AVC Flashcards
Acidente Vascular Encefálico (AVE)
Déficit neurológico súbito e focal, pode ser isquêmico ou hemorrágico
Definição de AVE
Déficit neurológico focal súbito
Tipos de AVE
Isquêmico (80%) e hemorrágico (20%)
Isquemia
Redução do fluxo sanguíneo para o cérebro, causando déficit neurológico
Hemorragia
Ruptura de vaso sanguíneo no cérebro, causando déficit neurológico
Anoxia
Falta de oxigênio no tecido cerebral
Déficit súbito
Manifestações clínicas que ocorrem de repente, como perda de função motora ou de fala
Déficit neurológico focal
Perda de função específica devido a uma área do cérebro afetada
Trombo
Coágulo de sangue que pode causar isquemia
Acidente Isquêmico Transitório (AIT)
Déficit neurológico transitório, geralmente melhora em 15 minutos, sem infarto neuronal identificado por neuroimagem
Diagnóstico de AIT
Necessidade de neuroimagem para confirmar ausência de infarto neuronal
Tratamento de déficit neurológico focal com mais de 10-15 minutos
Tratar como AVE
Exame inicial para diferenciar AVE isquêmico de hemorrágico
TC de crânio sem contraste
Objetivo da TC de crânio
Afastar hemorragia
Achados na TC para AVE hemorrágico
Lesão HIPERdensa
Achados na TC para AVE isquêmico
Lesão HIPOdensa em 24-72h, pode ser normal no início
Importância da TC
Afastar diagnóstico de AVE hemorrágico
Repetição de neuroimagem
Recomendada entre 24-72 horas após o evento inicial
Vantagens da RM em relação à TC
Melhor identificação de AVE precoce, infartos lacunares e de fossa posterior
Técnicas de RM para AVE
Difusão (DWI) e perfusão (PWI)
Penumbra cerebral
Áreas de tecido cerebral em risco de infarto que podem ser visualizadas por técnicas de perfusão
Objetivo da abordagem na fase aguda do AVE isquêmico
Minimizar déficits e salvar a penumbra isquêmica
Penumbra isquêmica
Área de neurônios viáveis que podem ser salvos se a perfusão for otimizada rapidamente
Estabilização clínica no AVE isquêmico
Controlar temperatura, sódio, glicemia e permitir hipertensão permissiva
Importância de checar glicemia capilar
Hipoglicemia pode causar déficit neurológico focal
Quando reduzir a pressão arterial no AVE isquêmico
Se outra emergência hipertensiva ou se PA > 220 x 120 (sem trombólise) ou PA > 185 x 110 (com trombólise)
Medicamentos para reduzir PA no AVE isquêmico
Labetalol (escolha) e nitroprussiato
Estratégia de hipertensão permissiva
Permitir hipertensão para melhorar perfusão cerebral na penumbra isquêmica, mas com limites
Limites de PA na hipertensão permissiva
Reduzir se PA > 220 x 120 (não candidato à trombólise) ou PA > 185 x 110 (candidato à trombólise)
Terapia antitrombótica no AVE isquêmico
AAS (160-300mg) + heparina profilática nas primeiras 48h, aguardar 24h se fez trombolítico
Principal tratamento do AVE isquêmico
Considerar trombólise com rTPA (0,9mg/kg, máx 90mg) até 4,5 horas após início dos sintomas
Critérios para trombólise
PA < 185 x 110, ausência de contraindicações, delta-T < 4,5h, neuroimagem sem hemorragia
Contraindicações para trombólise
TCE, AVE ou cirurgia intracraniana nos últimos 3 meses, história de hemorragia intracraniana, dissecção aórtica conhecida ou suspeita, coagulopatia, plaquetas < 100.000, PTT > 40s, INR > 1,7, TP > 15s, sintomas leves (NIHSS 0-5), sangramento gastrointestinal nos últimos 21 dias
Prevenção de recorrência de AVE isquêmico
Iniciar antiagregação plaquetária com AAS nas primeiras 24-48h
Uso de AAS após trombólise
Aguardar 24h para iniciar AAS
Endovascular: Trombectomia mecânica
Considerar se delta-T até 24h (ideal até 6h), oclusão de grande artéria (carótida interna, segmento inicial da cerebral média) e NIHSS > 6
Tempo ideal para trombectomia por Stent
Idealmente nas primeiras 6h dos sintomas de isquemia
Relação entre trombectomia e trombólise
Trombólise é prioritária e não deve ser adiada, mas trombectomia pode ser feita adicionalmente, se necessário
Tratamento crônico e prevenção secundária do AVE isquêmico
Abordagem depende da causa. Exames necessários: ECG, ECO e DUPLEX-SCAN de carótidas e vertebrais.
Principal causa de AVE aterotrombótico
Aterosclerose (35%). Evento gradual que piora ao longo das horas.
Principal fator de risco para AVE aterotrombótico
Hipertensão arterial sistêmica (HAS).
Tratamento do AVE aterotrombótico
AAS, estatina, anti-hipertensivo. Controlar fatores de risco.
Indicação de endarterectomia
Placa culpada na carótida com oclusão > 70%.
Exemplo de indicação de endarterectomia
Hemiplegia à esquerda + obstrução de 75% na carótida direita e 85% na carótida esquerda = endarterectomia à direita.
Principal causa de AVE cardioembólico
Fibrilação atrial (FA) e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Evento súbito e máximo desde o início.
Tratamento do AVE cardioembólico
Anticoagulação plena. Se AVEI extenso, aguardar 14 dias devido ao risco de transformação hemorrágica.