Leucemias agudas e crônicas e LMA Flashcards

1
Q

Hematopoiese: que células derivam da linhagem linfoide e quais da linhagem mieloide?

A

Mieloide: eritrócitos, plaquetas, monócitos/macrófagos, neutrófilos, eosinófilos, basófilos

Linfoide: linfócitos B e T

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2
Q

O que é a leucemia?

A

Acúmulo de células doentes na medula óssea com substituição das células normais

É resultado de uma alteração genética adquirida no DNA de células em desenvolvimento na medula óssea

Doença genética causada por acúmulo de mutações

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3
Q

Mecanismos de mutação genética que promove o surgimento de um câncer

A

Ativação de genes anti-apoptóticos
Ativação de proto-oncogenes
Inibição de genes supressores tumorais

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4
Q

Diferença entre leucemias agudas e crônicas

A

Agudas: presenças de células imaturas (blastos), de origem linfoide ou mieloide. Evolução rápida e abrupta. Precisa de tratamento rápido e mais agressivo.

Crônicas: as células presentes são mais maduras que as da aguda. Quadro mais indolente e arrastado. Mais frequente em pacientes com idade mais avançada.

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5
Q

Como suspeitar de uma leucemia?

A

a) Pancitopenia:
- Anemia
- Neutropenia (infecções)
- Plaquetopenia (sangramentos)

b) Leucocitose com aumento de blastos, desvio escalonado, linfocitose (sempre avaliar as células na hematoscopia)

c) Febre neoplásica, adenomegalias, hepatoesplenomegalia, dor óssea, dor testicular, infiltração gengival

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6
Q

Qual o tipo de leucemia mais comum em pacientes adultos?

A

Leucemia Mieloide aguda (LMA)

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7
Q

Qual tem pior prognóstico: Leucemia aguda primária ou Leucemia aguda secundária?

A

Leucemia Aguda secundária

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8
Q

Fatores de risco para Leucemia Aguda secundária

A

Doença hematológica prévia (síndrome mielodisplásica, neoplasias mieloproliferatiras)
Passado de RT ou QT
Exposição à radiação ionizante ou benzeno
Síndrome de Down
Vírus HTLV-1 (vírus da leucemia/linfoma das células T humanas)

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9
Q

Qual a mais comum: leucemia aguda primária ou secundária?

A

Primária, pois na maioria das vezes, não é encontrado nenhum fator de risco associado.

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10
Q

Que exames podem ser utilizados para o diagnóstico da LMA?

A
  1. Mielograma (morfologia das células, presença de > 20% de blastos na MO ou sangue periférico). É o principal exame.
  2. Citoquímica (composição bioquímica celular): pode diferenciar se o blasto é de linhagem linfoide ou mieloide
  3. Imunofenotipagem (citometria de fluxo): é o ideal para diferenciar se o blasto é de linhagem linfoide ou mieloide
  4. Citogenética (cariótipo-FISH, RT-PCR): avalia prognóstico do paciente
  5. Biologia molecular: avalia prognóstico do paciente
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11
Q

Como é feito o diagnóstico de leucemia mieloide aguda?

A

> 20% de blastos em MO (mielograma) ou sangue periférico (hemograma)
ou
Presença de um sarcoma mielóide/granulocítico (sarcoma com presença de blastos de origem mieloide na biópsia)
ou
Alterações citogenéticas

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12
Q

O que são os bastonetes de Auer presentes na hematoscopia?

A

Bastonetes de Auer: aglomerado de grânulos formando um bastão. São característicos da linhagem mieloide.

Blastos de origem mieloide (células imaturas, com citoplasma e núcleos aumentados).

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13
Q

Quadro clínico da LMA

A

Citopenias (anemia, leucopenia, neutropenia, plaquetopenia)

Infiltração tecidual (hepatoesplenomegalia, dor óssea, hipertrofia gengival, sintomas neurológicos, dor testicular, adenomegalia)

Leucostase (leucocitose >100.000) - aumento de viscosidade sanguínea podendo propiciar sintomas neurológicos e respiratórios

Sintomas constitucionais (febre, perda de peso, sudorese noturna)

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14
Q

Achados de LMA no hemograma

A

Anemia normocítica normocrômica
Leucocitose ou leucopenia (aumento de blastos)
Hiato leucêmico (presença de células maduras e de blastos, apenas de blastos, sem ter meta/mielócitos ou promielócitos)
Plaquetopenia

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15
Q

Fatores que influenciam no prognóstico do paciente com LMA

A

Idade
Leucocitose >100.000
LMA secundária
Refratariedade ao tratamento inicial
Alterações citogenéticas
Comorbidade
Perfomance status

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16
Q

Tratamento da LMA

A

Quimioterapia
Dieta (pois farão QT ficando com imunidade muito baixa. Preferir frutas com casca grossa e carne bem passada, evitar alimentos crus, por exemplo)
Analgesia
Antieméticos
Antibióticos (tratamento ou prevenção de infecções)
Terapia trasnfusional

17
Q

QT da LMA: quais são os objetivos das fases de indução e de consolidação?

A

Fase de indução: para remissão completa

Fase de consolidação (QT ou Tx de MO alogênico): para evitar doença residual mínima

18
Q

O que é Tx de MO autólogo e alogênico?

A

Autólogo: o objetivo é que o paciente consiga receber uma dose alta de QT (irá destruir todas as células da MO). Recebe células do próprio paciente, para que sejam proliferadas novas células saudáveis. Usamos em linfoma e mieloma múltiplo.

Alogênico (aparentado ou não): utilizado em leucemias agudas.

19
Q

Etapas do preparo do receptor de TX de MO

A
  1. Condicionamento (QT intensa para destruir as células da MO do paciente)
  2. Infusão da medula óssea doadora (células tronco).
  3. Recuperação após aplasia
20
Q

O que é a Leucemia Promielocícita aguda (LMA M3)?

A

É uma urgência hematológica! Alto risco de sangramento.

Complexos repressores são formados e não respondem a doses fisiológicas de ácido reitnoico –> levando a bloqueio de diferenciação e maturação mieloide

Possuem sensibilidade ao Atra (ácido trans-retinoico)

Alteração citogenética: t (15;17)

21
Q

Quadro clínico da Leucemia Promielocícita aguda (LMA M3)

A

É uma urgência hematológica! Alto risco de sangramento.

Semelhante a LMA + Manifestações hemorrágicas (risco de CIVD)

Plaquetopenia
TP e TTPA alargados
Fibrinogênio consumido

22
Q

Tratamento da Leucemia Promielocícita aguda (LMA M3)

A

Ácido AII-Trans-Retinóico (ATRA)

Iniciar imediatamente!
Ele permite a progressão da diferenciação celular