Mecanismo do parto Flashcards

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1
Q

O que é o mecanismo do parto?

A

É o conjunto de movimentos passivos corporais fetais durante a sua passagem pelo canal do parto, com o objetivo de colocar os menores diâmetros do feto em concordância com os menores diâmetros da pelve.

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2
Q

Os movimentos do mecanismo do parto são resultantes de que?

A

São resultantes da contração uterina e da prensa abdominal.

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3
Q

Qual o tipo de apresentação mais comum? Qual sua linha de orientação e ponto de referência?

A

Apresentação cefálicas fletidas (95,5% das gestações).

  • Linha de orientação: sutura sagital.
  • Ponto de referência: lambda. (Símbolo: O)
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4
Q

Cite as 6 fases do mecanismo do parto na apresentação cefálica fletida.

A

1) Insinuação (ou encaixe).
2) Descida ou progressão.
3) Rotação interna.
4) Desprendimento cefálico (ou deflexão ou extensão).
5) Rotação externa.
6) Desprendimento do ovoide córmico (desprendimento das espáduas/ombros).

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5
Q

1AC- Insinuação: o que é?

A

Consiste na passagem do diâmetro biparietal pelo estreito superior da bacia (encaixe da cabeça do feto no estreito superior da bacia).

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6
Q

1AC- Insinuação: ocorre em que plano de DeLee?

A

Plano zero de DeLee.

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7
Q

Quais as variedades de posição mais comuns na insinuação?

A

OEA e OET.

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8
Q

1AC- Insinuação: o que é e para que serve o movimento de flexão? Cite o diâmetro de insinuação da apresentação.

A

É um movimento complementar que possibilita a redução dos diâmetros da apresentação, para chegar ao menor diâmetro da cabeça que é o suboccipitobregmático (9,5 cm).

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9
Q

Durante a insinuação, podem ocorrer movimentos de inclinação lateral da apresentação. Como eles são chamados?

A

Assinclitismo anterior e assinclitismo posterior.

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10
Q

Qual o assinclitismo mais frequente e que é mais encontrado em primigestas?

A

Assinclitismo posterior.

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11
Q

Assinclitismo posterior: explique a relação da sutura sagital com os reparos anatômicos.

A

“Obliquidade de Litzman”. É quando a sutura sagital está mais próxima do pube do que do sacro.

*A referência sempre é a MÃE, então quando eu tocar a mãe vou sentir o parietal posterior (mesmo que a SUTURA esteja mais próxima do pube), por isso nome!!

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12
Q

Assinclitismo anterior: explique a relação da sutura sagital com os reparos anatômicos.

A

“Obliquidade de Naegele”. É quando a sutura sagital está mais próxima do sacro do que do pube.

*A referência sempre é a MÃE, então quando eu tocar a mãe vou sentir o parietal anterior (mesmo que a SUTURA esteja mais próxima do sacro), por isso nome!!

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13
Q

O que é o sinclitismo?

A

É quando há ausência de flexão lateral, a sutura sagital está equidistante desses reparos anatômicos (promontório e sínfise púbica). É isso o que queremos.

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14
Q

Quando geralmente ocorre a insinuação em:

  • Primigestas.
  • Multíparas.
A
  • Primigestas: pode ocorrer a insinuação até 15 dias antes do início do trabalho parto.
  • Multíparas: durante o trabalho de parto.
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15
Q

2AC- Descida da progressão: o que ocorre?

A

O polo cefálico insinuado percorre a distância do estreito superior até chegar no estreito inferior.

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16
Q

2AC- Descida da progressão: Método de DeLee - o que é e quais seus planos?

A

É para determinar o grau de descida da apresentação:

  • Plano -5, -4, -3, -2, -1.
  • Plano zero: nível das espinhas ciáticas. -> quando o feto está nesse nível, diz-se que ele está insinuado.
  • Plano +1, +2, +3, +4 e +5 (vulva).
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17
Q

2AC- Descida da progressão: Planos de Hodge - o que é e quais seus planos?

A

São 4 planos paralelos também usados para determinação da descida da apresentação fetal na pelve materna:

  • 1º plano: passa pela borda superior da sínfise púbica.
  • 2º plano: tangencia a borda inferior da sínfise púbica.
  • 3º plano: fica na altura das espinhas isquiáticas (corresponde ao plano zero de DeLee).
  • 4º plano: tangencia a ponta do cóccix.

*Desuso

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18
Q

3AC- Rotação interna: definição?

A

Rotação da cabeça fetal que permite orientar a sutura sagital no sentido anteroposterior do estreito inferior (feto tem que sair da variedade transversa para OP/OS).

*Como no estreito inferior o maior diâmetro da bacia é o anteroposterior, o feto deve alocar seu maior diâmetro (sutura sagital) nesse sentido.

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19
Q

3AC- Rotação interna: qual a finalidade?

A

A rotação ocorre para posicionar o feto em OP ou OS para nascer.

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20
Q

3AC- Rotação interna: ângulos de rotação - OEA?

A

Irá rodar 45º anti-horário e nascer OP, ou rodar 135º e nascer em OS.

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21
Q

3AC- Rotação interna: ângulos de rotação - OEP

A

Irá rodar 135º em sentido anti-horário e nascer em OP, ou roda 45º e nascer OS.

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22
Q

3AC- Rotação interna: ângulos de rotação - ODA

A

Irá rodar 45º em sentido horário para OP.

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23
Q

3AC- Rotação interna: ângulos de rotação - ODP

A

Irá rodar 135º em sentido horário para OP.

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24
Q

3AC- Rotação interna: ângulos de rotação - OET

A

Irá rodar 90º em sentido anti-horário para OP e 90º para OS.

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25
Q

3AC- Rotação interna: ângulos de rotação - ODT

A

Irá rodar 90º para OP em sentido horário e 90º para OS.

26
Q

Em quais variedades de posição é possível ocorrer o desprendimento, e qual a mais comum?

A
  • OP (mais comum) e OS.
27
Q

4AC- Desprendimento (deflexão/extensão) cefálico - o que ocorre?

A

Ao término da rotação interna, a cabeça fetal desprende-se do estreito inferior pelo movimento de deflexão e com auxílio da retropulsão do cóccix (que aumenta o diâmetro da conjugata exitus em 1,5 cm) para conseguir exteriorizar o polo cefálico.

28
Q

5AC- Rotação externa: o que ocorre?

A

Ou movimento de restituição.
- Uma vez fora de genitália, a cabeça realiza um movimento e volta o occipital para o lado onde estava no momento da insinuação (ex.: estava em OET, volta pra isso).

29
Q

6AC- Desprendimento dos ombros: como ocorre?

A

Após rotação externa, faz movimento para baixo, pra desprender ombro anterior, e pra cima para desprender ombro posterior.

30
Q

Apresentações cefálicas defletida: quais são os graus?

A

Primeiro grau (bregma), segundo grau (fronte) e terceiro grau (face).

31
Q

Apresentações cefálicas defletida: Primeiro grau (bregma) - causas?

A

Vício pélvico, feto pequeno, laceração perineal, rotura prematura das membranas ovulares e placenta prévia.

32
Q

Apresentações cefálicas defletida: Primeiro grau (bregma) - linha de orientação e ponto de referência?

A
  • Linha de orientação: sutura sagitometópica (palpa ela até glabela). O diâmetro transverso da cabeça não é fixo e oscila entre o biparietal e o bitemporal.
  • Ponto de referência: bregma. (Símbolo: B).

*Sagitometópica: sutura sagital e metópica (frontal).

33
Q

Apresentações cefálicas defletida: Primeiro grau (bregma) - qual é o diâmetro da insinuação aqui?

A

Occipitofrontal, que mede 12 cm.

34
Q

Apresentações cefálicas defletida: Primeiro grau (bregma) - como ocorre o desprendimento da cabeça?

A

Em 2 tempos: movimento de flexão (liberação do occipício), seguido de movimento de deflexão (liberação da fronte e face). O restante do mecanismo do parto é similar ao anteriormente descrito.

35
Q

Apresentações cefálicas defletida: Segundo grau (fronte) - causas?

A

Vício pélvico, tumores prévios, multiparidade, vícios de conformação uterina, feto volumoso, placenta prévia e malformações fetais (dolicocefalia).

36
Q

Apresentações cefálicas defletida: Segundo grau (fronte) - linha de referência e ponto de referência?

A
  • Linha de referência: sutura metópica.

- Ponto de referência: glabela ou raiz do nariz. (Símbolo: N).

37
Q

Apresentações cefálicas defletida: Segundo grau (fronte) - qual é o diâmetro da insinuação aqui?

A

Occipitomentoniano (13,5 cm).

38
Q

Apresentações cefálicas defletida: Terceiro grau (face) - causas?

A

Polidrâmnio, amniorrexis precoce com saída intempestiva do líquido amniótico, ventre materno “em pêndulo”, vício pélvico, tumores prévios, bócio fetal congênito e malformações fetais.

39
Q

Apresentações cefálicas defletida: Terceiro grau (face) - linha de orientação e ponto de referência?

A
  • Linha de orientação: linha facial.

- Ponto de referência: mento. (Símbolo: M).

40
Q

Apresentações cefálicas defletida: Terceiro grau (face) - qual é o diâmetro da insinuação aqui?

A

Mentorretrobregmático no estreito superior, mas terminada a insinuação ocorre substituição pelo submentobregmático (9,5 cm).

41
Q

Apresentações cefálicas defletida: Terceiro grau (face) - comente sobre a descida nas apresentações mentoanteriores e mentoposteriores.

A
  • Apresentações mentoanteriores: descida é curta.
  • Apresentação mentoposteriores: não se podem completar a descida nem a rotação interna para que haja a locação do mento sob a sínfise púbica. Logo, é indicação de cesárea.
42
Q

Qual é a mais distócica das apresentações cefálicas? E a conduta?

A

Deflexão de segundo grau (apresentação de fronte). Conduta é cesárea.

43
Q

Apresentação pélvica: qual a linha de orientação e o ponto de referência?

A
  • Linha de orientação: sulco interglúteo.

- Ponto de referência: crista sacrococcígea. (Símbolo: S).

44
Q

Apresentação pélvicas: cite as 5 etapas.

A
1- Insinuação.
2- Descida e rotação.
3- Desprendimento pélvico,
4- Desprendimento das espáduas.
5- Desprendimento da cabeça derradeira.
45
Q

1AP- Insinuação: o que ocorre?

A

Ocorre quando o diâmetro bitrocantérico passa de 12 para 9,5 cm (passagem do maior diâmetro transverso -diâmetro bitrocantérico aqui- pelos limites do estreito superior).

46
Q

2AP- Descida e rotação: o que ocorre?

A

A rotação nas variedades sacroanteriores e sacroposteriores é de 45°, pois o sacro roda de uma iminência ileopectínea ou sinostose sacroilíaca à extremidade do diâmetro transverso.

47
Q

3AP- Desprendimento pélvico: o que ocorre?

A

Saída do quadril anterior com a região acima da crista ilíaca locada ao subpube e liberação do quadril posterior por retropulsão do cóccix.

48
Q

4 e 5 AP- como ocorre o desprendimento dos ombros e da cabeça fetal?

A

Manobra de Bracht: elevação do dorso fetal ao encontro do abdome materno, com consequente desprendimento espontâneo dos braços. O operador acentua a lordose fetal de forma que o polo cefálico se desprenda.

49
Q

Quais manobras usamos para desprendimento da cintura escapular (ombros) se eles continuarem impactados após manobra de Bracht?

A
  • Desprendimento dos braços in situ.
  • Lovset.
  • Rojas.
  • Deventer-Muller.
  • Pajot.
50
Q

Desprendimento da cintura escapular: como é feito o desprendimento dos braços in situ?

A

O braço posterior é desprendido sobre a face anterior do sacro, e o anterior sob a sínfise púbica. Os membros superiores devem estar bem flexionados sobre o tórax, e facilmente acessíveis. Não importa qual se desprendera primeiro.

51
Q

Desprendimento da cintura escapular: como é feita a manobra de Lovset?

A

Rotação, tração e translação de seu eixo escapular por até 180º.

52
Q

Desprendimento da cintura escapular: como é feita a manobra de Rojas?

A

Manobra idêntica à Lovset, mas aqui fazemos rotação de MAIS de 180º.

*Segura o feto pela cintura pélvica e faz movimento helicoidal com o feto (gira o feto) para que assim os ombros se desprendam -> FOTO.

53
Q

Desprendimento da cintura escapular: como é feita a manobra de Deventer-Muller?

A

Movimentos pendulares de elevação e descida do tronco fetal, facilitando o acesso aos braços.

54
Q

Desprendimento da cintura escapular: como é feita a manobra de Pajot?

A

Liberação dos braços fetais através da introdução da mão do obstetra na vagina, com o abaixamento do braço fetal (traz cada braço). Usada nos casos de braços rendidos.

*FOTO.

55
Q

Desprendimento da cabeça derradeira: cite as manobras usadas.

A

Manobra de Bracht (tenta dnv após a liberação dos ombros); manobra de Liverpool associada à manobra de McRoberts; fórcipe de Piper (pode ser usado para cabeças derradeiras persistentes); manobra de Mauriceau; manobra de Wiegand-Martin-Winckel; manobra de Champetier de Ribes.

56
Q

Desprendimento da cabeça derradeira: fale sobre manobra de Bracht e de Liverpool

A
  • Após a liberação dos braços, podemos tentar novamente a manobra de Bracht visando à liberação da cabeça fetal.
  • Se insucesso na de Bracht, podemos fazer a manobra de Liverpool: deixar corpo do feto pendendo por uns 20seg para promover a descida do polo cefálico, após a qual o feto é levantado de tal forma que sua cabeça gire em torno da sínfise materna. Deve ser associada à manobra de McRoberts.
57
Q

Desprendimento da cabeça derradeira: como é a manobra de Mauriceau?

A

O feto é apoiado sobre o antebraço do obstetra que introduz os dedos médios e indicador na boca do feto, fletindo o polo cefálico.

*FOTO.

58
Q

Desprendimento da cabeça derradeira: como é a manobra de Wiegand-Martin-Wieckel?

A

Semelhante à de Mauriceau, só que com pressão na cabeça fetal através do abdome materno. Indicado na cabeça derradeira que não se insinuou.

59
Q

Desprendimento da cabeça derradeira: como é a manobra de Champetier de Ribes?

A

Realizada por 3 pessoas: uma comprimindo a cabeça fetal através de pressão suprapúbica; a segunda tracionando o feto pelos pés e a última flexionando o feto pela cintura escapular. Indicado na cabeça derradeira que não se insinuou.

60
Q

Apresentação córmica: qual a linha de orientação e o ponto de referência?

A
  • Linha de orientação: dorso.

- Ponto de referência: acrômio. (Símbolo: A).