Distúrbios da via intrínseca e extrínseca Flashcards
Quais os principais distúrbios da via intrínseca?
Hemofilias A, B e C
São doenças raras, mais frequentes em homens, pois são doenças recessivas ligadas ao cromossomo X
Quais fatores estão deficientes nas hemofilias A,B e C?
A: fator VIII (é a mais frequente)
B: fator IX
C: fator XI (é a mais rara)
É possível diferenciar a hemofilia A da B pelo quadro clínico?
Não
Tríade do quadro clínico das hemofilias A e B
Hemorragia (trato GI e GU)
Hemartrose em grandes articulações
Hematomas musculares
Quando suspeitar de uma hemofilia?
Criança com histórico de hematomas após vacinas, hemartrose ou hematomas profundos de repetição
+
História familiar importante
Diagnóstico de hemofilia
Plaquetas, TP, INR e fibrinogênio normais
TTPA alargado (temos que solicitar o teste da mistura)
Fatores VIII e IX diminuídos
Tratamento das hemofilias
Reposição dos fatores de coagulação que são deficientes
Deficiência adquirida de fator de coagulação (VIII) é raro? Quando suspeitar?
Sim. É raro.
Suspeitar quando há hematomas extensos espontâneos + TTPa alargado
Quais os principais distúrbios da via extrínseca?
Congênito: deficiência do fator VII (raríssimo)
Adquiridos:
-Uso de cumarínicos (anticoagulantes antagonistas da vitamina K)
-Doença hemorrágica do RN
-Doença hepática crônica/colestase
Como fazemos a profilaxia da Doença hemorrágica do RN?
Administração de Vitamina K na sala de parto
Como diferenciar se o paciente apresenta distúrbio de coagulação por uma DHC ou por uma colestase?
Fazer o teste terapêutico com vitamina K
Colestase: A colestase diminui a absorção da vitamina K, então quando fazemos a reposição de vitamina K, o INR normaliza
DHC: após a reposição, o INR não normaliza pois há deficiência dos fatores de coagulação
O que é CIVD?
Ativação maciça de coagulação, plaquetas e fibrinólise
Ocorre Trombose microcirculatória + Hemorragia
Gatilhos para CIVD
Infecção (meningococcemia, sepse por gram negativos)
Traumas
Tumores sólidos ou neoplasias hematológicas (leucemia promielocítica M3)
Condições obstétricas
Alterações de exames laboratoriais presentes na CIVD
Hemólise + esquizócitos (anemia hemolítica microngiopática)
Aumento do TS, TAP, INR, PTT/TTPA, tempo de trombina, D-dímero
Consumo exagerado de plaquetas e de fibrinogênio (estão diminuídos)
Tratamento da CIVD
Suporte clínico + estabilização hemodinâmica
Suporte transfusional
Tratamento da causa base
Qual o manejo da epistaxe?
Contenção do sangramento, na epistaxe anterior, por exemplo, pode ser feita a compressão digital com a cabeça fletida para frente com o objetivo de evitar deglutição de sangue e coágulos + gaze com vasoconstrictor.
Geralmente, as epistaxes acometem a região anterior do nariz, já a epistaxe posterior é mais rara e grave. As anteriores podem estar associadas à rinite alérgica, trauma local ou colocação de corpo estranho, já as posteriores se associam a malformações vasculares, por exemplo. O manejo inicial desses pacientes é a contenção do sangramento, na epistaxe anterior, por exemplo, pode ser feita a compressão digital com a cabeça fletida para frente com o objetivo de evitar deglutição de sangue e coágulos, ademais, pode ser feita a rinoscopia com cauterização do vaso ou utilização de gaze com vasoconstrictor. Nas epistaxes posteriores devem ser manejadas com a colocação de um tampão anterior (seguimento ambulatorial) ou um tampão anteroposterior (internamento hospitalar).