  • Amamentação exclusiva (regularmente).
  • Método de barreira (preservativo).
  • DIU de cobre.
  • Esterilização voluntária (laqueadura tubária).
73
Q

Método de anticoncepção na puérpera: qual o mecanismo da amamentação?

A

Puérpera fica em amenorreia nesses 6 meses de AME. É um método de anticoncepção, mas ainda há risco de engravidar, por isso é importante outro método para todas.

74
Q

Método de anticoncepção na puérpera: esterilização voluntária (LT) é permitida para quem?

A

Homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos ou, pelo menos, com 2 filhos vivos.
*FORA do ciclo gravídico-puerperal, e desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico.

75
Q

Método de anticoncepção na puérpera: quando é vedada a esterilização voluntária (LT)?

A

É vedada durante o período de parto, aborto ou até o 42º dia do pós-parto ou aborto, exceto se por cesáreas sucessivas anteriores ou quando a mulher é portadora de doença de base.

76
Q

Puerpério patológico: cite as complicações.

A

1) Hemorragia pós-parto: é a principal.
2) Infecções puerperais.
3) Alterações das mamas (mastite, ingurgitação mamária).
4) Doenças tromboembólicas.
5) Transtornos psiquiátricos.