História Das Políticas públicas/República Velha Flashcards

1
Q

Explique como era a saúde na época da república velha (1889-1930):

A
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Q

Durante o período da República Velha, a medicina higienista passou a ter ênfase no Brasil e a determinar o planejamento urbano das grandes cidades. As medidas jurídicas de davam de maneira impositiva .
Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro.Os higienistas tinham poder de polícia e usavam a força para impor a vacinação,por exemplo .

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3
Q

No âmbito das políticas sociais, pela Constituição de 1891, cabia aos ESTADOS a responsabilidade pelas ações de saúde, de saneamento e de educação.
Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro.

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4
Q

Segundo Brasil (2007), a incorporação dos novos conhecimentos clínicos e
epidemiológicos às práticas de proteção da saúde coletiva levaram os governo
republicanos, pela primeira vez na história do País, a elaborar minuciosos pIanos de
combate às enfermidades que reduziam a vida produtiva, ou útil, da população.
Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro. Para Lima (2005) apud Brasil (2007), a política foi o resultado do
encontro de um movimento sanitarista, organizado em torno da proposta de políticas de saúde e saneamento, com a crescente
consciência por parte das elites políticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitário existente no País.

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5
Q

Durante o período da república velha no Brasil , As políticas de saúde, cujo início efetivo pode ser indicado em fins da década de 1910, encontravam-se associadas aos problemas da integração nacional e à consciência da interdependência gerada pelas doenças transmissíveis .
Verdadeiro ou falso ?

A

Verdadeiro. Durante o período da República Velha no Brasil (1889-1930), as políticas de saúde começaram a ganhar forma efetiva principalmente a partir da década de 1910, em resposta à necessidade de enfrentar as doenças transmissíveis que impactavam significativamente a população. Essas políticas estavam estreitamente ligadas aos desafios da integração nacional e ao reconhecimento da interdependência entre as regiões, exacerbada pelas epidemias que ameaçavam o desenvolvimento econômico e a estabilidade social. A saúde pública, nesse contexto, tornou-se um aspecto crucial para o progresso e a modernização do país, refletindo também nas políticas de saneamento e na criação de infraestruturas de saúde.

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6
Q

Durante o período da República Velha (1889-1930) não houve indícios de uma Política de Saúde efetiva, uma vez que a participação do estado na área da saúde era limitada as épocas de surtos epidêmicos .
Verdadeiro ou falso?

A

Falso. Durante a República Velha (1889-1930), existem indícios de que as políticas de saúde começaram a tomar uma forma mais estruturada e abrangente, diferentemente dos períodos anteriores. A participação do estado na área da saúde não se limitava apenas às épocas de surtos epidêmicos; ao contrário, a intervenção estatal em saúde começou a estender-se por todo o tempo e a todos os setores da sociedade. Este desenvolvimento pode ser atribuído à necessidade de controlar doenças que impactavam significativamente a economia e o bem-estar da população, o que levou a um esforço mais coordenado e contínuo do governo. Figuras como Oswaldo Cruz e Carlos Chagas foram fundamentais nesse período, liderando campanhas de saneamento e medidas contra epidemias que ajudaram a estabelecer as bases para uma política de saúde mais consistente e integrada no Brasil.

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7
Q

Como as epidemias de varíola, malária, febre amarela e peste influenciaram as políticas de saúde pública e as reformas urbanas no Rio de Janeiro no início do século XX?

A

As epidemias de varíola, malária, febre amarela e peste tiveram um impacto profundo nas políticas de saúde pública e nas reformas urbanas no Rio de Janeiro no início do século XX. O cenário caótico de saúde impulsionou várias mudanças significativas:

  1. Reformas Sanitárias: As graves epidemias que assolavam a cidade levaram à necessidade urgente de reformas sanitárias para controlar a disseminação de doenças. Isso incluiu a implementação de infraestrutura de saneamento básico, como esgotos e fornecimento de água potável, que eram escassos ou inadequados na época.
  2. Reforma Urbana: Sob a liderança do prefeito Pereira Passos e do médico sanitarista Oswaldo Cruz, o Rio de Janeiro passou por uma extensa reforma urbana conhecida como a “Reforma Passos”. Essa reforma incluiu a demolição de cortiços e a construção de avenidas largas, melhor ventilação e iluminação, visando eliminar as condições que favoreciam a proliferação de doenças.
  3. Campanhas de Saúde Pública: Oswaldo Cruz instituiu campanhas de saúde pública para o combate às doenças. Por exemplo, na luta contra a febre amarela, ele organizou a erradicação do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença. Foram implementadas medidas como a vacinação obrigatória contra a varíola, o que gerou resistência inicialmente, mas foi crucial para controlar a disseminação da doença.
  4. Legislação de Saúde Pública: As epidemias também levaram à criação de leis e regulamentos de saúde mais rigorosos, reforçando a autoridade do estado na gestão da saúde pública e na implementação de medidas sanitárias.

Essas ações não apenas ajudaram a controlar as epidemias mas também modernizaram o espaço urbano do Rio de Janeiro, transformando a cidade em um lugar mais habitável e saudável.

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8
Q

Essa carga de doenças (Malária,Varíola,febre amarela,etc…) acabou gerando sérias
consequências tanto para saúde coletiva quanto para outros setores como o do comércio exterior , visto que os navios estrangeiros não mais queriam atracar no porto do Rio de Janeiro em função da situação sanitária existente na cidade.
Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro . Rodrigues Alves, então presidente do Brasil, nomeou Oswaldo Cruz, como Diretor do Departamento Federal de Saúde Pública, que se propôs a erradicar a epidemia de febre amarela na cidade do Rio de Janeiro .

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9
Q

Em que contexto ocorreu a revolta da vacina ?

A
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10
Q

Quais eram as principais características do Modelo Campanhista?

A

O Modelo Campanhista foi uma estratégia adotada no Brasil, principalmente durante o início do século XX, como parte das políticas de saúde pública. Este modelo é caracterizado por várias práticas e abordagens específicas, incluindo:

  1. Foco em Campanhas: Como o nome sugere, o modelo era centrado em campanhas específicas destinadas a combater epidemias de doenças infecciosas, como febre amarela, varíola e malária. As campanhas eram temporárias e focadas em metas imediatas.
  2. Intervenções Verticalizadas: As ações eram tipicamente verticalizadas, ou seja, implementadas de cima para baixo, sem uma participação significativa das comunidades locais na tomada de decisões. As campanhas eram planejadas e dirigidas por autoridades federais ou estaduais, com pouca integração com os sistemas de saúde locais.
  3. Uso de Medidas Drásticas: Frequentemente, as campanhas utilizavam métodos drásticos, como desinfecção forçada, quarentenas, e até mesmo demolição de habitações consideradas insalubres. Tais medidas, embora eficazes em controlar as epidemias, muitas vezes eram implementadas sem o consentimento ou consideração pelas populações afetadas.
  4. Caráter Temporário e Emergencial: O modelo campanhista era essencialmente reativo, ativado em resposta a crises de saúde específicas. Não havia uma preocupação com a prevenção contínua ou com o desenvolvimento de infraestrutura de saúde de longo prazo.
  5. Falta de Sustentabilidade: Uma vez que as campanhas eram projetadas para resolver problemas imediatos, elas não contribuíam para a criação de um sistema de saúde público sustentável e integrado. Isso muitas vezes resultava em ressurgimento de doenças após o término das campanhas.
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11
Q

O modelo campanhista foi crucial na época para o controle de doenças, mas sua abordagem limitada e a falta de sustentabilidade levaram à necessidade de reformas nos sistemas de saúde pública, resultando em uma abordagem mais holística e integrada que começou a ser adotada nas décadas seguintes.
Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro.

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12
Q

O modelo campanhista ,que usava por muitas vezes arbitrariedade e abusos ,não cumpriu seu papel no controle das doenças epidêmicas àquela época .
Verdadeiro ou falso ?

A

Falso. O modelo campanhista, apesar das arbitrariedades e abusos cometidos, obteve importantes vitórias no controle das doenças epidêmicas, conseguindo inclusive erradicar a febre amarela da cidade do Rio de Janeiro. Este sucesso fortaleceu o modelo proposto e o tornou hegemônico como proposta de intervenção na área da saúde coletiva durante décadas. Portanto, o modelo campanhista cumpriu seu papel no controle das doenças epidêmicas àquela época, apesar das críticas aos métodos utilizados.

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13
Q

Oswaldo Cruz procurou organizar a diretoria geral de saúde pública, criando:

A

1-Uma seção demográfica,
2- Um laboratório bacteriológico
3- Um serviço de engenharia sanitária e de profilaxia da febre-amarela
4- Uma inspetoria de isolamento e desinfecção,
5- O instituto soroterápico federal, posteriormente transformado no instituto
Oswaldo Cruz.

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14
Q

Resumo das ações de Carlos Chagas após a revolta da vacina :

A
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15
Q

É preciso saber um pouco da história
das Políticas de Saúde no Brasil para
entendermos por que o Sistema Único
de Saúde simboliza uma vitória do
povo brasileiro”.
Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro. A história das políticas de saúde no Brasil é complexa e atravessa diversos períodos, culminando na criação do Sistema Único de Saúde (SUS), que é considerado uma vitória significativa para o povo brasileiro. Vamos explorar alguns marcos históricos importantes:

  1. Período Colonial e Império: Durante o Brasil colonial e o Império, as políticas de saúde eram praticamente inexistentes. As poucas iniciativas existentes focavam em isolar os doentes para evitar epidemias, sem um sistema de saúde organizado.
  2. Primeira República (1889-1930): Neste período, começam as primeiras ações governamentais mais estruturadas na saúde pública, principalmente focadas em campanhas sanitárias para controlar epidemias, como a febre amarela, peste bubônica e varíola. A figura de Oswaldo Cruz foi central neste período, liderando esforços significativos de saneamento e controle de doenças.
  3. Era Vargas (1930-1945): Getúlio Vargas implementou políticas que incluíam a criação de instituições como o Ministério da Educação e Saúde Pública. Foi um período de centralização das políticas de saúde e de tentativas de integração dos serviços de saúde pública.
  4. Pós-1945 até a criação do SUS: Após a Segunda Guerra Mundial, houve uma expansão dos serviços de saúde, com a criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que vinculava o acesso à saúde ao emprego formal, deixando uma grande parte da população desassistida. A década de 1980 foi marcada por movimentos sociais intensos que lutavam pela reforma sanitária e pelo direito universal à saúde.
  5. Criação do SUS (1988): A Constituição de 1988 estabeleceu o Sistema Único de Saúde, marcando um momento histórico na saúde pública brasileira. O SUS foi baseado nos princípios de universalidade, integralidade e equidade, garantindo acesso a todos os brasileiros independentemente de contribuição. Essa mudança representou uma democratização do acesso à saúde e foi uma resposta direta às demandas populares por um sistema de saúde mais justo e inclusivo.
  6. Desenvolvimento do SUS: Desde sua criação, o SUS passou por várias reformas e melhorias, enfrentando desafios como financiamento, qualidade do serviço e gestão. Apesar desses desafios, o SUS é considerado um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo, oferecendo desde atendimentos primários até procedimentos complexos gratuitamente para toda a população.

A criação do SUS é vista como uma vitória do povo brasileiro porque representou a conquista de um direito fundamental, após décadas de lutas e movimentos sociais que demandavam mudanças significativas nas políticas de saúde do país. Ele simboliza um avanço na luta pela equidade e justiça social, refletindo o compromisso do Brasil com a saúde como um direito de todos.

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16
Q

De acordo com Roncalli (2003), a saúde
de uma população, nítida expressão das
suas condições concretas de existência, é
resultante, entre outras coisas, da forma
como é estabelecida a relação entre o
Estado e a sociedade.Explique :

A

De acordo com a visão de Roncalli (2003), a saúde de uma população reflete diretamente suas condições reais de vida, ou seja, como as pessoas vivem, trabalham e interagem em suas comunidades. Esta saúde é influenciada por diversos fatores, incluindo, de maneira significativa, a forma como o Estado se relaciona com a sociedade. A interação entre Estado e sociedade pode determinar a alocação de recursos, a efetividade das políticas públicas de saúde, e o grau de acesso aos serviços de saúde.

Essencialmente, a saúde pública é moldada tanto pelas políticas implementadas pelo governo quanto pelo grau de envolvimento e exigência da sociedade civil. Políticas de saúde eficazes, que resultam em melhorias na saúde da população, geralmente ocorrem em contextos onde há um forte compromisso do Estado com o bem-estar social e uma sociedade civil ativa e participativa que demanda e fiscaliza essas ações. Portanto, a saúde pública é vista não apenas como uma responsabilidade governamental, mas também como resultado da dinâmica de interação entre o Estado e os cidadãos.

17
Q

De acordo com Polignano (2001), para analisarmos a história das políticas de saúde
no país faz-se necessário a definição de algumas premissas importantes, a saber:

A
  1. Integração com a História do Brasil: A evolução das políticas de saúde está diretamente ligada à evolução política, social e econômica da sociedade brasileira. Não é possível dissociar os desenvolvimentos no campo da saúde das transformações mais amplas que ocorreram no país.
  2. Influência do Capitalismo: O desenvolvimento das políticas de saúde no Brasil sempre esteve alinhado com a lógica do capitalismo, tanto a nível nacional quanto internacional. Isso significa que as políticas de saúde foram fortemente influenciadas pelas necessidades e pressões do sistema econômico dominante.
  3. Marginalização da Saúde nas Políticas do Estado: Historicamente, a saúde raramente ocupou uma posição central nas políticas públicas brasileiras, sendo frequentemente relegada à periferia do planejamento e do orçamento estatal, limitando o alcance e a eficácia das políticas de saúde implementadas.
  4. Foco em Grupos Sociais Importantes: As ações de saúde propostas pelo governo muitas vezes tentaram abordar problemas de saúde que afetavam grupos sociais considerados importantes dentro das estruturas socioeconômicas vigentes, revelando uma tendência de priorizar certas regiões ou populações em detrimento de outras.
  5. Luta por Direitos Sociais: A conquista de direitos sociais, incluindo saúde e previdência, foi o resultado de lutas, organizações e reivindicações dos trabalhadores brasileiros, e não simplesmente uma concessão dos governos, contrariando a narrativa de que esses direitos eram “dádivas” estatais.
  6. Confusão com a Previdência Social: Em certos períodos, a política de saúde no Brasil foi indistinta e confundida com a história da previdência social, dificultando a clareza e a definição de políticas específicas de saúde.
  7. Medicina Preventiva e Curativa: A dualidade entre práticas de medicina preventiva e curativa tem sido uma constante nas políticas de saúde implementadas pelos governos, refletindo uma tentativa de equilibrar a prevenção de doenças com o tratamento de condições já existentes.