Saúde Materna - Programa Nacional da Gravidez de Baixo Risco da DGS (terminado) Flashcards

1
Q

As mulheres com gravidez de baixo risco devem…

A

Receber cuidados de saúde programados na pre-conceção, na gravidez e no puerpério em CSP, nos termos do Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco

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2
Q

Fases da gravidez

A

Pré-conceção -> gravidez -> parto -> puérpera e recém-nascido

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3
Q

Todas as mulheres que planeiam engravidar devem ter acesso a uma consulta pré-concecional num prazo máximo de…

A

90 dias após a sua solicitaçao

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4
Q

Consulta pré-concecional - beneficios mais evidentes em…

A

Os benefícios da consulta pré-concecional são ainda mais evidentes nas mulheres com doença crónica

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5
Q

Consulta pré-concecional - contribui…

A

Contribui para o sucesso da gravidez através da identificação precoce de fatores de risco modificáveis e
promoção da sua correção

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6
Q

Consulta pré-concecional - momento no qual…

A

O risco de anomalia reprodutiva pode ser estabelecido, propondo ao casal medidas que
levem à sua minimização ou eliminação

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7
Q

Consulta pré-concecional - identificação…

A

Identificação dos indivíduos ou famílias de risco genético e sua referenciação para aconselhamento especializado

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8
Q

Consulta pré-concecional - promoção…

A

Promoção da participação ativa de ambos os elementos do casal nas questões de saúde sexual e reprodutiva

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9
Q

Consulta pré-concecional - boletim

A

Boletim de saúde reprodutiva/ planeamento familiar

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10
Q

Consulta pré-concecional - o que avaliar?

A

historia clinica do casal

avaliaçao fisica

atualização do rastreio do cancro do colo do utero se indicado

atualizaçao do estado vacinal e atualização do PNV

avaliaçao do estado nutricional

avaliaçao laboratorial

avaliaçao consumo de substancias

avaliaçao de fatores de risco social

rastreio de violencia nas relaçoes de intimidade

avaliaçao de fatores de risco familiares

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11
Q

Consulta pré-concecional - história clinica do casal

A

▪ Antecedentes pessoais e familiares

▪ Além de recolher e registar toda a informação sobre os medicamentos utilizados pela mulher, é relevante
obter a história clínica e farmacológica do progenitor de sexo masculino

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12
Q

Consulta pré-concecional - avaliação física

A

▪ Peso, altura, IMC

▪ Pressão arterial

▪ Exame mamário

▪ Exame ginecológico
- Atenção à genitália externa para deteção de situações de mutilação genital feminina

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13
Q

Consulta pré-concecional - avaliação do estado vacinal e atualização do PNV

A

Prioridade para vacinação contra tétano, difteria, rubéola e sarampo

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14
Q

Consulta pré-concecional - avaliação laboratorial

A

▪ Grupo sanguíneo e fator RhD

▪ Hemograma

▪ Glicemia em jejum

▪ Rastreio hemoglobinopatias

▪ Rastreio sífilis, hepatite B, VIH

▪ Serologias rubéola, toxoplasmose e CMV

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15
Q

Consulta pré-concecional - avaliação de fatores de risco social

A

▪ Pobreza

▪ Imigração/refugiados

▪ Desemprego

▪ Condições habitacionais precárias

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16
Q

Consulta pré-concecional - informar

A

▪ Riscos de consumo de álcool e tabaco durante preconceção e gravidez

▪ Risco de ISTs e promoção de comportamentos seguros

▪ Estado nutricional, peso adequado, hábitos alimentares e estilos de vida saudável

▪ Aspetos psicológicos, familiares, sociais e financeiros relacionados com a preparação da gravidez e parentalidade

▪ Vantagens de um início precoce de vigilância pré-natal

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17
Q

Consulta pré-concecional - recomendar

A

▪ Registo da data das menstruações

▪ Vacinação contra gripe

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18
Q

Consulta pré-concecional - prevenção

A

Prevenção toxinfeções

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19
Q

Consulta pré-concecional - suplementação

A

Suplementação com ácido fólico e iodo antes de parar a contraceção

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20
Q

Consulta pré-concecional - referenciar, se necessário

A

▪ Consulta cessação tabágica

▪ Consulta especializada para consumos de álcool ou outras substâncias psicotrópicas

▪ Psicologia

▪ Assistente social

▪ Consulta hospitalar de apoio perinatal

▪ Equipas para a prevenção da violência em adultos (EPVA) ou núcleos de apoio à criança e jovem em risco (NACJR)

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21
Q

Consulta pré-concecional - as unidades de saúde onde decorre a consulta pré-concecional, ou a primeira consulta da gravidez, devem
disponibilizar materiais informativos escritos sobre a gravidez

A

▪ Modificações fisiológicas na gravidez

▪ Alimentação na gravidez

▪ Rastreios e exames recomendados durante a gravidez

▪ Hábitos e estilos de vida saudáveis na gravidez

▪ Planeamento do parto

▪ Aleitamento materno

▪ Sinais e sintomas de alarme que devem motivar uma observação não programada nos cuidados de saúde

▪ Suporte legal e apoios para a proteção da parentalidade

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22
Q

Cuidados pré-natais - o esquema de vigilância e conduta durante a gravidez dependem…

A

Da existência ou não de patologia

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23
Q

3 componentes da vigilância da gravidez de baixo risco

A
  • educação para a saúde
  • cuidados pré-natais
  • preparação para o parto e parentalidade
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24
Q

Cuidados pré-natais – esquema de consultas: esquema preconizado pela DGS

A

Realizar a 1ª consulta o mais precocemente possível

Consultas de vigilância pré-natal após a 1ª consulta
▪ A cada 4-6 semanas até às 30 semanas
▪ A cada 2-3 semanas entre as 30 e as 36 semanas
▪ A cada 1-2 semanas após as 36 semanas até ao parto

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25
Q

Todas as mulheres grávidas devem ter acesso a uma
primeira consulta da gravidez entre…

A

As 6 semanas e 0 dias e as 9 semanas e 6 dias de gestação

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26
Q

Cuidados pré-natais - as grávidas devem ser referenciadas… (para consulta hospitalar na unidade de saúde onde pretendem ter o parto)

A

As grávidas devem ser referenciadas entre as 36 semanas e 0 dias e as 37 semanas e 6 dias de gestação para uma consulta hospitalar na unidade de saúde onde pretendem ter o parto
▪ Esta consulta deve ser realizada entre a 39 semanas e 0 dias e as 40 semanas e 0 dias de gestação, ou mais precocemente em caso de aparecimento de fatores de risco

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27
Q

Cuidados pré-natais - boletim

A

Boletim de saúde da grávida

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28
Q

Cuidados pré-natais – avaliação do risco gestacional: mutabilidade

A

A identificação do risco pode alterar a qualquer momento durante a gravidez

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29
Q

Cuidados pré-natais – avaliação do risco gestacional: a mulher deve ser avaliada…

A

A mulher deve ser avaliada relativamente ao risco gestacional na primeira consulta pré-concecional ou de
gravidez, e em cada interação subsequente com as equipas de saúde
▪ A avaliação do risco é um fator determinante para a vigilância adequada da gravidez, assim como para a
prevenção e controlo atempado de complicações

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30
Q

Cuidados pré-natais – avaliação do risco gestacional: contempla…

A

A avaliação do risco gestacional contempla a informação obtida a partir da história clínica (incluindo aspetos
demográficos, culturais e socioeconómicos) e de exames laboratoriais e imagiológicos

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31
Q

Considera-se gravidez de baixo risco…

A

Considera-se gravidez de baixo risco aquela em que não é possível identificar, após avaliação clínica de acordo
com a avaliação do risco pré-natal baseada na escala de Goodwin modificada, nenhum fator acrescido de
morbilidade materna, fetal ou neonatal

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32
Q

Tabela de Goodwin modificada - pontuação

A

Baixo risco: 0 – 2

Médio risco: 3 – 6

Alto risco: ≥ 7

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33
Q

Tabela de Goodwin modificada - 4 parâmetros a avaliar

A

História reprodutiva

História obstétrica anterior

Patologia associada

Gravidez atual

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34
Q

Tabela de Goodwin modificada - história reprodutiva

A

Idade
- 17 ou menos e 40 ou mais: 3 pontos
- 18 a 29 anos: 0 pontos
- 30 a 39 anos: 1 ponto

Paridade
- 0: 1 ponto
- 1 a 4: 0 pontos
- 5 ou mais: 3 pontos

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35
Q

Tabela de Goodwin modificada - história obstétrica anterior

A

Aborto habitual (3 ou mais consecutivos): 1 ponto

Infertilidade: 1 ponto

Hemorragia pós-parto/ dequitadura manual: 1 ponto

RN >= 4000 g : 1 ponto

Pré-eclampsia/ eclampsia: 1 ponto

Cesariana anterior: 2 pontos

Feto morto/ morte neonatal: 3 pontos

Trabalho de parto prolongado ou dificil: 1 ponto

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36
Q

Tabela de Goodwin modificada - patologia associada

A

Cirurgia ginecologica anterior: 1 ponto

Doença renal cronica: 2 pontos

Diabetes gestacional: 1 ponto

Diabetes mellitus: 3 pontos

Doença cardiaca: 3 pontos

Outras (bronquite cronica, lupus, …)
- indice de acordo com a gravidade: 1 a 3 pontos

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37
Q

Tabela de Goodwin modificada - gravidez atual

A

Hemorragias 20 semanas ou menos: 1 ponto

Hemorragias depois das 20 semanas: 3 pontos

Anemia (10g ou menos): 1 ponto

Gravidez prolongada 42 semanas ou mais: 1 ponto

Hipertensão: 2 pontos

Rotura prematura das membranas: 2 pontos

Hidramnios: 2 pontos

ACIU (atraso de crescimento intrauterino): 3 pontos

Apresentação pelvica: 3 pontos

Isoimunização Rh: 3 pontos

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38
Q

Critérios de referenciação para consulta pré-natal em hospitais com cuidados obstétricos: antecedentes maternos (hospital de nível I)

A
  • Parto pré-termo
  • Pré-eclâmpsia grave ou precoce
  • Restrição de crescimento fetal
  • Doença gestacional do trofoblasto
  • Morte fetal ou neonatal precoce
  • Diabetes gestacional
  • Tromboembolismo venoso
  • Malformações uterinas com impacto na gravidez
  • Aborto recorrente
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39
Q

Critérios de referenciação para consulta pré-natal em hospitais com cuidados obstétricos: antecedentes maternos (hospital de nível II)

A
  • Insuficiência cervical
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40
Q

Critérios de referenciação para consulta pré-natal em hospitais com cuidados obstétricos - comorbilidades maternas: hospital de nível I

A
  • Condições sociais adversas
  • Idade <17 anos ou ≥40 anos
  • Grande fumadora (>20 cigarros/dia)
  • Hábitos alcoólicos marcados
  • Toxicodependência activa
  • Asma brônquica com crises sob medicação
  • Diabetes gestacional
  • Diabetes tipo 2 prévia à gravidez
  • Hipertensão arterial crónica
  • Hipotiroidismo não controlado ou
    hipertiroidismo medicado
  • IMC ≥35 ou IMC <18
  • Cirurgia bariátrica prévia
  • Doença psiquiátrica controlada com
    necessidade de medicação
  • Epilepsia ativa ou medicada
  • Terapêutica teratogénica em curso (cumarínicos, imunossupressores)
  • Doença inflamatória intestinal
  • Miomas com ≥7 cm ou sintomáticos
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41
Q

Critérios de referenciação para consulta pré-natal em hospitais com cuidados obstétricos - comorbilidades maternas: hospital de nível II

A
  • Diabetes tipo 1 prévia à gravidez
  • Doença autoimune (síndrome anti fosfolipídica, lúpus eritematoso sistémico,
    síndrome de Sjögren)
  • Doença psiquiátrica não controlada
  • Neoplasia intraepitelial cervical
  • Trombocitopenia não-gestacional
  • Massas anexiais
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42
Q

Critérios de referenciação para consulta pré-natal em hospitais com cuidados obstétricos - comorbilidades maternas: hospital de nível III

A
  • Transplante de órgãos
  • Aloimunização antieritrocitária ou
    antiplaquetária
  • Cardiopatia materna grave
  • Esclerose múltipla, miastenia gravis
  • Doença oncológica, não em remissão
  • Doença pulmonar com compromisso da oxigenação
  • Doença renal crónica
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43
Q

Critérios de referenciação para consulta pré-natal em hospitais com cuidados obstétricos - complicações gravidez atual: hospital de nível I

A
  • Gravidez gemelar
  • Anemia refratária a reposição de ferro
  • Indicação para interrupção médica da gravidez
  • Colo curto sem indicação para ciclorrafia cervical
  • Dermatoses da gravidez
  • Feto leve para a idade gestacional
  • Polihidrâmnios assintomático
  • Colestase gravídica
  • Placenta prévia assintomática no 3° trimestre
  • Suspeita de macrossomia fetal
  • Trombocitopenia gestacional
  • Infeção materna (hepatites víricas, varicela, herpes simplex, tuberculose, VIH)
  • Malformação fetal minor
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44
Q

Critérios de referenciação para consulta pré-natal em hospitais com cuidados obstétricos - complicações gravidez atual: hospital de nível II

A
  • Gestação múltipla de ordem >2
  • Gestação gemelar com complicações
  • Colo curto com indicação para ciclorrafia cervical
  • Indicação para cirurgia não-obstétrica não urgente
  • Isoimunização Rh (D)
  • Placenta prévia sintomática
  • Restrição de crescimento fetal > 32 semanas
  • ≥36 semanas e cesariana anterior
  • ≥34 semanas, apresentação pélvica ou situação transversa
  • Infeção materna por citomegalovirus,
    parvovirus B19, Toxoplasma goondii e Treponema pallidum
  • Malformação fetal major
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45
Q

Critérios de referenciação para consulta pré-natal em hospitais com cuidados obstétricos - complicações gravidez atual: hospital de nível III

A
  • Gestação gemelar monocoriónica com complicações
  • Gestação múltipla de ordem >2 com complicações
  • Hidrópsia fetal
  • Restrição de crescimento fetal < 32 semanas
  • Suspeita de anemia fetal
  • Malformações fetais com
    necessidade de cuidados neonatais específicos (Cardiologia Pediátrica,
    Cirurgia Pediátrica, etc)
  • Neoplasia gestacional do trofoblasto
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46
Q

Cuidados pré-natais – objetivos (6)

A

▪ Avaliar o bem-estar materno e fetal através da história clínica e dos dados dos exames complementares de
diagnóstico

▪ Detetar precocemente situações desviantes do normal curso da gravidez que possam afetar a evolução da gravidez e o bem-estar materno e fetal, estabelecendo a sua orientação

▪ Identificar fatores de risco que possam vir a interferir no curso normal da gravidez, na saúde da mulher e do
feto

▪ Promover a educação para a saúde, integrando o aconselhamento e o apoio psicossocial ao longo da vigilância periódica da gravidez

▪ Preparar para o parto e parentalidade

▪ Informar sobre os deveres e direitos parentais

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47
Q

Idade gestacional cronológica

A

definida a partir da data da última menstruação

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48
Q

Idade gestacional definitiva

A

definida pelo comprimento crânio-caudal, na ecografia das 11-13 semanas e seis dias

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49
Q

Quando a gravidez resulta de técnicas de Procriação Medicamente Assistidas, a idade gestacional deve ser
calculada…

A

utilizando a idade do embrião no dia da transferência e a data da transferência intrauterina

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50
Q

Cuidados pré-natais – suplementação: 3

A

Ácido fólico

Iodo

Ferro

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51
Q

Cuidados pré-natais – suplementação: ácido fólico

A

Deve ser iniciada o mais precocemente possível a toma de 400 ug/dia

As grávidas com filho anterior com defeito do tubo neural ou com história familiar desta situação devem realizar diariamente uma dose superior (5 mg por dia)
- esta dose está também indicada em mulheres com doenças ou sob terapêutica associadas a diminuição da biodisponibilidade de ácido fólico

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52
Q

Cuidados pré-natais – suplementação: iodo

A

Deve ser iniciada o mais precocemente possível a toma de iodeto de potássio: 150-200 ug por dia (desde que não existam contra-indicações para o fazer)

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53
Q

Cuidados pré-natais – suplementação: ferro

A

Deve ser iniciada a suplementação com 30-60 mg/dia de ferro elementar (na ausência de contraindicações para o fazer)

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54
Q

Ácido fólico - dose

A
  • 400 μg/dia de ácido fólico da preconceção até à 12ª semana de gestação
  • 5 mg/dia durante toda a gravidez se história familiar ou filho prévio com defeito do tubo neural ou doença/terapêutica associada a diminuição biodisponibilidade de ácido fólico
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55
Q

Iodo - contra-indicação

A

Nas mulheres com patologia da tiroide o iodo pode estar contraindicado, devendo a decisão médica ser
tomada caso a caso

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56
Q

Ferro - quando?

A

Início de suplementação na dose de 30-60 mg/dia na segunda consulta pré-natal; em grávidas com valores elevados de hemoglobina e/ou fatores de risco para pré-eclâmpsia, a suplementação com ferro pode relacionar-se com outcomes obstétricos negativos e não deve ser aconselhada

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57
Q

Nota sobre a suplementação com ferro

A

A suplementação com ferro é controversa

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58
Q

Rastreio de défice de ferro

A

A Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno-Fetal recomenda o rastreio universal da anemia na gravidez, com hemograma e ferritina na preconceção e/ou 1º trimestre, entre as 24 e 28 semanas de gravidez
e no 3º trimestre de gravidez

▪ Essencial que todas as mulheres recebam aconselhamento dietético relativamente a como aumentar a ingestão e absorção de ferro

▪ Considera-se défice de ferro se a ferritina apresentar valores <30 ng/ml

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59
Q

Cuidados pré-natais – rastreios analíticos: 1º trimestre: timing

A

Inferior a 13 semanas

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60
Q

Cuidados pré-natais – rastreios analíticos: 1º trimestre (11)

A
  1. Citologia Cervical - Conforme recomendações do Plano Nacional de
    Prevenção e Controlo das Doenças Oncológicas 2007-2010 para as mulheres não grávidas
  2. Tipagem ABO e fator Rh D
  3. Pesquisa de aglutininas irregulares (teste de Coombs indireto)
  4. Hemograma completo
  5. Glicémia em jejum
  6. VDRL
  7. Serologia Rubéola - IgG e IgM (se desconhecido ou não imune em consulta pré-concecional)
  8. Serologia Toxoplasmose - IgG e IgM (se desconhecido ou não imune em consulta pré-concecional)
  9. Ac VIH 1 e 2
  10. AgHBs
  11. Urocultura com eventual TSA
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61
Q

Cuidados pré-natais – rastreios analíticos: 2º trimestre

A

18-20 Semanas
12. Serologia Rubéola - IgG e IgM, nas mulheres não imunes

24-28 Semanas
13. Hemograma completo
14. PTGO c/ 75g (colheita às 0h, 1h e 2 horas)
15. Serologia Toxoplasmose - IgG e IgM (nas mulheres não imunes)
16. Pesquisa de aglutininas irregulares (teste de Coombs indireto)

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62
Q

Cuidados pré-natais – rastreios analíticos: 3º trimestre

A

32-34 Semanas
17. Hemograma completo
18. VDRL
19. Serologia Toxoplasmose - IgG e IgM (nas mulheres não imunes)
20. Ac. VIH 1 e 2
21. AgHBs (nas grávidas não vacinadas e cujo rastreio foi negativo no 1º trimestre)

35-37 Semanas
22. Colheita (1/3 externo da vagina e ano-retal) para pesquisa de streptococcus β hemolítico do grupo B

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63
Q

Considera-se prova de imunidade contra a rubéola:

A

▪ 2 doses de vacina VASPR/VAR
ou
▪ Serologia atestando imunidade contra a rubéola

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64
Q

Ecografia obstétrica 1º trimestre - timing

A

Entre as 11 e as 13 semanas + 6 dias

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65
Q

Ecografia obstétrica 2º trimestre - timing

A

Entre as 20 e as 22 semanas + 6 dias

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66
Q

Ecografia obstétrica 3º trimestre - timing

A

Entre as 30 e as 32 semanas + 6 dias

67
Q

Ecografia 1º trimestre: objetivos (5)

A

▪ Confirmar a viabilidade fetal

▪ Determinar o número de fetos e corionicidade

▪ Datar corretamente a gravidez através do comprimento crânio-caudal

▪ Diagnosticar malformações major e contribuir para a avaliação do risco de aneuploidias

▪ Quantificar o risco de trissomia 21: combinação da medida da translucência da nuca, idade materna e
determinação da fração livre da gonadotrofina coriónica humana (ß-hCG) e da proteína A plasmática
associada à gravidez (PAPP-A) → rastreio combinado

68
Q

Ecografia 2º trimestre: objetivo

A

Identificar malformações fetais

69
Q

Ecografia 3º trimestre: objetivos (2)

A

▪ Avaliar o desenvolvimento fetal

▪ Identificar anomalias tardias

70
Q

Cuidados pré-natais – valorização dos resultados da análise sumária à urina

A

Realizar análise sumária à urina através da tira teste reativa

▪ Nas mulheres sem fatores de risco, uma cruz de proteínas não é valorizável

▪ 3 cruzes de proteínas → avaliação analítica com o cálculo do ratio proteínas/creatinina na urina ocasional
- O ratio proteínas/creatinina é considerado positivo quando superior a 0.3

71
Q

Progressão ponderal - se baixo peso antes de engravidar (IMC < 18,5)

A

Ganho de peso total: 12,5 kg - 18 kg

Ganho de peso médio por semana para o 2º e 3º trimestres: cerca de 0,5 kg por semana

72
Q

Progressão ponderal - se peso normal antes de engravidar (18,5 <= IMC <= 24,9)

A

Ganho de peso total: 11,5 kg - 16 kg

Ganho de peso médio por semana para o 2º e 3º trimestres: cerca de 0,4 kg por semana

73
Q

Progressão ponderal - se excesso de peso antes de engravidar (IMC entre 25 e 29,9)

A

Ganho de peso total: 7 kg - 11,5 kg

Ganho de peso médio por semana para o 2º e 3º trimestres: cerca de 0,3 kg por semana

74
Q

Progressão ponderal - se obesidade antes de engravidar (IMC >= 30)

A

Ganho de peso total: 5 kg - 9 kg

Ganho de peso médio por semana para o 2º e 3º trimestres: cerca de 0,2 kg por semana

75
Q

A recomendação sobre o ganho de peso adequado ao longo da gravidez depende…

A

Do IMC avaliado na primeira
consulta de vigilância

76
Q

Mulheres com baixo peso e que aumentam pouco durante a gravidez - risco

A

Maior risco de recém-nascido com baixo peso à nascença, parto pré-termo e partos pré-termo recorrentes

77
Q

Mulheres obesas - risco

A

Risco aumentado de ter um recém-nascido grande para a idade gestacional, parto pós-termo e diabetes gestacional

78
Q

Um rápido aumento de peso (mais de 1,5 kg numa semana), associado a edemas…

A

Deve sempre requerer
avaliação clínica

79
Q

Atenção à perda de peso no 1º trimestre, principalmente se associada a vómitos

A

Pode ser uma hiperemese
com necessidade de tratamento hospitalar

80
Q

Vacinação - quais vacinas a administrar?

A

As vacinas a administrar durante a gravidez são inativadas e a vacinação deve ocorrer, se possível, no 2º e 3º trimestres, a fim de evitar a associação temporal entre as vacinas e algum eventual problema com o feto

81
Q

Vacinas contra-indicadas na gravidez

A

Vacinas vivas estão contraindicadas!

82
Q

4 vacinas indicadas na gravidez

A

Tosse convulsa

COVID-19

Gripe

VSR

83
Q

Vacina da tosse convulsa

A

Uma dose de vacina combinada contra a tosse convulsa, o tétano e a difteria (Tdpa) entre as
20 e as 36 semanas de gestação, idealmente até às 32 semanas

84
Q

Vacina do covid-19

A

As grávidas fazem parte do grupo de pessoas elegíveis para vacinação de reforço sazonal contra a COVID-19 no Outono-Inverno 2024-2025

85
Q

Vacina da gripe

A

Recomendação segue as diretrizes atualizadas anualmente pela DGS; confere proteção de evolução grave da gripe durante a gravidez e para proteção do recém-nascido durante os primeiros meses de vida

86
Q

Vacina do VSR

A

Vacina de toma única (ABRYSVO®) entre as 24 e as 36 semanas - confere imunidade ao RN até aos 6
meses; não comparticipada

87
Q

Imunização sazonal contra o Vírus Sincicial Respiratório - anticorpo

A

Anticorpo monoclonal de ação longa - nirsevimab (Beyfortus®)

88
Q

Imunização sazonal contra o Vírus Sincicial Respiratório - previne…

A

Previne a doença das vias aéreas inferiores causada por VSR em recémnascidos e lactentes, durante a sua primeira época de VSR

89
Q

Imunização sazonal contra o Vírus Sincicial Respiratório - quem está abrangido?

A
  • Todas as crianças nascidas entre 1 de agosto de 2024 e 31 de março de 2025
  • Todas as crianças pré-termo com idade gestacional até 33 semanas + 6 dias, nascidas entre 1 de janeiro e 31 de julho de 2024
  • Todas as crianças com outros fatores de risco acrescido para infeção
    grave por VSR a entrar na primeira ou na segunda época sazonal de infeção por VSR, que ainda não tenham completado 24 meses até ao dia 30 de setembro de 2024
90
Q

Imunização sazonal contra o Vírus Sincicial Respiratório: decorre

A

A imunização será sazonal decorre entre 15 de outubro de 2024 e 31 de março de 2025

91
Q

Rastreios (3)

A

▪ Rastreio da neoplasia do colo do útero, se aplicável

▪ Realizar o rastreio de violência doméstica na primeira consulta pré-natal e em todas as consultas subsequentes

▪ Rastreio de grávidas com mutilação genital feminina

92
Q

Rastreio de violência doméstica

A

▪ Detetar sinais e sintomas sugestivos da existência de violência

▪ Intervir e acompanhar a vítima de violência doméstica durante a gravidez

93
Q

Rastreio de grávidas com mutilação genital feminina

A

Especial atenção a comunidades e pessoas imigrantes de países que segundo a OMS apresentam
prevalências elevadas desta prática: Costa do Marfim, Egipto, Gâmbia, Guiné-Bissau, Guiné Conacri,
Nigéria, Senegal

94
Q

Alimentação - importância

A

A alimentação da grávida tem uma enorme importância sobre a saúde da criança e determina a qualidade de vida futura do adulto

95
Q

Alimentação - necessidades

A

Os requisitos de energia e de nutrientes aumentam durante a gravidez, não havendo, no entanto, necessidade de comer por dois

96
Q

Alimentação - número de refeições

A

Recomenda-se 5 a 6 refeições diárias, para que a grávida não esteja mais de 3 horas sem comer → roda dos alimentos

97
Q

Alimentação - exclusão de alimentos

A

A exclusão de um ou vários grupos de alimentos presentes na roda dos alimentos pode conduzir a deficiência de certos nutrientes importantes
▪ Nas dietas vegetarianas podem ocorrer carências nutricionais, nomeadamente de ferro e vitamina B12

98
Q

Toxinfeções alimentares

A

As grávidas estão mais vulneráveis a toxinfeções alimentares devido às alterações do sistema imunitário

99
Q

Toxoplasmose - cuidados específicos

A
  • Especial cuidado de higiene das mãos e utensílios de cozinha depois de manusear carne crua
  • Consumir fruta e vegetais crus só depois de bem lavados; não consumir carne mal passada
100
Q

Listeriose - cuidados específicos

A
  • Alimentos infetados frequentemente: leite e produtos lácteos não
    pasteurizados; peixe e carne crus e mal cozinhadas; refeições pré-preparadas; frutas e vegetais crus, não lavados ou não cozinhados
  • Especial cuidado de higiene das mãos, utensílios e frigorífico
101
Q

Salmonelose - cuidados específicos

A
  • Comum em aves e ovos, sendo transmitida pela ingestão de alimentos contaminados com fezes de animais, por isso a importância de cozinhar muito bem os alimentos
  • Evitar pratos com ovos que não sejam cozinhados - maionese, mousses, etc. Cozinhar muito bem as aves e os ovos de maneira a que a gema e a clara fiquem sólidos
102
Q

Brucelose - cuidados específicos

A

Contaminação por ingestão de carne mal cozinhada ou pelo consumo de produtos lácteos não pasteurizados tais como o leite, queijo
e gelado

103
Q

Atividade física recomendada

A

Natação, caminhadas, yoga e exercícios de aeróbica de baixo impacto são atividades recomendadas desde que a grávida não se encontre em risco de parto pré-termo, placenta prévia, hemorragia vaginal ou rotura prematura de membranas

104
Q

Desporto que tinha antes de engravidar

A

Quando a grávida já praticava algum desporto poderá mantê-lo com moderação, desde que não seja um desporto de contacto físico ou que envolva o risco de trauma abdominal

105
Q

Saúde oral - problemas que podem surgir

A

Devido às alterações hormonais: aparecimento ou agravamento de problemas orais
▪ Inflamação das gengivas
▪ Dor e sangramento gengival durante a escovagem

106
Q

Cheque dentista

A

Estão disponíveis 3 cheques-dentista por gravidez até 60 dias após o parto

107
Q

Sexualidade

A

▪ Esclarecer sobre a sexualidade durante a gravidez

▪ Quando não existem contraindicações (risco de parto pré-termo, placenta prévia, hemorragia vaginal ou rotura prematura de membranas), manter relações sexuais na gravidez não está associado a qualquer resultado
adverso

108
Q

Consumo de substâncias

A

▪ Inquirir todas as grávidas relativamente ao consumo de tabaco, álcool e outras substâncias psicoativas, o mais cedo possível na gravidez e em cada consulta

▪ Informar e aconselhar as grávidas sobre os riscos do consumo de tabaco, álcool e outras substâncias psicoativas

▪ Disponibilizar intervenções psicossociais para a cessação do consumo de tabaco, álcool e outras substâncias psicoativas e referenciar para ajuda especializada caso seja necessário

109
Q

Segurança rodoviária

A

▪ Todas as grávidas devem usar o cinto de segurança, tendo o cuidado de não deixar que o mesmo exerça
pressão sobre o abdómen

▪ No último trimestre da gravidez, a mulher deve evitar usar os lugares com airbag frontal

▪ Pode ser desaconselhável conduzir no final da gravidez, devido à proximidade do airbag

110
Q

10 sinais de alerta

A
  • Hemorragia vaginal
  • Perda de líquido pela vagina
  • Corrimento vaginal com prurido/ardor
  • Dores abdominais/pélvicas
  • Arrepios ou febre
  • Dor/ardor quando urina
  • Vómitos persistentes
  • Dores de cabeça fortes ou contínuas
  • Perturbações da visão
  • Diminuição dos movimentos fetais
111
Q

Linha SNS Grávida

A

Todas as grávidas devem ser aconselhadas a ligar para a Linha SNS Grávida de forma a serem encaminhadas corretamente no SNS

112
Q

Cuidados de saúde não programados

A

Nas situações clinicas não associadas a risco iminente de desfecho adverso da gravidez, as grávidas devem
dirigir-se ou ser encaminhadas preferencialmente ao seu médico de família ou, alternativamente, para uma
consulta aberta nos CSP
▪ Vulvovaginite
▪ Infeção urinária baixa
▪ Infeção respiratória alta (vírica ou bacteriana) não complicada
▪ Gastrenterite não complicada
▪ Obstipação sem quadro obstrutivo intestinal
▪ Crise asmática ligeira/moderada, nos casos de diagnóstico de asma brônquica estabelecido antes da gravidez
▪ Sintomas depressivos ligeiros na gravidez

113
Q

Preparação para o parto

A

▪ Cursos de preparação para o parto e parentalidade constituem uma modalidade de intervenção a que todas as grávidas/casais devem ter acesso no decorrer da gravidez

▪ Preparação para o aleitamento materno

114
Q

1ª CONSULTA – Antes das 12 semanas: determinar/ efetuar

A
  • Dados da consulta pré-concecional;
  • Elementos da história clínica;
  • Avaliação de fatores de risco pré-natal;
  • Avaliação de fatores de risco social, tais como pobreza, imigração, desemprego,
    refugiados, condições habitacionais precárias;
  • Cálculo da IG e DPP;
  • Avaliação do bem-estar materno (peso e altura – antes da gravidez e atual / índice de massa corporal / pressão arterial (PA) / análise sumária à urina – bacteriúria e proteinúria / pesquisa de edemas / pesquisa de sinais de anemia (coloração da
    pele, das extremidades e da mucosa oral);
  • Avaliação da motivação e adaptação pessoal e familiar para o estado de gravidez
    (desejada/planeada/não aceite);
  • Exame físico e ginecológico (atenção à genitália externa para deteção de situações
    de mutilação genital feminina);
  • Rastreio da violência nas relações de intimidade através de perguntas tipo, como:
    “Existem conflitos familiares que a estejam a preocupar? Tem tido problemas de
    relacionamento com o seu companheiro? Sente-se segura na sua relação?”;
  • Preenchimento do BSG;
  • Avaliação do histórico vacinal
115
Q

1ª CONSULTA – Antes das 12 semanas: validar e informar

A
  • Importância e periodicidade da vigilância
    da gravidez;
  • Caráter adaptativo das transformações psicológicas que ocorrem na gravidez;
  • Estilos de vida saudável (alimentação / aumento ponderal desejável / trabalho / atividade física / repouso / cuidados
    de higiene / sexualidade / segurança rodoviária / consumo de tabaco, álcool,
    substâncias psicoativas);
  • Sinais de alerta e de aborto;
  • Fisiologia e desconfortos da gravidez no 1º T;
  • Prevenção de infeções;
  • Desenvolvimento embrionário/fetal;
  • Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral;
  • PNV (prevenção do tétano neonatal, gripe sazonal, gripe pandémica, quando
    aplicável);
  • Suplementação com ácido fólico (400 µg/ dia) até à 12ª semana de gravidez e iodo
    (150-200 µg/dia) durante toda a gravidez
116
Q

1ª CONSULTA – Antes das 12 semanas: verificar/ requisitar

A
  • Boletim Individual de Saúde;
  • Boletim de Saúde Reprodutiva/ Planeamento Familiar;
  • Ecografia obstétrica do 1ºT;
  • Análises laboratoriais do 1ºT;
  • Suplemento de ácido fólico e iodo;
  • Ponderar “cheque dentista”;
  • Ponderar referenciação para consulta de cessação tabágica, consulta de
    psicologia, consulta com assistente social ou para Unidade de Cuidados
    na Comunidade;
  • Ponderar referenciação para HAP ou HAPD (de acordo com protocolo de
    cada UCF)
  • Ponderar referenciação para as Equipas para a Prevenção da Violência em Adultos (EPVA) e Núcleos de Apoio às Crianças e Jovens em Risco
117
Q

2ª CONSULTA – Entre as 14 e as 16 semanas e 6 dias: determinar/ efetuar

A
  • Avaliação dos exames pedidos;
  • Reavaliação da IG e corrigir DPP, se aplicável;
  • Avaliação do bem-estar materno-fetal (peso / pressão arterial (PA) / altura uterina (AU) / análise sumária à urina / edemas / batimentos cardio-fetais);
  • Avaliação de fatores de risco pré-natal;
  • Avaliação de sinais de ansiedade (ambivalência, insegurança) e do risco de
    depressão na gravidez (sinais de alerta a valorizar: tristeza invasiva / desespero / crises de choro / Ideação suicida)
118
Q

2ª CONSULTA – Entre as 14 e as 16 semanas e 6 dias: validar/ informar

A
  • Estilos de vida saudável;
  • Sinais de alerta e de aborto;
  • Fisiologia da gravidez e desconfortos do 2ºT;
  • Crescimento e movimentos fetais /
    vestuário / profilaxia da insuficiência venosa / cuidados à pele;
  • Legislação na gravidez (atividade laboral
    / direitos / |abono de família pré-natal);
  • Diagnóstico Pré-natal, se aplicável;
  • Suplementação com ferro elementar (30-60mg/dia)
119
Q

2ª CONSULTA – Entre as 14 e as 16 semanas e 6 dias: verificar/ requisitar

A
  • Ecografia obstétrica do 2ºT (entre as 20-22s)
  • Serologia para rubéola (se não imune entre as 18-20 s)
  • Rastreio hemoglobinopatias (se hg
    alterada)
  • Modelo de certificação do tempo de gravidez para efeitos do pagamento
    do abono pré-natal
  • Ponderar referenciação para HAP ou HAPD; (de acordo com protocolo de
    cada UCF)
  • Ponderar referenciação para consulta de psicologia
120
Q

3ª CONSULTA – Antes das 24 semanas: determinar/ efetuar

A
  • Avaliação dos exames pedidos
  • Avaliação do bem-estar materno-fetal (peso / PA / análise sumária à urina |edemas / altura uterina (AU) / batimentos cardio-fetais / movimentos fetais)
  • Avaliação de fatores de risco pré-natal
  • Vacinação contra o tétano e difteria (atualizar se necessário)
121
Q

3ª CONSULTA – Antes das 24 semanas: validar/ informar

A
  • Estilos de vida saudável;
  • Sinais de alerta e de parto pré-termo;
  • Abordar Profilaxia da isoimunização RhD, se aplicável;
  • Calendário e inscrição em curso de preparação para o parto e parentalidade
122
Q

3ª CONSULTA – Antes das 24 semanas: verificar/ requisitar

A
  • Análises laboratoriais do 2º T (entre as 24-28 s);
  • Programar administração de Imunoglobulina anti-D, se aplicável;
  • Ponderar referenciação para HAP ou HAPD (de acordo com protocolo de
    cada UCF)
123
Q

4ª CONSULTA – Entre as 27-30 Semanas e 6 dias: determinar/ efetuar

A
  • Avaliação dos exames pedidos
  • Avaliação do bem-estar materno-fetal (peso / PA / análise sumária à urina / edemas / altura uterina (AU) / batimentos cardio-fetais / movimentos fetais)
  • Avaliação de fatores de risco pré-natal
  • Realizar profilaxia da isoimunização RhD, se aplicável
  • Avaliação da capacidade de antecipar e de integrar uma nova pessoa na família
124
Q

4ª CONSULTA – Entre as 27-30 Semanas e 6 dias: validar/ informar

A
  • Estilos de vida saudável
  • Sinais de alerta e de parto pré-termo
  • Promoção do aleitamento materno
  • Importância da comunicação intrauterina
    (falar com o feto, acariciar o abdómen, estimular pensamentos sobre o bebé,
    etc)
125
Q

4ª CONSULTA – Entre as 27-30 Semanas e 6 dias: verificar/ requisitar

A
  • Análises laboratoriais do 3ºT (> 32s)
  • Ecografia obstétrica (3ºT) – (30-32 s)
  • Ponderar referenciação para HAP ou HAPD (de acordo com protocolo de
    cada UCF)
126
Q

5ª CONSULTA – Entre as 34-35 Semanas e 6 dias: determinar/ efetuar

A
  • Avaliação dos exames
  • Avaliação do bem-estar materno-fetal (peso / PA / análise sumária à urina| edemas / altura uterina (AU) e perímetro abdominal / batimentos cardio-fetais / movimentos fetais)
  • Vacinação contra o tétano e difteria (2ª dose, se aplicável)
  • Avaliação de fatores de risco pré-natal
  • Avaliação da capacidade de antecipar e de integrar uma nova pessoa na família
127
Q

5ª CONSULTA – Entre as 34-35 Semanas e 6 dias: validar/ informar

A
  • Estilos de vida saudável;
  • Sinais de alerta e de parto pré-termo; contagem dos movimentos fetais (pela
    mãe);
  • Fisiologia e desconfortos da gravidez no 3ºT;
  • Registo de movimentos fetais no BSG /“Mala” para a maternidade;
  • Importância da sintonia entre as emoções da mãe e as reações do feto;
  • Preparação do quarto e do enxoval do bebé
128
Q

5ª CONSULTA – Entre as 34-35 Semanas e 6 dias: verificar/ requisitar

A
  • Análise laboratorial: pesquisa de estreptococos β hemolítico de grupo B no terço externo da vagina e anoretal (35-37 s)
  • Ponderar referenciação para HAP ou HAPD (de acordo com protocolo de
    cada UCF)
129
Q

6ª CONSULTA – Entre as 36-38 Semanas e 6 dias: determinar/ efetuar

A
  • Avaliação dos exames;
  • Avaliação do bem-estar materno-fetal (peso |PA / análise sumária à urina / edemas / altura uterina / perímetro abdominal |apresentação fetal / batimentos cardio-fetais /
    movimentos fetais);
  • Avaliação de fatores de risco pré-natal
130
Q

6ª CONSULTA – Entre as 36-38 Semanas e 6 dias: validar/ informar

A
  • Estilos de vida saudável;
  • Sinais de alerta de início de trabalho de parto e/ou risco;
  • Fisiologia do trabalho de parto / sinais de parto / plano de parto / estratégias de alívio da dor no trabalho de parto;
  • Promoção do aleitamento materno;
  • Cuidados ao RN / vigilância de saúde infantil / alta segura;
  • Recursos na comunidade
    (rede de cantinhos de amamentação) / linhas telefónicas e sites de apoio /
    recuperação no pós-parto);
  • Alterações fisiológicas no puerpério / revisão de parto |contraceção
131
Q

6ª CONSULTA – Entre as 36-38 Semanas e 6 dias: verificar/ requisitar

A
  • Registo integral de dados no BSG
  • Referenciar para HAP ou HAPD (de acordo com protocolo de cada UCF)
132
Q

7ª CONSULTA – Após as 40 Semanas: determinar/ efetuar

A
  • Avaliação do bem-estar materno-fetal (peso |PA / análise sumária à urina / edemas / altura uterina / perímetro abdominal / apresentação fetal |batimentos cardio-fetais /
    movimentos fetais)
  • Avaliação do índice de bishop
  • Avaliação de fatores de risco pré-natal
133
Q

7ª CONSULTA – Após as 40 Semanas: validar/ informar

A
  • Sinais de alerta de início de trabalho de parto e/ou risco;
  • Fisiologia do trabalho de parto / sinais de parto / plano de parto / estratégias de alívio da dor no trabalho de parto;
  • Indicação para indução do trabalho de parto
134
Q

7ª CONSULTA – Após as 40 Semanas: verificar/ requisitar

A

Cardiotocografia, se aplicável

135
Q

Puerpério - definição

A

Período de recuperação física e psicológica da mãe que começa imediatamente a seguir ao nascimento do recém-nascido e se prolonga por 6 semanas pós-parto

136
Q

Puerpério - importante avaliar…

A

Nesta fase é importante avaliar o estado de saúde da mulher e do recém-nascido bem como a adaptação da
díade/tríade ao seu novo papel

137
Q

Puerpério - visita domiciliária

A

A visita domiciliária durante o período do puerpério constitui um instrumento de trabalho particularmente
importante nas famílias ou situações identificadas como de risco

138
Q

4 objetivos da consulta do puerpério

A

▪ Avaliar o bem-estar físico, emocional e social da mulher/criança/família

▪ Corrigir/tratar situações de dificuldade ou desvio da normalidade durante o puerpério

▪ Identificar situações de luto perinatal ou de internamento do recém-nascido para que recebam intervenção específica

▪ Importância dos registos!

139
Q

Consulta do puerpério - timing

A

Uma consulta a realizar entre a 4ª e a 6ª semanas após o parto

140
Q

Consulta do puerpério precoce

A

Deve ser consagrada uma consulta no puerpério precoce (até ao 15º dia
pós-parto) em puérperas com determinadas situações:

  • Extremos da idade reprodutiva;
  • Necessitem de avaliação de ferida cirúrgica e eventual remoção de
    material de sutura;
  • Dificuldades no estabelecimento e manutenção do aleitamento
    materno;
  • Sinalizadas pelo hospital e/ou no âmbito dos protocolos da UCF
141
Q

Consulta do puerpério - determinar/ efetuar

A
  • História clínica – Intercorrências na gravidez, dados do parto e eventuais complicações
  • Exame físico e do estado geral da mulher – Observação da pele e mucosas, edemas, sutura/cicatriz, (episiorrafia, laceração ou cesariana) e altura do fundo uterino; pressão arterial, temperatura, peso;
  • Observação das mamas – Validar aleitamento materno ou supressão láctea;
  • Identificação precoce de sinais e sintomas das patologias mais frequentes – Anemia,
    cefaleias, sinais de bloqueio de ducto, ingurgitamento mamário ou lesões do mamilo que dificultem a amamentação, má involução uterina e/ou hemorragia vaginal, incontinência urinária/fecal, infeções urinárias, ginecológicas e/ou da sutura, hemorroidas;
  • Avaliação de histórico vacinal – Administração de vacinas contra o sarampo, papeira e rubéola (VASPR) e contra o tétano e difteria (Td) se puérpera não vacinada ou com esquema
    em atraso
  • Exame ginecológico – Realização de citologia cervico-vaginal se aplicável;
  • Avaliação do pavimento pélvico – Queixas urinárias, sexuais e/ou pélvicas;
  • Avaliação de conhecimentos sobre o retorno à fertilidade no pós-parto – Informação e
    fornecimento de método contracetivo escolhido, se aplicável;
  • Avaliação do suporte social / fatores de risco familiares – Pessoas e/ou instituições de apoio e resposta às necessidades básicas da tríade mãe-bebé-pai. Avaliação de fatores de
    risco social, tais como pobreza, migração, desemprego, refugiados, condições habitacionais
    precárias. Avaliação de contextos de vida, tais como situações de luto, nascimento de um
    recém-nascido com malformações
  • Avaliação do estado emocional da puérpera através da:
  • Avaliação clínica – questionar: “Durante o último mês, sentiu-se muitas vezes incomodada por estar “em baixo”, deprimida ou desanimada?”; “Durante o último mês, sentiu-se muitas vezes incomodada por ter pouco interesse ou prazer em fazer algo?”; Considere colocar uma terceira questão se alguma das duas anteriores teve uma resposta positiva,
    por exemplo, “Esta situação fá-la sentir que quer ou precisa de ajuda?”
  • Escala de Edimburgo para a depressão pós-parto, caso sinais de blues pós-parto persistam ao fim de 10 a 14 dias; com referenciação para consulta de psicologia sempre que score≥ 12 ou 10º item assinalado positivamente
  • Avaliação da dinâmica familiar – Dedicar especial atenção à relação emocional mãe-pai-bebé, à qualidade da vinculação, à deteção de sinais e sintomas de maus-tratos, de negligência, de violência doméstica, ou dos relacionados com o risco de mutilação genital nas
    crianças do sexo feminino
  • Avaliação de hábitos alimentares
  • Preenchimento do BSG, BSR / PF
142
Q

Consulta do puerpério - história clínica

A

Intercorrências na gravidez, dados do parto e eventuais complicações

143
Q

Consulta do puerpério - exame físico e do estado geral da mulher

A

Observação da pele e mucosas, edemas, sutura/cicatriz, (episiorrafia, laceração ou cesariana) e altura do fundo uterino; pressão arterial, temperatura, peso

144
Q

Consulta do puerpério - observação das mamas

A

Validar aleitamento materno ou supressão láctea

145
Q

Consulta do puerpério - identificação precoce de sinais e sintomas das patologias mais frequentes

A

Anemia, cefaleias, sinais de bloqueio de ducto, ingurgitamento mamário ou lesões do mamilo que
dificultem a amamentação, má involução uterina e/ou hemorragia vaginal, incontinência urinária/fecal, infeções urinárias, ginecológicas e/ou da sutura, hemorroidas

146
Q

Consulta do puerpério - avaliação de história vacinal

A

Administração de vacinas contra o sarampo, papeira e
rubéola (VASPR) e contra o tétano e difteria (Td) se puérpera não vacinada ou com esquema em atraso

147
Q

Consulta do puerpério - exame ginecológico

A

Realização de citologia cervico-vaginal se aplicável

148
Q

Consulta do puerpério - avaliação do pavimento pélvico

A

Queixas urinárias, sexuais e/ou pélvicas

149
Q

Consulta do puerpério - avaliação de conhecimentos sobre o retorno à fertilidade no pós-parto

A

Informação e fornecimento de método contracetivo escolhido, se aplicável

150
Q

Consulta do puerpério - avaliação do suporte social/ fatores de risco familiares

A

Pessoas e/ou instituições de
apoio e resposta às necessidades básicas da tríade mãe-bebé-pai

Avaliação de fatores de
risco social, tais como pobreza, migração, desemprego, refugiados, condições habitacionais
precárias

Avaliação de contextos de vida, tais como situações de luto, nascimento de um
recém-nascido com malformações

151
Q

Consulta do puerpério - avaliação do estado emocional da puérpera através de:

A
  • Avaliação clínica – questionar: “Durante o último mês, sentiu-se muitas vezes incomodada por estar “em baixo”, deprimida ou desanimada?”; “Durante o último mês, sentiu-se muitas vezes incomodada por ter pouco interesse ou prazer em fazer algo?”; Considere colocar uma terceira questão se alguma das duas anteriores teve uma resposta positiva,
    por exemplo, “Esta situação fá-la sentir que quer ou precisa de ajuda?”
  • Escala de Edimburgo para a depressão pós-parto, caso sinais de blues pós-parto persistam ao fim de 10 a 14 dias; com referenciação para consulta de psicologia sempre que score≥ 12 ou 10º item assinalado positivamente
152
Q

Consulta do puerpério - avaliação da dinâmica familiar

A

Dedicar especial atenção à relação emocional mãe-pai-
-bebé, à qualidade da vinculação, à deteção de sinais e sintomas de maus-tratos, de negligência, de violência doméstica, ou dos relacionados com o risco de mutilação genital nas
crianças do sexo feminino

153
Q

Consulta do puerpério - informar/ validar/ requisitar

A
  • Estilos de vida saudável – alimentação / atividade física / sono e repouso / higiene (cuidados na
    zona perineal) / segurança rodoviária / consumo de tabaco, álcool, e outras SPA (risco de recaída)
  • Aleitamento materno – Frequência das mamadas (diurna e noturna), sinais de boa pega e de satisfação do recém-nascido, condições das mamas, extração e conservação do leite materno, resolução de problemas;
  • Aleitamento artificial – Higienização e esterilização de biberons e tetinas, preparação de fórmula
    para lactente quando, por impossibilidade ou opção materna, a mulher não amamenta; deverá
    igualmente ser assegurado o apoio específico na supressão láctea
  • Fortalecimento do pavimento pélvico – Recuperação pós-parto incluindo, entre outros, exercícios de Kegel e reeducação períneo esfincteriana quando indicada. Devem ser realizadas questões que incluam a globalidade das funções:
  • Tem perda de urina ao esforço? Sente vontade urgente de urinar ou evacuar? Tem perda de
    “gases” involuntariamente? Sente dor nas relações sexuais? Sente falta de sensibilidade e/ou de tónus muscular? Tem “ sensação de peso a nível pélvico” ?;
  • Queixas – Dor, fluxo vaginal (sangue, leucorreia), queixas urinárias, febre. A persistência de hemorragia 6 semanas após o parto deve ser investigada
  • Planeamento familiar:
  • Desejo de ter outros filhos;
  • Método contracetivo escolhido pelo casal – Informação sobre o uso adequado, gestão de intercorrências ou eventuais efeitos adversos e instruções para a sua continuação;
  • Reinício da atividade sexual e eventuais dificuldades sexuais – Desconforto, sensação de ardor/picada no local da episiorrafia / perineorrafia no primeiro ano, diminuição da lubrificação vaginal;
  • Transformações emocionais – Informação sobre o seu caráter adaptativo (adequado) nesta fase;
  • Apoio ao pai na adaptação ao seu novo papel e responsabilidades dentro da unidade familiar;
  • Recuperação em grupo pós-parto – Calendário e inscrição;
  • Verificar/Atualizar o PNV
  • Suplementação com iodo e ferro (se aplicável).
  • Estado nutricional, peso adequado, hábitos alimentares e estilos de vida saudável
154
Q

Consulta do puerpério - aleitamento materno

A

Frequência das mamadas (diurna e noturna), sinais de boa pega e de satisfação do recém-nascido, condições das mamas, extração e conservação do leite materno, resolução de problemas

155
Q

Consulta do puerpério - aleitamento artificial

A

Higienização e esterilização de biberons e tetinas, preparação de fórmula
para lactente quando, por impossibilidade ou opção materna, a mulher não amamenta; deverá igualmente ser assegurado o apoio específico na supressão láctea

156
Q

Consulta do puerpério - fortalecimento do pavimento pélvico

A

Recuperação pós-parto incluindo, entre outros, exercícios de Kegel e reeducação períneo esfincteriana quando indicada. Devem ser realizadas questões que incluam a globalidade das funções:

  • Tem perda de urina ao esforço? Sente vontade urgente de urinar ou evacuar? Tem perda de
    “gases” involuntariamente? Sente dor nas relações sexuais? Sente falta de sensibilidade e/ou
    de tónus muscular? Tem “ sensação de peso a nível pélvico” ?
157
Q

Consulta do puerpério - queixas

A

Dor, fluxo vaginal (sangue, leucorreia), queixas urinárias, febre

A persistência de hemorragia 6 semanas após o parto deve ser investigada

158
Q

Consulta do puerpério - planeamento familiar

A
  • Desejo de ter outros filhos;
  • Método contracetivo escolhido pelo casal – Informação sobre o uso adequado, gestão de intercorrências ou eventuais efeitos adversos e instruções para a sua continuação;
  • Reinício da atividade sexual e eventuais dificuldades sexuais – Desconforto, sensação de ardor/picada no local da episiorrafia / perineorrafia no primeiro ano, diminuição da lubrificação
    vaginal;
159
Q

Licença parental inicial

A

Direito da mãe e do pai trabalhadores, pode durar 120 ou 150 dias consecutivos; estes dias podem ser usufruídos tanto pela mãe, como pelo pai, podendo também ser partilhados pelos dois;
se o casal optar pela licença parental partilhada, têm direito a 30 dias extra de subsídio, podendo totalizar
até 180 dias; este acréscimo de 30 dias pode ser gozado apenas por um dos pais ou partilhado por ambos;
neste caso, podem ser utilizados de forma consecutiva ou em dois períodos de 15 dias

160
Q

Licença parental exclusiva da mãe

A

a mãe pode gozar até 30 dias da licença parental inicial antes do parto,
devendo gozar, obrigatoriamente, 6 semanas de licença a seguir ao parto

161
Q

Licença parental exclusiva do pai

A

O pai tem direito a 28 dias de licença, seguidos ou alternados, de no mínimo de 7 dias, após o nascimento do bebé; os primeiros 7 dias são seguidos e gozados imediatamente a seguir ao nascimento; já os outros 21 dias têm de ser gozados nas 6 semanas após o nascimento

162
Q

Licença parental alargada

A

Após o período de licença inicial, os pais podem solicitar a licença parental
alargada, por um período de até três meses cada um; esta licença inclui o subsídio parental alargado, cujo valor
a ser pago difere daquele recebido nos dias iniciais de ausência

163
Q
A