Terapia Intensiva 3 Flashcards
Qual é o primeiro critério diagnóstico para morte encefálica?
Lesão encefálica conhecida e irreversível.
Quais fatores tratáveis devem ser excluídos antes de diagnosticar morte encefálica?
Distúrbios endócrinos, hidroeletrolíticos, acidobásicos, intoxicação exógena, hipotermia, fármacos com ação depressora do SNC e bloqueadores neuromusculares.
Por quanto tempo o paciente deve ser tratado e observado em ambiente hospitalar antes de diagnosticar morte encefálica?
No mínimo 6 horas; 24 horas se a causa primária for encefalopatia hipóxico-isquêmica.(Pós PCR ,por exemplo).
Quais são os parâmetros vitais que devem ser mantidos antes de diagnosticar morte encefálica?
Temperatura > 35°C, SatO2 > 94%, PAS > 100 mmHg ou PAM > 65 mmHg.
O que deve ser registrado em prontuário ao diagnosticar morte encefálica?
Um Termo de Declaração de Morte Encefálica.
Quem escolhe os médicos que realizam o protocolo de morte encefálica?
A direção técnica do hospital.
Os médicos que realizam o protocolo de morte encefálica podem participar da equipe de remoção e transplante?
Não.
Qual é a cronologia certa para o estabelecimento de morte encefálica?
Não existe cronologia certa; a ordem dos eventos pode variar. (ex: coma > reflexos ausentes > exame). A ordem pode se inverter!
Quantos exames clínicos são necessários para diagnosticar morte encefálica?
2 EXAMES CLÍNICOS QUE PERCEBAM COMA NÃO PERCEPTIVO* E AUSÊNCIA DE REFLEXOS DE TRONCO.
-
Coma não perceptivo:
- Pode haver reflexo tendinoso profundo, movimento de membros, atitude em opistótono ou flexão de tronco, adução/elevação de ombros, sudorese, rubor ou taquicardia, mas isso indica apenas persistência de atividade medular e não invalida a determinação de ME.
-
Reflexos de tronco:
- Fotomotor
- Corneopalpebral
- Oculocefálico
- Vestibulococlear
- Tosse
Atenção! Se o paciente tiver alguma alteração morfológica, orgânica, congênita que impossibilitem a avaliação bilateral dos reflexos, pode fazer em um olho só sem problemas, mas tem que registrar em prontuário!
O que os exames clínicos devem perceber para diagnosticar morte encefálica?
Coma não perceptivo e ausência de reflexos de tronco.
O que é um coma não perceptivo?
Pode haver reflexo tendinoso profundo, movimento de membros, atitude em opistótono ou flexão de tronco, adução/elevação de ombros, sudorese, rubor ou taquicardia, indicando atividade medular.
Quais reflexos de tronco devem ser ausentes para diagnosticar morte encefálica?
Fotomotor, corneopalpebral, óculocefálico, vestibulococlear, tosse.
O que fazer se o paciente tiver alguma alteração que impossibilite a avaliação bilateral dos reflexos?
Avaliar em um olho só e registrar em prontuário.
Quem pode realizar os exames clínicos para diagnóstico de morte encefálica?
Um dos médicos deve ser especialista em medicina intensiva, medicina intensiva pediátrica, neurologia, neurologia pediátrica, neurocirurgia ou medicina de emergência; se não disponível, um médico capacitado com experiência.
O teste de apneia precisa ser repetido no segundo exame clínico?
Não, se já tiver sido positivo no primeiro exame.
Qual é o intervalo mínimo entre os exames clínicos para diagnosticar morte encefálica?
7 dias a 2 meses incompletos: 24 horas; 2 meses a 2 anos incompletos: 12 horas; acima de 2 anos: 1 hora.
Quantas vezes deve ser realizado o teste de apneia?
Uma única vez.
Quais são as etapas do teste de apneia?
Ventilar com FiO2 de 100% por no mínimo 10 minutos, colher gasometria, desconectar do ventilador e colocar fluxo contínuo de O2, observar por 10 minutos, colher nova gasometria, reconectar no ventilador.
Quando o teste de apneia é considerado positivo?
Quando a PaCO2 final é > 55, sem movimentos respiratórios durante o teste.
O que fazer se houver hipotensão, hipoxemia significativa ou arritmia durante o teste de apneia?
Interromper o teste, colher gasometria e, se PaCO2 < 56, repetir o teste após estabilidade hemodinâmica.
O que indica um teste de apneia inconclusivo?
PaCO2 < 56 sem movimentos respiratórios.
O que indica um teste de apneia negativo?
Qualquer movimento respiratório, independentemente da PaCO2.
Quais exames podem ser usados para comprovar ausência de perfusão sanguínea ou de atividade elétrica/metabólica encefálica?
Angiografia cerebral, EEG, doppler transcraniano, cintilografia, SPECT cerebral.
Qual exame escolher se o paciente estiver sob efeito de drogas depressoras do SNC?
Angiografia cerebral.
Quais são as duas principais classificações da insuficiência respiratória?
Tipo 1 (hipoxêmica ou alveolocapilar) e Tipo 2 (hipercápnica).
Quais são as causas comuns da insuficiência respiratória Tipo 1?
SDRA, infecção pulmonar, TEP, atelectasia, hemoptise.
Quais são as características diagnósticas da insuficiência respiratória Tipo 1?
P/F < 300, Gradiente Alveolo-Arterial de O2 (G[A-a]O2) > 10-15.
Quais são as causas comuns da insuficiência respiratória Tipo 2?
DPOC, obstrução de vias aéreas superiores, medicamentos depressoras do SNC, Guillain-Barré, miastenia.
Quais são as características diagnósticas da insuficiência respiratória Tipo 2?
PaCO2 > 50.
Quais distúrbios podem ser mistos, iniciando como Tipo 1 e evoluindo para Tipo 2?
Pneumonia que evolui com fadiga respiratória.
Como calcular a PaO2 ideal?
100 mmHg - 0,3 x idade (em anos).