Imunizações Flashcards

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1
Q

Defina: imunização ativa. Imunidade é permanente ou transitória?

A
  • É administrada vacina ou toxoide (toxina inativada), conferindo proteção permanente.
  • Pode ser tanto por vacinação (imunidade artificial) quanto pela doença (imunidade natural), o que estimula o sistema imune a produzir anticorpos.
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Q

Defina: imunização passiva. Imunidade é permanente ou transitória?

A

Anticorpos prontos.

  • Confere proteção imediata, porém transitória.
  • Exemplos: soro e imunoglobulinas (imunidade artificial) e anticorpos placentários e pelo colostro/LM (imunidade natural).
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3
Q

Classificação das vacinas - defina e dê exemplos:

  • Atenuadas.
  • Inativadas
A
  • Atenuadas: germe vivo com sua potência infecciosa reduzida. Ex: SCR, VOP, febre amarela, BCG, rotavírus, varicela.
  • Inativadas: agente infeccioso está inativado, não há chance de provocar a doença. Ex: VIP, influenza, DTP, HiB, hepatite B, hepatite A, pneumococo, HPV, meningococo, raiva.
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4
Q

Vacina atenuada pode ser feita em imunodeprimidos? Pq?

A

Em imunodeprimidos, não podem ser feitas, pois pode causar a doença.

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5
Q

Classificação das vacinas - defina e dê exemplos:

  • Conjugadas.
  • Recombinantes.
  • Combinadas.
A
  • Conjugadas: desenvolve a vacina a partir de polissacarídeos conjugados a proteínas (pega a parede celular de polissacarídeo do agente, por exemplo). Ex.: pneumo decavalente, meningo C.
  • Recombinantes: engenharia genética. Ex.: vacina anti-hepatite B.
  • Combinadas: combina várias vacinas misturadas em uma seringa só. Ex.: DPT, pentavalente, tríplice viral.
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6
Q

Cite as contraindicações verdadeiras à imunização.

A
  • Reação de hipersensibilidade imediata.
  • Encefalopatia verdadeira e encefalites sem causa identificável, nos primeiros 7 dias da vacinação DPT e DTPa, com o componente pertussis.
  • Imunossupressão para vacinas de bactérias atenuadas ou vírus atenuados.
  • Gravidez.
  • Enfermidade aguda, moderada ou grave, acompanhada ou não de febre.
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7
Q

CI às imunizações: o que ocorre na reação de hipersensibilidade imediata?

A

Anafilaxia ou angioedema, urticaria, choque, broncoespasmo ou edema de glote, imediatamente após a aplicação de 1 dose de vacina ou a constituinte dela (como proteína do ovo, gelatina ou antibiótico).

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8
Q

CI às imunizações: o que ocorre na encefalopatia verdadeira e encefalites sem causa identificável?

A

Ocorre nos primeiros 7 dias da vacinação DPT e DTPa, com o componente pertussis, coma e convulsões prolongadas contraindicação absoluta posterior a vacina que contenha o componente pertussis.

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9
Q

CI às imunizações: cite as situações de imunossupressão para vacinas de bactérias atenuadas ou vírus atenuados.

A
  • Doenças congênitas imunossupressoras.
  • Uso de corticoide por mais de 14 dias e dose ≥ 2 mg/kg/d de prednisona. Aguardar 1 mês após o térmico da corticoterapia para vacinar.
  • Uso de QT/RT.
  • Crianças com HIV: a única contraindicação absoluta é o uso da BCG quando sintomáticas.
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10
Q

CI às imunizações: pq gestantes não podem tomar vacina atenuada?

A

Pelo risco teórico de infecção fetal com vacinas com patógenos atenuados.

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11
Q

CI às imunizações: pq não pode tomar vacina em caso de enfermidade aguda, moderada ou grave, acompanhada ou não de febre

A

Para que seus sintomas não sejam confundidos com efeitos adversos, adiar a vacinação.

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12
Q

Desnutrição energético proteica contraindica vacinação e/ou há aumento de eventos adversos?

A

Não, há resposta adequada de proteção e não se observa aumento nos efeitos adversos das vacinas (mesmo as de patógenos atenuadas). Deve-se priorizar a vacinação dos desnutridos, mesmo nas formas graves.

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13
Q

Uso de ATB contraindica a vacinação?

A

ATB profilático ou terapêutico não contraindica nem interfere.

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14
Q

Uso de corticoide contraindica a vacinação?

A
  • Tratamento com corticoide em doses não imunodepressoras = dose baixa ou tratamento com duração menor que 2 semanas e uso de corticoide inalatório ou tópico não contraindicam.
  • Uso de corticoide por mais de 14 dias e dose ≥ 2 mg/kg/d de prednisona deve aguardar 1 mês após o término da corticoterapia para vacinar.
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15
Q

Mulheres lactantes podem se vacinar?

A

Sim. *Vacina de febre amarela em lactante com bebê < 6 meses = tem que suspender amamentação por 10 dias após a vacina.

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16
Q

Crianças com doenças leves com febre baixa do trato respiratório ou digestivo podem se vacinar?

A

Sim.

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17
Q

Vacina em prematuro e crianças com baixo peso tem alguma mudança?

A

Administrar em idade cronológica, e em caso de RN com peso < 2kg, aguardar ganho de peso para vacinação de BCG.

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18
Q

BCG: previne o que?

A

É indicada para prevenção das formas graves (meningite tuberculosa, TB miliar) e disseminadas da doença.

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19
Q

BCG: composição?

A

É realizada através de cepas atenuadas de Mycobacterium bovis, semelhante ao causador da doença (Mycobacterium tuberculosis).

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20
Q

BCG: via de administração e doses?

A

Via ID, no braço direito, ao nascimento.

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21
Q

BCG: como é a evolução da lesão vacinal?

A

Nódulo -> pústula -> crosta -> úlcera = fica no máximo em 10 mm (1 cm) -> crosta e vai cicatrizando em 5 e 12 semanas, deixando uma cicatriz.

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22
Q

BCG: qual a conduta se não desenvolver cicatriz após 6m da vacina?

A

Não iremos fazer 2ª dose! – Recomendação válida desde 2018, pois antigamente revacinava.

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23
Q

BCG: qual a conduta se linfadenite axilar pós-vacina?

A

É comum ocorrer após a vacina, conduta expectante, pois irá regredir (a não ser que o gânglio ultrapasse 3 cm).

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24
Q

BCG: é indicada dose de reforço atualmente?

A

Não.

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25
Q

BCG: efeitos adversos e conduta?

A

1) Úlcera > 1cm, abscesso frio, linfadenite regional supurada ou > 3cm.
- Tratamento: isoniazida 10 mg/kg/d até a regressão do caso.
2) Abscesso quente: ocorre por infecção bacteriana secundária. Conduta: drenagem e ATB.

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26
Q

BCG: o que sugere lesões disseminadas, febre, emagrecimento, hepatoesplenomegalia, linfadenopatia generalizada após a vacina? Conduta?

A
  • Infecção pelo M. bovis.

- Conduta: realizar esquema REI (rifampicina, etambutol, isonizada).

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27
Q

BCG: contraindicações?

A
  • Imunodeficiência (congênita ou adquirida).
  • Grávidas.
  • RN com peso < 2.000g.
  • Lesões de pele extensa (aguardar resolução do quadro).
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28
Q

Pq não podemos vacinar com BCG RN com < 2kg? Conduta?

A

Aguardar chegar aos 2kg, pois a técnica ID não dá certo quando tem pouco tecido.

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29
Q

Como é a vacinação BCG em paciente infectado pelo HIV?

A

Deve ser feito BCG no nascimento. Fazemos no início da vida, ainda não tem imunodepressão. Vacina estará contraindicada se criança for sintomática ou se a criança tiver mais de 5 anos.

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30
Q

Comunicantes de hanseníase x BCG: qual a diferença para esses pacientes?

A

Pacientes em contato (contactantes) com portadores de hanseníase devem receber dose de reforço (2ª dose) de BCG, pois há uma reação cruzada e proteção contra a hanseníase. A 2ª dose deve ser feita 6 meses após formar a cicatriz.

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31
Q

RN de mãe bacilífera x BCG: conduta?

A

Mãe deve usar máscara durante amamentação e o RN não recebe a vacina, mas sim, profilaxia primária com isoniazida por 3 meses, quando irá fazer o PPD e caso seja não reator = aplica-se vacina; se for reator = prosseguir isoniazida por mais 3 meses (agora profilaxia secundária), desde que a criança não seja sintomática (se for, ela deve receber o tratamento).

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32
Q

Vacina anti-hepatite B: previne o que?

A

Prevenir infecção pelo vírus B (que pode ser assintomática, aguda fulminante ou portador crônico -> cirrose, hepatocarcinoma) e a transmissão do vírus . É altamente eficaz.

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33
Q

Vacina anti-hepatite B: composição?

A

Vacina contém HBsAg recombinante.

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34
Q

Vacina anti-hepatite B: via de administração?

A

Via IM, no músculo lateral da coxa (crianças < 12 anos) ou deltoide (preferível deltoide no adulto).
*Obs.: NÃO pode ser na região glútea, pois a gordura da região pode atrapalhar a eficácia da vacina.

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35
Q

Vacina anti-hepatite B: esquema de doses?

A
  • Primeiras 12 horas de vida.
  • 2, 4 e 6 meses na forma de pentavalente.
  • Se atrasar qualquer dose: prosseguir de onde parou.
  • Adolescentes de 11 a 19 anos sem comprovação de vacina: iniciar vacinação (3 doses).
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36
Q

Vacina anti-hepatite B: conduta em RN filho de mãe com hepatite B (HBsAg positivo)?

A

Dar a vacina contra hepatite B nas primeiras 12h de vida + imunoglobulina hiperimune, ambos IM, simultaneamente, mas em locais diferentes.

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37
Q

Pentavalente: composição?

A

Composta por DPT + Hib + Hepatite B.

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38
Q

Pentavalente: via de administração e esquema?

A
  • Esquema: aos 2, 4 e 6 meses (depois faz reforço com DPT apenas os 15m e 4 anos).
  • Via de administração: IM.
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39
Q

Composição da DTP (vacina celular)?

A

Células inteiras -> toxoides tetânico + toxoide diftérico + suspensão de células de Bordetella pertussis mortas.

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40
Q

Composição da DTPa (tríplice acelular) e dTpa (tríplice bacteriana acelular do adulto)?

A

Toxoide tetânico + toxoide diftérico + fração pertussis (proteína celular da B. pertussis).
*É mais eficaz que a vacina celular e menos reatogênica.

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41
Q

Composição da DT (DT infantil) e dT (dupla bacteriana do adulto)? Explique a diferença do “D/d”.

A
  • Toxoide tetânico + toxoide diftérico.
  • Diferença do “D/d”: crianças < 7 anos tem que receber maior quantidade de antígeno do toxoide diftérico (D), já > 7 anos menos quantidade de antígeno (d) é suficiente.
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42
Q

Composição da tetravalente bacteriana?

A

DTP (B. pertussis é de bactérias inteiras) + Hib.

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43
Q

O toxoide tetânico da DTP protege por quanto tempo?

A

Altamente imunogênico, sendo os títulos protetores por 10 anos.

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44
Q

Como é o esquema completo da DTP?

A
  • No 1º ano de vida é administrada na forma pentavalente (2, 4, 6 meses).
  • DTP é administrada nas doses de reforço (15 meses e entre 4 e 6 anos).
  • Crianças maiores de 7 anos: deve utilizar somente vacina duplo adulto (dT).
  • A partir disso faz dT a cada 10 anos.
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45
Q

Pq devemos vacinar gestante com a tríplice bacteriana? Qual vacina usaremos?

A
  • Para controle do tétano neonatal e proteger contra coqueluche.
  • Vacinar gestante com dTpa (vacina pertussis acelular) a partir de 20 semanas de gestação, preferencialmente entre 27 e 36 semanas, a cada gestação.
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46
Q

Cite eventos adversos da DTP.

A
  • Reações locais.
  • Febre.
  • Reações ao componente pertussis:
    a) Febre alta, irritabilidade, choro inconsolável (dura até 3h).
    b) Convulsões (em até 72h); Síndrome hipotônica-hiporresponsiva (em até 48h).
    c) Encefalopatia (em até 1 semana).
47
Q

Qual a conduta nas seguintes reações adversas de DTP:

a) Febre alta, irritabilidade, choro inconsolável (dura até 3h).
b) Convulsões (em até 72h); Síndrome hipotônica-hiporresponsiva (em até 48h).
c) Encefalopatia (em até 1 semana).

A

a) Realizar antitérmico (paracetamol, dipirona) 1h antes da vacina quando for tomar próxima dose.
b) Realizar vacina acelular (DTPa) na próxima dose (MS oferece gratuitamente nesses casos).
c) Só pode tomar a dupla, tira componente pertussis.

48
Q

Conduta em relação à DTP em ferimento de alto risco se:

  • Última dose há mais de 5 anos?
  • Última dose há menos de 5 anos?
A

Reforço caso última dose tenha sido há mais de 5 anos.

49
Q

Profilaxia de acidentes com DTP se:

1) Criança não recebeu nenhuma dose.
2) Recebeu 1 dose.
3) Recebeu 2 doses.
4) Recebeu 3 ou mais doses, a última sendo há menos de 5 anos.
5) Recebeu 3 ou mais doses, mas a última há mais de 5 anos e menos de 10a.
6) Recebeu 3 ou mais doses, mas a última há mais de 10 anos.

A

1) Se criança não recebeu nenhuma dose: iniciar esquema vacinal (indicar tb SAT/IgGAT se ferida de alto risco de contaminação).
2) Se recebeu 1 dose: dar 1 dose no momento e depois a 3ª dose (indicar tb SAT/IgGAT se ferida de alto risco de contaminação).
3) Se recebeu 2 doses: aplicar 1 dose de reforço (indicar tb SAT/IgGAT se ferida de alto risco de contaminação).
4) Não precisa vacinar, nem dar SAT/IgHAT, está protegido.
5) Dar apenas 1 dose de reforço SE FERIDA COM ALTO RISCO DE CONTAMINAÇÃO (se ferida com baixo risco = ñ fazer nada).
6) Dar uma dose de vacina em todos os tipos de feridas (e acrescentar SAT/IgHAT se ferida de alto risco)..

FOTO: TABELA.

50
Q

Quando indicar Ig humana antitênica (IgHAT) ou antitoxina heteróloga (soro antitetânico SAT)?

A

É indicada a Ig humana antitênica (IgHAT) ou antitoxina heteróloga (soro antitetânico SAT) quando há risco de contaminação ou tratar-se de ferimentos maiores e a criança não tiver recebido pelo menos 2 doses da vacina.

51
Q

Vacina anti-hemófilos B: previne o que?

A

Redução da doença invasiva, com destaque a meningite e suas sequelas (hemófilos tipo B era o principal causador), epiglotite, pneumonia necrotizante.

52
Q

Vacina anti-hemófilos B: composição?

A

Antígeno da cápsula polissacarídica da bactéria conjugado a proteínas.

53
Q

Vacina anti-hemófilos B: esquema?

A
  • Pentavalente aos 2, 4 e 6 meses.
  • Dose de reforço só será realizado se: asplenia, imunodeficiência.
  • Crianças > 1 ano e < 5 anos que não tomaram nenhuma dose: realizar 1 dose apenas.
54
Q

Vacina anti-hemófilos B: protege contra IVAS?

A

Não, pois IVAS (sinusite, OMA) é causado pelo hemófilos não tipável.

55
Q

Vacina antipólio: previne o que?

A

Previne poliomielite, que causa paralisia assimétrica e está erradicada no Brasil (último caso foi em 1989), mas é importante manter a cobertura vacinal, pois quando ela cai os casos ressurgem.

56
Q

Vacina antipólio: quais são as vacinas? Via de adm e composição de cada uma?

A
  • VIP (Salk): inativada e injetável. Composição: poliovírus 1, 2 e 3.
  • VOP (Sabin): atenuada e oral. Composição: poliovírus 1 e 3.
57
Q

Vacina antipólio: esquema de doses?

A
  • VIP aos 2, 4 e 6 meses. IM ou SC.

- VOP como reforço aos 15 meses e 4 anos, além das campanhas = 2 gotas (0,1 ml), via oral.

58
Q

Campanha anual “Zé Gotinha”: qual vacina é ofertada? Quem deve ser vacinado? Qual o objetivo?

A
  • VOP.

- É feita para crianças entre 6 meses e 5 anos, todas devem ser vacinadas. Objetivo: proteção coletiva.

59
Q

Vacina antipólio: qual a conduta caso criança cuspa ou vomite logo após receber a VOP? Há necessida de jejum?

A

Repetir 1x.

- Não há necessidade de jejum.

60
Q

Vacina antipólio: quais as vantagens da VOP?

A

Administração simples, baixo custo, leva a imunidade duradoura, imunidade local (no TGI), imunização secundária (rebanho) de contactantes devido à eliminação fecal.

61
Q

Vacina antipólio: eventos adversos da VOP? Qual foi a “solução” para isso?

A
  • Paralisia flácida (1 caso em 13 milhões de doses).
  • O risco é maior na 1ª dose, quando ainda não tem anticorpos. Por isso implementou-se a VIP primeiro (a VIP não provoca pólio vacinada).
62
Q

Vacina antipólio: contraindicações?

A
  • Não há contraindicação absoluta.

- Imunodeprimidos ou contactantes de pacientes com AIDS, transplantados de medula devem receber VIP.

63
Q

Vacina oral contra o rotavírus humano (VORH): previne o que?

A

Rotavírus é a principal causa de gastrenterite grave com desidratação na criança, o que reduziu com a vacina.

64
Q

Gastrenterite por rotavírus tem pico de incidência em que idade? Como é o quadro clínico?

A
  • Pico de incidência: 4 e 23 meses.

- Quadro: início abrupto de vômitos, febre alta e diarreia profusa, com possível evolução com desidratação.

65
Q

Vacina oral contra o rotavírus humano (VORH): composição?

A

Elaborada com o sorotipo G1 atenuado, faz imunidade cruzada com outros sorotipos protegendo.

66
Q

Vacina oral contra o rotavírus humano (VORH): esquema de doses?

A
  • 2 meses (podendo ser entre 1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias).
  • 4 meses (podendo ser entre 3 meses e 15 dias até 7 meses e 29 dias).
67
Q

Vacina oral contra o rotavírus humano (VORH): porque é importante respeitar o limite de faixa etária para tomar esta vacina?

A

Pois antigamente havia uma VORH que levava a quadros de invaginação intestinal quando crianças maiores tomavam a vacina (invaginação ocorre entre 4 e 9 meses e o quadro é náuseas, vômitos, dores abdominais e fezes “geleia de morango” – muco e sangue). Então, embora essa nova vacina não tenha demonstrado esse risco, evita-se extrapolar o limite de faixa etária.

68
Q

Vacina oral contra o rotavírus humano (VORH): conduta caso a criança cuspa ou vomite logo após receber a VORH?

A

NÃO pode repetir.

69
Q

Vacina oral contra o rotavírus humano (VORH): eventos adversos?

A
  • Febre (até 14 dias).

- Diarreia (até 21 dias).

70
Q

Vacina oral contra o rotavírus humano (VORH): contraindicações?

A
  • Imunodeprimidos.
  • História prévia de invaginação intestinal.
  • História de doença gastrintestinal crônica.
  • Malformação congênita do trato digestivo.
71
Q

Vacina antipneumocóccica: qual é a ofertada pelo SUS? Cite as outras.

A
  • A ofertada pelo SUS é a pneumo-10: protege contra 10 sorotipos da bactéria.
  • Outras:
    • Vacina pneumocócica 23-valente: 23 sorotipos.
    • Vacina pneumocócica conjugada 13-valente: 13 sorotipos.
72
Q

Vacina antipneumocóccica: composição?

A

Antígenos pneumocócicos conjugados a uma variante da toxina

73
Q

Vacina antipneumocóccica: esquema de doses?

A
  • 2 e 4 meses.
  • Reforço com 12 meses (podendo ser feito até os 4 anos).
  • Crianças HIV devem receber também a 23-valente com 24 meses e reforço com 5 anos (disponível no CRIE).
  • Pacientes com SD nefrótica tem maior chance de bacteremia por germes encapsulados, sendo indicada a vacina antipneumocóccica. Além de ser necessário evitar vacinas de germes atenuados.
74
Q

Vacina meningococo C: esquema de doses?

A
  • 3 e 5 meses.
  • Reforço com 12 meses (podendo ser feito até os 4 anos).
  • Reforço em adolescentes de 11 a 14 anos.

*SBP: recomenda vacina meningocócica B recombinante (só serviço privado).

75
Q

Tríplice viral (SCR/MMR): composição? Previne contra o que?

A

Vírus atenuado contra sarampo, rubéola e caxumba (feita em fibroblastos do embrião da galinha).

76
Q

Tríplice viral (SCR/MMR): via de administração e esquema de doses?

A
  • Via subcutânea.
  • Aos 12 meses e depois aos 15 meses. Obs.: o intervalo entre as doses tem que ser de no mínimo 30 dias.
  • Adolescentes até indivíduos de 29 anos não vacinados: 2 doses se não vacinado e 1 dose se já tiver 1 dose prévia.
  • Adultos entre 30 e 49 anos não vacinados: devem receber 1 dose de tríplice viral.
77
Q

Tríplice viral (SCR/MMR): há contraindicação em alérgicos (anafilaxia) a proteína do ovo? Explique.

A

NÃO! A vacina é feita com os fibroblastos do embrião da galinha, logo, apresenta menor quantidade de proteína do ovo, não havendo CI nos pacientes com alergia ao ovo.

78
Q

Em caso de exposição a sarampo, qual a conduta?

A
  • O bloqueio vacinal previne a doença em não imunes quando administrada em indivíduos a partir de 6 meses de vida, até 72h após o contato com caso suspeito.
  • Após 72h até 6 dias da exposição = Ig humana, especialmente < 1 ano de idade, gestantes e imunocomprometidos.
  • As crianças não imunizadas que receberam Ig para prevenção pós-exposição devem receber a vacina contra sarampo 5m (se dose de Ig 0,25 mg) ou 6m (se dose de 0,5 mg) depois.
79
Q

Tríplice viral (SCR/MMR): como é o esquema nas campanhas de vacinação (bloqueio vacinal)?

A

Dose 0: entre 6 meses e 11 meses. É para evitar a disseminação do vírus selvagem.

*Obs.: depois vai fazer o esquema normal aos 12 e 15m.

80
Q

Tríplice viral (SCR/MMR): como é o bloqueio vacinal em maiores de 12 meses?

A

1 dose apenas. Antecipar a 2ª dose respeitando o intervalo mínimo de 30 dias, sem refazê-la aos 15 meses.

81
Q

Tríplice viral (SCR/MMR): como é feito o controle do sarampo?

A
  • Monitorar as pessoas que entraram em contato com um caso durante o período de transmissibilidade.
  • Pessoas com sarampo devem evitar o trabalho ou a escola por no mínimo 4 dias, a partir do início do exantema.
  • Período de transmissibilidade: 6 dias antes até 4 dias depois do aparecimento do exantema.
82
Q

As vacinas do sarampo podem ser feitas a partir de que idade em situação de emergência no caso da produzida em:

  • Fiocruz/Biomanguinho.
  • MS.
  • Serum Institute of India.
A
  • Fiocruz/Biomanguinho = a partir de 6m.
  • MS = a partir de 6m.
  • Serum Institute of India = a partir de 9m e não deve ser feita em pacientes com APLV.
83
Q

Tríplice viral (SCR/MMR): contraindicações?

A
  • Gestantes (por ser de vírus atenuado). E após a imunização deve-se aguardar 1 mês para engravidar (risco teórico de síndrome da rubéola congênita).
  • Se em uso de imunoglobulina ou hemocomponentes (Ig interfere na resposta imune às vacinas atenuadas) -> tabela.
84
Q

Varicela e Tetraviral: objetivo e composição?

A

Disponibilizar a vacina varicela ao PNI. Este imunizante foi combinado à tríplice viral. A vacina contra varicela é feita de vírus vivo atenuada.

85
Q

Varicela e Tetraviral: esquema completo?

A
  • 1ª dose com tríplice viral aos 12 meses.
  • 2ª dose com tetraviral ou tríplice viral + varicela (1 dose aos 15 meses ou até 4 anos, 11 meses e 29 dias).
  • 3ª dose com varicela (isolada) aos 4 anos (até 6 anos, 11 meses e 29 dias de idade).
86
Q

Vacina anti-influenza: composição?

A

Vírus inativado (cultivado em embriões de galinha, possuindo maior concentração da proteína do ovo).

87
Q

Vacina anti-influenza: esquema de doses?

A

A partir de 6 meses, anualmente:

  • Entre 6 meses a < 3 anos: 0,25 ml. 1-2* doses.
  • ≥ 3 anos a 8 anos: 0,5 ml. 1-2* doses.
  • ≥ 9 anos: 0,5 ml. 1 dose.
  • No 1º ano que for receber a vacina, a criança deve receber 2 doses em um intervalo de 1 mês entre elas, desde que a 1ª dose seja feita dos 6 meses até os 8 anos, 11m e 29d de idade. Após isso, a vacina será feita anualmente. E se ela tomar a 1ª dose a partir dos 9 anos e 1d, ela tomará 1 dose apenas e depois anual.
  • Pacientes com anafilaxia ao ovo podem receber a vacina, porém, devem permanecer em observação por 30-60 minutos.
88
Q

Vacina contra febre amarela: composição?

A

Vírus vivo atenuado (cultivado em embriões de galinha, possuindo maior concentração da proteína do ovo).

89
Q

Vacina contra febre amarela: via de administração e esquema?

A

Via SC, aos 9 meses e aos 4 anos (em crianças de até 4 anos). Acima de 4 anos, fazer apenas 1 dose (a 2ª dose pode ser considerada pela possibilidade falha vacina). Não há recomendação de reforço a cada 10 anos.
*Obs.: na aula estava “em dose única a partir dos 9 meses (desde 2017)”.

  • Realizada em população que reside em área endêmica ou de transição.
90
Q

Pessoas que moram em área sem risco e irão viajar para área de risco devem receber vacina contra febre amarela quantos dias antes?

A

10 dias antes.

91
Q

Vacina contra febre amarela: efeitos adversos e contraindicações?

A

1) Efeitos adversos: febre hemorrágica e óbito após uso da vacina.
2) Contraindicações:
- Idade < 6 meses, história de reação anafilática à proteína do ovo (ovo cru ou mal cozido, pois as vacinas não passam por aquecimento, devem ser investigados pelo especialista, e s/n fazer dessensibilização para posterior aplicação da vacina), imunossupressão congênita ou adquirida, gravidez.
- Mulheres amamentando não podem vacinar até criança completar 6 meses de idade.
* Não deve ser administrada junto com tríplice viral (dar intervalo de 30d), pois perde eficácia.

92
Q

Vacina contra febre amarela: conduta caso mulher amamentando com lactente < 6m tome essa vacina?

A

Suspender o aleitamento materno por 10 dias após a vacinação.

93
Q

Vacina contra febre amarela: após tomar esta vacina, pode doar sangue em quanto tempo?

A

Após 1 mês.

94
Q

HPV: composição?

A

Vírus atenuado.

1) Vacina quadrivalente recombinante contra HPV (HPV4): protege contra sorotipos 6, 11, 16 e 18.
2) Vacina bivalente recombinante contra HPV (HPV2): contra sorotipos 16 e 18 (apenas os vírus oncogênicos, protegem contra câncer de colo uterino, logo, está licenciada apenas para sexo feminino).

95
Q

HPV: esquema de doses (MS)?

A

HPV4:

  • Meninas de 9 a 14 anos: 0 e 6 meses.
  • Meninos de 11 a 14 anos: 0 e 6 meses.
  • Exceção: homens e mulheres com HIV devem fazer entre 9 e 26 anos e com 3 doses (0-2-6 meses), conforme bula.

*Obs.: HPV2 está licenciada apenas para sexo feminino.

96
Q

Vacina contra hepatite A: esquema?

A

Aos 15 meses (pode ser feita até os 4 anos, 11 meses e 29 dias), dose única.

*SBIM: 2 doses = 12m e 18m.

97
Q

Vacina contra hepatite A: contraindicações?

A

Não é recomendada em gestantes, hipersensibilidade a componentes.

98
Q

O que é a doença “raiva”?

A

A raiva é uma encefalite grave causada por um vírus do gênero Lyssavirus, caracterizada por sintomatologia nervosa que acomete animais e seres humanos.

99
Q

Como é transmitida a raiva? Clínica?

A

Por mamíferos (caos, gatos, ratos) por meio da mordedura ou lambedura de animais raivosos sobre mucosa/pele lesionada e então o vírus dirige-se ao SNC, produzindo encefalite (espasticidade, demência ou paralisia), que quase sempre levam à morte.

100
Q

Quais animais são as principais fontes de transmissão para seres humanos: silvestres ou domésticos?

A

Animais silvestres são reservatórios primários, mas os domésticos são as principais fontes de transmissão para seres humanos.

101
Q

Qual é a única conduta eficaz contra a raiva?

A

A profilaxia, a ser iniciada o mais rapidamente possível..

102
Q

Profilaxia pós-exposição a raiva: como é feita?

A

2 tipos: apenas vacinação ou sorovacinação (Igs e vacina).

1) Esquema vacinal:
- Vacinação: 4 doses de vacinas de cultivo celular – aplicar 1 dose nos dias 0, 3, 7 e 14 dias.
2) Sorovacinação:
- 4 doses de vacinas de cultivo celular – dias 0, 3, 7 e 14.
- Soro ou Ig antirrábica: aplicar toda a dose no 1º dia de tratamento (dia 0).

*Se reexposição: revacinar aquele que já recebeu tratamento completo e foi submetido outra vez ao risco de exposição ao vírus. São usadas vacinas de cultivo celular em 2 doses (dia 0 e 3).

FOTO = TABELA.

103
Q

Indicações da Ig antirrábica humana?

A

É mais segura, mas custo é muito alto. Indicações:

  • Indivíduos com hipersensibilidade ao uso de soro heterólogo (antitetânico, antirrábico, antidiftérico).
  • Indivíduos que não completaram esquema antirrábico por eventos adversos à vacina
  • Indivíduos imunodeprimidos (sempre que há indicação de vacinação antirrábica).
104
Q

Ig equina (SAR) é segura? Quais os eventos adversos?

A

Seguro, mas pode causar eventos adversos como choque anafilático (até 2h após) e doença do soro (entre 5 e 14 dias após).

105
Q

Conduta em caso de vacinas atrasadas?

A

Em caso de atraso de vacinação cujo esquema já foi iniciado, não é necessário reiniciar, apenas dar continuidade.

106
Q

Qual a conduta em criança com menos de 1 ano e sem nenhuma vacina?

A

Vacinar todas em atraso e próprias para idade. Rotavírus não deve ser feita. Respeitar os intervalos das aplicações.

107
Q

Cite o esquema de vacinação do adolescente.

A
  • Tríplice viral: é considerado protegido o adolescente que recebeu 2 doses após 12 meses de vida com intervalo de pelo menos 1 mês entre elas. Caso não tenha recebido, administrar 2 doses;
  • Hepatite B: administrar 3 doses (esquema 0, 1 e 6 meses) caso o adolescente não tenha recebido ou desconheça;
  • HPV: entre 11 e 14 anos, esquema em 2 doses com intervalo de 6 meses;
  • dT: reforço a cada 10 anos. Caso não tenha sido vacinado ou tenha esquema incompleto, vacinar com dT no esquema 0, 2 e 4 a 8 meses;
  • Influenza: para grupo de risco, dose única anual;
  • Meningocócica C: entre 11 e 14 anos;
  • Febre amarela: para adolescentes não vacinados em áreas de risco ou que farão viagens para áreas de risco, dose única.
108
Q

Gestantes:

  • Conduta se suscetíveis expostas à varicela: conduta?
  • Conduta se suscetíveis expostas à hepatite B: conduta?
A
  • Conduta se suscetíveis expostas à varicela: devem receber Ig antivaricela-zóster a qualquer momento da gestação.
  • Conduta se suscetíveis expostas à hepatite B: vacina + Ig.
109
Q

Vacina da raiva: composição?

A

Vírus inativado, vacina é feita com os fibroblastos do embrião da galinha, logo, apresenta menor quantidade de proteína do ovo, não havendo CI nos pacientes com alergia ao ovo.

110
Q

As vacinas influenza, febre amarela, tríplice viral e da raiva apresentam concentrações diferentes de proteína do ovo de galinha em sua composição. Todas são contraindicadas em pacientes com alergia à proteína do ovo? Explique.

A
  • Não, a influenza e da febre amarela apresentam maior concentração, porém, apenas a da febre amarela deve ser evitada por não conter nível seguro (pode tentar dessensibilizar paciente antes). Já a influenza a recomendação é de deixar o paciente alérgico em observação por 30-60min após vacina.
  • Tríplice viral e raiva tem concentrações menores (fibroblastos), não havendo contraindicação nesses pacientes.
111
Q

A influenza pelo vírus B em crianças é mais grave do que pelo vírus A?

A

Não, são similares clinicamente, mas quando mais grave com necessidade de internação é causado pela influenza A.

112
Q

Transmissão do infleunza e outras espécies animais aos humanos é comum?

A

Não.

113
Q

VIP ou VOP: qual a mais imunogênica?

A

VIP.