Patologia aguda na criança e adolescente - infeção do trato urinário (terminado) Flashcards

1
Q

Clínica - < 3 meses

A

Mais comuns
Febre
Vómitos
Prostração
Irritabilidade

Intermédio
Recusa alimentar
Má evolução ponderal

Menos comuns
Dor abdominal
Icterícia
Hematúria
Urina cheiro fétido

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2
Q

Clínica - > 3 meses (pré-verbal)

A

Mais comuns
Febre

Intermédio
Dor abdominal
Dor lombar
Vómitos
Recusa alimentar

Menos comuns
Prostração
Irritabilidade
Hematúria
Urina cheiro fétido
Má evolução ponderal

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3
Q

Clínica - > 3 meses (verbal)

A

Mais comuns
Disúria
Polaquiúria

Intermédio
Bexiga disfuncional
Incontinência urinária
Dor abdominal
Dor lombar

Menos comuns
Febre
Vómitos
Hematúria
Urina cheiro fétido
Urina turva

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4
Q

Epidemiologia

A

Uma das infeções bacterianas mais frequentes na idade pediátrica

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5
Q

Epidemiologia - idade

A
  • 1º ano de vida: ++ no sexo masculino
  • Incidência acumulada até aos 16 anos: ++ no sexo feminino
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6
Q

Epidemiologia - raça

A

++ raça caucasiana (comparativamente com raça negra)

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7
Q

Risco consoante número de fatores de risco

A
  • 0 ou 1 fator de risco → Baixo risco
  • 2 ou mais fatores de risco → Alto risco
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8
Q

Fatores de risco - masculino (5)

A

Caucasiano

Temperatura ≥ 39ºC

Febre > 24h

Ausência de outro foco infecioso

História de ITU prévia

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9
Q

Fatores de risco - feminino (6)

A

Caucasiana

Idade < 12 meses

Temperatura ≥ 39ºC

Febre > 48h

Ausência de outro foco infecioso

História de ITU prévia

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10
Q

Análise de urina

A

A suspeita clínica de ITU justifica SEMPRE a realização de uma análise de urina para confirmação do diagnóstico

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11
Q

Análise laboratorial de urina é obrigatória: (2)

A

o Em crianças ≤ 24 meses com febre sem foco;

o Em crianças > 24 meses + sintomatologia sugestiva de ITU, nomeadamente febre e dor abdominal ou lombar, disúria, polaquiúria, hematúria ou incontinência urinária de início recente

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12
Q

Método de colheita de urina - 3 métodos

A
  • Jato médio
  • Algaliação ou punção suprapúbica
  • Saco coletor
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13
Q

Método de colheita de urina - jato médio

A

Crianças com controlo de esfíncteres

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14
Q

Método de colheita de urina - algaliação ou punção suprapúbica (2)

A

o Crianças com febre sem foco que necessitam de iniciar antibioterapia imediata

o Crianças sem controlo de esfíncteres, sem necessidade de antibioterapia e com alto risco de ITU

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15
Q

Método de colheita de urina - saco coletor

A

Crianças sem controlo de esfíncteres, sem necessidade de antibioterapia e com baixo risco de ITU

  • se ALTERAÇÕES (tira-teste ou sedimento urinário):
    obrigatória nova colheita por algaliação ou punção suprapúbica (frequente contaminação por bactérias fecais ou colonização uretral)
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16
Q

Urocultura é obrigatória se: (3)

A

o Lactentes < 3 meses com suspeita de ITU

o Crianças 3 – 24 meses ou que não controlam esfíncteres + tira-teste negativa (sem esterase
leucocitária ou nitritos) + ar tóxico ou alto risco de ITU

o Crianças > 24 meses com controlo de esfíncteres + sintomas específicos de ITU + tira-teste negativa

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17
Q

Não fazer urocultura se:

A

Crianças > 24 meses com controlo de esfíncteres + sintomas inespecíficos de ITU + tira-teste negativa

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18
Q

Tempo para processamento da urina

A

Recomenda-se não ultrapassar 1 hora para o processamento da urina, em temperatura ambiente

Se não for possível, deve ser refrigerada entre 2-8ºC, até 4 horas

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19
Q

Nitritos

A

o Requer pelo menos 4h de contacto na bexiga

o Pouco sensível (particularmente em lactentes que esvaziam a bexiga frequentemente) → Se negativo NÃO exclui ITU

o Muito específico (99%) → útil quando positivo

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20
Q

Esterase leucocitária

A

o Mais sensível que nitritos

o Menos específico que nitritos → possibilidade de falsos positivos

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21
Q

Diagnóstico definitivo depende…

A

Diagnóstico definitivo depende sempre do resultado da urocultura

22
Q

Urocultura positiva se: (3)

A

o ≥ 1 UFC/mL por punção suprapúbica;

o > 10^4 - 10^5 UFC/mL por algaliação;

o > 10^5 UFC/mL por jato médio

23
Q

Urocultura negativa NÃO exclui ITU se: (3)

A

o Antibioterapia sistémica prévia

o Uso de soluções antisséticas para limpeza dos genitais

o Poliúria

24
Q

Tratamento - início do antibiótico

A

Obrigatório iniciar antibiótico o mais precocemente possível, após colheita de urina para urocultura, às crianças que apresentem suspeita clínica de ITU + leucocitúria ou nitritúria ou bacteriúria em
análise de urina colhida corretamente

25
Q

Atrasos no diagnóstico e tratamento podem…

A

Atrasos no diagnóstico e tratamento podem ter efeitos no agravamento do estado clínico do doente e
repercussão no prognóstico renal a longo prazo

26
Q

Tratamento por via oral

A

recomendada e segura, sempre que possível

27
Q

Tratamento por via EV

A

infeção grave, com afetação do estado geral, vómitos ou desidratação → alterar para via oral logo que o estado clínico permita

28
Q

Critérios para internamento: (6)

A

ITU febril + pelo menos 1 dos seguintes:

o Idade ≤ 3 meses;

o Afetação do estado geral: sinais de desidratação, má perfusão, sépsis;

o Intolerância ao tratamento ou à alimentação oral;

o Más condições sociofamiliares (colocando em causa o cumprimento da terapêutica no domicílio);

o Impossibilidade de reavaliação clínica em 48 a 72 horas;

o Ausência de resposta e/ou agravamento clínico em criança já medicada com antibiótico oral

29
Q

Tratamento: 1-3 meses (via oral)

A

Cefuroxime axetil
- 20-30 mg/kg/dia, 12/12h

Cefaclor
- 20-40 mg/kg/dia, 8/8h

Cefixima
- 8 mg/kg/dia, 12/12h

30
Q

Tratamento: 1-3 meses (via EV)

A

Cefotaxima*
75-100 mg/kg/dia, 8/8h

Ceftriaxone*
50-75 mg/kg/dia, 24/24h

*Se suspeita de sépsis, associar:
Ampicilina, 100 mg/kg/dia, 6/6h

31
Q

Tratamento: >3 meses (via oral)

A

Amoxicilina + ác. clavulânico
- 20-40 mg/kg/dia (amoxi.), 8/8h (125 mg, 250 mg ou 500 mg / 5mL)
- 25-45 mg/kg/dia (amoxi.), 12/12h (400 mg / 5mL)
- Dose máx. amoxi.: 2g

Cefuroxime axetil
- 20-30 mg/kg/dia, 12/12h
- Dose máx. diária: 1 gr

32
Q

Tratamento: >3 meses (via EV)

A

Amoxicilina + ácido clavulânico
- 75-100g/Kg/dia, 8/8h (dose máx. 3g)

Cefuroxime
- 75-150mg/Kg/dia, 12/12h (dose máx. 1g)

33
Q

Tratamento: adolescentes
(sexo feminino) - via oral

A

Nitrofurantoína - 100 mg, 6/6h

Fosfomicina - 3000 mg, dose única

Amoxicilina + ác. clavulânico

Cefuroxime axetil

34
Q

Tratamento - duração

A

o ITU não febril: 3 a 4 dias

o ITU febril: 7 a 14 dias

35
Q

Tratamento - medidas de higiene preventivas

A

o Reforço da ingestão hídrica

o Higiene cuidadosa dos genitais externos

o Micções frequentes

o Tratamento da obstipação

36
Q

Tratamento - reavaliação

A

Obrigatória a reavaliação clínica em 48 a 72 horas:

o Evolução favorável: manter tratamento; sem necessidade de análise de urina de controlo

o Persistência ou agravamento: verificar sensibilidade do agente bacteriano ao antibiótico e
procurar sinais/sintomas de complicações. Se sob antibioterapia oral, ponderar internamento
para antibioterapia EV (de acordo com TSA)

37
Q

Tratamento - reavaliação: ajuste de ATB

A

Só deve ser realizado ajuste da antibioterapia em curso de acordo com o TSA se a evolução clínica não for favorável; nos restantes casos, deverá ser mantido o antibiótico em curso, já que a resistência in vitro pode não corresponder à sua atividade in vivo

38
Q

Profilaxia - após uma primeira infeção urinária

A

Não se recomenda a administração de profilaxia antibiótica de rotina após uma primeira infeção
urinária

Em caso de dúvida, a situação deverá ser discutida com o pediatra

39
Q

Quimioprofilaxia justifica-se se: (2)

A

o Suscetibilidade aumentada para ITU

o Episódio de pielonefrite, até se ter a caracterização morfológica e funcional do aparelho urinário,
a qual determinará a continuação, ou não, da terapêutica instituída

40
Q

Quimioprofilaxia - 2 fármacos

A

o Fármaco mais utilizado: trimetoprim a 1% (0,5-1 mg/kg/dia, oral, 24/24h)

o Outros antibióticos: nitrofurantoína (1-2 mg/kg/dia, 24/24h)

41
Q

Investigação - todas as crianças com ITU comprovada

A

Ecografia renal e vesical

42
Q

Investigação - se pielonefrite

A

Cintigrafia renal (DMSA)
o 4 a 6 meses após o episódio agudo para avaliar a presença de sequelas (cicatrizes)

43
Q

Investigação - caso a caso

A

Cistografia (radiológica ou isotópica) e renograma

44
Q

Investigação - ITU atípica

A

Ecografia renal e vesical na fase aguda

45
Q

Investigação - ITU recorrente ou < 6 meses

A

Ecografia renal e vesical 6 semanas após fase aguda

46
Q

Investigação - ITU atípica ou recorrente e < 3 anos OU ITU recorrente e > 3 anos

A

Cintigrafia renal (DMSA) 4-6
meses após fase aguda

47
Q

ITU atípica - definição

A

aspeto doente ou sépsis, massa abdominal, diurese diminuída, elevação da creatinina plasmática,
falência antibiótica após 48h de tratamento ou infeção causada por agente diferente de E. coli

48
Q

ITU recorrente - definição

A

≥ 2 PNA, 1 PNA e ≥ 1 ITU baixa, ≥ 3 ITU baixa

49
Q

Infeção do trato urinário - algoritmo

A

Sinais e sintomas sugestivos de ITU - Febre ≥ 38ºC sem foco; Vómitos, prostração, irritabilidade; Anorexia, má
progressão ponderal; Dor lombar ou abdominal; Disúria e/ou polaquiúria

Se controlo de esfíncteres: colheita de urina por jato médio -> sedimento urinário ou tira-teste

Se sem controlo de esfíncteres:
- se necessário diagnóstico urgente: colheita de urina por algaliação ou punção suprapúbica -> sedimento urinário ou tira-teste
- se não necessário diagnóstico urgente:
. alto risco de ITU: colheita de urina por algaliação ou punção suprapúbica -> sedimento urinário ou tira-teste
. baixo risco de ITU: colheita de urina por saco coletor -> sedimento urinário ou tira-teste

50
Q

Infeção do trato urinário - algoritmo, consoante resultado de sedimento urinário ou tira-teste

A

Se negativo:
- reavaliação clínica
- enviar para urocultura se:
. <3 meses + suspeita de ITU;
. 3-24 meses ou que não controlam esfíncteres + ar tóxico ou alto risco de ITU;
. >24 meses com controlo de esfíncteres + sintomas específicos de ITU

Se positivo:
- se 1ª amostra colhida por algaliação, punção suprapúbica ou jato médio: enviar para urocultura, iniciar antibioterapia empírica
. se urocultura positiva: ITU confirmada; reavaliação clínica
. se urocultura negativa: reavaliação clínica
- se a 1ª amostra não foi colhida por algaliação, punção suprapúbica nem jato médio: colher urina por algaliação, punção suprapúbica ou jato médio; enviar para urocultura; iniciar antibioterapia empírica
. se urocultura positiva: ITU confirmada; reavaliação clínica
. se urocultura negativa: reavaliação clínica

51
Q
A