Imunizações Flashcards
Defina: imunização ativa. Imunidade é permanente ou transitória?
- É administrada vacina ou toxoide (toxina inativada), conferindo proteção permanente.
- Pode ser tanto por vacinação (imunidade artificial) quanto pela doença (imunidade natural), o que estimula o sistema imune a produzir anticorpos.
Defina: imunização passiva. Imunidade é permanente ou transitória?
Anticorpos prontos.
- Confere proteção imediata, porém transitória.
- Exemplos: soro e imunoglobulinas (imunidade artificial) e anticorpos placentários e pelo colostro/LM (imunidade natural).
Classificação das vacinas - defina e dê exemplos:
- Atenuadas.
- Inativadas
- Atenuadas: germe vivo com sua potência infecciosa reduzida. Ex: SCR, VOP, febre amarela, BCG, rotavírus, varicela.
- Inativadas: agente infeccioso está inativado, não há chance de provocar a doença. Ex: VIP, influenza, DTP, HiB, hepatite B, hepatite A, pneumococo, HPV, meningococo, raiva.
Vacina atenuada pode ser feita em imunodeprimidos? Pq?
Em imunodeprimidos, não podem ser feitas, pois pode causar a doença.
Classificação das vacinas - defina e dê exemplos:
- Conjugadas.
- Recombinantes.
- Combinadas.
- Conjugadas: desenvolve a vacina a partir de polissacarídeos conjugados a proteínas (pega a parede celular de polissacarídeo do agente, por exemplo). Ex.: pneumo decavalente, meningo C.
- Recombinantes: engenharia genética. Ex.: vacina anti-hepatite B.
- Combinadas: combina várias vacinas misturadas em uma seringa só. Ex.: DPT, pentavalente, tríplice viral.
Cite as contraindicações verdadeiras à imunização.
- Reação de hipersensibilidade imediata.
- Encefalopatia verdadeira e encefalites sem causa identificável, nos primeiros 7 dias da vacinação DPT e DTPa, com o componente pertussis.
- Imunossupressão para vacinas de bactérias atenuadas ou vírus atenuados.
- Gravidez.
- Enfermidade aguda, moderada ou grave, acompanhada ou não de febre.
CI às imunizações: o que ocorre na reação de hipersensibilidade imediata?
Anafilaxia ou angioedema, urticaria, choque, broncoespasmo ou edema de glote, imediatamente após a aplicação de 1 dose de vacina ou a constituinte dela (como proteína do ovo, gelatina ou antibiótico).
CI às imunizações: o que ocorre na encefalopatia verdadeira e encefalites sem causa identificável?
Ocorre nos primeiros 7 dias da vacinação DPT e DTPa, com o componente pertussis, coma e convulsões prolongadas contraindicação absoluta posterior a vacina que contenha o componente pertussis.
CI às imunizações: cite as situações de imunossupressão para vacinas de bactérias atenuadas ou vírus atenuados.
- Doenças congênitas imunossupressoras.
- Uso de corticoide por mais de 14 dias e dose ≥ 2 mg/kg/d de prednisona. Aguardar 1 mês após o térmico da corticoterapia para vacinar.
- Uso de QT/RT.
- Crianças com HIV: a única contraindicação absoluta é o uso da BCG quando sintomáticas.
CI às imunizações: pq gestantes não podem tomar vacina atenuada?
Pelo risco teórico de infecção fetal com vacinas com patógenos atenuados.
CI às imunizações: pq não pode tomar vacina em caso de enfermidade aguda, moderada ou grave, acompanhada ou não de febre
Para que seus sintomas não sejam confundidos com efeitos adversos, adiar a vacinação.
Desnutrição energético proteica contraindica vacinação e/ou há aumento de eventos adversos?
Não, há resposta adequada de proteção e não se observa aumento nos efeitos adversos das vacinas (mesmo as de patógenos atenuadas). Deve-se priorizar a vacinação dos desnutridos, mesmo nas formas graves.
Uso de ATB contraindica a vacinação?
ATB profilático ou terapêutico não contraindica nem interfere.
Uso de corticoide contraindica a vacinação?
- Tratamento com corticoide em doses não imunodepressoras = dose baixa ou tratamento com duração menor que 2 semanas e uso de corticoide inalatório ou tópico não contraindicam.
- Uso de corticoide por mais de 14 dias e dose ≥ 2 mg/kg/d de prednisona deve aguardar 1 mês após o término da corticoterapia para vacinar.
Mulheres lactantes podem se vacinar?
Sim. *Vacina de febre amarela em lactante com bebê < 6 meses = tem que suspender amamentação por 10 dias após a vacina.
Crianças com doenças leves com febre baixa do trato respiratório ou digestivo podem se vacinar?
Sim.
Vacina em prematuro e crianças com baixo peso tem alguma mudança?
Administrar em idade cronológica, e em caso de RN com peso < 2kg, aguardar ganho de peso para vacinação de BCG.
BCG: previne o que?
É indicada para prevenção das formas graves (meningite tuberculosa, TB miliar) e disseminadas da doença.
BCG: composição?
É realizada através de cepas atenuadas de Mycobacterium bovis, semelhante ao causador da doença (Mycobacterium tuberculosis).
BCG: via de administração e doses?
Via ID, no braço direito, ao nascimento.
BCG: como é a evolução da lesão vacinal?
Nódulo -> pústula -> crosta -> úlcera = fica no máximo em 10 mm (1 cm) -> crosta e vai cicatrizando em 5 e 12 semanas, deixando uma cicatriz.
BCG: qual a conduta se não desenvolver cicatriz após 6m da vacina?
Não iremos fazer 2ª dose! – Recomendação válida desde 2018, pois antigamente revacinava.
BCG: qual a conduta se linfadenite axilar pós-vacina?
É comum ocorrer após a vacina, conduta expectante, pois irá regredir (a não ser que o gânglio ultrapasse 3 cm).
BCG: é indicada dose de reforço atualmente?
Não.
BCG: efeitos adversos e conduta?
1) Úlcera > 1cm, abscesso frio, linfadenite regional supurada ou > 3cm.
- Tratamento: isoniazida 10 mg/kg/d até a regressão do caso.
2) Abscesso quente: ocorre por infecção bacteriana secundária. Conduta: drenagem e ATB.
BCG: o que sugere lesões disseminadas, febre, emagrecimento, hepatoesplenomegalia, linfadenopatia generalizada após a vacina? Conduta?
- Infecção pelo M. bovis.
- Conduta: realizar esquema REI (rifampicina, etambutol, isonizada).
BCG: contraindicações?
- Imunodeficiência (congênita ou adquirida).
- Grávidas.
- RN com peso < 2.000g.
- Lesões de pele extensa (aguardar resolução do quadro).
Pq não podemos vacinar com BCG RN com < 2kg? Conduta?
Aguardar chegar aos 2kg, pois a técnica ID não dá certo quando tem pouco tecido.
Como é a vacinação BCG em paciente infectado pelo HIV?
Deve ser feito BCG no nascimento. Fazemos no início da vida, ainda não tem imunodepressão. Vacina estará contraindicada se criança for sintomática ou se a criança tiver mais de 5 anos.
Comunicantes de hanseníase x BCG: qual a diferença para esses pacientes?
Pacientes em contato (contactantes) com portadores de hanseníase devem receber dose de reforço (2ª dose) de BCG, pois há uma reação cruzada e proteção contra a hanseníase. A 2ª dose deve ser feita 6 meses após formar a cicatriz.
RN de mãe bacilífera x BCG: conduta?
Mãe deve usar máscara durante amamentação e o RN não recebe a vacina, mas sim, profilaxia primária com isoniazida por 3 meses, quando irá fazer o PPD e caso seja não reator = aplica-se vacina; se for reator = prosseguir isoniazida por mais 3 meses (agora profilaxia secundária), desde que a criança não seja sintomática (se for, ela deve receber o tratamento).
Vacina anti-hepatite B: previne o que?
Prevenir infecção pelo vírus B (que pode ser assintomática, aguda fulminante ou portador crônico -> cirrose, hepatocarcinoma) e a transmissão do vírus . É altamente eficaz.
Vacina anti-hepatite B: composição?
Vacina contém HBsAg recombinante.
Vacina anti-hepatite B: via de administração?
Via IM, no músculo lateral da coxa (crianças < 12 anos) ou deltoide (preferível deltoide no adulto).
*Obs.: NÃO pode ser na região glútea, pois a gordura da região pode atrapalhar a eficácia da vacina.
Vacina anti-hepatite B: esquema de doses?
- Primeiras 12 horas de vida.
- 2, 4 e 6 meses na forma de pentavalente.
- Se atrasar qualquer dose: prosseguir de onde parou.
- Adolescentes de 11 a 19 anos sem comprovação de vacina: iniciar vacinação (3 doses).
Vacina anti-hepatite B: conduta em RN filho de mãe com hepatite B (HBsAg positivo)?
Dar a vacina contra hepatite B nas primeiras 12h de vida + imunoglobulina hiperimune, ambos IM, simultaneamente, mas em locais diferentes.
Pentavalente: composição?
Composta por DPT + Hib + Hepatite B.
Pentavalente: via de administração e esquema?
- Esquema: aos 2, 4 e 6 meses (depois faz reforço com DPT apenas os 15m e 4 anos).
- Via de administração: IM.
Composição da DTP (vacina celular)?
Células inteiras -> toxoides tetânico + toxoide diftérico + suspensão de células de Bordetella pertussis mortas.
Composição da DTPa (tríplice acelular) e dTpa (tríplice bacteriana acelular do adulto)?
Toxoide tetânico + toxoide diftérico + fração pertussis (proteína celular da B. pertussis).
*É mais eficaz que a vacina celular e menos reatogênica.
Composição da DT (DT infantil) e dT (dupla bacteriana do adulto)? Explique a diferença do “D/d”.
- Toxoide tetânico + toxoide diftérico.
- Diferença do “D/d”: crianças < 7 anos tem que receber maior quantidade de antígeno do toxoide diftérico (D), já > 7 anos menos quantidade de antígeno (d) é suficiente.
Composição da tetravalente bacteriana?
DTP (B. pertussis é de bactérias inteiras) + Hib.
O toxoide tetânico da DTP protege por quanto tempo?
Altamente imunogênico, sendo os títulos protetores por 10 anos.
Como é o esquema completo da DTP?
- No 1º ano de vida é administrada na forma pentavalente (2, 4, 6 meses).
- DTP é administrada nas doses de reforço (15 meses e entre 4 e 6 anos).
- Crianças maiores de 7 anos: deve utilizar somente vacina duplo adulto (dT).
- A partir disso faz dT a cada 10 anos.
Pq devemos vacinar gestante com a tríplice bacteriana? Qual vacina usaremos?
- Para controle do tétano neonatal e proteger contra coqueluche.
- Vacinar gestante com dTpa (vacina pertussis acelular) a partir de 20 semanas de gestação, preferencialmente entre 27 e 36 semanas, a cada gestação.
Cite eventos adversos da DTP.
- Reações locais.
- Febre.
- Reações ao componente pertussis:
a) Febre alta, irritabilidade, choro inconsolável (dura até 3h).
b) Convulsões (em até 72h); Síndrome hipotônica-hiporresponsiva (em até 48h).
c) Encefalopatia (em até 1 semana).
Qual a conduta nas seguintes reações adversas de DTP:
a) Febre alta, irritabilidade, choro inconsolável (dura até 3h).
b) Convulsões (em até 72h); Síndrome hipotônica-hiporresponsiva (em até 48h).
c) Encefalopatia (em até 1 semana).
a) Realizar antitérmico (paracetamol, dipirona) 1h antes da vacina quando for tomar próxima dose.
b) Realizar vacina acelular (DTPa) na próxima dose (MS oferece gratuitamente nesses casos).
c) Só pode tomar a dupla, tira componente pertussis.
Conduta em relação à DTP em ferimento de alto risco se:
- Última dose há mais de 5 anos?
- Última dose há menos de 5 anos?
Reforço caso última dose tenha sido há mais de 5 anos.
Profilaxia de acidentes com DTP se:
1) Criança não recebeu nenhuma dose.
2) Recebeu 1 dose.
3) Recebeu 2 doses.
4) Recebeu 3 ou mais doses, a última sendo há menos de 5 anos.
5) Recebeu 3 ou mais doses, mas a última há mais de 5 anos e menos de 10a.
6) Recebeu 3 ou mais doses, mas a última há mais de 10 anos.
1) Se criança não recebeu nenhuma dose: iniciar esquema vacinal (indicar tb SAT/IgGAT se ferida de alto risco de contaminação).
2) Se recebeu 1 dose: dar 1 dose no momento e depois a 3ª dose (indicar tb SAT/IgGAT se ferida de alto risco de contaminação).
3) Se recebeu 2 doses: aplicar 1 dose de reforço (indicar tb SAT/IgGAT se ferida de alto risco de contaminação).
4) Não precisa vacinar, nem dar SAT/IgHAT, está protegido.
5) Dar apenas 1 dose de reforço SE FERIDA COM ALTO RISCO DE CONTAMINAÇÃO (se ferida com baixo risco = ñ fazer nada).
6) Dar uma dose de vacina em todos os tipos de feridas (e acrescentar SAT/IgHAT se ferida de alto risco)..
FOTO: TABELA.
Quando indicar Ig humana antitênica (IgHAT) ou antitoxina heteróloga (soro antitetânico SAT)?
É indicada a Ig humana antitênica (IgHAT) ou antitoxina heteróloga (soro antitetânico SAT) quando há risco de contaminação ou tratar-se de ferimentos maiores e a criança não tiver recebido pelo menos 2 doses da vacina.
Vacina anti-hemófilos B: previne o que?
Redução da doença invasiva, com destaque a meningite e suas sequelas (hemófilos tipo B era o principal causador), epiglotite, pneumonia necrotizante.
Vacina anti-hemófilos B: composição?
Antígeno da cápsula polissacarídica da bactéria conjugado a proteínas.
Vacina anti-hemófilos B: esquema?
- Pentavalente aos 2, 4 e 6 meses.
- Dose de reforço só será realizado se: asplenia, imunodeficiência.
- Crianças > 1 ano e < 5 anos que não tomaram nenhuma dose: realizar 1 dose apenas.
Vacina anti-hemófilos B: protege contra IVAS?
Não, pois IVAS (sinusite, OMA) é causado pelo hemófilos não tipável.
Vacina antipólio: previne o que?
Previne poliomielite, que causa paralisia assimétrica e está erradicada no Brasil (último caso foi em 1989), mas é importante manter a cobertura vacinal, pois quando ela cai os casos ressurgem.
Vacina antipólio: quais são as vacinas? Via de adm e composição de cada uma?
- VIP (Salk): inativada e injetável. Composição: poliovírus 1, 2 e 3.
- VOP (Sabin): atenuada e oral. Composição: poliovírus 1 e 3.
Vacina antipólio: esquema de doses?
- VIP aos 2, 4 e 6 meses. IM ou SC.
- VOP como reforço aos 15 meses e 4 anos, além das campanhas = 2 gotas (0,1 ml), via oral.
Campanha anual “Zé Gotinha”: qual vacina é ofertada? Quem deve ser vacinado? Qual o objetivo?
- VOP.
- É feita para crianças entre 6 meses e 5 anos, todas devem ser vacinadas. Objetivo: proteção coletiva.
Vacina antipólio: qual a conduta caso criança cuspa ou vomite logo após receber a VOP? Há necessida de jejum?
Repetir 1x.
- Não há necessidade de jejum.
Vacina antipólio: quais as vantagens da VOP?
Administração simples, baixo custo, leva a imunidade duradoura, imunidade local (no TGI), imunização secundária (rebanho) de contactantes devido à eliminação fecal.
Vacina antipólio: eventos adversos da VOP? Qual foi a “solução” para isso?
- Paralisia flácida (1 caso em 13 milhões de doses).
- O risco é maior na 1ª dose, quando ainda não tem anticorpos. Por isso implementou-se a VIP primeiro (a VIP não provoca pólio vacinada).
Vacina antipólio: contraindicações?
- Não há contraindicação absoluta.
- Imunodeprimidos ou contactantes de pacientes com AIDS, transplantados de medula devem receber VIP.
Vacina oral contra o rotavírus humano (VORH): previne o que?
Rotavírus é a principal causa de gastrenterite grave com desidratação na criança, o que reduziu com a vacina.
Gastrenterite por rotavírus tem pico de incidência em que idade? Como é o quadro clínico?
- Pico de incidência: 4 e 23 meses.
- Quadro: início abrupto de vômitos, febre alta e diarreia profusa, com possível evolução com desidratação.
Vacina oral contra o rotavírus humano (VORH): composição?
Elaborada com o sorotipo G1 atenuado, faz imunidade cruzada com outros sorotipos protegendo.
Vacina oral contra o rotavírus humano (VORH): esquema de doses?
- 2 meses (podendo ser entre 1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias).
- 4 meses (podendo ser entre 3 meses e 15 dias até 7 meses e 29 dias).
Vacina oral contra o rotavírus humano (VORH): porque é importante respeitar o limite de faixa etária para tomar esta vacina?
Pois antigamente havia uma VORH que levava a quadros de invaginação intestinal quando crianças maiores tomavam a vacina (invaginação ocorre entre 4 e 9 meses e o quadro é náuseas, vômitos, dores abdominais e fezes “geleia de morango” – muco e sangue). Então, embora essa nova vacina não tenha demonstrado esse risco, evita-se extrapolar o limite de faixa etária.
Vacina oral contra o rotavírus humano (VORH): conduta caso a criança cuspa ou vomite logo após receber a VORH?
NÃO pode repetir.
Vacina oral contra o rotavírus humano (VORH): eventos adversos?
- Febre (até 14 dias).
- Diarreia (até 21 dias).
Vacina oral contra o rotavírus humano (VORH): contraindicações?
- Imunodeprimidos.
- História prévia de invaginação intestinal.
- História de doença gastrintestinal crônica.
- Malformação congênita do trato digestivo.
Vacina antipneumocóccica: qual é a ofertada pelo SUS? Cite as outras.
- A ofertada pelo SUS é a pneumo-10: protege contra 10 sorotipos da bactéria.
- Outras:
- Vacina pneumocócica 23-valente: 23 sorotipos.
- Vacina pneumocócica conjugada 13-valente: 13 sorotipos.
Vacina antipneumocóccica: composição?
Antígenos pneumocócicos conjugados a uma variante da toxina
Vacina antipneumocóccica: esquema de doses?
- 2 e 4 meses.
- Reforço com 12 meses (podendo ser feito até os 4 anos).
- Crianças HIV devem receber também a 23-valente com 24 meses e reforço com 5 anos (disponível no CRIE).
- Pacientes com SD nefrótica tem maior chance de bacteremia por germes encapsulados, sendo indicada a vacina antipneumocóccica. Além de ser necessário evitar vacinas de germes atenuados.
Vacina meningococo C: esquema de doses?
- 3 e 5 meses.
- Reforço com 12 meses (podendo ser feito até os 4 anos).
- Reforço em adolescentes de 11 a 14 anos.
*SBP: recomenda vacina meningocócica B recombinante (só serviço privado).
Tríplice viral (SCR/MMR): composição? Previne contra o que?
Vírus atenuado contra sarampo, rubéola e caxumba (feita em fibroblastos do embrião da galinha).
Tríplice viral (SCR/MMR): via de administração e esquema de doses?
- Via subcutânea.
- Aos 12 meses e depois aos 15 meses. Obs.: o intervalo entre as doses tem que ser de no mínimo 30 dias.
- Adolescentes até indivíduos de 29 anos não vacinados: 2 doses se não vacinado e 1 dose se já tiver 1 dose prévia.
- Adultos entre 30 e 49 anos não vacinados: devem receber 1 dose de tríplice viral.
Tríplice viral (SCR/MMR): há contraindicação em alérgicos (anafilaxia) a proteína do ovo? Explique.
NÃO! A vacina é feita com os fibroblastos do embrião da galinha, logo, apresenta menor quantidade de proteína do ovo, não havendo CI nos pacientes com alergia ao ovo.
Em caso de exposição a sarampo, qual a conduta?
- O bloqueio vacinal previne a doença em não imunes quando administrada em indivíduos a partir de 6 meses de vida, até 72h após o contato com caso suspeito.
- Após 72h até 6 dias da exposição = Ig humana, especialmente < 1 ano de idade, gestantes e imunocomprometidos.
- As crianças não imunizadas que receberam Ig para prevenção pós-exposição devem receber a vacina contra sarampo 5m (se dose de Ig 0,25 mg) ou 6m (se dose de 0,5 mg) depois.
Tríplice viral (SCR/MMR): como é o esquema nas campanhas de vacinação (bloqueio vacinal)?
Dose 0: entre 6 meses e 11 meses. É para evitar a disseminação do vírus selvagem.
*Obs.: depois vai fazer o esquema normal aos 12 e 15m.
Tríplice viral (SCR/MMR): como é o bloqueio vacinal em maiores de 12 meses?
1 dose apenas. Antecipar a 2ª dose respeitando o intervalo mínimo de 30 dias, sem refazê-la aos 15 meses.
Tríplice viral (SCR/MMR): como é feito o controle do sarampo?
- Monitorar as pessoas que entraram em contato com um caso durante o período de transmissibilidade.
- Pessoas com sarampo devem evitar o trabalho ou a escola por no mínimo 4 dias, a partir do início do exantema.
- Período de transmissibilidade: 6 dias antes até 4 dias depois do aparecimento do exantema.
As vacinas do sarampo podem ser feitas a partir de que idade em situação de emergência no caso da produzida em:
- Fiocruz/Biomanguinho.
- MS.
- Serum Institute of India.
- Fiocruz/Biomanguinho = a partir de 6m.
- MS = a partir de 6m.
- Serum Institute of India = a partir de 9m e não deve ser feita em pacientes com APLV.
Tríplice viral (SCR/MMR): contraindicações?
- Gestantes (por ser de vírus atenuado). E após a imunização deve-se aguardar 1 mês para engravidar (risco teórico de síndrome da rubéola congênita).
- Se em uso de imunoglobulina ou hemocomponentes (Ig interfere na resposta imune às vacinas atenuadas) -> tabela.
Varicela e Tetraviral: objetivo e composição?
Disponibilizar a vacina varicela ao PNI. Este imunizante foi combinado à tríplice viral. A vacina contra varicela é feita de vírus vivo atenuada.
Varicela e Tetraviral: esquema completo?
- 1ª dose com tríplice viral aos 12 meses.
- 2ª dose com tetraviral ou tríplice viral + varicela (1 dose aos 15 meses ou até 4 anos, 11 meses e 29 dias).
- 3ª dose com varicela (isolada) aos 4 anos (até 6 anos, 11 meses e 29 dias de idade).
Vacina anti-influenza: composição?
Vírus inativado (cultivado em embriões de galinha, possuindo maior concentração da proteína do ovo).
Vacina anti-influenza: esquema de doses?
A partir de 6 meses, anualmente:
- Entre 6 meses a < 3 anos: 0,25 ml. 1-2* doses.
- ≥ 3 anos a 8 anos: 0,5 ml. 1-2* doses.
- ≥ 9 anos: 0,5 ml. 1 dose.
- No 1º ano que for receber a vacina, a criança deve receber 2 doses em um intervalo de 1 mês entre elas, desde que a 1ª dose seja feita dos 6 meses até os 8 anos, 11m e 29d de idade. Após isso, a vacina será feita anualmente. E se ela tomar a 1ª dose a partir dos 9 anos e 1d, ela tomará 1 dose apenas e depois anual.
- Pacientes com anafilaxia ao ovo podem receber a vacina, porém, devem permanecer em observação por 30-60 minutos.
Vacina contra febre amarela: composição?
Vírus vivo atenuado (cultivado em embriões de galinha, possuindo maior concentração da proteína do ovo).
Vacina contra febre amarela: via de administração e esquema?
Via SC, aos 9 meses e aos 4 anos (em crianças de até 4 anos). Acima de 4 anos, fazer apenas 1 dose (a 2ª dose pode ser considerada pela possibilidade falha vacina). Não há recomendação de reforço a cada 10 anos.
*Obs.: na aula estava “em dose única a partir dos 9 meses (desde 2017)”.
- Realizada em população que reside em área endêmica ou de transição.
Pessoas que moram em área sem risco e irão viajar para área de risco devem receber vacina contra febre amarela quantos dias antes?
10 dias antes.
Vacina contra febre amarela: efeitos adversos e contraindicações?
1) Efeitos adversos: febre hemorrágica e óbito após uso da vacina.
2) Contraindicações:
- Idade < 6 meses, história de reação anafilática à proteína do ovo (ovo cru ou mal cozido, pois as vacinas não passam por aquecimento, devem ser investigados pelo especialista, e s/n fazer dessensibilização para posterior aplicação da vacina), imunossupressão congênita ou adquirida, gravidez.
- Mulheres amamentando não podem vacinar até criança completar 6 meses de idade.
* Não deve ser administrada junto com tríplice viral (dar intervalo de 30d), pois perde eficácia.
Vacina contra febre amarela: conduta caso mulher amamentando com lactente < 6m tome essa vacina?
Suspender o aleitamento materno por 10 dias após a vacinação.
Vacina contra febre amarela: após tomar esta vacina, pode doar sangue em quanto tempo?
Após 1 mês.
HPV: composição?
Vírus atenuado.
1) Vacina quadrivalente recombinante contra HPV (HPV4): protege contra sorotipos 6, 11, 16 e 18.
2) Vacina bivalente recombinante contra HPV (HPV2): contra sorotipos 16 e 18 (apenas os vírus oncogênicos, protegem contra câncer de colo uterino, logo, está licenciada apenas para sexo feminino).
HPV: esquema de doses (MS)?
HPV4:
- Meninas de 9 a 14 anos: 0 e 6 meses.
- Meninos de 11 a 14 anos: 0 e 6 meses.
- Exceção: homens e mulheres com HIV devem fazer entre 9 e 26 anos e com 3 doses (0-2-6 meses), conforme bula.
*Obs.: HPV2 está licenciada apenas para sexo feminino.
Vacina contra hepatite A: esquema?
Aos 15 meses (pode ser feita até os 4 anos, 11 meses e 29 dias), dose única.
*SBIM: 2 doses = 12m e 18m.
Vacina contra hepatite A: contraindicações?
Não é recomendada em gestantes, hipersensibilidade a componentes.
O que é a doença “raiva”?
A raiva é uma encefalite grave causada por um vírus do gênero Lyssavirus, caracterizada por sintomatologia nervosa que acomete animais e seres humanos.
Como é transmitida a raiva? Clínica?
Por mamíferos (caos, gatos, ratos) por meio da mordedura ou lambedura de animais raivosos sobre mucosa/pele lesionada e então o vírus dirige-se ao SNC, produzindo encefalite (espasticidade, demência ou paralisia), que quase sempre levam à morte.
Quais animais são as principais fontes de transmissão para seres humanos: silvestres ou domésticos?
Animais silvestres são reservatórios primários, mas os domésticos são as principais fontes de transmissão para seres humanos.
Qual é a única conduta eficaz contra a raiva?
A profilaxia, a ser iniciada o mais rapidamente possível..
Profilaxia pós-exposição a raiva: como é feita?
2 tipos: apenas vacinação ou sorovacinação (Igs e vacina).
1) Esquema vacinal:
- Vacinação: 4 doses de vacinas de cultivo celular – aplicar 1 dose nos dias 0, 3, 7 e 14 dias.
2) Sorovacinação:
- 4 doses de vacinas de cultivo celular – dias 0, 3, 7 e 14.
- Soro ou Ig antirrábica: aplicar toda a dose no 1º dia de tratamento (dia 0).
*Se reexposição: revacinar aquele que já recebeu tratamento completo e foi submetido outra vez ao risco de exposição ao vírus. São usadas vacinas de cultivo celular em 2 doses (dia 0 e 3).
FOTO = TABELA.
Indicações da Ig antirrábica humana?
É mais segura, mas custo é muito alto. Indicações:
- Indivíduos com hipersensibilidade ao uso de soro heterólogo (antitetânico, antirrábico, antidiftérico).
- Indivíduos que não completaram esquema antirrábico por eventos adversos à vacina
- Indivíduos imunodeprimidos (sempre que há indicação de vacinação antirrábica).
Ig equina (SAR) é segura? Quais os eventos adversos?
Seguro, mas pode causar eventos adversos como choque anafilático (até 2h após) e doença do soro (entre 5 e 14 dias após).
Conduta em caso de vacinas atrasadas?
Em caso de atraso de vacinação cujo esquema já foi iniciado, não é necessário reiniciar, apenas dar continuidade.
Qual a conduta em criança com menos de 1 ano e sem nenhuma vacina?
Vacinar todas em atraso e próprias para idade. Rotavírus não deve ser feita. Respeitar os intervalos das aplicações.
Cite o esquema de vacinação do adolescente.
- Tríplice viral: é considerado protegido o adolescente que recebeu 2 doses após 12 meses de vida com intervalo de pelo menos 1 mês entre elas. Caso não tenha recebido, administrar 2 doses;
- Hepatite B: administrar 3 doses (esquema 0, 1 e 6 meses) caso o adolescente não tenha recebido ou desconheça;
- HPV: entre 11 e 14 anos, esquema em 2 doses com intervalo de 6 meses;
- dT: reforço a cada 10 anos. Caso não tenha sido vacinado ou tenha esquema incompleto, vacinar com dT no esquema 0, 2 e 4 a 8 meses;
- Influenza: para grupo de risco, dose única anual;
- Meningocócica C: entre 11 e 14 anos;
- Febre amarela: para adolescentes não vacinados em áreas de risco ou que farão viagens para áreas de risco, dose única.
Gestantes:
- Conduta se suscetíveis expostas à varicela: conduta?
- Conduta se suscetíveis expostas à hepatite B: conduta?
- Conduta se suscetíveis expostas à varicela: devem receber Ig antivaricela-zóster a qualquer momento da gestação.
- Conduta se suscetíveis expostas à hepatite B: vacina + Ig.
Vacina da raiva: composição?
Vírus inativado, vacina é feita com os fibroblastos do embrião da galinha, logo, apresenta menor quantidade de proteína do ovo, não havendo CI nos pacientes com alergia ao ovo.
As vacinas influenza, febre amarela, tríplice viral e da raiva apresentam concentrações diferentes de proteína do ovo de galinha em sua composição. Todas são contraindicadas em pacientes com alergia à proteína do ovo? Explique.
- Não, a influenza e da febre amarela apresentam maior concentração, porém, apenas a da febre amarela deve ser evitada por não conter nível seguro (pode tentar dessensibilizar paciente antes). Já a influenza a recomendação é de deixar o paciente alérgico em observação por 30-60min após vacina.
- Tríplice viral e raiva tem concentrações menores (fibroblastos), não havendo contraindicação nesses pacientes.
A influenza pelo vírus B em crianças é mais grave do que pelo vírus A?
Não, são similares clinicamente, mas quando mais grave com necessidade de internação é causado pela influenza A.
Transmissão do infleunza e outras espécies animais aos humanos é comum?
Não.
VIP ou VOP: qual a mais imunogênica?
VIP.