Cálculo Renal Flashcards

1
Q

O que é litíase renal?

A

“Litíase renal é uma das doenças mais comuns do trato urinário.

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2
Q

Qual é a prevalência anual da litíase renal?

A

“A prevalência anual é de aproximadamente 1/ 1.000 da população geral.”

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3
Q

Em qual faixa etária é mais frequente a incidência de litíase renal?

A

“É mais frequente entre os 20 e 50 anos de idade.”

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4
Q

Qual é a proporção de homens afetados em comparação às mulheres?

A

“Homens são mais acometidos do que mulheres na proporção 3:1

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5
Q

Qual é a chance de recorrência após a primeira crise de litíase renal?

A

“A chance de recorrência após a primeira crise é de aproximadamente 50% em cinco anos.”

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6
Q

Quais são os principais fatores de risco para o desenvolvimento de cálculos renais?

A

Países desenvolvidos apresentam maior índice de casos de litíase renal devido ao hábito dietético rico em sal e proteínas de origem animal. A dieta rica em sal aumenta a excreção uri nária de sódio e cálcio, o que pode levar à agregação de cristais e formação de cálculo. A dieta rica em proteínas de origem animal causa aumento da excreção urinária de cálcio, oxalato e ácido úrico (fatores promotores de formação de cálculo) e reduz a excreção urinária de citrato (fator protetor contra a formação de cálculo). Outro fator dietético que pode contribuir para a formação de cálculos renais é a ingestão insuficiente de água, por tornar a urina mais con centrada em solutos. Além dos fatores dietéticos, a localização geográfica parece ter relação com o desenvolvi mento de cálculos renais. Em regiões de clima quente e úmido, é observado um maior número de casos de litíase renal. Especula-se que a desidratação e que maiores níveis de vitamina D provenientes da exposição à luz solar sejam os fatores determinantes desse fenômeno.

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7
Q

Quais são os tipos de cálculos renais?

A

“Os tipos de cálculos renais mencionados são cálculos de cálcio contendo cálcio (oxalato de cálcio, fosfato de cálcio, ou oxalato e fosfato de cálcio), ácido úrico, estruvita, oxalato, cistina ou mistos. O cálculo de ácido úrico puro é radiotransparente. Os demais são radiopacos, podendo ser visu alizados à radiografia de abdômen. Todos são identificáveis pela tomografia computadorizada (TC) helicoidal de abdômen sem contraste, que é o exame padrão-ouro no diagnóstico de litíase renal. Apenas o cálculo de indinavir necessita de contraste no exame de TC, que torna esse tipo de cálculo distinguível das estruturas do trato urinário.

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8
Q

Qual é a composição dos cálculos de estruvita?

A

“Os cálculos de estruvita são compostos por fosfato de amônio e magnésio.”

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9
Q

Qual é a principal causa dos cálculos de estruvita?

A

“A principal causa dos cálculos de estruvita são infecções urinárias recorrentes.”

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10
Q

Quais são os sintomas mais comuns de litíase renal?

A

• cólica renal aguda;
• hematúria isolada;
• insuficiência renal obstrutiva;
• achado ocasional em exame de imagem.

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11
Q

Como ocorrem as dores na litíase renal?

A

“As dores geralmente ocorrem em cólica e não há remissão completa entre uma e outra onda.”

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12
Q

Quais sintomas podem acompanhar a dor na litíase renal?

A

Náu seas e vômitos podem acompanhar o quadro, além de disúria e hematúria.

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13
Q

Quais são algumas condições que devem ser consideradas no diagnóstico diferencial de litíase renal?

A

Diverticulite, apendicite aguda, prenhez ectópica, cisto ovariano roto, dissecção aguda de aorta, colecistite aguda etc. Um diagnóstico diferencial frequente é com dor lombar de origem osteo- muscular. Nessa situação, a dor é contínua, podendo ser irradiada para os membros inferiores e guarda relação com a posição corporal.

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14
Q

Como a dor de origem osteomuscular se diferencia da dor de litíase renal?

A

Nessa situação, a dor é contínua, podendo ser irradiada para os membros inferiores e guarda relação com a posição corporal.

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15
Q

Qual é uma apresentação menos frequente de litíase renal?

A

“Hematúria isolada sem dor.”

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16
Q

Quais são os diagnósticos diferenciais a serem considerados em casos de hematúria isolada?

A

“Tumores das vias urinárias ,
glomerulonefrites,
trauma ou infecção das vias urinárias.

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17
Q

O que sugere o diagnóstico de glomerulonefrite?

A

Proteinúria, hematúria com dismorfismo eritrocitário e/ou cilindros hemáticos na urina .

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18
Q

Quais complicações podem ocorrer em pacientes com litíase renal?

A

“Insuficiência renal aguda (IRA) ou crônica

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19
Q

Quais pacientes estão sob maior risco de desenvolver IRA obstrutiva?

A

“Portadores de rim único e aqueles com obstrução em nível uretral.”

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20
Q

O que pode ser observado em casos de obstrução persistente na litíase renal?

A

“Hidronefrose e progressivo afilamento do córtex renal

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21
Q

Qual condição pode levar à necessidade de terapia renal substitutiva a longo prazo?

A

“Pielonefrite crônica e perda da função renal devido a repetidos episódios de obstrução e infecção do trato urinário.”

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22
Q

O que deve ser considerado na decisão de investigação e tratamento de litíase renal assintomática?

A

“Diversos fatores clínicos e a razão pela qual os exames de imagem foram realizados.”

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23
Q

Quais são as prioridades na avaliação inicial de pacientes com litíase renal aguda?

A

• estabelecer o diagnóstico de cólica renal aguda causada por litíase renal, excluindo ou tros diagnósticos diferenciais de dor abdominal;
• controlar a dor com analgésicos, antiespasmódicos e/ou anti-inflamatórios não hormo nais (AINH);
• corrigir desidratação. O uso desnecessário de soluções cristalóides pode agravar a crise de cólica renal devido ao aumento do tluxo urinário e consequente deslocamento do cálculo através de um ureter “inflamado”;
• tratar sintomas associados como náuseas e vômitos;
• excluir a possibilidade de obstrução do trato urinário, infecção e insuficiência renal as sociada.

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24
Q

Quais métodos são usados para diagnóstico de obstrução urinária?

A

“Ultrassonografia (USG) de rins e vias urinárias.”

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25
Q

Qual é a vantagem da USG na avaliação de litíase renal?

A

A USG de rins e vias urinárias é um método acessível na maioria dos hospitais, não invasivo e com razoável sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de obstrução urinária.

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26
Q

Qual exame é importante para suspeita de insuficiência renal obstrutiva?

A

“Dosagem de creatinina sérica e medida do volume urinário.”

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27
Q

O que pode ocorrer com o fluxo urinário em casos de obstrução unilateral?

A

“Pode permanecer normal ou até mesmo aumentado.”

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28
Q

Onde deve ser realizada a investigação metabólica urinária?

A

“No seguimento ambulatorial”

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29
Q

Qual é a abordagem para pacientes que procuram assistência médica ambulatorial para litíase renal?

A

“Investigação de fatores que promovem o desenvolvimento de litíase renal e avaliação da necessidade de remoção do cálculo.”

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30
Q

Quais fatores devem ser identificados na anamnese de pacientes com litíase renal?

A
  • Hábitos alimentares:
    • Baixa ingestão de água
    • Excesso de consumo de sal
    • Dieta rica em purinas, oxalato ou proteínas
  • Doenças renais:
    • Anatômicas: rins policísticos, estenose de junção ureteropielocalicial, rins em ferradura
    • Funcionais: acidose tubular renal, hiperparatiroidismo primário
  • Antecedentes familiares:
    • Ocorrência de litíase em familiares de 1° grau
  • Profissões:
    • Cozinheiros
    • Padeiros
    • Trabalhadores de indústrias siderúrgicas e de cerâmica
    • Profissões sedentárias
  • Medicamentos:
    • Indinavir
    • Sulfadiazina
    • Triantereno
    • Vitamina D e análogos
    • Vitamina C
    • Salicilatos
    • Probenecide
  • Cirurgias/doenças intestinais:
    • Síndrome do intestino curto
    • Doença de Crohn
  • Doenças sistêmicas:
    • Hipertensão arterial
    • Gota
  • Infecção do trato urinário:
    • Bactérias produtoras de urease (Proteus, Klebsiella, entre outras)
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31
Q

Por que a investigação anatômica e metabólica pode ser trabalhosa e custosa?

A

“Nem todos os pacientes são beneficiados

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32
Q

Quando podemos conduzir pacientes sem investigação aprofundada e tratamento específico?

A

“Quando há episódio isolado de cólica renal aguda ou achado ocasional em exame de imagem

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33
Q

Quais orientações gerais são recomendadas para pacientes com litíase renal sem progressão da doença?

A

“Aumento do consumo de água e redução do consumo de sal e proteínas de origem animal.”

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34
Q

Quando deve ser repetida a USG para pacientes com litíase renal?

A

“Após seis meses

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35
Q

Quais exames podem ser necessários se houver progressão da doença?

A

“Exames de sangue

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36
Q

O que investigamos na urina de 24 horas em pacientes formadores de cálculos?

A

“Excreção de sódio

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37
Q

Quais solutos na urina de 24 horas atuam como fatores protetores contra a agregação de cristais?

A

“Citato e magnésio.”

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38
Q

Como deve ser coletada a urina de 24 horas para correta avaliação?

A

“Mantendo a rotina alimentar do paciente e utilizando frascos com conservante ácido ou alcalino.”

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39
Q

Para que serve o exame de urina tipo I e a urocultura com antibiograma?

A

“Para avaliar o pH urinário e a presença de infecção associada.”

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40
Q

Que tipo de cálculo renal é comum em pacientes com infecção urinária de repetição e pH urinário alcalino?

A

“Cálculos de estruvita.”

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41
Q

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento de litíase renal mencionados na Tabela 1?

A

“Hábitos alimentares inadequados

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42
Q

Quais valores são avaliados na urina de 24 horas para controle do tratamento de litíase renal recorrente?

A

“Volume urinário

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43
Q

Por que é importante usar frascos com conservante para coletar urina de 24 horas?

A

“Para evitar a precipitação dos sais e permitir a correta dosagem de cálcio

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44
Q

Quais são algumas profissões de risco para o desenvolvimento de litíase renal?

A

“Cozinheiros

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45
Q

Quais medicamentos podem estar associados ao desenvolvimento de litíase renal?

A

“Indinavir

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46
Q

Quais doenças intestinais podem ser fatores de risco para litíase renal?

A

“Síndrome do intestino curto e doença de Crohn.”

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47
Q

Que tipo de cálculos renais crescem rapidamente e podem assumir a forma de coral?

A

“Cálculos de estruvita.”

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48
Q

Quais são os sinais vitais comuns em pacientes com crise de cólica renal?

A

Taquicardia e hipertensão arterial devido à dor.

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49
Q

Qual é um sinal clínico que pode indicar infecção urinária associada à litíase renal?

A

Febre.

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50
Q

O que pode ser extremamente doloroso na avaliação física de um paciente com cólica renal?

A

Punho-percussão da região costo-vertebral.

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51
Q

Quais são os sinais de desidratação em pacientes com cólica renal?

A

Pacientes podem apresentar vômitos e inapetência.

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52
Q

O que pode ser observado em pacientes com obstrução urinária baixa?

A

Presença de bexigoma e dor à palpação suprapúbica.

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53
Q

Como pode ser a palpação abdominal em casos de cólica renal?

A

Dolorosa na região de projeção do cálculo.

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54
Q

Qual é a posição comum adotada por pacientes com cólica renal para aliviar a dor?

A

Posição antálgica.

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55
Q

O que diferencia a dor lombar de origem osteomuscular de cólica nefrética?

A

A palpação da musculatura é dolorosa, e a dor piora com movimentação do tronco ou membros inferiores.

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56
Q

Quais exames são importantes para diagnosticar dissecção de aorta?

A

Aferir a pressão e pulso nos quatro membros e auscultar a região da aorta abdominal e artérias renais.

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57
Q

Quais exames de urina são recomendados para pacientes com litíase renal?

A

Urina tipo I, urocultura e antibiograma, urina de 24 horas para análise de cálcio, oxalato, citrato, magnésio, sódio, ácido úrico, cistina.

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58
Q

Quais exames de sangue são relevantes para o diagnóstico de litíase renal?

A

Ácido úrico, cálcio, paratormônio.

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59
Q

Por que é importante analisar a composição do cálculo renal?

A

Para identificar anomalias metabólicas subjacentes e orientar o tratamento.

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60
Q

Quais exames de imagem são utilizados no diagnóstico de cólica renal?

A

USG de rins e vias urinárias, radiografia de abdômen, TC helicoidal de abdômen, urografia excretora, renografia isotópica com diurético.

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61
Q

Qual exame tem alta sensibilidade e especificidade para diagnóstico de hidronefrose?

A

Ultrassonografia (USG) de rins e vias urinárias.

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62
Q

O que a USG pode determinar em casos de hidronefrose?

A

Tamanho e forma dos rins, presença de dilatação na pelve e nos cálices, afilamento do córtex.

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63
Q

Qual é a sensibilidade da USG combinada à radiografia de abdômen para cálculo urinário obstrutivo?

A

0.78

64
Q

Para quais pacientes a urografia intravenosa é indicada em casos de suspeita de obstrução do trato urinário superior?

A

Pacientes com função renal normal, não alérgicos ao contraste e mulheres não gestantes.

65
Q

Quais dados a urografia intravenosa pode fornecer?

A

Dados anatômicos e funcionais, particularmente do ureter, e a localização da obstrução.

66
Q

Por que a urografia intravenosa tem sido substituída por outros exames?

A

Devido à nefrotoxicidade do material de contraste, especialmente em pacientes de alto risco como diabéticos e renais crônicos.

67
Q

Quais exames complementares têm substituído a urografia intravenosa?

A

Ultrassonografia (USG) e Tomografia Computadorizada (TC).

68
Q

Por que a urografia intravenosa ainda é considerada útil para o diagnóstico?

A

Devido à sua alta capacidade de detectar o local da obstrução e descrever a anatomia do trato urinário.

69
Q

Qual é a sensibilidade da renografia isotópica com diurético para diagnóstico de obstrução do trato urinário superior?

A

90% de sensibilidade.

70
Q

Em que situações a renografia isotópica com diurético pode resultar em diagnóstico falso-positivo?

A

Dilatação da pelve renal ou de ureter devido a causas não obstrutivas.

71
Q

Por que a renografia isotópica não é útil em situações de emergência?

A

Porque demanda tempo e não faz diagnóstico etiológico.

72
Q

Qual é o uso da renografia com diurético?

A

Diferenciar a dilatação com obstrução de dilatação sem obstrução.

73
Q

O que acontece após a administração de um diurético em casos de dilatação com obstrução?

A

Não ocorre aumento da eliminação urinária do radioisótopo.

74
Q

Qual é o tratamento inicial para um episódio agudo de cólica renal?

A

Manejo conservador com medicações por via oral ou intravenosa.

75
Q

Quais medicações são utilizadas para o controle da dor em cólica renal?

A

AINH (como diclofenaco sódico), analgésicos comuns (dipirona e paracetamol), tramadolol e morfina.

76
Q

Qual é o benefício adicional dos AINH no tratamento da cólica renal?

A

Diminuem o espasmo ureteral, auxiliando no controle da dor.

77
Q

Que outros medicamentos podem ser recomendados para facilitar a eliminação de cálculos durante um episódio agudo de cólica renal?

A

Bloqueadores de canal de cálcio e alfa-adrenérgicos.

78
Q

Quais antiespasmódicos podem ser empregados no tratamento de cólica renal?

A

Brometo de n-butilescopolamina (Buscopan).

79
Q

Qual é o efeito adverso dos AINH em pacientes com disfunção renal preexistente?

A

Podem diminuir a filtração glomerular e agravar a disfunção renal.

80
Q

Qual é a abordagem para pacientes com cálculo de ácido úrico?

A

Alcalinizar a urina com citrato de potássio ou bicarbonato de sódio.

81
Q

Qual é o pH urinário ideal para dissolver cálculos de ácido úrico?

A

Entre 6,5 e 7,0.

82
Q

Por que a hiper-hidratação não é recomendada em pacientes com cólica renal aguda?

A

Gera aumento do fluxo urinário e da pressão intratubular, causando mais dor.

83
Q

Quando a hidratação intravenosa é indicada para pacientes com cólica renal?

A

Para pacientes desidratados devido a vômitos ou dor intensa, usando solução fisiológica a 0,9%.

84
Q

O que deve ser feito após o controle dos sintomas de cólica renal aguda?

A

O paciente deve receber alta e ser orientado a procurar um nefrologista para consulta ambulatorial.

85
Q

Por que pacientes acompanhados por especialistas têm taxas de recorrência reduzidas?

A

Devido ao acompanhamento especializado e orientação adequada.

86
Q

O que deve ser feito com os cálculos eliminados pelo paciente?

A

Devem ser guardados para posterior análise de sua composição.

87
Q

Em quais casos de litíase renal o paciente deve ser internado?

A

Litíase renal com ITU, dor intratável, hematúria macroscópica intensa, e obstrução do trato urinário.

88
Q

Qual é o tratamento inicial para ITU associada à litíase renal?

A

Antibioticoterapia empírica, como ceftriaxone 1g a cada 12 horas, após coleta de urocultura.

89
Q

O que sempre devemos orientar o paciente a fazer após um episódio de cólica renal aguda?

A

Guardar os cálculos eliminados para posterior análise de sua composição.

90
Q

Em quais casos o paciente com litíase renal deve ser internado?

A

Litíase renal com ITU, dor intratável, hematúria macroscópica intensa e obstrução do trato urinário.

91
Q

O que deve ser consultado em casos de litíase renal complicada?

A

Um médico urologista para avaliar a possibilidade de remoção do cálculo durante o episódio agudo.

92
Q

Qual é a antibioticoterapia empírica recomendada em casos de ITU associada à litíase renal?

A

Ceftriaxone 1g a cada 12 horas, após coleta de urocultura.

93
Q

O que pode ser necessário em casos de hematúria macroscópica significativa?

A

Sondagem vesical de demora de três vias e irrigação com solução fisiológica 0,9% fria.

94
Q

Quais medicamentos podem ser suspensos em casos de hematúria macroscópica?

A

Varfarina, ácido acetilsalicílico (AAS), heparina e derivados.

95
Q

Quais exames solicitar em casos de hematúria macroscópica?

A

Dosagem de plaquetas e coagulograma.

96
Q

O que deve ser incluído nas orientações dietéticas gerais para pacientes com litíase renal?

A

Ingestão de líquidos para produzir volume urinário entre 2 a 2,5 L por dia.

97
Q

Quais sucos podem aumentar ou diminuir o risco de formação de cálculos?

A

Suco de maçã, tomate ou uva pode aumentar o risco; suco de laranja ou limão pode diminuir o risco.

98
Q

Que bebidas parecem reduzir o risco de litíase em mulheres?

A

Consumo moderado de café, chá ou vinho.

99
Q

Qual deve ser o volume urinário diário para pacientes com litíase por cistina?

A

Em torno de 4 L por dia.

100
Q

Qual é a recomendação de consumo de sal para pacientes com hipercalciúria?

A

Restrição do consumo de sal para cerca de 3 g por dia.

101
Q

Como o médico pode monitorar o consumo de sal nas consultas?

A

Dosagem de sódio urinário em 24 horas e reforço da importância da medida.

102
Q

Quais alimentos industrializados devem ser evitados devido ao alto teor de sódio?

A

Mostarda, shoyu, extrato de tomate, entre outros.

103
Q

Quais são as indicações comuns para a remoção de cálculos das vias urinárias?

A

Infecção do trato urinário, obstrução do trato urinário, dor intratável.

104
Q

Quando é mandatório a remoção de cálculo em pacientes com obstrução?

A

Em pacientes com rim único, como transplantado renal, ou quando a probabilidade de eliminação espontânea é pequena.

105
Q

Quando a persistência da dor justifica a remoção do cálculo?

A

Quando a dor persiste por mais de 72 horas, apesar da analgesia adequada.

106
Q

Quais alimentos industrializados devem ser evitados devido ao alto teor de sódio?

A

Conservas de milho, azeitonas, palmitos, embutidos como mortadela e salame, alimentos conservados na salmoura como bacalhau e carne seca, e temperos prontos.

107
Q

Qual diurético é recomendado para pacientes com hipercalciúria e qual é a dose inicial?

A

Diuréticos tiazídicos, como hidroclorotiazida (dose inicial de 12,5 mg/dia) ou clortalidona.

108
Q

O que deve ser monitorado após o início do tratamento com diurético tiazídico?

A

Nível sérico de potássio após 7-10 dias do início do tratamento.

109
Q

Qual é a eficácia dos diuréticos tiazídicos na redução da calciúria?

A

Podem reduzir a calciúria em até 50%.

110
Q

Qual é a recomendação de consumo de proteínas de origem animal para pacientes com hipercalciúria ou hiperuricosúria?

A

Restrição a 0,8 a 1,0 g/kg/dia.

111
Q

Por que a ingestão de proteínas de origem animal deve ser restrita em pacientes com hipercalciúria ou hiperuricosúria?

A

Aumenta a produção de íons sulfato, hipercalciúria, acidose metabólica, reduz pH urinário e citrato urinário, e aumenta uricosúria.

112
Q

Qual é a recomendação atual de ingestão de cálcio para pacientes com litíase renal?

A

Em torno de 800 a 1.200 mg/dia.

113
Q

Por que a restrição de cálcio não é recomendada para pacientes com litíase renal, mesmo com hipercalciúria?

A

A falta de cálcio no lúmen intestinal aumenta a absorção de oxalato, resultando em hiperoxalúria secundária.

114
Q

Quais alimentos devem ser evitados por pacientes com hiperuricosúria?

A

Miúdos e vísceras, frutos do mar, sardinha, bacon, bacalhau, espinafre, couve-flor, feijões e aspargos.

115
Q

Qual é a abordagem terapêutica para hipercalciúria?

A

Restrição de sódio e proteínas de origem animal, consumo de cálcio de 1.000 mg/dia, tratar hipocitratúria e hiperuricosúria associadas, uso de diuréticos tiazídicos, evitar vitamina D e análogos.

116
Q

Qual é a abordagem terapêutica para hiperuricosúria?

A

Restrição de purinas da dieta, uso de alopurinol em situações de hiperuricemia, tratar hipocitratúria associada, alcalinização urinária com citrato de potássio ou bicarbonato de sódio.

117
Q

Qual é a abordagem terapêutica para hipocitratúria?

A

Aumentar consumo de alimentos ricos em citrato, usar citrato de potássio.

118
Q

Qual é a abordagem terapêutica para hiperoxalúria?

A

Restrição de alimentos que contêm oxalato, uso de carbonato de cálcio, magnésio e piridoxina, tratar doenças intestinais disabsortivas, evitar uso de ácido ascórbico, considerar uso de ortofosfato, transplante renal e/ou hepático pode ser necessário na hiperoxalúria primária.

119
Q

Qual é a abordagem terapêutica para cistinúria?

A

Aumento do volume urinário, uso de D-penicilamina, tiopronina e captopril.

120
Q

Como tratar pacientes com hiperuricosúria e litíase por ácido úrico?

A

Alcalinizar o pH urinário com citrato de potássio, iniciar com doses de 40 a 50 mmol/dia em doses fracionadas, e titular a dose para atingir um pH urinário em torno de 6,5 a 7.

121
Q

Por que não se deve alcalinizar a urina acima de pH 7 em pacientes com litíase por ácido úrico?

A

Para não causar a precipitação de fosfato de cálcio.

122
Q

Catabolismo celular intenso e ácido úrico

A

Prescrever alopurinol na dose inicial de 100 mg/dia. Investigar e tratar diarreia crônica para evitar depleção de bicarbonato e formação de cálculos de ácido úrico.

123
Q

Cálculos de ácido úrico

A

Aferir níveis de citrato urinário de 24 horas em mais de uma ocasião. Uso de citrato de potássio (Litocid®) e alimentos ricos em citrato. Doses iniciais de 40 a 50 mmol/dia em doses fracionadas.

124
Q

Hiperoxalúria

A

Restringir alimentos com oxalato (espinafre, beterraba, chocolate, chá preto, refrigerantes à base de cola). Consumo de cálcio de 1.000 mg/dia. Uso de carbonato de cálcio (250 a 500 mg) duas vezes ao dia às refeições.

125
Q

Doenças intestinais inflamatórias

A

Dieta sem glúten na doença celíaca ou tratamento da doença de Crohn para controlar a formação de cálculos.

126
Q

Hiperoxalúria primária

A

Uso de ortofosfato. Transplante hepático e/ou renal pode ser necessário em casos de doença renal crônica progressiva.

127
Q

Cálculos de estruvita

A

Abordagens clínica e cirúrgica agressivas. Remoção completa do cálculo. Antibióticos específicos para a bactéria isolada na urocultura.

128
Q

Cálculos de cistina

A

Grande ingestão de líquidos. Uso de D-penicilamina ou tiopronina. Captopril pode ser efetivo. Alcalinização urinária com citrato de potássio.

129
Q

Litíase renal

A

Remoção do cálculo ou desobstrução das vias urinárias. Técnicas: litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO), ureteroscopia, nefrolitotomia percutânea e cirurgia aberta.

130
Q

Intervenção urológica

A

Indicação de remoção em casos de dor intratável, obstrução das vias urinárias ou complicações. Litotripsia é a técnica de escolha em 78% dos casos.

131
Q

Remoção de cálculos por ureteroscopia

A

Em cerca de 20% dos casos, o cálculo pode ser removido por ureteroscopia.

132
Q

Técnicas menos comuns de remoção

A

Em menos de 2% dos casos, são empregadas as técnicas de nefrolitotomia percutânea e cirurgia aberta.

133
Q

Indicação de tratamento urológico da litíase renal

A

Não está indicado em todos os casos. Cálculos de até 4 a 6 mm em trajeto ureteral têm mais de 80% de chance de serem eliminados espontaneamente.

134
Q

Intervenção urológica necessária

A

Pode ser necessária para cálculos de apenas 5 mm, dependendo da localização no trato urinário, dor intratável ou infecção concomitante.

135
Q

Aguardar liberação espontânea do cálculo

A

Baseado em tamanho e localização. Se não houver eliminação após 2 a 4 semanas, o paciente deve ser encaminhado ao urologista.

136
Q

Litotripsia

A

Sessões de cerca de 30 minutos sob analgesia e anestesia, com 1.500 a 2.000 ondas de choque aplicadas em direção ao cálculo. O número de sessões depende do tamanho, composição e número de cálculos.

137
Q

Complicações da litotripsia

A

Hemorragias, hematomas, infecção e arritmias são as complicações mais comuns.

138
Q

Nefrolitotomia percutânea

A

Usada para cálculos maiores de 3 cm ou coraliformes, difíceis de serem pulverizados pela litotripsia, localizados no polo renal inferior, ou em pacientes com obesidade mórbida.

139
Q

Complicações da nefrolitotomia percutânea

A

Podem incluir sepse, hemorragia, lesão intestinal ou esplênica.

140
Q

Tratamento de cálculos coraliformes

A

Geralmente submetidos à nefrolitotomia percutânea e litotripsia.

141
Q

Tratamento de cálculos caliciais e ureterais superiores

A

Com diâmetro >6mm, são tratados com litotripsia.

142
Q

Tratamento de cálculos em ureter distal

A

Podem ser tratados com ureteroscopia ou litotripsia.

143
Q

Tratamento de cálculos de estruvita

A

Abordagem urológica precoce e liberal. Cálculos até 2 cm respondem bem à litotripsia, enquanto cálculos maiores podem necessitar de nefrolitotomia percutânea seguida ou não de litotripsia.

144
Q

A terapia preventiva para litíase renal recorrente (acima de um episódio) consiste em mudanças no estilo de vida, terapia medicamentosa ou uma combinação destas ações.
Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro

145
Q

A terapia preventiva para litíase renal recorrente (acima de um episódio) consiste em mudanças no estilo de vida, terapia medicamentosa ou uma combinação destas ações. Certas medidas preventivas são aplicáveis a todos os pacientes com cálculos renais, são elas:

A

• Ingestão de líquidos: ingerir líquidos suficiente para produzir consistentemente pelo menos 2 litros de urina por dia.
• Limitar a ingestão de sódio: limitar a ingestão de sódio na dieta para abaixo de 100 mEq (2.300 mg) por dia.
• Aumentar a ingestão de frutas e vegetais: alimentos ricos em potássio, principalmente frutas e vegetais, podem ser benéficos e reduzir o risco de formação de cálculos de oxalato de cálcio. Este benefício é principalmente o resultado do aumento da excreção de citrato.
• Perda de peso: o controle de peso pode ser útil na prevenção da recorrência de cálculos, uma vez que obesidade e ganho de peso são fatores de risco para cálculos renais, principalmente em mulheres.
• Ingestão de cálcio: pacientes com cálculos de oxalato de cálcio não devem fazer uma dieta pobre em cálcio.
• Evitar dietas hiperproteicas: alterações adversas na excreção urinária de cálcio e citrato podem ser induzidas por uma dieta rica em proteínas, uma vez que o metabolismo de aminoácidos contendo enxofre aumenta a carga ácida diária, gerando ácido sulfúrico.

146
Q

O consumo de sódio e de cálcio deve ser restrito em pacientes com nefrolitíase .
Verdadeiro ou falso?

A

Falso. O consumo de sódio deve ser restrito, enquanto o consumo de cálcio não deve ser restrito, pois a diminuição do cálcio intestinal livre pode causar supersaturação da urina em relação ao oxalato de cálcio e uma tendência aumentada à formação de cálculos.

147
Q

O estímulo à ingestão hídrica é uma recomendação universal para o tratamento crônico de cálculos renais.

A

Verdadeiro: A ingestão aumentada de líquidos é fundamental para prevenir a formação de novos cálculos.

148
Q

Para pacientes com hipercalciúria idiopática, é recomendado restringir a ingestão de cálcio na dieta.

A

Falso: Não se deve restringir o cálcio na dieta; a restrição pode aumentar a absorção de oxalato e, consequentemente, a formação de oxalato de cálcio.

149
Q

A restrição de sódio e proteína na dieta pode ajudar a controlar a hipercalciúria.

A

Verdadeiro: Reduzir a ingestão de sódio e proteína ajuda a diminuir a excreção de cálcio na urina.

150
Q

O uso de tiazídicos é eficaz para reduzir a excreção de cálcio urinário, mesmo em pacientes sem hipertensão.

A

Verdadeiro: Tiazídicos são utilizados para diminuir a calciúria, sendo eficazes mesmo em pacientes normotensos.

151
Q

Em casos de hiperoxalúria entérica, a suplementação de cálcio durante as refeições pode ajudar a reduzir a absorção de oxalato.

A

Verdadeiro: O cálcio suplementar se liga ao oxalato no intestino, reduzindo sua absorção e a excreção renal de oxalato.

152
Q

A colestiramina é usada para ligar o cálcio no intestino e prevenir a formação de cálculos de oxalato de cálcio.

A

Falso: A colestiramina liga-se ao oxalato, não ao cálcio, ajudando a reduzir a hiperoxalúria entérica.

153
Q

O tratamento da infecção urinária é essencial para prevenir a formação de cálculos de estruvita.

A

Verdadeiro: Cálculos de estruvita estão associados a infecções urinárias, portanto, o tratamento com antibióticos é crucial.

154
Q

O ácido aceto-hidroxâmico é utilizado como inibidor da urease em casos refratários de cálculos de estruvita.

A

Verdadeiro: Esse medicamento reduz o pH urinário e é utilizado em casos difíceis de tratar.

155
Q

Para prevenir a formação de cálculos de ácido úrico, é recomendado restringir a ingestão de purinas na dieta.

A

Verdadeiro: A restrição de purinas reduz a produção de ácido úrico e, consequentemente, a formação de cálculos.

156
Q

O citrato de potássio é utilizado para acidificar a urina e prevenir a formação de cálculos de ácido úrico.

A

Falso: O citrato de potássio alcaliniza a urina, o que ajuda a prevenir a precipitação de ácido úrico.

157
Q

O alopurinol é indicado para reduzir os níveis de ácido úrico em pacientes com cálculos de ácido úrico, especialmente se as medidas dietéticas forem insuficientes.

A

Verdadeiro: O alopurinol reduz a produção de ácido úrico e é indicado quando as mudanças na dieta não são suficientes.