Doença Renal Crônica Flashcards
O que é DRC?
TFG < 60
ou
TFG>60 + Lesão da estrutura renal (alteração de urina ou imagem)
por um período > 3 meses
Para avaliar a filtração glomerular, qual é o marcador ideal e o marcador mais utilizado para isso?
Ideal: Clearance de Inulina
Mais utilizado: Clearance de Creatinina
Existem 3 fórmulas usadas para estimar a TFG. Que parâmetros a fórmula MDRD leva em conta?
Cr, idade, gênero e raça
Existem 3 fórmulas usadas para estimar a TFG. Que parâmetros a fórmula CKD-EPI leva em conta?
Cr, idade e gênero
Existem 3 fórmulas usadas para estimar a TFG. Como é a fórmula Cockcroft-Gault?
TFGe= (140-idade) x peso / Cr x 72
x0,85 (em mulheres)
Existem 3 fórmulas usadas para estimar a TFG. Qual a mais utiizada e que garante maior precisão?
CKD-EPI
Existem 3 fórmulas usadas para estimar a TFG. Podemos utilizá-las em um paciente com IRA?
Apenas utilizar em pacientes ambulatoriais e com a função renal estável
O que o Estadiamento da DRC leva em conta?
G de glomerular
A de albumina
Estadiamento da DRC: TFG
G1: TFG ≥90
G2: TFG > 60
G3a: >45
G3b: >30
G4: >15
G5: <15
*Bisu: fazer círculo dividido em 4 quadrantes
Estadiamento da DRC: Albuminúria
A1: RAC<30
A2:RAC 30-300
A3: RAC >300
Que exames podemos utilizar para investigar um dano renal?
SU
Proteinúria de 24h
Relação albumina/creatinina urinária
USG de vvuu
Achados de DRC no USG de vvuu
Rins de dimensões reduzidas (área de cicatriz, fibrose, retrai e diminui o tamanho)
Perda da diferenciação cortico-medular
Afilamento do córtex
Hiperecogenicidade do parênquima
Nem todo paciente com DRC terá um rim com tamanho reduzido. Em que situações um paciente com DRC possui rim de tamanho normal ou aumentado?
“PANDA”
Policísticos (rins)
Anemia falciforme
Nefropatia obstrutiva e por HIV
Diabetes Mellitus (glomerulomegalia)
Amiloidose
Esclerodermia
Quais as principais causas de DRC no Brasil e no mundo?
HAS
DM
Causas de DRC
HAS
DM
Pielonefrite crônica, NIC, Litíase
LES, vasculites, abuso de AINEs
Progressão de NTA ou IRA
Uropatia obstrutiva
Doença renal policística
Quais as 3 funções básicas do rim?
Endócrina: renina, eritropoetina e calcitriol
Excretora: ureia, creatinina, medicamentos
Homeostática: equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico
Manifestações clínicas do paciente com DRC
Náuseas, vômitos, falta de apetite (intoxicação de toxinas urêmicas que não está excretando direito)
Desnutrição (nauseado e inapetente não come direito)
Palidez, astenia (anemia)
Fragilidade óssea
Hipertensão/ Hipervolemia
Disfunção sexual
Anemia no paciente com DRC
Precisamos descartar causa carêncial: avaliar ferropenia, deficiência de ácido fólico/vitamina b12.
Se tiver, iremos repor
Quando iremos repor ferro em um paciente com anemia carêncial?
IST<30%
Ferritina<500
Qual o alvo de Hb no paciente com DRC?
Manter Hb entre 10-11,5
Quando iremos fazer reposição de eritropoetina no paciente com DRC?
Se descartamos causas carênciais e Hb<10
Principal efeito colateral da eritropoietina
Hipertensão
Como fazemos a reposição de ferro no paciente com DRC?
Sacarato de hidróxico férrico 100 mg + SF 0,9% 100 ml EV 3x/semana
Total de 10 doses
É um “pulso” de ferro
Iremos acompanhando o IST e ferritina
Como fazemos a reposição de vitamina b12 no paciente com DRC?
Cianocobalamina 1000 mcg/dose
Como fazemos a reposição de ácido fólico (vitamina b9) no paciente com DRC?
Ácido fólico 1-5 mg/dia
Como fazemos a reposição de eritropoieitina no paciente com DRC?
Dose inicial: 20-50 UI/kg 3x/semana
Porque a DRC pode gerar Hiperparatireoidismo secundário?
Redução da TFG –> Hiperfosfatemia –> o fósforo vai quelar o cálcio –>Hipocalcemia –> paratireoide é estimulada a trabalhar mais –> Hiperparatireoidismo secundário
É a osteodistrofia renal. Progressão da doença mineral óssea devido ao distúrbio renal. Distúrbio mineral-ósseo
A partir de que TFG começa a surgir um distúrbio mineral-ósseo?
TFG <30-45
O que podemos administrar em paciente em estágio pré-diálise para evitar distúrbio mineral-ósseo?
Dieta pobre em fósforo
Quelantes de fósforo
Calcitriol (diminui a sensibilidade da paratireoide)
Manejo do distúrbio mineral-ósseo
Dieta pobre em fósforo
Quelantes de fósforo (se P>4,5 com dieta ajustada)
Vitamina D (se <30)
Exemplo de quelantes de fósforo, administrados em paciente dialíticos
Carbonato de Cálcio
Acetato de cálcio
Sevelamer
Por que acontece acidose no paciente com DRC?
Redução da TFG –> redução na excreção ácida –> acidose –> consequências multissistêmicas e associação com mortalidade
A partir de que TFG começa a surgir acidose?
TFG <40-50
Alvo de bicarbonato no paciente com DRC
Alvo de >22 mEq
a literatura atual indica a reposição de bicarbonato de sódio para diminuição da acidose e da progressão da DRC.
Na DRC, qual o distúrbio do K presente?
Hipercalemia
Perda a capacidade de excretar potássio
Qual a perda de TFG esperada por ano, no paciente com DR?
Declínio médio de função de <4 ml/min/ano
Manejo da DCR. Quais são os fatores modificáveis?
Tratamento da causa base (HAS, DM)
Controle de PA e controle de glicemia
Restrição de sódio e proteína
Bloqueio do SRAA (IECA, BRA) –> reduz proteinúria
iSGLT2
Correção da acidose (manter BIC >22)
Correção da anemia
Abandono do tabagismo
Alvo da PAS e PAD no paciente com DRC
PAS 125-130
PAD<80
Os IEA/BRA tem benefícios em pacientes com proteinúria e devem ser mantidos até os estágios finais da DRC. Mas em que situações devemos suspendê-los?
Hipercalemia não controlada
Aumento de Cr>30% nas primeiras 6-8 sem
Doença renovascular bilateral
Quando devemos encaminhar o paciente com DRC para um nefrologista?
IRA ou queda abrupta da TFG
TFG <30
Albuminúria ou proteinúria
Sedimento ativo no SU (proteinúria, hematúria)
DRC + HAS de difícil controle
Nefrolitíase
Doença renal hereditária
DHE recorrentes
Vacinações para o paciente com DRC
Hepatite B
Gripe
COVID-19
Principal causa de mortalidade nos pacientes com DRC
Doenças cardiovasculares
Quais os tipos de DRC que cursam com rins normais ou aumentados?
Diabetes mellitus, nefropatia por HIV, amiloidose e a doença renal policística
A taxa de perda da filtração glomerular irá depender da etiologia. Exemplo: Na nefropatia diabética a perda é de ____ml/min/ano
4 ml/min/ano
O sinal mais precoce da doença renal crônica é:
Noctúria
decorrente da perda da capacidade de concentrar urina
As principais anormalidades laboratoriais da DRC são:
Hipercalemia (porque o potássio é excretado pelos rins)
Elevação das escórias nitrogenadas (como existe uma falha no funcionamento do órgão há o acúmulo de ureia e creatinina. Não está excretando)
Hipocalcemia (devido à deficiência de vitamina D. O rim é responsável pela produção do calcitriol)
Hiperfosfatemia (acontece devido a hipocalcemia, com os níveis de cálcio baixos, tende-se a reabsorver fósforo, inclusive é um bom marcador de DRC)
Anemia normo-normo (acontece por deficiência de eritropoetina)
Acidose metabólica (porque temos acúmulo de ácido sulfúrico e o paciente perde a capacidade de reabsorção de bicarbonato)
A etiologia da DRC na infância é dependente da faixa etária, sendo sua principal causa:
as malformações renais congênitas
clASSIFICAÇÃO G2 A1
Todo paciente transplantado renal é considerado portador de DRC?
Sim. Uma vez portador de DRC, para sempre doente renal crônico.
A hemodiálise e a diálise peritoneal são equivalentes?
Sim,
A escolha será adaptada a cada serviço e a cada paciente. Por exemplo, para a diálise peritoneal, o paciente tem que ter uma boa condição socioeconômica, boa cognição, porque ele que fará a sua própria diálise diariamente, geralmente à noite. Além disso, se houver alguma patologia intra-abdominal ou ascite não se indica esse tipo de diálise, induz perda proteica, mas é mais tolerável para os pacientes que têm doenças cardiovasculares, por alterar menos o status hemodinâmico. Por outro lado, para a hemodiálise é necessário um acesso venoso, é preciso ir ao hospital no mínimo 3 vezes por semana para realizar, mas tem o conveniente de não precisar muito da colaboração do paciente
Caso indicada hemodiálise em paciente ainda sem confecção de fístula artéria-venosa, o sítio preferencial de punção venosa central para implante de cateter é:
Veias jugulares e femorais até a confecção da fístula.
Recomenda-se evitar a punção da veia subclávia pois pode causar um dano nesse vaso (já que o cateter é calibroso), provocar estenose e prejudicar a confecção de fístulas futuramente