Urgência médica - Infeções ginecológicas (terminado) Flashcards
Até prova em contrário, todas as ulceras genitais…
Devem ser consideradas de etiologia infeciosa
Úlceras vulvares de causa infeciosa - agentes de transmissão venérea: vírus
HSV1
e
HSV2
- ambos são a causa mais frequente de úlceras vulvares (70-80%)
VIH
Úlceras vulvares de causa infeciosa - agentes de transmissão venérea: bactérias
Treponema pallidum ++
Haemophilus ducreyi ++
Chalmydia trachomatis
Klesbiella granulomatis
Úlceras vulvares de causa infeciosa - agentes de transmissão não venérea: fungos
Candida albicans ++
Histoplasma capsulatum
Cryptococcus neoformans
Úlceras vulvares de causa infeciosa - agentes de transmissão não venérea: vírus
VEB ++
CMV
VZV
Coxsackie A
Enterovirus 71
Úlceras vulvares de causa infeciosa - agentes de transmissão não venérea: bactérias
Salmonella ++
Mycoplasma pneumoniae ++
Staphylococcus
Streptococcus
Pseudomonas
Corynebacterium diphtheriae
Micobactérias
Actinomyces
Úlceras vulvares de causa infeciosa - agentes de transmissão não venérea: parasitas
Leishmania
Schistosoma
Entamoeba histolytica
Toxoplasma gondii
Úlceras vulvares de causa não infeciosa: dermatoses não bolhosas
Dermatite de contacto irritativa ++
Reação fixa a fármacos (++): sulfonamidas, tetraciclinas, penicilina, cefalosporinas, hidroclorotiazida, furosemida, bloqueadores beta, IECA, fenitoína, alopurinol, nicorandil, foscamet, vacinas, biológicos, AINEs, citotóxicos, metaqualona, barbitúricos, fluconazol
Líquen escleroso ++
Líquen plano ++
Doença de Crohn ++
Síndrome de Behçet ++
Doença de Darier
Pioderma gangrenosum
Hidradenite supurativa
Eritema necrolítico migratório
Lúpus eritematoso disseminado
Úlceras vulvares de causa não infeciosa - dermatoses bolhosas auto-imunes
Penfigoide bolhoso das membranas mucosas
Pênfigo vulgar
Penfigoide bolhoso
Doença de deposito linear por IgA
Epidermolise bolhosa adquirida
Úlceras vulvares de causa não infeciosa - não auto-imunes
Dermatite de contacto ++
Necrólise epidérmica tóxica
Hailey-Hailey
Epidermólise bolhosa hereditária
Úlceras vulvares de causa não infeciosa - condições pré-malignas/ malignas
VIN
Carcinoma basocelular
Carcinoma epidermoide
Doença de Paget extra-mamária
Melanoma
Linfoma
Leucemia
Histiocitose de células de Langerhans
Úlceras vulvares de causa não infeciosa - miscelânea
Nódulo reumatoide
Gangrena
Acrodermatite
Linfangiectasia
Doença de enxerto vs hospedeiro
Picada de aranha
Fissuras himeneais
Doença de Reiter
Granulomatose de Wegener
Neuropática
Mutilação genital feminina
Traumatismo
Auto-induzida
Úlceras vulvares - herpes genital: agente etiológico
HSV2 (65-80%); HSV1
Úlceras vulvares - herpes genital: 5 caraterísticas (localização das lesões, número de lesões, dor, aspeto das lesões, adenomegalias)
Localização das lesões: colo uterino, vulva, vagina, períneo, coxas e nádegas
N.º de lesões: múltiplas
Dor: sim (por vezes, também ardor/prurido), pode ser muito intensa
Aspeto das lesões:
* Infeção primária: vulva eritematosa e edemaciada, com vesículas agrupadas, evoluindo para pústulas e
úlceras de base eritematosa; bilaterais e frequentemente coalescendo; bordos e base moles (resolução em duas semanas)
* Infeção recorrente: lesões menos exuberantes, edema discreto, unilaterais (resolução em 5-7 dias)
Adenomegalias: gânglios aumentados, sem flutuação, dolorosos (especialmente na infeção primária)
Úlceras vulvares - herpes genital: tratamento
- Aciclovir 400 mg, 3 id
- Aciclovir 200 mg, 5 id
- Valaciclovir 1000 mg, 2 id
7 a 10 dias
Úlceras vulvares - herpes genital: doença recorrente (4 considerações sobre o tratamento)
- Pode optar-se por tratamento sintomático das crises ou supressivo, de acordo com a frequência das crises e a
vontade da doente - O tratamento supressivo diminui a transmissão
- Há evidência relativamente à segurança destes esquemas durante pelo menos 6 anos (aciclovir)
- O tratamento episódico, este deve ser iniciado no período prodrómico ou até 48 horas após o surgimento de lesões (deve ser portadora de medicação ou receita válida)
Úlceras vulvares - herpes genital: doença recorrente (tratamento episódico)
o Aciclovir 400 mg, 3 id, 5 dias
o Aciclovir 800 mg, 2 id, 5 dias
o Aciclovir 800 mg, 3 id, 2 dias
o Valaciclovir 500 mg, 2 id, 3 dias
o Valaciclovir 1000 mg, id, 5 dias
Se HIV:
o Aciclovir 400 mg, 3 id, 5-10 dias
o Valaciclovir 1000 mg, 2 id, 5-10 dias
o Imiquimod tópico id, 5 dias (se resistência aos anteriores)
Úlceras vulvares - herpes genital: doença recorrente (tratamento supressivo)
o Aciclovir 400 mg, 2 id
o Valaciclovir 1000 mg, id
Se HIV:
o Aciclovir 400-800 mg, 2-3 id
o Valaciclovir 500 mg, 2 id
Úlceras vulvares: sífilis primária (agente)
Treponema pallidum
Úlceras vulvares: sífilis primária - transmissão
Sexual, Vertical, Transfusão
Úlceras vulvares: sífilis primária - incubação
3 dias - 3 meses (x̅= 3 semanas)
Úlceras vulvares: sífilis primária - caraterísticas (local da infeção, nº de lesões, dor, aspeto das lesões, adenomegalias e evolução)
Local da infeção: no local de inoculação (+ nos grandes lábios ou no vestíbulo; frequentemente passa desapercebido - colo, vagina)
N.º de lesões: habitualmente única (70% dos casos)
Dor: indolor
Aspeto das lesões: inicialmente uma pápula, com evolução para úlcera (cerca de 2 cm); bordos bem definidos, elevados e duros; exsudado seroso; base vermelha e dura, sem crosta
Adenomegalias: gânglios aumentados uni ou bilaterais, firmes, móveis, indolores e sem flutuação
Evolução: cicatrização espontânea, sem cicatriz, em 1-2 meses
Úlceras vulvares: sífilis primária - serologia
- Aconselhado pedir inicialmente um teste treponémico (maior sensibilidade na sífilis primária; positividade +
precoce do que os não-treponémicos): TP-PA, FTA-ABS ou MHA-TP - Se positivo, repetir com um segundo teste treponémico (baixa especificidade dos testes)
- Se se pedir inicialmente um teste não treponémico (VDRL) e este for positivo, deve ser pedida confirmação com um treponémico
- Se serologias negativas, mas suspeita elevada, repetir ao fim de 2 semanas ou efetuar biópsia
Úlceras vulvares: sífilis primária - história natural
Sífilis precoce
- sífilis primária
- sífilis secundária
- sífilis latente precoce
Sífilis precoce evolui para sífilis tardia
Sífilis tardia
- sífilis latente tardia
- sífilis terciária