Cirurgia Geral - abdómen agudo (terminado) Flashcards

1
Q

2 componentes

A
  • Componente Visceral
  • Componente Parietal/Somática
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2
Q

Componente Visceral - 5 caraterísticas

A

o Inervação pelo sistema nervoso autónomo

o Inervação bilateral

o Dor visceral vaga e mediana (relacionada com a origem embriogénica)

o Dor “surda”, profunda, mal localizada, estabelecimento lento, região central do abdómen

o Fibras C viscerais aferentes localizadas na parede das vísceras ocas e nas cápsulas dos órgãos sólidos

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3
Q

Componente Parietal/Somática - 5 caraterísticas

A

o Inervação pelos nervos somáticos que suprem a parede abdominal

o Inervação unilateral via nervos somáticos espinhais

o Dor mais localizada e intensa; dor aguda e súbita

o Fibras C e A delta

o Irritação direta do peritoneu parietal (pús; bilis; sangue; urina; conteúdo gastro-intestinal→ sinais de irritação peritoneal)

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4
Q

Dor referida/irradiação da dor - 3 caraterísticas

A

o Dor sentida numa localização distante do órgão que é responsável pela origem da dor

o Tem origem numa estrutura visceral profunda mas é percebida superficialmente

o Confluência no mesmo corno posterior da medula de fibras nervosas aferentes provenientes de diferentes áreas

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5
Q

Dor referida/irradiação da dor - ombro direito (2 causas)

A
  • Cólica biliar
  • Colecistite aguda
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6
Q

Dor referida/irradiação da dor - ombro esquerdo (1 causa)

A

Rutura do baço

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7
Q

Dor referida/irradiação da dor - do hipogastro esquerdo para a região supra-púbica (1 causa)

A

Cólica ureteral/renal

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8
Q

Dor referida/irradiação da dor - em barra, da região dorsal para epigástrica (1 causa)

A

Pancreatite aguda

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9
Q

Dor referida/irradiação da dor - epigástrica para a região dorsal esquerda (1 causa)

A

Rutura de aneurisma

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10
Q

Dor migratória - 2 caraterísticas

A

o Migra de uma localização para outra ao longo da evolução do quadro clínico

o Por norma, o local da dor inicial é diferente do local da dor à apresentação

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11
Q

Dor migratória - apendicite

A

De supra-umbilical para a FID

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12
Q

Dor migratória - úlcera perfurada

A

Dor abdominal generalizada; do QID para a região inguinal direita

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13
Q

Caraterização da dor (6)

A

o Início (súbito, gradual) / Tempo de evolução da dor

o Fatores de alívio e fatores agravantes

o Qualidade da dor (cólica; afiada; paroxismos)

o Irradiação

o Localização da dor (quadrante específico ou difusa)

o Sintomas associados à dor

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14
Q

Dor com mais de 6h de evolução, de intensidade moderada e com agravamento progressivo

A

Maior probabilidade de necessitar de tratamento cirúrgico

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15
Q

Dor que diminui após algumas horas

A

Diminui probabilidade de necessitar de tx cirúrgico

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16
Q

Fatores de alívio e fatores agravantes - úlcera duodenal

A

dor alivia com ingestão de alimentos/anti-ácidos

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17
Q

Fatores de alívio e fatores agravantes - cólica biliar

A

agrava após as refeições

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18
Q

Fatores de alívio e fatores agravantes - peritonite

A

agrava com mobilização, tosse, movimentos respiratórios

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19
Q

Fatores de alívio e fatores agravantes - pancreatite

A

decúbito dorsal (posição agravamento) vs prece maometana (posição alívio)

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20
Q

Dor em queimor → associada a…

A

Úlcera

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21
Q

Dor dilacerante sugere…

A

dissecção da aorta

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22
Q

Dor em cólica sugere…

A

distensão de tubo oco (distensão intestinal)

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23
Q

Dor afiada desenvolve-se…

A

desenvolve-se quando há inflamação/estímulo nocivo (sangue, ácido gástrico, conteúdo intestinal) contacta com peritoneu parietal

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24
Q

Dor difusa - 8 causas

A
  • gastroenterite
  • isquemia mesentérica
  • metabólica (ex. cetoacidose diabética, porfiria)
  • malária
  • febre mediterrânica familiar
  • obstrução intestinal
  • peritonite
  • síndrome do intestino irritável
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25
Q

Dor periumbilical - 4 causas

A
  • apendicite precoce
  • gastroenterite
  • obstrução intestinal
  • rotura de aneurisma da aorta
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26
Q

7 causas de dor epigástrica

A

doença ulcerosa péptica

doença do refluo gastroesofágico

gastrite

pancreatite

EAM

pericardite

rutura de aneurisma da aorta

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27
Q

8 causas de dor abdominal no quadrante superior direito

A

hepatite

colecistite

colangite

cólica biliar

pancreatite

síndrome de Budd-Chiari

pneumonia/ pleurisia empiema

abcesso subdiafragmático

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28
Q

5 causas de dor no quadrante superior esquerdo

A

abcesso esplénico

enfarte esplénico

gastrite

úlcera gástrica

pancreatite

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29
Q

7 causas de dor no quadrante inferior direito

A

apendicite

salpingite

gravidez ectópica

hérnia inguinal

nefrolitíase

doença inflamatória intestinal

adenite mesentérica

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30
Q

7 causas de dor no quadrante inferior esquerdo

A

diverticulite

salpingite

gravidez ectópica

hérnia inguinal

nefrolitíase

síndrome do intestino irritável

doença inflamatória intestinal

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31
Q

Sintomas associados à dor

A

ajudam a estreitar o diagnóstico, especialmente se causas extra-abdominais

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32
Q

Sintomas associados à dor - 5 tipos

A

Vómitos/náuseas

Diarreia

Paragem de emissão de gases e fezes

Sintomas genito-urinários

Colúria, icterícia, acolia

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33
Q

Vómitos/náuseas

A

Pouco específicos, mas a ordem de apresentação dos sintomas pode ajudar

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34
Q

Vómitos surgem após o início da dor

A

Abdómen agudo (ex: obstrução intestinal)

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35
Q

Vómitos antes da dor

A

processo “mais médico”

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36
Q

Vómitos auto-limitados

A

causa mais benigna

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37
Q

Tipos de vómitos: Entéricos/fecaloides

A

obstrução intestinal

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38
Q

Tipos de vómitos: Borra de café ou hematémese

A

ulcera péptica; varizes

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39
Q

Tipos de vómitos: biliar

A

inespecífico

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40
Q

Diarreia Aquosa e copiosa

A

GEA

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41
Q

Diarreia Sanguinolenta

A

DII; colite isquémica, disenteria

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42
Q

Diarreia - obstrução

A

Obstrução intestinal incompleta; obstrução cólica (mecanismo de overflow)

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43
Q

Paragem de emissão de gases e fezes

A

Obstrução mecânica; Ileus paralítico

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44
Q

Sintomas genito-urinários (3)

A

▪ Hemorragia vaginal ou corrimento; Alterações recentes na menstruação

▪ Corrimento peniano; edema ou dor escrotal

▪ Disúria, polaquiúria, retenção urinária

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45
Q

Colúria, icterícia, acolia

A

Causas de hiperbilirrubinemia conjugada/não conjugada

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46
Q

Idosos e dor abdominal

A

A apresentação e características da dor abdominal pode ser MUITO diferente nos idosos

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47
Q

História clínica sumária - 6

A

Idade

Sexo

Cirurgias prévias (bridas, aderências)

Antecedentes médicos

Medicação habitual

Consumo de álcool

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48
Q

História clínica sumária - idade (2)

A

▪ Idosos com doença grave podem apresentar sintomas atípicos

▪ Risco de certas doenças aumentado quando >50 anos (rutura AAA; EAM atípico; cancro colo-retal)

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49
Q

História clínica sumária - sexo

A

Na mulher em idade fértil → gravidez deve sempre ser excluída

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50
Q

História clínica sumária - cirurgias prévias

A

Bridas, aderências

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51
Q

História clínica sumária - antecedentes médicos: doença CV

A

aumenta risco de isquemia mesentérica ou de AAA

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52
Q

História clínica sumária - antecedentes médicos: IC ou FA

A

aumenta risco de isquemia mesentérica por embolo

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53
Q

História clínica sumária - antecedentes médicos: VIH

A

maior risco de pancreatite ou cólica renal

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54
Q

História clínica sumária - antecedentes médicos: uso de AINEs

A

úlcera péptica

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55
Q

História clínica sumária - antecedentes médicos: uso frequente de antibioterapia

A

Colite por C.difficile

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56
Q

História clínica sumária - medicação habitual

A

Corticoides (podem mascarar sintomas)

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57
Q

História clínica sumária - consumo de álcool (4)

A

pancreatite; hepatite; cirrose; PBE

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58
Q

Exame físico - sinais vitais

A

Temperatura
e
Tensão Arterial/ Frequência Cardíaca

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59
Q

Tensão Arterial/ Frequência Cardíaca

A

Pensar em doença avançada com peritonite generalizada → REFERENCIAR AO SU

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60
Q

Febre baixa/moderada (3)

A

▪ Diverticulite aguda

▪ Apendicite Aguda

▪ Colecistite Aguda

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61
Q

Febre elevada (4)

A

▪ Pneumonia

▪ Pielonefrite

▪ Colangite

▪ Peritonite avançada

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62
Q

Hipotermia…

A

Choque

63
Q

Doente agitado, enrolado

A

Cólica

64
Q

Doente deitado na cama com joelhos fletidos; doente imóvel; marcha cuidadosa

A

ponderar peritonite

65
Q

3 sinais a observar à inspeção

A

Sinais de cirurgias prévias; massas pulsáteis; sinais de doença sistémica

66
Q

Auscultação

A

Ouvir ruídos intestinais durante ~2 minutos (N: 2-12 borborigmos médios por minuto)

67
Q

Ausência de ruídos intestinais

A

pensar em peritonite ; ileus; oclusão intestinal (embora na fase inicial da oclusão
os RHA são de frequência aumentada e timbre metálico)

68
Q

Hiperatividade de ruídos intestinais

A

inflamação no trato GI – GEA

69
Q

Ruídos intestinais com timbre metálico

A

obstrução mecânica

70
Q

Sinal de Cullen

A

Equimose na região peri-umbilical → Hemorragia retroperitoneal (pancreatite aguda grave; rutura de gravidez ectópica)

71
Q

Sinal de Grey-Turner

A

Equimose nos flancos→ Pancreatite aguda grave
(demora 24-48h a aparecer; taxa de mortalidade considerável)

72
Q

Percussão: Ressonância ou Timpanismo

A

▪ Distensão gasosa – gástrica ou intestinal

▪ Sinal de Jobert – perfuração de víscera oca (desaparecimento da macicez hepática por hipertimpanismo)

73
Q

Sinal de Jobert

A

perfuração de víscera oca (desaparecimento da macicez hepática por hipertimpanismo)

74
Q

Percussão - se desperta dor

A

sinal de irritação peritoneal

75
Q

Percussão: macicez nos flancos/ mudança na área de maciez

A

Líquido livre intra-abdominal

76
Q

Palpação (6)

A

▪ Doente em decúbito dorsal, com joelhos fletidos

▪ Deve ser feita no sentido dos ponteiros do relógio

▪ Superficial

▪ Profunda

▪ Pesquisa de defesa ou rigidez → quando um área com dor é localizada, realizar manobras para esclarecer a origem

▪ Dor à descompressão

77
Q

Apendicite Aguda - sinal de Blumberg

A

Dor piora à descompressão do ponto de McBurney

78
Q

Apendicite Aguda - sinal de Rovsing

A

Palpação do QIE → causa dor no QID

79
Q

Apendicite Aguda - Sinal do Psoas

A

Dor à extensão passiva da coxa direita, enquanto o observador aplica
contraresistência na anca

  • Apendicite retrocecal
  • Abcesso em contacto com o músculo psoas
80
Q

Apendicite Aguda - Sinal do obturador

A

Rotação interna e passiva da coxa direita fletida

  • Apendicite pélvico
  • Abcesso pélvico
81
Q

Colecistite Aguda - sinal

A

Murphy Vesicular - quando doente pára subitamente a inspiração profunda durante a palpação do QSD

82
Q

Murphy renal

A

Dor à percussão da região dorso-lombar

▪ Litíase renal
▪ Litíase ureteral
▪ Pielonefrite aguda

83
Q

Pesquisa de orifícios herniários

A

(hérnias são causa frequente de oclusão intestinal que muitas vezes passa despercebida)

▪ Anéis inguinais e femorais devem ser pesquisados em ambos os sexos

84
Q

Exame retal (4)

A

Inspeção
▪ Fissuras; abcessos; corrimentos; sinais de hemorragia

Palpação
▪ Massa retal → neoplasia
▪ Fecalomas

Dedo da luva
▪ Sangue, melenas

Sensibilidade dolorosa

85
Q

No exame físico, não esquecer:

A

Exame Ginecológico / avaliação testicular

86
Q

9 causas de dor abdominal emergente

A
  • Aneurisma da Aorta abdominal
  • Isquemia Mesentérica (50% por embolia arterial)
  • Perfuração do Trato GI
  • Obstrução intestinal aguda
  • Vólvulo
  • Gravidez ectópica
  • Placenta abrupta
  • EAM
    o Apresentação atípica de EAM muito comum mulheres >65 anos, diabéticos
    o Dor abdominal presente em 1/3 dos casos dos EAM atípicos
  • Rutura Esplénica (ex: secundário a EBV; leucemia; trauma)
87
Q

Causas de dor abdominal emergente - EAM

A

o Apresentação atípica de EAM muito comum mulheres >65 anos, diabéticos

o Dor abdominal presente em 1/3 dos casos dos EAM atípicos

88
Q

Causas de dor abdominal emergente - rutura esplénica

A

ex: secundário a EBV; leucemia; trauma

89
Q

Aneurisma da Aorta abdominal - rutura

A

Rutura: causa hemorragia profusa, hipotensão instável

90
Q

Aneurisma da Aorta abdominal - local da hemorragia

A

Hemorragia pode ser no retroperitoneu → doente pode permanecer normotenso, inicialmente

91
Q

Aneurisma da Aorta abdominal - clínica

A

Pode apresentar-se com dor lombar e hematúria e confundir-se com nefrolitíase

92
Q

Isquemia Mesentérica - causa

A

50% por embolia arterial

93
Q

Isquemia Mesentérica - mortalidade

A

Associada a alta mortalidade

94
Q

Isquemia Mesentérica - clínica: 3 caraterísticas

A

o Início agudo de dor periumbilical severa, com aumento progressivo, sem fatores de alívio

o Dor desproporcional aos achados do EO

o Naúseas e vómitos são comuns; sudorese; hemorragia digestiva baixa

95
Q

Isquemia Mesentérica - fatores de risco

A

FRCV; DRC; FA

96
Q

Perfuração do Trato GI - causas

A

Doença ulcerosa é a causa mais comum! (outras: apendicite, diverticulite, isquemia intestinal, ca. Colon)

97
Q

Perfuração do Trato GI - clínica

A

o Dor inicial de acordo com origem da perfuração → progressão para dor generalizada, intensa, sem fatores de alívio

o Naúseas/vómitos; sudorese; febre

o Taquicardia; aumento da PA; febre; abdómen com sinais de ventre agudo

98
Q

Perfuração do Trato GI - fatores de risco (2)

A

Fatores de risco: história de úlcera péptica; abuso de AINE’s

99
Q

Obstrução Intestinal Aguda - parte do intestino envolvido

A

A maioria das obstruções intestinais envolvem o intestino delgado

100
Q

Obstrução Intestinal Aguda - causas

A

Causas mais frequentes: aderências (50-70%); hérnias encarceradas (15%); neoplasias (15%); Doença de Crohn muitas vezes apresenta-se com quadros obstrutivos

101
Q

Obstrução Intestinal Aguda - mortalidade

A

Mortalidade depende da rapidez da cirurgia (varia de 8% se cx antes das 36h a 25% se cx após as 36h)

102
Q

Obstrução Intestinal Aguda - alta (delgado): 4 caraterísticas

A

▪ Dor insidiosa, generalizada

▪ Nauseas/vómitos, diminuição do transito intestinal

▪ Antec: cirurgias prévias; úlcera péptica; hérnias

▪ EO: abdómen distendido, doloroso, com RHA metálicos; Pesquisar hérnias

103
Q

Obstrução Intestinal Aguda - baixa (cólon): 4 caraterísticas

A

▪ Dor insidiosa, aumento progressivo

▪ Distensão abdominal, naúseas e vómitos (fecaloides), diminuição do transito intestinal

▪ Antec.: cirurgias prévias; hérnias

▪ EO: abdómen distendido, timpanizado, doloroso; RHA metálicos; FAZER toque retal; Pesquisar hérnias

104
Q

Obstrução Intestinal Aguda Alta - MCDTs

A

Rx abdominal: distensão de ansas do delgado; SEM ansas do colon visíveis; níveis HA

105
Q

Obstrução Intestinal Aguda Baixa - MCDTs

A

Rx abdominal: distensão de ansas do delgado (pode não haver) E do colon visíveis; níveis HA

106
Q

Vólvulo - definição

A

Torção de víscera oca em torno do seu ponto de inserção

107
Q

Vólvulo - mais frequente

A

Vólvulo sigmoide é o mais frequente

108
Q

Vólvulo - clínica

A

o Dor abdominal intensa, contínua

o Náusea; obstipação; Vómitos é pouco frequente!!

109
Q

Vólvulo - fatores de risco

A

Fatores de risco: uso excessivo de laxantes; tranquilizantes; anti-colinérgicos; anti-parkinsónicos

110
Q

Vólvulo - raio x

A

RX: sinal de U invertido; sinal de Grão de café

111
Q

Vólvulo - tratamento

A

Tx endoscópico (desrotação)
▪ 1ª linha se ausência de gravidade

112
Q

Gravidez ectópica - clínica

A

Sintomas clássicos: dor abdominal + amenorreia + hemorragia vaginal
▪ >30% dos casos sem hemorragia vaginal

113
Q

Gravidez ectópica - MCDTs

A

Exame ginecológico não é diagnóstico → Necessidade de eco ginecológica + beta-HCG

114
Q

Gravidez ectópica - fatores de risco

A

Fatores de risco: DIP; gravidez tubar prévia; cirurgia tubar prévia; endometriose, uso de DIU

115
Q

Placenta abruta - clínica

A

Hemorragia vaginal + dor abdominal ou dor lombar + contrações uterinas

116
Q

Placenta abruta - quantidade de hemorragia

A

Quantidade de hemorragia não correlacionada com grau de separação da placenta

117
Q

Placenta abruta - abordagem

A

TODAS as mulheres com contrações uterinas + dor abdominal → SU Obstetricia

118
Q

Abdómen agudo – Causas mais comuns: gastrointestinal (12)

A

apendicite

colecistite/ doença biliar

doença ulcerosa péptica

pancreatite

doença diverticular

hérnia encarcerada

GEA

origem alimentar

doença inflamatória intestinal

hepatite

PBE

síndrome intestino irritável

119
Q

Abdómen agudo – Causas mais comuns: genito-urinária (10)

A

ITU/ pielonefrite

nefrolitíase

torsão anexial

rotura quisto ovárico

pré-eclâmpsia

DIP

abcesso tubo-ovárico

endometriose

torsão testicular

torsão anexial

120
Q

Abdómen agudo – Causas mais comuns: trauma (2)

A

rutura esplénica

lesão diafragmática

121
Q

Abdómen agudo – trauma: 3 caraterísticas

A
  • Lesões de trauma podem não manifestar-se durante dias a semanas após o trauma!!
  • Importância de questionar antec. de trauma
  • TC abdominal importante no trauma!!
122
Q

Abdómen agudo – Causas mais comuns: extra-abdominal (5)

A

cetoacidose diabética

cetoacidose alcoólica

pneumonia

TEP

herpes zoster

123
Q

Abdómen agudo – Causas mais comuns: outras (7)

A

fármacos

drogas

neoplasias

porfiria

angioedema

LES

feocromocitoma

124
Q

Urgência cirúrgica mais comum no mundo

A

Apendicite

125
Q

Apendicite - epidemiologia

A

Mais frequente em homens

126
Q

Apendicite - causa mais comum

A

A causa mais comum é a obstrução por um apendicolito, mas também por tumores, linfadenite mesentérica, parasitas e sementes

127
Q

Apendicite - clínica

A

▪ Sintomas inespecíficos são a apresentação inicial (mal-estar; alterações dos hábitos intestinais)

▪ Anorexia (muito comum) seguida de DOR
- Inicialmente peri-umbilical vaga e cólica moderadamente severa e que MIGRA para o ponto de
Mcburney em 4-6horas (torna-se mais aguda e localizada)

▪ Manobras específicas: sinal de Blumberg; Sinal de Rovsing; sinal de psoas; sinal do obturador

▪ Febre baixa e taquicardia

▪ Vómitos (náuseas e vómitos seguem-se à dor abdominal→ permite o dx diferencial de GEA)

128
Q

Apendicite - MCDTs

A

Estudo analítico (são uteis no diagnóstico diferencial)
▪ Leucocitose + PCR elevada

Ecografia abdominal
▪ Muito útil em mulheres e crianças (sem radiação)
▪ Revela achados sugestivos MAS operador dependente

TC abdominal
▪ Muito útil quando diagnóstico está em dúvida

129
Q

Apendicite - diagnóstico

A

Dor umbilical que migra para QID
+
Sinais de irritação peritoneal
+
Leucocitose com neutrofilia e PCR elevada

130
Q

Colecistite - previamente

A

60-70% relatam crises precedentes que resolveram espontaneamente

131
Q

Evolução para colecistite

A

Cólica biliar (1 a 5 horas) com agravamento progressivo para colecistite

132
Q

Cólica biliar - clínica

A

Vários locais de dor máxima + irradiação (ombro ou escápula direitos; região interescapular)

133
Q

Colecistite aguda - clínica

A

▪ Dor constante no QSD (mais intensa que cólica) – também pode ter irradiação

▪ Febre baixa (arrepios são comuns)

▪ Anorexia, náuseas/vómitos

▪ Murphy vesicular positivo → acuidade aumenta com ecografia

134
Q

Colecistite Aguda - MCDTs

A

▪ Estudo analítico (aumento dos Parâmetros inflamatórios + aumento ligeiro das transaminases)

▪ Ecografia
. Deteta cálculos em 90% dos casos; distensão, edema + estratificação da parede vesicular; líquido livre

135
Q

Colecistite Aguda - diagnóstico

A

Hipersensibilidade no QDS
+
Febre
+
Leucocitose

136
Q

Colecistite Enfisematosa - epidemiologia

A

Rara
▪ Mais comum em homens idosos e diabéticos!!

137
Q

Colecistite Enfisematosa - evolução

A

Começa por colecistite aguda → isquemia e gangrena → infeção por bactérias produtoras de gás

138
Q

Doença ulcerosa péptica - clínica

A

▪ Dor epigástrica intermitente que agrava com as refeições

▪ Sintomas de refluxo (pirose, regurgitação); naúseas; anorexia

▪ EO pode ser normal

139
Q

Doença ulcerosa péptica - MCDTs

A

EDA (avaliação endoscópica com biópsias + pesquisa H.pylori)

140
Q

Doença ulcerosa péptica - tratamento

A

▪ Importância de evitar alimentos ácidos

▪ Evitar AINE’s

▪ Tratar infeção por H.pylori

141
Q

Doença ulcerosa péptica - tratamento

A

Tratar infeção por H.pylori
▪ Pylera® - 1ª escolha (associar omeprazol 20 2id, 10 dias)
- bismuto 140 mg
- metronidazol 125 mg
- tetraciclina 125 mg
3 cp 4x dia

▪ Terapêutica quadrupla concomitante (14 dias)
- IBP dose standard, 2 id + Amoxicilina 1g 2id + claritromicina 500 2id + metronidazol 500 2id

142
Q

Pancreatite - clínica

A

▪ Dor intensa nos quadrantes superiores do abdómen (++QSD) com irradiação dorsal, em barra, contínua; agrava com as refeições

▪ Náuseas/vómitos; anorexia

▪ Antec: alcoolismo; litíase vesicular; hipertrigliceridemia

▪ EO: Abdómen doloroso no HD e no epigastro

143
Q

Pancreatite - MCDTs

A

▪ Estudo analítico: aumento PCR; leucocitose; aumento da lípase e amílase

▪ Ecografia abdominal

144
Q

Pancreatite - tratamento

A

Internamento: pausa alimentar + fluidoterapia

145
Q

Colangite aguda - causas

A

▪ Cálculos (Nos doentes com cálculos biliares, 6-12% tem coledocolitíase)

▪ Estenoses (tumores – via biliar, vesícula biliar, duodeno, pâncreas)

▪ Pós-CPRE; pós-cirúrgica

146
Q

Colangite aguda - guidelines de Tokyo

A

Atualmente, usadas para
diagnóstico e estratificação
da gravidade da colangite

147
Q

Colangite aguda - clínica

A

▪ Varia de ligeira a auto-limitada a fulminante/fatal

▪ 2/3 dos doentes têm TRÍADA DE CHARCOT: febre (arrepios) + dor no QSD + icterícia → clássico; pouco usada, atualmente, na prática clínica

▪ PENTADA DE REYNOLDS: tríade de charcot + alteração do estado mental + hipotensão → doença grave

148
Q

Colangite aguda - MCDTs

A

▪ Estudo analítico: leucocitose + FA aumentada + Bilirrubina aumentada ; ligeiro aumento de TGO, TGP e GGT

▪ Eco abdominal: avalia litíase e dilatação das vias biliares

149
Q

Colangite aguda - tratamento

A

Internamento: antibioterapia, CPRE; cirurgia, quando necessário

150
Q

Diverticulite - clínica

A

▪ Dor constante (mais no QIE), de agravamento progressivo

▪ Muitos doentes com episódios prévios semelhantes

▪ Naúseas, anorexia, diarreia, febre

▪ EO: dor no QIE, com defesa; febre

▪ Antec. de colonoscopia com divertículos

151
Q

Diverticulite - MCDTs

A

▪ Estudo analítico: leucocitose + PCR aumentada

▪ Ecografia: espessamento da gordura + líquido

▪ TC abdominal: é o gold-standard (diagnóstico e complicações)

▪ Colonoscopia: não urgente/ não realizada na fase aguda (risco de perfuração)
- Realizar 3-4 semanas após, se não houver colonoscopia recente (exclusão de CCR)

152
Q

Diverticulite - tratamento

A

▪ Não complicada → ambulatório

▪ Complicada (estratificada em graus – Classificação de Hinchey)

153
Q
A