Planeamento familiar Flashcards
Critérios médicos de elegibilidade para o uso de contracetivos e decisão clínica - categoria 1
Não existem restrições ao uso do método
- Método a usar em todas as circunstâncias
- Pode usar o método
Critérios médicos de elegibilidade para o uso de contracetivos e decisão clínica - categoria 2
As vantagens do uso do método superam os riscos
provados ou teóricos
- Método geralmente a ser usado
- Pode usar o método
Critérios médicos de elegibilidade para o uso de contracetivos e decisão clínica - categoria 3
O risco provado ou teórico de uso do método supera as vantagens
- O uso do método não é recomendado a menos
que outro não esteja disponível ou não seja aceite
- Não usar o método
Critérios médicos de elegibilidade para o uso de contracetivos e decisão clínica - categoria 4
O uso do método representa um risco inaceitável para a saúde
- Método a não usar
- Não usar o método
Contracetivos disponíveis no SNS - contraceção oral
Levonorgestrel + 30 mcg etinilestradiol (Microginon)
Levonorgestrel + 20 mcg etinilestradiol (Miranova ou Effilevo)
Gestodeno + 30 mcg etinilestradiol (Gynera ou Effiplen ou Minulet)
Gestodeno + 20 mcg etinilestradiol (Harmonet ou Estinette ou Minigeste
Desogestrel + 30 mcg etinilestradiol (Destrel ou Marvelon ou Regulon ou Salima)
Desogestrel + 20 mcg etinilestradiol (Destrel ou Mercilon ou Novynette)
Desogestrel, sem estrogénios (Azalia ou Cerazette)
Acetato de ciproterona + 35 mcg etinilestradiol (Diane 35 ou Selene)
Levonorgestrel + 30 mcg etinilestradiol
Microginon
Levonorgestrel + 20 mcg etinilestradiol
Miranova ou Effilevo
Gestodeno + 30 mcg etinilestradiol
Gynera ou Effiplen ou Minulet
Gestodeno + 20 mcg etinilestradiol
Harmonet ou Estinette ou Minigeste
Desogestrel + 30 mcg etinilestradiol
Destrel ou Marvelon ou Regulon ou Salima
Desogestrel + 20 mcg etinilestradiol
Destrel ou Mercilon ou Novynette
Desogestrel, sem estrogénios
Azalia ou Cerazette
Acetato de ciproterona + 35 mcg etinilestradiol
Diane 35 ou Selene
Contracetivos disponíveis no SNS - contraceção vaginal
Desogestrel + 15 mcg etinilestradiol
Contracetivos disponíveis no SNS - contraceção de emergência
Levonorgestrel, sem estrogénios
Contracetivos disponíveis no SNS - LARCs
Implante - etonogestrel, sem estrogénios
Injetável - acetato de medroxiprogesterona, sem estrogénios
SIU-levonorgestrel - sem estrogénios, diferentes dosagens de progestativo (52, 19,5 ou 13,5 mg)
Contracetivos disponíveis no SNS - contraceção não hormonal (2)
DIU de cobre (T 380 e U 375)
Preservativos masculinos
Contraceção hormonal combinada
Associação de baixa dose de estrogénios e progestativos
Contraceção hormonal combinada - formulação
Formulação
▪ Oral - mais utilizada
▪ Transdérmico
▪ Anel vagina
Contraceção hormonal combinada - modo de ação
Principalmente evitando a ovulação
- o progestativo é o principal responsável pelo efeito contracetivo e o estrogénio pelo controlo do ciclo
Contraceção hormonal combinada - eficácia
Eficácia depende da toma adequada
Contraceção hormonal combinada - quando pode ser utilizada?
Pode ser utilizada desde a menarca até à menopausa, desde que respeitados os critérios de elegibilidade
Contraceção hormonal combinada: dose de EE
A dose de EE é um fator importante, pois está
relacionada com os riscos e efeitos adversos
Contraceção hormonal combinada: estrogénios
▪ Etinilestradiol (EE) → estrogénio sintético de elevada potência
▪ Valerato de estradiol e o estradiol → parecem ter menos efeitos metabólicos e um perfil de segurança
potencialmente maior
Contraceção hormonal combinada: progestativos
São vários e têm diferentes ações consoante os recetores onde atuam preferencialmente
Contraceção hormonal combinada: progestativos - derivados da 19-nortestosterona
2ª geração
- levonorgestrel
- norgestimato
3ª geração
- gestodeno
- desogestrel
4ª geração
- dienogeste
Contraceção hormonal combinada: progestativos - derivados da 17 OH-progesterona
- acetato de ciproterona
- acetato de clormadinona
- acetato de nomegestrol (NOMAC)
Contraceção hormonal combinada: progestativos - derivados da espironolactona
4ª geração
- drospirenona
Efeitos dos progestativos nos recetores hormonais - levonorgestrel
Androgénico +
Efeitos dos progestativos nos recetores hormonais - gestodeno
Androgénico +
Antimineralocorticoide +
Efeitos dos progestativos nos recetores hormonais - desogestrel
Androgénico +
Efeitos dos progestativos nos recetores hormonais - acetato de ciproterona
Anti-androgénico +++
Efeitos dos progestativos nos recetores hormonais - acetato de clormadinona
Anti-androgénico +
Efeitos dos progestativos nos recetores hormonais - acetato de nomegestrol
Anti-androgénico +
Efeitos dos progestativos nos recetores hormonais - dienogeste
Anti-androgénico ++
Efeitos dos progestativos nos recetores hormonais - drospirenona
Anti-androgénico +
Anti-mineralocorticoide +
Drospirenona 3 mg/Estetrol 14,2 mg (Drovelis®)
Estetrol é um estrogénio natural produzido exclusivamente pelo feto, associando-se a vantagens (longa semivida, ausência de
interação com o citocromo P450, elevada biodisponibilidade oral , reduzido impacto metabólico)
Opções de contraceção oral combinada - Diane 35
Acetato de ciproterona (derivado da progesterona) 2 mg
- ação anti-androgénica +++
- dose de EE: 0,035 mg
Opções de contraceção oral combinada - Chariva, Clarissa, Jeniasta, Libel, Belara
Acetato de cloromadinona (derivado da progesterona) 2 mg
- ação anti-androgénica +
- dose de EE: 0,03 mg
Opções de contraceção oral combinada - Zoely
Acetato de nomogestrol (derivado da progesterona) 2,5 mg
- ação anti-androgénica +
- dose de EE: 1,5 mg (estradiol)
Opções de contraceção oral combinada - Sibilla, Valete, Amelye e Denille
Dienogeste (derivado da testosterona) 2 mg
- ação anti-androgénica ++
- dose de EE: 0,03 mg
Nota: Olaira (valerato de estradiol): multifásica
Opções de contraceção oral combinada - Effilevo, Miranova
Levonorgestrel (derivado da testosterona) 0,1 mg
- ação androgénica +
- dose de EE: 0,02 mg
Opções de contraceção oral combinada - Microginon, Seasonique
Levonorgestrel (derivado da testosterona) 0,15 mg
- ação androgénica +
- dose de EE: 0,03 mg
Opções de contraceção oral combinada - Mercilon, Novynette
Desogestrel (derivado da testosterona) 0,15 mg
- ação androgénica +
- dose de EE: 0,02 mg
Nota: Gracial (desogestrel + etinilestradiol, 0,025 mg + 0,04 mg OU 0,125 mg + 0,03 mg)
Opções de contraceção oral combinada - Marvelon, Regulon, Salima
Desogestrel (derivado da testosterona) 0,15 mg
- ação androgénica +
- dose de EE: 0,03 mg
Nota: Gracial (desogestrel + etinilestradiol, 0,025 mg + 0,04 mg OU 0,125 mg + 0,03 mg)
Opções de contraceção oral combinada - Minesse, Microgeste
Gestodeno (derivado da testosterona) 0,06 mg
- ação androgénica + e anti-mineralocorticoide +
- dose de EE: 0,015 mg
Opções de contraceção oral combinada - Harmonet, Estinette, Minigeste
Gestodeno (derivado da testosterona) 0,075 mg
- ação androgénica + e anti-mineralocorticoide +
- dose de EE: 0,02 mg
Opções de contraceção oral combinada - Gynera, Minulet, Effiplen
Gestodeno (derivado da testosterona) 0,075 mg
- ação androgénica + e anti-mineralocorticoide +
- dose de EE: 0,03 mg
Opções de contraceção oral combinada - Drosurall, Daylette, Arankelle, Yaz, Yasminelle, Sidretella, Dioz, Drosianelle, Drosdiol, Droseffik
Drospirenona (derivado da espironolactona) 3 mg
- ação anti-androgénica + e anti-mineralocorticoide +
- dose de EE: 0,02 mg
Opções de contraceção oral combinada - Aranka, Sidreta, Drosinanne, Yasmin, Drosure
Drospirenona (derivado da espironolactona) 3 mg
- ação anti-androgénica + e anti-mineralocorticoide +
- dose de EE: 0,03 mg
Contraceção hormonal combinada - via de administração: eficácia e riscos
A eficácia e os riscos não são modificados pela via de administração
Contraceção hormonal combinada - via de administração: níveis de EE
▪ Na via transdérmica são atingidos níveis séricos mais elevados de EE
▪ Na via vaginal são obtidos níveis mais reduzidos e estáveis de EE
Contraceção hormonal combinada - regime de toma contínua
O regime de toma contínua (sem intervalo livre) melhora os sintomas associados ao declínio dos níveis
hormonais (estrogénios) na altura da pausa, podendo ser benéfico em algumas situações clínicas (síndrome
pré-menstrual e endometriose) ou da preferência de algumas mulheres
Contraceção hormonal combinada - indicações (3)
▪ Todas as mulheres que pretendam um método contracetivo reversível, seguro e independente do coito
▪ Nas mulheres em que, dependendo da condição médica, o benefício do uso do método supere os riscos
▪ Situações em que os benefícios não contracetivos possam resultar em vantagens terapêuticas e na
melhoraria da qualidade de vida da mulher
Contraceção hormonal combinada - opções preferidas
Devem ser preferidas as opções com a menor dose de EE possível
Contraceção hormonal combinada - a utilização de compostos com 35 μg de EE…
Está reservada para condições clínicas específicas → acne
Contraceção hormonal combinada - considerar outras vias em…
As vias transdérmica e vaginal, para além das indicações gerais e comuns à via oral, devem ser consideradas em
mulheres com dificuldades na toma diária, com problemas na deglutição, com antecedentes de cirurgia bariátrica, com doença inflamatória intestinal e diarreias crónicas
Contraceção hormonal combinada - fertilidade futura da mulher
Não tem impacto na fertilidade futura da mulher
Contraceção hormonal combinada - interações medicamentosas
O processo de absorção e metabolização pode ser afetado ou afetar outros medicamentos (mas são raros os antibióticos que alteram o seu metabolismo, ao contrário da ideia comum)
categoria 4
não usar
categoria 3
preferir outro
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: Pós-parto
Que não amamenta
Categoria 4: <21 dias pós-parto + fatores de risco para TVP
Categoria 3: <21 dias pós-parto e sem outros fatores de risco de TVP
>21 dias a 42 dias e com
outros fatores de risco para TVP
Comentários:
O risco de TVP está aumentado nas primeiras 3 semanas após o parto, principalmente
na presença de outros fatores de risco: imobilidade, hemorragia
pós-parto, IMC>30, pré-eclampsia e tabagismo
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: Pós-parto, a amamentar
Categoria 4: <6 semanas pós-parto
Categoria 3: > 6 semanas a < 6 meses pós-parto
Comentário: os estudos mostram resultados
contraditórios em relação ao desenvolvimento das crianças expostas aos estrogénios
durante a amamentação
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: tabagismo
Categoria 4: Idade ≥ 35 anos e ≥ 15 cigarros por dia
Categoria 3: Idade ≥ 35 anos e <15 cigarros por dia e/ou
suspendeu há menos de 1 ano
Comentários
O uso de CHC associado ao
tabaco aumenta o risco de DCV principalmente de enfarte do miocárdio(EM) e este risco está diretamente relacionado com o nº de cigarros/dia
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: Hipertensão arterial (HTA)
Categoria 4: Sistólica ≥ 160 ou diastólica ≥ 100 mmhg
Com doença vascular associada
Categoria 3: Sistólica > 140-159 mmhg ou diastólica > 90 a 99 mmhg
Antecedentes de HTA em
mulheres em que não é possível vigiar a TA
Comentários:
CHC aumenta o risco de AVC, EM e doença arterial periférica nas mulheres c/ HTA quando comparadas com não utilizadoras de CHC
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: tromboembolismo venoso
Categoria 4:
Antecedentes de TEV/EP com e sem terapêutica anticoagulante e alto risco para TEV/EP (um ou mais fatores de risco)
TEV/EP agudo
Cirurgia major com imobilização prolongada
Categoria 3:
Antecedentes de TEV/EP sem terapêutica anticoagulante e sem
factores de risco para TEV /EP
Antecedentes de TEV/EP com terapêutica anticoagulante há pelo menos 3 meses e sem
factores de risco para TEV/EP
Comentários:
A CHC deve ser suspensa pelo menos 4 semanas antes de uma cirurgia eletiva, com duração superior a 30 minutos
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: trombofilias
Categoria 4: Fator V Leiden
Mutação da protrombina,
Défice de proteína S, proteína C e antitrombina
Comentários:
Não está recomendado
fazer o rastreio por rotina
das trombofilias
Nas mulheres com mutações trombogénicas o uso de CHC aumenta o risco de TVP em 2 a 20 x quando comparadas com as não utilizadoras
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: doença cardiovascular
Categoria 4: Doença coronária
História de EAM
AVC
Patologia valvular cardíaca
complicada: (ex: HTA pulmonar, fibrilhação auricular)
Associação de múltiplos
fatores de risco CV
Categoria 3:
Associação de múltiplos
fatores de risco CV,
em mulheres < 35 anos
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: doenças reumatológicas (LES)
Categoria 4: Síndrome de Anticorpos antifosfolipídos (SAAF)
Comentários:
O SAAF está relacionado
quer com o risco de trombose venosa quer arterial
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: doenças neurológicas
Categoria 4:
Enxaquecas com aura
Enxaqueca sem aura e idade
> 35 anos (continuação)
Categoria 3:
Enxaqueca sem aura e idade
<35 anos (continuação)
Enxaqueca sem aura e idade
>35 anos (início)
Comentários:
As mulheres com enxaqueca
com aura têm um risco acrescido de AVC que aumenta 2 a 4 x com o uso de CHC
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: doenças endócrinas
Categoria 4:
Diabetes com nefropatia,
retinopatia ou neuropatia grave
Outras complicações vasculares
graves da diabetes
Diabetes com > 20 anos
Categoria 3:
Diabetes com nefropatia,
retinopatia ou neuropatia
Outras complicações vasculares da diabetes
Comentários:
A classificação em 3 ou 4
depende do grau de
gravidade da doença
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: doença inflamatória intestinal
Categoria 3:
Doença de Chron ou Colite
Ulcerosa:
Categoria 3 para COC
Categoria 2 para o adesivo
ou anel vaginal
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: doenças hepato-biliares
Categoria 4:
Hepatite vírica aguda
Cirrose hepática descompensada
Adenoma hepático
Carcinoma hepático
Categoria 3:
Doença hepato-biliar sintomática ou sob tratamento médico
História pessoal de colestase
associada a CHC
Comentários:
A CHC não deve ser usada
nos tumores hepáticos
mesmo após a cirurgia
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: obesidade
Categoria 3:
IMC ≥35kg/m
Comentários:
O risco de TVP aumenta
para IMC > 30 kg/m2
e ainda mais com IMC ≥35Kg/m2
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: antecedentes de cirurgia bariátrica
Procedimentos que provocam mal absorção (bypass em Y de Roux) exceto para o anel e o
adesivo que são Categoria 1
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: patologia da mama
Categoria 4:
Cancro da mama
Categoria 3:
História pessoal de cancro
da mama sem evidência
de doença há 5 anos
Contraceção hormonal combinada – critérios de elegibilidade: transplante de órgão sólido
Categoria 4:
Complicado por:
Falência aguda ou crónica
do enxerto
Rejeição
Vasculopatia associado
ao enxerto
Contraceção hormonal combinada – início
Podem ser iniciados em qualquer fase do ciclo, preferencialmente no dia da consulta, depois de se excluir a gravidez
Alternativas:
▪ Início no 1º domingo depois da menstruação
▪ No 1º dia do ciclo menstrual
Contraceção hormonal combinada – método adicional
▪ Se a toma tiver lugar nos primeiros 5 dias do ciclo menstrual não é necessário utilizar um método adicional
para prevenção da gravidez
▪ Sempre que o início da toma é fora dos primeiros 5 dias do ciclo deve ser aconselhado um método contracetivo adicional nos primeiros 7 dias da toma
Contraceção hormonal combinada – início (se método anterior: sem contraceção)
Até ao 5.º dia do ciclo - sem necessidade de método barreira nos primeiros 7 dias de utilização
Em qualquer dia - necessidade de método barreira nos primeiros 7 dias de utilização
Contraceção hormonal combinada – início (se método anterior: CHC oral/transdermica/vaginal)
Após a última pílula - sem necessidade de método barreira nos primeiros 7 dias de utilização
Contraceção hormonal combinada – início (se método anterior: progestativo oral)
Após a última pílula - sem necessidade de método barreira nos primeiros 7 dias de utilização
Contraceção hormonal combinada – início (se método anterior: implante)
No dia de remoção do implante - sem necessidade de método barreira nos primeiros 7 dias de utilização
Contraceção hormonal combinada – início (se método anterior: acetato de medroxiprogesterona)
No dia programado para a injeção - sem necessidade de método barreira nos primeiros 7 dias de utilização
Contraceção hormonal combinada – início (se método anterior: SIU)
No dia de remoção do SIU - sem necessidade de método barreira nos primeiros 7 dias de utilização
Contraceção hormonal combinada – início (se método anterior: DIU)
Iniciar em qualquer dia e
remover o DIU na menstruação - sem necessidade de método barreira nos primeiros 7 dias de utilização
ou
Remover DIU de imediato - necessidade de método barreira nos primeiros 7 dias de utilização
Contraceção hormonal combinada – esquecimento: pílula
Falha de COC:
1 comprimido: tomar logo que possível o comprimido esquecido;
2 ou mais comprimidos na 1.ª ou 2.ª semana:
usar contraceção adicional nos 7 dias seguintes;
se relação sexual desprotegida usar contraceção de emergência;
2 comprimidos na 3.ª semana: terminar
a embalagem e iniciar de imediato outra e usar contraceção adicional nos 1.ºs 7 dias;
Falha de pílula c/ valerato de estradiol ou estradiol: ver recomendações específicas
no folheto informativo do medicamento
Contraceção hormonal combinada – esquecimento: adesivo
Falha na 1.ª semana: aplicar o adesivo logo que se lembre, contraceção adicional nos 7 dias seguintes, alterar o dia da substituição
Falha na 2.ª ou 3.ª semana: se o atraso for inferior a 48h aplicar novo adesivo, sem
necessidade de contraceção adicional; se o atraso for superior a 48h iniciar novo ciclo, contraceção adicional nos 1.ºs 7 dias, se relação sexual sem proteção usar
contraceção de emergência
Se esquecer de remover o último adesivo, removê-lo logo que se lembre e iniciar o ciclo seguinte no dia previsto
Contraceção hormonal combinada – esquecimento: anel vaginal
Se o anel estiver fora da vagina menos de 3 horas, lavar em água tépida e voltar a inserir. Caso sejam ultrapassadas as 3h,
utilizar um novo anel
Se o anel permanecer na vagina mais de 3 semanas, mas menos de 4 semanas, deve ser substituído e proceder-se à pausa normal
de 7 dias
Se o anel permanecer mais de 4 semanas, perderá o efeito contracetivo. Se houver relação sexual desprotegida usar
contraceção de emergência. Inserir novo anel e usar contraceção adicional nos 1.ºs 7 dias
Contraceção hormonal combinada – efeitos indesejáveis
Geralmente ocorrem nos primeiros meses e regridem espontaneamente
▪ Hemorragias intracíclicas ou spotting
▪ Ausência de hemorragia de privação → excluir gravidez; tranquilizar; aumentar dose de EE
▪ Náuseas e vómitos → diminuir dose de EE, tomar às refeições
▪ Mastodinia → diminuir dose de EE, alterar pausa
▪ Cefaleias → diminuir dose de EE, diminuir tempo de pausa
▪ Alterações do peso corporal
▪ Alterações do humor, depressão → vitamina B6, diminuir pausa
▪ Alterações cutâneas
▪ Leucorreia
Contraceção hormonal combinada – benefícios não contracetivos
Redução da dismenorreia
Redução da síndrome pré-menstrual
Redução do fluxo menstrual e prevenção da anemia
Redução da hemorragia uterina anómala associada a alguns tipos de fibromiomas uterinos
Redução do aparecimento de quistos foliculares e luteínicos
Prevenção dos sintomas com exacerbação menstrual
Indução de amenorreia por opção da mulher
Tratamento dos sintomas de hiperandroginismo
(acne e hirsutismo)
Contraceção hormonal combinada – benefícios não contracetivos: redução da síndrome pré-menstrual
Efeito comprovado em contracetivo oral com drospirenona e redução do intervalo livre de hormonas para 4 dias
Contraceção hormonal combinada – benefícios não contracetivos: redução do fluxo menstrual e prevenção da anemia
Efeito verificado com todas as formulações
A CHC com estrogénios naturais e esquema quadrifásico foi aprovada para o tratamento da hemorragia menstrual
abundante na ausência de patologia orgânica
Contraceção hormonal combinada – benefícios não contracetivos: redução da hemorragia uterina anómala associada a alguns tipos de fibromiomas uterinos
A CHC não é tratamento da patologia miomatosa
Contraceção hormonal combinada – benefícios não contracetivos: redução do aparecimento de quistos foliculares e luteínicos
Em mulheres com quistos funcionais volumosos os contracetivos hormonais não promovem a sua resolução mais rapidamente do que o tratamento expectante
Contraceção hormonal combinada – benefícios não contracetivos: prevenção dos sintomas com exacerbação menstrual
Em especial a cefaleia catamenial, que melhora com o uso continuo de CHC
Contraceção hormonal combinada – benefícios não contracetivos: indução de amenorreia por opção da mulher
Associada a melhoria na qualidade de vida