Síndrome nefrótica Flashcards
Qual o sintoma mais predominante na síndrome nefrótica?
Edema
Diferença entre proteinúria seletiva e não seletiva
A MBG é negativa e, por isso, repele proteínas de carga negativa (albumina) e não deixa elas passarem.
Proteinúria seletiva: à custa de albumina (carga)
Não seletiva: perda proporcional (tamanho)
Tríade da síndrome nefrótica
Proteinúria nefrótica (>3,5 g/dia ou >50g/kg/dia em crianças ou relação proteína/creatinina >2)
Hipoalbuminemia (<3 g/dL)
Edema
Por que há hiperlipidemia na síndrome nefrótica?
Para compensar, o fígado começa a produzir proteínas. Ex: alfa-2-globulina, lipoproteínas
Por que o paciente com síndrome nefrótica fica propenso a PBE?
Devido a ascite gerada pelo edema/hipoalbuminemia
Também há aumento de infecção pela perda de imunoglobulinas
Quadro clínico da síndrome nefrótica
Urina espumosa (proteinúria importante)
Edema significativo e anasarca
Hiperlipidemia (CT, TG) e lipidúria, cilindros graxos
Tendência a fenômenos trombóticos
Tendência a hipogamaglobulinemia
Principais complicações da síndrome nefrótica
Proteinúria –> perda de hormônios, metais, vitaminas
Albuminúria –> desnutrição, perda de fatores de coagulação (perde anti-trombina III e aumenta o risco de eventos trombóticos) –> trombose de veia renal, TVP, TEP
Hipoalbuminemia –> aumento da síntese hepática de lipoproteínas (hiperlipidemia) –> aterogênese acelerada
Infecções –> PBE por pneumococo (devido a ascite)
Clínica da trombose da veia renal
Dor lombar
Hematúria
Piora da proteinúria
Assimetria renal (pois rim afetado fica congesto)
Varicocele à esquerda (pois a V.testicular esquerda drena para a veia renal)
Etiologias da trombose de veia renal
Glomerulopatia membranosa (“membranosa trombosa”. É a principal)
Glomerulonefrite membranoproliferativa
Amiloidose
O risco de trombose varia entre as causas de síndrome nefrótica, sendo o mais elevado nos pacientes com:
Nefropatia membranosa
bisu: “Nefropatia membranosa trombosa”
Associada à proteinúria maciça, existe uma perda importante de fatores antitrombóticos (destaque para a antitrombina III, que faz parte do sistema fibrinolítico).
Tratamento da trombose de veia renal
Anticoagulação
Na síndrome nefrótica, a queda de antitrombina III pode promover o que?
Aumento do risco de eventos trombóticos
Porque um paciente com síndrome nefrótica fica sujeito a uma anemia ferropriva refratária a reposição com sulfato ferroso?
Pois ele perde transferrina pela urina (proteína que leva o ferro até a medula óssea)
Ao investigar síndrome nefrótica, temos que descartar causas secundárias para poder atribuir a uma causa primária. Quais são as possíveis causas secundárias?
Nefropatia diabética (glicemia em jejum)
HIV, hepatites B e C
Esquistossomose
Paraproteínas (eletroforese de proteínas)
Doenças autoimunes (complemento, FAN, VSH, PCR)
Quais são as principais causas primárias de síndrome nefrótica?
Doença por lesões mínimas
Glomerulopatia Membranosa
Membrano-proliferativa mesangial
GESF
Síndrome nefrótica em crianças costuma ser causada por que doença?
Doença por lesão mínima
a segunda causa mais comum de síndrome nefrótica na criança é a GESF.
Fisiopatologia da doença por lesão mínima
Perda da carga negativa da membrana basal (proteinúria seletiva)
Fusão e retração dos podócitos –> perde proteínas por tamanho também
ocorre devido à perda da barreira eletrostática da membrana basal glomerular.
Ocorre pela perda do heparan sulfato e do ácido siálico que são as cargas negativas da membrana e como há essa quebra da barreira eletrostática, permitindo a passagem da albumina.
Toda síndrome nefrótica indica biópsia renal?
Sim. Exceto se criança de 1-8 anos ou diabetes/obesidade.
*Criança costuma ter resposta dramática ao corticoide. Por isso, criança com Sd nefrótica pura = primeiro tratar! Só biopsia se houver falta de resposta.