Planeamento familiar Flashcards

1
Q

Critérios médicos de elegibilidade para o uso de contracetivos e decisão clínica - categoria 1

A

Não existem restrições ao uso do método
- Método a usar em todas as circunstâncias
- Pode usar o método

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Critérios médicos de elegibilidade para o uso de contracetivos e decisão clínica - categoria 2

A

As vantagens do uso do método superam os riscos
provados ou teóricos
- Método geralmente a ser usado
- Pode usar o método

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Critérios médicos de elegibilidade para o uso de contracetivos e decisão clínica - categoria 3

A

O risco provado ou teórico de uso do método supera as vantagens
- O uso do método não é recomendado a menos
que outro não esteja disponível ou não seja aceite
- Não usar o método

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Critérios médicos de elegibilidade para o uso de contracetivos e decisão clínica - categoria 4

A

O uso do método representa um risco inaceitável para a saúde
- Método a não usar
- Não usar o método

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Contracetivos disponíveis no SNS - contraceção oral

A

Levonorgestrel + 30 mcg etinilestradiol (Microginon)

Levonorgestrel + 20 mcg etinilestradiol (Miranova ou Effilevo)

Gestodeno + 30 mcg etinilestradiol (Gynera ou Effiplen ou Minulet)

Gestodeno + 20 mcg etinilestradiol (Harmonet ou Estinette ou Minigeste

Desogestrel + 30 mcg etinilestradiol (Destrel ou Marvelon ou Regulon ou Salima)

Desogestrel + 20 mcg etinilestradiol (Destrel ou Mercilon ou Novynette)

Desogestrel, sem estrogénios (Azalia ou Cerazette)

Acetato de ciproterona + 35 mcg etinilestradiol (Diane 35 ou Selene)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Levonorgestrel + 30 mcg etinilestradiol

A

Microginon

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Levonorgestrel + 20 mcg etinilestradiol

A

Miranova ou Effilevo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Gestodeno + 30 mcg etinilestradiol

A

Gynera ou Effiplen ou Minulet

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Gestodeno + 20 mcg etinilestradiol

A

Harmonet ou Estinette ou Minigeste

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Desogestrel + 30 mcg etinilestradiol

A

Destrel ou Marvelon ou Regulon ou Salima

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Desogestrel + 20 mcg etinilestradiol

A

Destrel ou Mercilon ou Novynette

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Desogestrel, sem estrogénios

A

Azalia ou Cerazette

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Acetato de ciproterona + 35 mcg etinilestradiol

A

Diane 35 ou Selene

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Contracetivos disponíveis no SNS - contraceção vaginal

A

Desogestrel + 15 mcg etinilestradiol

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Contracetivos disponíveis no SNS - contraceção de emergência

A

Levonorgestrel, sem estrogénios

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Contracetivos disponíveis no SNS - LARCs

A

Implante - etonogestrel, sem estrogénios

Injetável - acetato de medroxiprogesterona, sem estrogénios

SIU-levonorgestrel - sem estrogénios, diferentes dosagens de progestativo (52, 19,5 ou 13,5 mg)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Contracetivos disponíveis no SNS - contraceção não hormonal (2)

A

DIU de cobre (T 380 e U 375)

Preservativos masculinos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Contraceção hormonal combinada

A

Associação de baixa dose de estrogénios e progestativos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Contraceção hormonal combinada - formulação

A

Formulação
▪ Oral - mais utilizada
▪ Transdérmico
▪ Anel vagina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Contraceção hormonal combinada - modo de ação

A

Principalmente evitando a ovulação
- o progestativo é o principal responsável pelo efeito contracetivo e o estrogénio pelo controlo do ciclo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Contraceção hormonal combinada - eficácia

A

Eficácia depende da toma adequada

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Contraceção hormonal combinada - quando pode ser utilizada?

A

Pode ser utilizada desde a menarca até à menopausa, desde que respeitados os critérios de elegibilidade

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Contraceção hormonal combinada: dose de EE

A

A dose de EE é um fator importante, pois está
relacionada com os riscos e efeitos adversos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Contraceção hormonal combinada: estrogénios

A

▪ Etinilestradiol (EE) → estrogénio sintético de elevada potência

▪ Valerato de estradiol e o estradiol → parecem ter menos efeitos metabólicos e um perfil de segurança
potencialmente maior

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Contraceção hormonal combinada: progestativos
São vários e têm diferentes ações consoante os recetores onde atuam preferencialmente
26
Contraceção hormonal combinada: progestativos - derivados da 19-nortestosterona
2ª geração - levonorgestrel - norgestimato 3ª geração - gestodeno - desogestrel 4ª geração - dienogeste
27
Contraceção hormonal combinada: progestativos - derivados da 17 OH-progesterona
- acetato de ciproterona - acetato de clormadinona - acetato de nomegestrol (NOMAC)
28
Contraceção hormonal combinada: progestativos - derivados da espironolactona
4ª geração - drospirenona
29
Efeitos dos progestativos nos recetores hormonais - levonorgestrel
Androgénico +
30
Efeitos dos progestativos nos recetores hormonais - gestodeno
Androgénico + Antimineralocorticoide +
31
Efeitos dos progestativos nos recetores hormonais - desogestrel
Androgénico +
32
Efeitos dos progestativos nos recetores hormonais - acetato de ciproterona
Anti-androgénico +++
33
Efeitos dos progestativos nos recetores hormonais - acetato de clormadinona
Anti-androgénico +
34
Efeitos dos progestativos nos recetores hormonais - acetato de nomegestrol
Anti-androgénico +
35
Efeitos dos progestativos nos recetores hormonais - dienogeste
Anti-androgénico ++
36
Efeitos dos progestativos nos recetores hormonais - drospirenona
Anti-androgénico + Anti-mineralocorticoide +
37
Drospirenona 3 mg/Estetrol 14,2 mg (Drovelis®)
Estetrol é um estrogénio natural produzido exclusivamente pelo feto, associando-se a vantagens (longa semivida, ausência de interação com o citocromo P450, elevada biodisponibilidade oral , reduzido impacto metabólico)
38
Opções de contraceção oral combinada - Diane 35
Acetato de ciproterona (derivado da progesterona) 2 mg - ação anti-androgénica +++ - dose de EE: 0,035 mg
39
Opções de contraceção oral combinada - Chariva, Clarissa, Jeniasta, Libel, Belara
Acetato de cloromadinona (derivado da progesterona) 2 mg - ação anti-androgénica + - dose de EE: 0,03 mg
40
Opções de contraceção oral combinada - Zoely
Acetato de nomogestrol (derivado da progesterona) 2,5 mg - ação anti-androgénica + - dose de EE: 1,5 mg (estradiol)
41
Opções de contraceção oral combinada - Sibilla, Valete, Amelye e Denille
Dienogeste (derivado da testosterona) 2 mg - ação anti-androgénica ++ - dose de EE: 0,03 mg Nota: Olaira (valerato de estradiol): multifásica
42
Opções de contraceção oral combinada - Effilevo, Miranova
Levonorgestrel (derivado da testosterona) 0,1 mg - ação androgénica + - dose de EE: 0,02 mg
43
Opções de contraceção oral combinada - Microginon, Seasonique
Levonorgestrel (derivado da testosterona) 0,15 mg - ação androgénica + - dose de EE: 0,03 mg
44
Opções de contraceção oral combinada - Mercilon, Novynette
Desogestrel (derivado da testosterona) 0,15 mg - ação androgénica + - dose de EE: 0,02 mg Nota: Gracial (desogestrel + etinilestradiol, 0,025 mg + 0,04 mg OU 0,125 mg + 0,03 mg)
45
Opções de contraceção oral combinada - Marvelon, Regulon, Salima
Desogestrel (derivado da testosterona) 0,15 mg - ação androgénica + - dose de EE: 0,03 mg Nota: Gracial (desogestrel + etinilestradiol, 0,025 mg + 0,04 mg OU 0,125 mg + 0,03 mg)
46
Opções de contraceção oral combinada - Minesse, Microgeste
Gestodeno (derivado da testosterona) 0,06 mg - ação androgénica + e anti-mineralocorticoide + - dose de EE: 0,015 mg
47
Opções de contraceção oral combinada - Harmonet, Estinette, Minigeste
Gestodeno (derivado da testosterona) 0,075 mg - ação androgénica + e anti-mineralocorticoide + - dose de EE: 0,02 mg
48
Opções de contraceção oral combinada - Gynera, Minulet, Effiplen
Gestodeno (derivado da testosterona) 0,075 mg - ação androgénica + e anti-mineralocorticoide + - dose de EE: 0,03 mg
49
Opções de contraceção oral combinada - Drosurall, Daylette, Arankelle, Yaz, Yasminelle, Sidretella, Dioz, Drosianelle, Drosdiol, Droseffik
Drospirenona (derivado da espironolactona) 3 mg - ação anti-androgénica + e anti-mineralocorticoide + - dose de EE: 0,02 mg
50
Opções de contraceção oral combinada - Aranka, Sidreta, Drosinanne, Yasmin, Drosure
Drospirenona (derivado da espironolactona) 3 mg - ação anti-androgénica + e anti-mineralocorticoide + - dose de EE: 0,03 mg
51
Contraceção hormonal combinada - via de administração: eficácia e riscos
A eficácia e os riscos não são modificados pela via de administração
52
Contraceção hormonal combinada - via de administração: níveis de EE
▪ Na via transdérmica são atingidos níveis séricos mais elevados de EE ▪ Na via vaginal são obtidos níveis mais reduzidos e estáveis de EE
53
Contraceção hormonal combinada - regime de toma contínua
O regime de toma contínua (sem intervalo livre) melhora os sintomas associados ao declínio dos níveis hormonais (estrogénios) na altura da pausa, podendo ser benéfico em algumas situações clínicas (síndrome pré-menstrual e endometriose) ou da preferência de algumas mulheres
54
Contraceção hormonal combinada - indicações (3)
▪ Todas as mulheres que pretendam um método contracetivo reversível, seguro e independente do coito ▪ Nas mulheres em que, dependendo da condição médica, o benefício do uso do método supere os riscos ▪ Situações em que os benefícios não contracetivos possam resultar em vantagens terapêuticas e na melhoraria da qualidade de vida da mulher
55
Contraceção hormonal combinada - opções preferidas
Devem ser preferidas as opções com a menor dose de EE possível
56
Contraceção hormonal combinada - a utilização de compostos com 35 μg de EE...
Está reservada para condições clínicas específicas → acne
57
Contraceção hormonal combinada - considerar outras vias em...
As vias transdérmica e vaginal, para além das indicações gerais e comuns à via oral, devem ser consideradas em mulheres com dificuldades na toma diária, com problemas na deglutição, com antecedentes de cirurgia bariátrica, com doença inflamatória intestinal e diarreias crónicas
58
Contraceção hormonal combinada - fertilidade futura da mulher
Não tem impacto na fertilidade futura da mulher
59
Contraceção hormonal combinada - interações medicamentosas
O processo de absorção e metabolização pode ser afetado ou afetar outros medicamentos (mas são raros os antibióticos que alteram o seu metabolismo, ao contrário da ideia comum)
60
categoria 4
não usar
61
categoria 3
preferir outro
62
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: Pós-parto Que não amamenta
Categoria 4: <21 dias pós-parto + fatores de risco para TVP Categoria 3: <21 dias pós-parto e sem outros fatores de risco de TVP >21 dias a 42 dias e com outros fatores de risco para TVP Comentários: O risco de TVP está aumentado nas primeiras 3 semanas após o parto, principalmente na presença de outros fatores de risco: imobilidade, hemorragia pós-parto, IMC>30, pré-eclampsia e tabagismo
63
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: Pós-parto, a amamentar
Categoria 4: <6 semanas pós-parto Categoria 3: > 6 semanas a < 6 meses pós-parto Comentário: os estudos mostram resultados contraditórios em relação ao desenvolvimento das crianças expostas aos estrogénios durante a amamentação
64
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: tabagismo
Categoria 4: Idade ≥ 35 anos e ≥ 15 cigarros por dia Categoria 3: Idade ≥ 35 anos e <15 cigarros por dia e/ou suspendeu há menos de 1 ano Comentários O uso de CHC associado ao tabaco aumenta o risco de DCV principalmente de enfarte do miocárdio(EM) e este risco está diretamente relacionado com o nº de cigarros/dia
65
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: Hipertensão arterial (HTA)
Categoria 4: Sistólica ≥ 160 ou diastólica ≥ 100 mmhg Com doença vascular associada Categoria 3: Sistólica > 140-159 mmhg ou diastólica > 90 a 99 mmhg Antecedentes de HTA em mulheres em que não é possível vigiar a TA Comentários: CHC aumenta o risco de AVC, EM e doença arterial periférica nas mulheres c/ HTA quando comparadas com não utilizadoras de CHC
66
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: tromboembolismo venoso
Categoria 4: Antecedentes de TEV/EP com e sem terapêutica anticoagulante e alto risco para TEV/EP (um ou mais fatores de risco) TEV/EP agudo Cirurgia major com imobilização prolongada Categoria 3: Antecedentes de TEV/EP sem terapêutica anticoagulante e sem factores de risco para TEV /EP Antecedentes de TEV/EP com terapêutica anticoagulante há pelo menos 3 meses e sem factores de risco para TEV/EP Comentários: A CHC deve ser suspensa pelo menos 4 semanas antes de uma cirurgia eletiva, com duração superior a 30 minutos
67
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: trombofilias
Categoria 4: Fator V Leiden Mutação da protrombina, Défice de proteína S, proteína C e antitrombina Comentários: Não está recomendado fazer o rastreio por rotina das trombofilias Nas mulheres com mutações trombogénicas o uso de CHC aumenta o risco de TVP em 2 a 20 x quando comparadas com as não utilizadoras
68
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: doença cardiovascular
Categoria 4: Doença coronária História de EAM AVC Patologia valvular cardíaca complicada: (ex: HTA pulmonar, fibrilhação auricular) Associação de múltiplos fatores de risco CV Categoria 3: Associação de múltiplos fatores de risco CV, em mulheres < 35 anos
69
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: doenças reumatológicas (LES)
Categoria 4: Síndrome de Anticorpos antifosfolipídos (SAAF) Comentários: O SAAF está relacionado quer com o risco de trombose venosa quer arterial
70
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: doenças neurológicas
Categoria 4: Enxaquecas com aura Enxaqueca sem aura e idade > 35 anos (continuação) Categoria 3: Enxaqueca sem aura e idade <35 anos (continuação) Enxaqueca sem aura e idade >35 anos (início) Comentários: As mulheres com enxaqueca com aura têm um risco acrescido de AVC que aumenta 2 a 4 x com o uso de CHC
71
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: doenças endócrinas
Categoria 4: Diabetes com nefropatia, retinopatia ou neuropatia grave Outras complicações vasculares graves da diabetes Diabetes com > 20 anos Categoria 3: Diabetes com nefropatia, retinopatia ou neuropatia Outras complicações vasculares da diabetes Comentários: A classificação em 3 ou 4 depende do grau de gravidade da doença
72
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: doença inflamatória intestinal
Categoria 3: Doença de Chron ou Colite Ulcerosa: Categoria 3 para COC Categoria 2 para o adesivo ou anel vaginal
73
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: doenças hepato-biliares
Categoria 4: Hepatite vírica aguda Cirrose hepática descompensada Adenoma hepático Carcinoma hepático Categoria 3: Doença hepato-biliar sintomática ou sob tratamento médico História pessoal de colestase associada a CHC Comentários: A CHC não deve ser usada nos tumores hepáticos mesmo após a cirurgia
74
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: obesidade
Categoria 3: IMC ≥35kg/m Comentários: O risco de TVP aumenta para IMC > 30 kg/m2 e ainda mais com IMC ≥35Kg/m2
75
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: antecedentes de cirurgia bariátrica
Procedimentos que provocam mal absorção (bypass em Y de Roux) exceto para o anel e o adesivo que são Categoria 1
76
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: patologia da mama
Categoria 4: Cancro da mama Categoria 3: História pessoal de cancro da mama sem evidência de doença há 5 anos
77
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: transplante de órgão sólido
Categoria 4: Complicado por: Falência aguda ou crónica do enxerto Rejeição Vasculopatia associado ao enxerto
78
Contraceção hormonal combinada – início
Podem ser iniciados em qualquer fase do ciclo, preferencialmente no dia da consulta, depois de se excluir a gravidez Alternativas: ▪ Início no 1º domingo depois da menstruação ▪ No 1º dia do ciclo menstrual
79
Contraceção hormonal combinada – método adicional
▪ Se a toma tiver lugar nos primeiros 5 dias do ciclo menstrual não é necessário utilizar um método adicional para prevenção da gravidez ▪ Sempre que o início da toma é fora dos primeiros 5 dias do ciclo deve ser aconselhado um método contracetivo adicional nos primeiros 7 dias da toma
80
Contraceção hormonal combinada – início (se método anterior: sem contraceção)
Até ao 5.º dia do ciclo - sem necessidade de método barreira nos primeiros 7 dias de utilização Em qualquer dia - necessidade de método barreira nos primeiros 7 dias de utilização
81
Contraceção hormonal combinada – início (se método anterior: CHC oral/transdermica/vaginal)
Após a última pílula - sem necessidade de método barreira nos primeiros 7 dias de utilização
82
Contraceção hormonal combinada – início (se método anterior: progestativo oral)
Após a última pílula - sem necessidade de método barreira nos primeiros 7 dias de utilização
83
Contraceção hormonal combinada – início (se método anterior: implante)
No dia de remoção do implante - sem necessidade de método barreira nos primeiros 7 dias de utilização
84
Contraceção hormonal combinada – início (se método anterior: acetato de medroxiprogesterona)
No dia programado para a injeção - sem necessidade de método barreira nos primeiros 7 dias de utilização
85
Contraceção hormonal combinada – início (se método anterior: SIU)
No dia de remoção do SIU - sem necessidade de método barreira nos primeiros 7 dias de utilização
86
Contraceção hormonal combinada – início (se método anterior: DIU)
Iniciar em qualquer dia e remover o DIU na menstruação - sem necessidade de método barreira nos primeiros 7 dias de utilização ou Remover DIU de imediato - necessidade de método barreira nos primeiros 7 dias de utilização
87
Contraceção hormonal combinada – esquecimento: pílula
Falha de COC: 1 comprimido: tomar logo que possível o comprimido esquecido; 2 ou mais comprimidos na 1.ª ou 2.ª semana: usar contraceção adicional nos 7 dias seguintes; se relação sexual desprotegida usar contraceção de emergência; 2 comprimidos na 3.ª semana: terminar a embalagem e iniciar de imediato outra e usar contraceção adicional nos 1.ºs 7 dias; Falha de pílula c/ valerato de estradiol ou estradiol: ver recomendações específicas no folheto informativo do medicamento
88
Contraceção hormonal combinada – esquecimento: adesivo
Falha na 1.ª semana: aplicar o adesivo logo que se lembre, contraceção adicional nos 7 dias seguintes, alterar o dia da substituição Falha na 2.ª ou 3.ª semana: se o atraso for inferior a 48h aplicar novo adesivo, sem necessidade de contraceção adicional; se o atraso for superior a 48h iniciar novo ciclo, contraceção adicional nos 1.ºs 7 dias, se relação sexual sem proteção usar contraceção de emergência Se esquecer de remover o último adesivo, removê-lo logo que se lembre e iniciar o ciclo seguinte no dia previsto
89
Contraceção hormonal combinada – esquecimento: anel vaginal
Se o anel estiver fora da vagina menos de 3 horas, lavar em água tépida e voltar a inserir. Caso sejam ultrapassadas as 3h, utilizar um novo anel Se o anel permanecer na vagina mais de 3 semanas, mas menos de 4 semanas, deve ser substituído e proceder-se à pausa normal de 7 dias Se o anel permanecer mais de 4 semanas, perderá o efeito contracetivo. Se houver relação sexual desprotegida usar contraceção de emergência. Inserir novo anel e usar contraceção adicional nos 1.ºs 7 dias
90
Contraceção hormonal combinada – efeitos indesejáveis
Geralmente ocorrem nos primeiros meses e regridem espontaneamente ▪ Hemorragias intracíclicas ou spotting ▪ Ausência de hemorragia de privação → excluir gravidez; tranquilizar; aumentar dose de EE ▪ Náuseas e vómitos → diminuir dose de EE, tomar às refeições ▪ Mastodinia → diminuir dose de EE, alterar pausa ▪ Cefaleias → diminuir dose de EE, diminuir tempo de pausa ▪ Alterações do peso corporal ▪ Alterações do humor, depressão → vitamina B6, diminuir pausa ▪ Alterações cutâneas ▪ Leucorreia
91
Contraceção hormonal combinada – benefícios não contracetivos
Redução da dismenorreia Redução da síndrome pré-menstrual Redução do fluxo menstrual e prevenção da anemia Redução da hemorragia uterina anómala associada a alguns tipos de fibromiomas uterinos Redução do aparecimento de quistos foliculares e luteínicos Prevenção dos sintomas com exacerbação menstrual Indução de amenorreia por opção da mulher Tratamento dos sintomas de hiperandroginismo (acne e hirsutismo)
92
Contraceção hormonal combinada – benefícios não contracetivos: redução da síndrome pré-menstrual
Efeito comprovado em contracetivo oral com drospirenona e redução do intervalo livre de hormonas para 4 dias
93
Contraceção hormonal combinada – benefícios não contracetivos: redução do fluxo menstrual e prevenção da anemia
Efeito verificado com todas as formulações A CHC com estrogénios naturais e esquema quadrifásico foi aprovada para o tratamento da hemorragia menstrual abundante na ausência de patologia orgânica
94
Contraceção hormonal combinada – benefícios não contracetivos: redução da hemorragia uterina anómala associada a alguns tipos de fibromiomas uterinos
A CHC não é tratamento da patologia miomatosa
95
Contraceção hormonal combinada – benefícios não contracetivos: redução do aparecimento de quistos foliculares e luteínicos
Em mulheres com quistos funcionais volumosos os contracetivos hormonais não promovem a sua resolução mais rapidamente do que o tratamento expectante
96
Contraceção hormonal combinada – benefícios não contracetivos: prevenção dos sintomas com exacerbação menstrual
Em especial a cefaleia catamenial, que melhora com o uso continuo de CHC
97
Contraceção hormonal combinada – benefícios não contracetivos: indução de amenorreia por opção da mulher
Associada a melhoria na qualidade de vida
98
Contraceção hormonal combinada – benefícios não contracetivos: tratamento dos sintomas de hiperandroginismo (acne e hirsutismo)
Utilizando um progestativo anti-androgénico
99
Contraceção progestativa - caraterística
Uso apenas de progestativos
100
Contraceção progestativa - padrão menstrual
Tem impacto no padrão menstrual ▪ O padrão hemorrágico com um tipo de CP não é reprodutível para outro (p.e. não tem interesse dar progestativo oral para prever padrão com implante subcutâneo)
101
Contraceção progestativa - indicações
▪ Mulheres que pretendam uma contraceção livre de estrogénios ▪ Mulheres não elegíveis (categoria 3 e 4) para o uso de CHC
102
Contraceção progestativa - contra-indicações absolutas (3)
▪ Hemorragia genital inexplicada e suspeita de patologia grave ▪ Cancro da mama ▪ Cirrose hepática grave
103
Contraceção progestativa - retorno à fertilidade
Retorno à fertilidade é imediato após suspensão da utilização de PO, implante e SIU, mas pode retardar 6 a 9 meses após a suspensão do uso do progestativo injetável
104
Contraceção progestativa - via de administração oral
Desogestrel (75 µg) - 1 cp / dia (28 comprimidos) - Cerazette®, Azalia® Drospirenona (4mg) - 1 cp/dia (24 + 4 comprimidos placebo) toma contínua - Slinda®
105
Contraceção progestativa - via de administração injetável
Acetato de medroxiprogesterona (150 mg) - 1 injeção subcutânea de 12 em 12 semanas - Depo-Provera (é por injeção intramuscular)
106
Contraceção progestativa - via de administração subcutânea
Etonogestrel (68 mg) - Aprovado pela FDA para 3 anos, eficácia demonstrada para 5 anos - Implanon NXT
107
Contraceção progestativa - via de administração intrauterina
Levonorgestrel 52 mg - Aprovado pela FDA para 5 anos, eficácia demonstrada pelo menos 7 anos (eficácia de 8 anos para contraceção em RCM) - Mirena®, Levosert ® Levonorgestrel 19,5 mg - 5 anos - Kyleena® Levonorgestrel 13,5 mg - 3 anos - Jaydess®
108
Contraceção progestativa – critérios de elegibilidade (categorias): Pós-parto: < 21 dias Pós-parto a amamentar
CHC 4 PO 1 Injetável 2 Implante 1 SIU - 3 (< 4 semanas) - 1 (> 4 semanas)
109
Contraceção progestativa – critérios de elegibilidade (categorias): Fumadoras mais de 15 cigarros dia e com idade ≥ 35 anos
CHC 4 PO 1 Injetável 1 Implante 1 SIU 1
110
Contraceção progestativa – critérios de elegibilidade (categorias): Obesidade: IMC ≥ 35 Kg/m2
CHC 3 PO 1 Injetável 2 Implante 1 SIU 1
111
Contraceção progestativa – critérios de elegibilidade (categorias): Múltiplos fatores de Doença Cardiovascular (Idade, HTA, Diabetes, Tabagismo)
CHC 3 PO 2 Injetável 3 Implante 2 SIU 2
112
Contraceção progestativa – critérios de elegibilidade (categorias): Diabetes com complicações dos órgãos alvo
CHC 3/4 PO 2 Injetável 3 Implante 2 SIU 1
113
Contraceção progestativa – critérios de elegibilidade (categorias): HTA (sistólica ≥ 160 ou diastólica ≥ 100 mmHg)
CHC 4 PO 2 Injetável 3 Implante 2 SIU 2
114
Contraceção progestativa – critérios de elegibilidade (categorias): Trombofilia (Fator V de Leiden, Mutação da protrombina; deficit da Proteina S, C e antitrombina)
CHC 4 PO 2 Injetável 2 Implante 2 SIU 2
115
Contraceção progestativa – critérios de elegibilidade (categorias): LES com ac-antifosfolipídicos positivos ou desconhecido
CHC 4 PO 2 Injetável 2 Implante 2 SIU 2
116
Contraceção progestativa – critérios de elegibilidade (categorias): Antecedentes de TEV
CHC 4 PO 2 Injetável 2/3 Implante 2 SIU 2
117
Contraceção progestativa – critérios de elegibilidade (categorias): Trombose venosa superficial (antecedentes ou aguda)
CHC 3 PO 1 Injetável 1 Implante 1 SIU 1
118
Contraceção progestativa – critérios de elegibilidade (categorias): Cirurgia major com imobilização prolongada
CHC 4 PO 2 Injetável 2 Implante 2 SIU 2
119
Contraceção progestativa – critérios de elegibilidade (categorias): Enxaqueca com aura
CHC 4 PO 2 Injetável 2 Implante 2 SIU 2
120
Contraceção progestativa – critérios de elegibilidade (categorias): Litíase das vias biliares (Tratada medicamente/presente)
CHC 3 PO 2 Injetável 2 Implante 2 SIU 2
121
Contraceção progestativa – critérios de elegibilidade (categorias): Hepatite aguda virusal
CHC 4 PO 1 Injetável 1 Implante 1 SIU 1
122
Contraceção progestativa – benefícios
▪ Risco tromboembólico, metabólico e cardiovascular reduzido ▪ Proteção da perda de massa óssea em mulheres a amamentar ▪ Tratamento da hemorragia uterina anómala ▪ Contribuição para o controle do crescimento dos miomas uterinos ▪ Redução das crises de falciformização nas mulheres com anemia falciforme → progestativo injetável ▪ Controlo da dismenorreia ▪ Benefício na epilepsia catamenial ▪ Diminuição do risco de cancro do endométrio
123
Contraceção progestativa oral - eficácia
▪ Eficácia parece ser comparável à dos CHC ▪ Para que a eficácia seja garantida, o atraso na toma não deve ultrapassar as 36 horas ▪ É eficaz ao fim de 2 dias de toma
124
Contraceção progestativa oral - indicações
▪ Mulheres elegíveis que pretendam a via oral e diária ▪ Mulheres que não pretendam um método de longa duração ou método invasivo
125
Contraceção progestativa oral - não deve ser recomendado...
Não deve ser recomendado a mulheres sem boa adesão à toma diária, com compromisso da absorção digestiva ou medicadas com indutores enzimáticos
126
Contraceção progestativa oral - efeitos adversos
▪ Cefaleias ▪ Mastodinia e tensão mamária ▪ Acne ▪ Aumento de peso ligeiro
127
Contraceção progestativa oral - Desogestrel 0,075mg
▪ Distribuição gratuita no SNS ▪ Azalia®, Cerazette®, Minipop®
128
Contraceção progestativa oral - Drospirenona 4 mg
▪ Se spotting ou cefaleias com desogestrel ▪ Se acne ▪ Cara! ▪ Slinda®
129
Contraceção progestativa oral – início (quando iniciar, se método anterior: sem contraceção)
No primeiro dia do ciclo - sem necessidade de método barreira nos primeiros 2 dias de utilização Em qualquer dia - necessidade de método barreira nos primeiros 2 dias de utilização
130
Contraceção progestativa oral – início (quando iniciar, se método anterior: CHC)
No dia seguinte a terminar o CHC ou no 1.º dia da hemorragia de privação - sem necessidade de método barreira nos primeiros 2 dias de utilização
131
Contraceção progestativa oral – início (quando iniciar, se método anterior: acetato de medroxiprogesterona)
No dia programado para a injeção - sem necessidade de método barreira nos primeiros 2 dias de utilização
132
Contraceção progestativa oral – início (quando iniciar, se método anterior: implante)
No dia de remoção do implante - sem necessidade de método barreira nos primeiros 2 dias de utilização
133
Contraceção progestativa oral – início (quando iniciar, se método anterior: contraceção intrauterina (DIU e SIU))
No dia de remoção do contracetivo - necessidade de método barreira nos primeiros 2 dias de utilização
134
Métodos de contraceção reversíveis de longa duração - permitem...
Permitem uma contraceção efetiva por um longo período sem colaboração da utilizadora
135
Métodos de contraceção reversíveis de longa duração: via de administração injetável
Acetato de medroxiprogesterona (150 mg) - De 12 em 12 semanas Mecanismo de ação: * Inibição da ovulação * Espessamento do muco cervical com redução da penetração e viabilidade do espermatozoide * Indução de alterações no endométrio não favoráveis à implantação
136
Métodos de contraceção reversíveis de longa duração: via de administração subcutânea
Etonogestrel (68 mg) - Aprovado pela FDA para 3 anos, eficácia demonstrada para 5 anos Mecanismo de ação: * Inibição da ovulação * Espessamento do muco cervical com redução da penetração e viabilidade do espermatozoide * Indução de alterações no endométrio não favoráveis à implantação
137
Métodos de contraceção reversíveis de longa duração: via de administração intrauterina
Levonorgestrel 52 mg - Aprovado pela FDA para 5 anos, eficácia demonstrada para 7 anos Levonorgestrel 19,5 mg - 5 anos Levonorgestrel 13,5 mg - 3 anos Mecanismo de ação: * Espessamento do muco cervical * Inibição da fecundação por aumento da produção de glicodelina A * Decidualização do endométrio * Atrofia glandular * Inibição parcial do desenvolvimento folicular e ovulação DIU cobre - 10 anos Mecanismo de ação: * Reação inflamatória citotóxica no endométrio * Toxicidade para o esperma e óvulo * Aceleração da apotptose do óvulo; * Alterações da motilidade tubaria
138
Contraceção progestativa injetável - definição
Injeção IM de 150 mg de acetato de medroxiprogesterona a cada 12 semanas
139
Contraceção progestativa injetável - indicações
▪ Mulheres que pretendam um método de contraceção de longa duração, reversível, baixo curso e sem estrogénios ▪ Mulheres não elegíveis para o uso de estrogénios ▪ Mulheres com anemia de células falciformes e epilepsia
140
Contraceção progestativa injetável - contraindicações
▪ HTA grave ▪ Diabetes complicada ▪ Múltiplos fatores de D. Cardiovascular ▪ Tromboembolismo venoso profundo/Embolia pulmonar ▪ Doença hepática grave ▪ Cancro da mama ▪ Hemorragia genital de etiologia não esclarecida
141
Contraceção progestativa injetável - efeitos indesejáveis
▪ Associado a uma pequena redução da massa óssea, reversível após descontinuação do método ▪ Ligeiro aumento da insulina, mas sem efeito no metabolismo dos carboidratos ▪ A fertilidade pode retardar 6 a 9 meses após a sua suspensão
142
Contraceção progestativa injetável – início, se método anterior: nenhum ou utilização prévia de um método não hormonal
Dia 1-5 do ciclo: sem necessidade de contraceção adicional Em qualquer dia do ciclo: necessidade de contraceção adicional (durante 7 dias)
143
Contraceção progestativa injetável – início, se método anterior: método hormonal combinado (pílula, sistema transdérmico, anel)
No dia seguinte a última toma do contracetivo oral ou retirada anel/ transdérmico - sem necessidade de contraceção adicional Em qualquer momento - sem necessidade de contraceção adicional
144
Contraceção progestativa injetável – início, se método anterior: pílula só com progestativo
Em qualquer momento - sem necessidade de contraceção adicional
145
Contraceção progestativa injetável – início, se método anterior: implante
No dia da remoção do implante - sem necessidade de contraceção adicional
146
Contraceção progestativa injetável – início, se método anterior: CE: - LNG ou Acetato de Ulipristal
Após uso de LNG: Se a opção for um método de longa duração (injeção) deve aguardar a menstruação para iniciar o método, se o início diferido não for possível e iniciar o método no dia da toma do CE deve fazer um teste de gravidez dentro de 4 semanas Após uso de AUP: A mulher deve aguardar 5 dias até iniciar um método de contraceção hormonal, usando depois as precauções gerais para o início do uso de contraceção. Se a opção for um método de longa duração (injeção) deve aguardar a menstruação para iniciar o método. Se o início diferido não for possível, só deve iniciar o método hormonal 5 dias após o uso de AUP e fazer um teste de gravidez dentro de 4 semanas Ambos com necessidade de contraceção adicional (durante 7 dias)
147
Contraceção progestativa injetável – início, se aborto ou pós parto
- Após aborto do 1.º trimestre - Após aborto 2.º trimestre - Após parto (independentemente do estado da amamentação) Em qualquer destas situações anteriores: sem necessidade de contraceção adicional Nota: Aborto medicamentoso: O acetato de medroxiprogesterona atinge concentração suficiente para um efeito contracetivo no mesmo intervalo do pico plasmático sérico do mifepristone e pode inibir competitivamente o mifepristone quando a administração é simultânea interferindo na eficácia do método, pelo que o seu uso deve ser diferido, se tal não for possível deve ser assegurada a verificação da eficácia do procedimento
148
Contraceção progestativa subcutânea
Implante subcutâneo com etonogestrel → contracetivo hormonal reversível de longa duração
149
Contraceção progestativa subcutânea - fertilidade
Após remoção, a fertilidade habitual é restabelecida após 21 dias (é pouco provável a ovulação antes dos 21 dias, mas não é impossível, de modo que a contraceção deve ser iniciada de imediato)
150
Contraceção progestativa subcutânea - indicações
▪ Mulheres que pretendam um método de contraceção de longa duração, reversível, baixo curso e sem estrogénios ▪ Mulheres não elegíveis para o uso de estrogénios
151
Contraceção progestativa subcutânea - complicações
Pouco frequentes ▪ Infeção no local de inserção ▪ Dificuldade de remoção/implante não palpável Raras ▪ Expulsão do implante Muito raras ▪ Migração do implante
152
Contraceção progestativa subcutânea - peso
Revisão Cochrane não demonstrou evidência no aumento de peso
153
Contraceção progestativa subcutânea – início, se método anterior: nenhum ou utilização prévia de um método não hormonal
Dia 1-5 do ciclo: sem necessidade de contraceção adicional Em qualquer dia do ciclo: com necessidade de contraceção adicional (durante 7 dias)
154
Contraceção progestativa subcutânea – início, se método anterior: método hormonal combinado (pílula, sistema transdérmico, anel vaginal)
Durante a semana de suspensão do método - sem necessidade de contraceção adicional Em qualquer momento - sem necessidade de contraceção adicional
155
Contraceção progestativa subcutânea – início, se método anterior: PO – Pílula só com progestativo
Em qualquer momento - sem necessidade de contraceção adicional
156
Contraceção progestativa subcutânea – início, se método anterior: Implante/D.I.U.
No mesmo dia da remoção -sem necessidade de contraceção adicional
157
Contraceção progestativa subcutânea – início, se método anterior: injetável só com progestagénio
Na data da próxima injeção -sem necessidade de contraceção adicional
158
Contraceção progestativa subcutânea – início, se método anterior: CE: - LNG, - AUP
Após uso de LNG: Se a opção for um método de longa duração (implante) deve aguardar a menstruação para iniciar o método, se o início diferido não for possível e iniciar o método no dia da toma do CE deve fazer um teste de gravidez dentro de 4 semanas Após uso de AUP: A mulher deve aguardar 5 dias até iniciar um método de contraceção hormonal, usando depois as precauções gerais para o início do uso de contraceção. Se a opção for um método de longa duração (implante) deve aguardar a menstruação para iniciar o método. Se o início diferido não for possível, só deve iniciar o método hormonal 5 dias após o uso de AUP e fazer um teste de gravidez dentro de 4 semanas Ambos com necessidade de contraceção adicional (durante 7 dias)
159
Contraceção progestativa subcutânea – início, se aborto ou pós-parto
- Após aborto do 1.º trimestre - Após aborto 2.º trimestre - Após parto e com amamentação - Após parto e sem amamentação Em todas as situações prévias: sem necessidade de contraceção adicional
160
Contraceção intrauterina - eficácia
Eficácia equivalente à contraceção definitiva
161
Contraceção intrauterina - definição
Métodos de elevada efetividade, de longa duração, com elevada segurança, efeitos indesejáveis reduzidos e imediatamente reversíveis após a sua remoção
162
Contraceção intrauterina - indicação
Indicada nas mulheres que não desejam uma gravidez a curto prazo
163
Contraceção intrauterina - contra-indicações
▪ Gravidez (diagnosticada ou suspeita) ▪ Malformações uterinas ▪ Anomalias uterinas com distorção da cavidade ▪ Doença Inflamatória Pélvica ativa (e até 3 meses após a cura) ▪ Hemorragia uterina de etiologia não esclarecida ▪ Doença maligna do trofoblasto ▪ Doença de Wilson ou alergia ao Cobre (DIU) ▪ Carcinoma da mama com recetores progestativos positivos (SIU)
164
Contraceção intrauterina - cancro da mama
Não há evidência epidemiológica de risco aumentado de carcinoma da mama com o uso do SIU com LNG
165
Contraceção intrauterina - IST
Os antecedentes de IST não são contraindicação → se IST deve adiar-se a inserção para 3 meses após resolução da infeção
166
Contraceção intrauterina - tipos
▪ Dispositivo intrauterino com cobre (DIU-Cu) → recomendado para uso durante 10 anos (eficácia demonstrada por mais de 20 anos) ▪ Sistemas intrauterinos com levonorgestrel (SIU)
167
Contraceção intrauterina - sistemas intrauterinos com levonorgestrel (SIU): 3
JAYDESS® - LNG 13,5 mg KYLEENA® - LNG 19,5 mg MIRENA® / LEVOSERT® - LNG 52 mg
168
Contraceção intrauterina - sistemas intrauterinos com levonorgestrel (SIU): JAYDESS®
Dimensões: 28x30 mm Cânula: 3,80mm LNG 13,5 mg Libertação diária Inicial: 14 Final: 5 (no 3.º ano) Média: 6 (> 3 anos) Duração: 3 anos Eficácia: 0,9% ao fim de 1 ano de utilização Radio-opaco: sulfato de bário, anel de prata
169
Contraceção intrauterina - sistemas intrauterinos com levonorgestrel (SIU): KYLEENA®
Dimensões: 28x30 mm Cânula: 3,80mm LNG 19,5 mg Libertação diária Inicial: 17.5 Final: 7.4 (no 5.º ano) Média: 9 (> 5 anos) Duração: 5 anos Eficácia: 0,9% ao fim de 1 ano de utilização Radio-opaco: sulfato de bário, anel de prata
170
Contraceção intrauterina - sistemas intrauterinos com levonorgestrel (SIU): MIRENA® / LEVOSERT®
Dimensões: ambos em forma de T com 32x32 mm Cânula: 4,4mm/4,8 mm LNG 52 mg Libertação diária Inicial: 20 /19.5 Final: 10 /9,8 (no 5.º ano) Média: 14 /14,7 (> 5 anos) Duração: 7 anos (5 anos, FDA) Eficácia: 0,1% no 1.º ano; 1,1% no 7.º ano Radio-opaco: sulfato de bário
171
Contraceção intrauterina – critérios de elegibilidade: do dispositivo intrauterino com cobre (DIU-Cu)
▪ Desejo ou necessidade de evitar anticoncecionais hormonais ▪ Desejo de manter hemorragias menstruais cíclicas ▪ Contraceção de emergência ▪ Recomendado para cavidades uterinas entre 6 a 9 cm
172
Contraceção intrauterina – critérios de elegibilidade: dos sistemas intrauterinos com levonorgestrel (SIU)
▪ Contraceção eficaz com muito baixo nível de progestativo ▪ Tratamento de hemorragia uterina anómala ▪ Indicado para mulheres tratadas com anticoagulantes ou com diástases hemorrágicas ▪ Tratamento de dismenorreia ▪ Tratamento/profilaxia de hiperplasia simples do endométrio ▪ Tratamento dos sintomas associados à Endometriose/Adenomiose ▪ Proteção endometrial durante terapêutica com estrogénios ou Tamoxifeno ▪ Parece diminuir o risco de cancro do endométrio, ovário e colo ▪ Indicado para úteros com histerometria superior a 5,5 cm e sem limite superior
173
SIU com LNG 13,5 mg e 19,5 mg: 3 vantagens
▪ Menores dimensões → adequado para nuligestas ▪ Mulheres que desejam hemorragias cíclicas, mas com diminuição do volume menstrual ▪ Diminuição da dismenorreia
174
Contraceção intrauterina – início, se método anterior: nenhum ou utilização prévia de um método não hormonal
Dia 1-5 do ciclo: DIU - sem necessidade de contraceção adicional; SIU - sem necessidade de contraceção adicional Em qualquer dia do ciclo: DIU - sem necessidade de contraceção adicional; SIU - com necessidade de contraceção adicional (durante 7 dias)
175
Contraceção intrauterina – início, se método anterior: método hormonal combinado (pílula, sistema transdérmico, anel vaginal)
Durante a semana de suspensão do método: DIU - sem necessidade de contraceção adicional; SIU - sem necessidade de contraceção adicional Em qualquer momento: DIU - sem necessidade de contraceção adicional; SIU - sem necessidade de contraceção adicional
176
Contraceção intrauterina – início, se método anterior: PO – Pílula só com progestagénio
Em qualquer momento: DIU - sem necessidade de contraceção adicional; SIU - sem necessidade de contraceção adicional
177
Contraceção intrauterina – início, se método anterior: implante
No mesmo dia da remoção: DIU - sem necessidade de contraceção adicional; SIU - sem necessidade de contraceção adicional
178
Contraceção intrauterina – início, se método anterior: injetável
Na data da próxima injeção -DIU - sem necessidade de contraceção adicional; SIU - sem necessidade de contraceção adicional
179
Contraceção intrauterina – início, se método anterior: CE: - LNG; Acetato de Ulipristal
Após uso de LNG: Se a opção for um método de contraceção intrauterino deve aguardar a menstruação para iniciar o método Após uso de AUP: Se a opção for um método de contraceção intrauterino deve aguardar a menstruação para iniciar o método e usar um contracetivo alternativo durante este período excluindo o uso de um método hormonal durante os primeiros 5 dias apos o uso do CE DIU - sem necessidade de contraceção adicional; SIU - com necessidade de contraceção adicional (durante 7 dias)
180
Contraceção intrauterina – início, se aborto
Após aborto do 1.º trimestre Após aborto 2.º trimestre - IG cirúrgica: Imediatamente . DIU - sem necessidade de contraceção adicional; SIU - sem necessidade de contraceção adicional - IG medicamentosa: na verificação do procedimento: . DIU - sem necessidade de contraceção adicional; SIU - com necessidade de contraceção adicional (verificação do procedimento ocorrer)
181
Contraceção intrauterina – início, após parto (independentemente do tipo de aleitamento)
Num intervalo de 48h após o parto - DIU - sem necessidade de contraceção adicional; SIU - sem necessidade de contraceção adicional Após 4 semanas após o parto - DIU - sem necessidade de contraceção adicional; SIU - com necessidade de contraceção adicional (se a mulher não estiver a amamentar em exclusivo)
182
Contraceção intrauterina – complicações
Fios não visíveis: ▪ Ecografia para localização Dificuldade de remoção: ▪ Fios não visíveis: tentar retirar com escovilhão das citologias, pinça adequada ou por histeroscopia Dor ou hemorragia anormal: ▪ Expulsão em curso ▪ Perfuração ▪ Infeção Perfuração uterina (0,06 a 0,16%): ▪ Mais frequente em mulheres a amamentar ▪ Remover cirurgicamente Infeção após colocação: ▪ Risco baixo (1%) ▪ Mais frequente aos primeiros 20 dias após colocação ▪ DIP durante o seu uso → iniciar tratamento antibiótico adequado (só remover se não responder ao tratamento)
183
Contraceção intrauterina – efeitos indesejáveis
Alterações do padrão hemorrágico ▪ DIU-Cu → aumento da quantidade e duração do fluxo menstrual ▪ SIU → pode provocar diminuição do fluxo, amenorreia ou alterações mínimas dependendo da dose SIU, nos primeiros meses de uso: - Efeitos do progestagénio ▪ Tensão mamária ▪ Irritabilidade ▪ Cefaleias ▪ Aumento de peso ▪ Spotting ▪ Acne - Quistos funcionais do ovário
184
Métodos de barreira - 2
Preservativo masculino e feminino
185
Métodos de barreira - 4 caraterísticas
▪ São os únicos métodos contracetivos que simultaneamente protegem das IST ▪ Ausência de efeitos sistémicos ▪ Eficácia depende da utilização correta e uso sistemático ▪ Pode ser usado em todas as situações, exceto alergia ao látex
186
Métodos de barreira - protegem de... (4)
▪ VIH ▪ Sífilis ▪ Clamídia/Gonorreia ▪ Tricomoníase
187
Métodos de barreira - não protegem de... (5)
▪ Herpes genital (mas diminuem probabilidade; como não cobre toda a área genital pode haver transmissão) ▪ HPV (confere alguma proteção, mas não previne completamente) ▪ Pediculose púbica ▪ Escabiose ▪ Molusco contagioso (nos adultos é maioritariamente IST)
188
Métodos de barreira – preservativo masculino: proteção
▪ Taxa prevista de 2% a 18% de falhas durante o 1º ano de utilização ▪ Dupla proteção: ideal associar a outro método contracetivo
189
Métodos de barreira – preservativo masculino: vantagens
▪ Ausência de efeitos sistémicos ▪ Facilidade de uso ▪ Fomenta o envolvimento masculino na contraceção e na prevenção das IST ▪ Pode contribuir para prevenção da ejaculação precoce
190
Métodos de barreira – preservativo masculino: desvantagens
Ocorrência de rotura durante o coito ou deslocação e retenção na vagina
191
Métodos de barreira – preservativo feminino: falhas
Taxa prevista de 5% a 21% de falhas durante o 1º ano de utilização
192
Métodos de barreira – preservativo feminino: vantagens
▪ Ausência de efeitos sistémicos ▪ Fabricado em poliuretano, pelo que se pode associar a lubrificante oleoso ▪ Pode ser colocado na vagina até 8 horas antes da relação ▪ Não é necessária a retirada imediata do pénis após a ejaculação ▪ Pode ser mais fácil de utilizar do que o masculino, em caso de disfunção eréctil ▪ É mais resistente que o preservativo masculino de látex
193
Métodos de barreira – preservativo feminino: desvantagens
▪ Dificuldade de aprendizagem da técnica correta da inserção ▪ Mais dispendioso que o preservativo masculino ▪ Não pode ser usado em associação ao preservativo masculino ▪ O anel interior pode causar desconforto durante o coito ▪ Não pode ser usado em determinadas malformações vaginais
194
Métodos naturais
Métodos baseados na previsão do período fértil com abstinência periódica: - Baseados na duração do ciclo menstrual ▪ Método do Calendário (Ogino-Knauss) ▪ Método dos Dias Standard - Baseados na identificação de sinais e sintomas ▪ Método da Temperatura Basal ▪ Método do Muco Cervical ▪ Método Sintotérmico ▪ Método dos “Dois Dias” Amenorreia Lactacional Coito Interrompido
195
Métodos naturais - baseados na duração do ciclo menstrual
▪ Método do Calendário (Ogino-Knauss) ▪ Método dos Dias Standard
196
Métodos naturais - baseados na identificação de sinais e sintomas
▪ Método da Temperatura Basal ▪ Método do Muco Cervical ▪ Método Sintotérmico ▪ Método dos “Dois Dias”
197
Métodos naturais - Amenorreia Lactacional
▪ Parto há menos de 6 meses ▪ A mulher deve permanecer em amenorreia ▪ A amamentação deverá ser exclusiva, ou quase ▪ Taxa prevista de falhas de 1 a 2% durante o primeiro ano de utilização
198
Métodos naturais - Coito Interrompido
Taxa prevista de 4 a 22% de falhas durante o primeiro ano de utilização
199
Métodos naturais – Métodos baseados na previsão do período fértil com abstinência periódica: falhas
Até 25% de falhas após um ano de utilização corrente
200
Métodos naturais – Métodos baseados na previsão do período fértil com abstinência periódica: desvantagens
▪ Período longo de aprendizagem ▪ Requerem monitorização rigorosa e diária dos sinais de fertilidade ▪ Podem requerer longos períodos de abstinência sexual ▪ A existência de ciclos irregulares dificulta, ou impossibilita a utilização eficaz destes métodos
201
Métodos naturais – Métodos baseados na previsão do período fértil com abstinência periódica: condições médicas que dificultam monitorização
Algumas condições médicas dificultam a monitorização dos sinais de fertilidade e, consequentemente, a utilização destes métodos ▪ Vulvovaginites ▪ Medicação tópica
202
Métodos naturais – Métodos baseados na previsão do período fértil com abstinência periódica: não aconselháveis...
Não aconselháveis nos extremos da vida fértil → adolescência e perimenopausa
203
Contraceção definitiva - indicada...
Indicada quando a opção é de forma definitiva não voltar a engravidar ou situações e condições médicas nas quais a gravidez representa medicamente um risco inaceitável ou tem risco de um desfecho materno-fetal desfavorável
204
Contraceção definitiva - opções
▪ Laqueação tubária / salpingectomia ▪ Vasectomia
205
Contraceção definitiva – Laqueação tubária / salpingectomia: elegibilidade
Todas as mulheres saudáveis são elegíveis para LT ▪ Na presença de uma doença aguda deve diferir-se o procedimento ▪ Nas mulheres com comorbilidades e com antecedentes cirúrgicos deve sempre ponderar-se os riscos e benefícios do procedimento
206
Contraceção definitiva – Laqueação tubária / salpingectomia: 3 complicações
▪ Dor ovulatória ▪ Hemorragias uterinas anormais ▪ Gravidez
207
Contraceção definitiva – Laqueação tubária / salpingectomia: vantagens
* Na laparoscopia há menor dor pós-operatória e a recuperação é mais rápida * Permite inspecionar a cavidade pélvica e diagnosticar/tratar outras patologias * Permite realizar salpingectomia distal e assim reduzir o risco de cancro do ovário * Sem efeito na função hormonal e no ciclo menstrual * Seguro e definitivo Contraceção garantida imediatamente após procedimento
208
Contraceção definitiva – Laqueação tubária / salpingectomia: desvantagens
* Intervenção cirúrgica com necessidade de bloco operatório * Anestesia geral * Riscos cirúrgicos inerentes às técnicas (laparotomia/laparoscopia) * Maior risco de gravidez ectópica no caso de falha do método * Não protege contra as IST * Não controla alterações do padrão menstrual (irregularidades menstruais e menorragias)
209
Contraceção definitiva – Vasectomia: consiste
Consiste na laqueação dos canais deferentes
210
Contraceção definitiva – Vasectomia: riscos
▪ Não aumenta o risco de cancro prostático ou testicular ▪ Não interfere no desempenho sexual
211
Contraceção definitiva – Vasectomia: quando fica "ativa"?
▪ A esterilização só fica garantida posteriormente, após confirmação da azoospermia em espermograma de controlo ▪ Necessidade de 20 ejaculações/3 meses após procedimento e realização de espermograma de controlo para confirmar azoospermia ▪ Deve manter um método contracetivo alternativo até a confirmação da azoospermia
212
Contraceção definitiva – Vasectomia: vantagens
* Procedimento minimamente invasivo, rápido, efetuado com anestesia local e em ambulatório * Seguro e definitivo * Sem efeito na função hormonal, não provoca disfunção nem afeta o desejo sexual * O homem assume a responsabilidade da contraceção * Seguro e definitivo
213
Contraceção definitiva – Vasectomia: desvantagens
* Contraceção eficaz só após confirmação da azoospermia * Complicações raras a muito raras: dor ou edema do escroto, infeção, hemorragia, hematoma * Não protege contra IST
214
Contraceção de emergência - permite...
Permite prevenir a gravidez após uma relação sexual não protegida ou não adequadamente protegida: ▪ Relação sexual sem uso de contraceção ▪ Relação sexual durante o uso inconsistente de contraceção ▪ Relação sexual na qual ocorreu uma falha de contraceção ▪ Deve constar na medicação a ser fornecida nas situações de crime contra liberdade ou autodeterminação sexual na ausência de contraceção
215
Contraceção de emergência - previne
Previne até 95% das gestações se for utilizada no intervalo de 5 dias depois da relação sexual
216
Contraceção de emergência - eficácica
É mais efetiva quanto mais imediata for a toma após a relação sexual
217
Contraceção de emergência - oral
Contraceção de emergência oral: previne a gravidez por inibição ou bloqueio temporário da ovulação; não é abortiva
218
Contraceção de emergência - DIU
O DIU previne a fertilização por alterações químicas induzidas no espermatozoide e óvulo, antes da fecundação; não interrompe uma gravidez em evolução e não tem efeitos teratogénicos se ocorrer gravidez
219
Contraceção de emergência – tipos (3), por ordem de eficácia
▪ Dispositivo intrauterino de cobre ▪ Contracetivo oral com acetato de ulipristal ▪ Contracetivo oral com levonorgestrel
220
Contraceção de emergência – disponibilidade
Medicamento de venda livre em farmácias (AUP e LNG), em estabelecimentos autorizados à venda livre de medicamentos (LNG) e está disponível gratuitamente no âmbito do SNS (DIU e LNG)
221
Contraceção de emergência - DIU cobre
Dispositivo intrauterino de cobre Via de administração: intrauterina Acessibilidade: gratuito nas consultas de PF do SNS Posologia: - Aplicação única - Contraceção 10 anos
222
Contraceção de emergência - Acetato de Ulipristal (AUP)
Modulador seletivo dos recetores de progesterona Via de administração: oral Venda livre em farmácias Posologia: - Toma única (30 mg) - Até 120 h após a RS
223
Contraceção de emergência - Levonorgestrel (LNG)
Progestativo Via de administração: oral - Gratuito nas consultas de PF do SNS e urgências ginecológicas hospitalares - Venda livre em farmácia e nos estabelecimentos autorizados para a venda de medicamentos Posologia: - Toma única (1,5 mg) - Até 72h após a RS
224
Contraceção de emergência – indicações
* Não utilização de contraceção * Incorreto ou inconsistente uso de: - preservativo - contracetivos hormonais combinados - progestativos orais (desogestrel e drospirenona) - implante - progestativo injetável - DIU/SIU
225
Contraceção de emergência – indicações: não utilização de contraceção
RSNP a partir do 3.º dia do ciclo
226
Contraceção de emergência – indicações: uso incorreto ou inconsistente uso de preservativo
Não utilização desde o primeiro contacto do pénis com a vagina Rotura de preservativo Retenção de preservativo na vagina
227
Contraceção de emergência – indicações: uso incorreto ou inconsistente uso de contracetivos hormonais combinados
Esquecimento superior ≥ 3 dias na toma da contraceção oral, na colocação do adesivo ou do anel vaginal RSNP no início da utilização do contracetivo e antes da sua utilização por 7 dias consecutivos (para início fora do 1.º dia do ciclo) RSNP durante e até 28 dias após suspensão de medicamentos indutores enzimáticos
228
Contraceção de emergência – indicações: uso incorreto ou inconsistente uso de progestativos orais (desogestrel e drospirenona)
Durante o uso de desogestrel: Esquecimento superior > 36 horas (mais de 36h desde a toma do último comprimido) Durante o uso de drospirenona: Esquecimento superior > 48 horas (mais de 24 h desde a toma do último comprimido) Durante o uso de desogestrel e de drospirenona: RSNP no início da utilização do contracetivo e antes da sua utilização por 2 dias consecutivos (para início fora do 1.º dia do ciclo) RSNP durante e até 28 dias após suspensão de medicamentos indutores enzimáticos
229
Contraceção de emergência – indicações: uso incorreto ou inconsistente uso de implante
RSNP e implante colocado há mais de 5 anos RSNP no início da utilização do contracetivo e antes da sua utilização por 2 dias consecutivos (para início fora do 1º dia do ciclo) RSNP durante e até 28 dias após suspensão de medicamentos indutores enzimáticos
230
Contraceção de emergência – indicações: uso incorreto ou inconsistente uso de progestativo injetável
RSNP e a ultima injeção há mais de 16 semanas RSNP no início da utilização do contracetivo e antes da sua utilização por 2 dias consecutivos (para início fora do 1.º dia do ciclo) RSNP durante e até 28 dias após suspensão de medicamentos indutores enzimáticos
231
Contraceção de emergência – indicações: uso incorreto ou inconsistente uso de DIU/SIU
Expulsão parcial ou total RSNP nos primeiros 7 dias após colocação do SIU (se a inserção não tiver ocorrido no 1.º dia do ciclo)
232
Contraceção de emergência – critérios de elegibilidade: se amamentação
LNG - 1 AUP - 2 nota: não existe evidência suficiente sobre a segurança do uso de AUP durante a amamentação pelo que se recomenda a suspensão do aleitamento por um período de 24h (deve ser retirado e não utilizado o leite deste período) DIU - 1
233
Contraceção de emergência – critérios de elegibilidade: se antecedentes de gravidez ectópica
LNG - 1 AUP - 1 DIU - 1
234
Contraceção de emergência – critérios de elegibilidade: se obesidade
LNG - 1 AUP - 1 DIU - 1 Notas: - não existem preocupações na segurança do uso de CE oral em mulheres com IMC≥ 30 kg/m2 - o uso de LNG parece ser menos eficaz nas mulheres com IMC >26 kg/m2 ou peso superior a 70kg. Desconhece-se o efeito da duplicação da dose - o uso de AUP pode ser menos eficaz nas mulheres com IMC >30 kg/m2 ou peso superior 85 kg. A duplicação de dose não está recomendado - nas mulheres obesas o uso de DIU ou o AUP devem ser os métodos preferenciais de CE. O acesso à CE oral não deve ser negado as mulheres obesas
235
Contraceção de emergência – critérios de elegibilidade: se antecedentes de doença cardiovascular (EAM; AVC; outros eventos tromboembólicos)
LNG - 2 AUP - 2 DIU - 1
236
Contraceção de emergência – critérios de elegibilidade: se enxaqueca (com e sem aura)
LNG - 2 AUP - 2 DIU - 1
237
Contraceção de emergência – critérios de elegibilidade: se doença hepática grave
LNG - 2 AUP - 3 (o uso de AUP não esta recomendado) DIU - 1
238
Contraceção de emergência – critérios de elegibilidade: se medicação concomitantes com indutores do Citocromo P450 (exemplo rifampicina, fenitoina, fenobarbital, carbazepina, efavirenz, fosfenitoina, nevirapina, oxcarbazepina, primidona, rifabutina, erva de St John/hipericão)
LNG - 1 AUP - 1 DIU - 1 Os indutores enzimáticos do Citocromo P450 podem reduzir a eficácia da CE hormonal Evidência: De acordo com a informação disponível a rifampicina diminui em 90% ou mais os níveis de AUP, o que pode diminuir a sua eficácia. A mesma preocupação se estende ao uso de outros indutores enzimáticos e ao uso de LNG que tem um mecanismo de ação semelhante ao AUP. Um estudo farmacocinético demonstrou que o uso de efavirenz diminuiu os níveis de LNG em 56% nas mulheres utilizadoras de CPO com DSG 0,75 mg dia comparadas com as utilizadoras de CE com LNG. Nas mulheres utilizadoras de indutores enzimáticos o DIU deve ser o CE preferência
239
Contraceção de emergência – critérios de elegibilidade: se crime contra a liberdade ou autodeterminação sexual
LNG - 1 AUP - 1 DIU - 1 Em mulher não utilizadora de contraceção (hormonal, intrauterina ou definitiva)
240
Contraceção de emergência – critérios de elegibilidade: se uso repetido de CE
LNG - 1 AUP - 1 DIU - 1 O uso repetido de CE é seguro, mas significa de que a mulher precisa de aconselhamento contracetivo No caso de ocorrer nova relação desprotegida 3 dias depois do uso de LNG ou 5 dias apos o AUP a sua toma de CE deve ser repetida
241
Contraceção de emergência – efeitos indesejáveis
(são raros, ligeiros e transitórios) ▪ Cefaleias ▪ Náuseas ▪ Vómitos ▪ Tonturas ▪ Aumento da sensibilidade mamária ▪ Dores pélvicas
242
Contraceção de emergência – menstruação
O uso de LNG pode associar-se a um retorno menstrual mais cedo e o uso de AUP a um retorno menstrual mais tarde, do que o expectável ▪ Se ocorrer um atraso menstrual superior a 5 dias, a mulher deve realizar um teste de gravidez
243
slide 60
slide 60 - continuar com auxilio do documento dos consensos sobre contraceção
244