Interpretação de Espirometria (terminado) Flashcards

1
Q

Definição

A

Método não invasivo

Avalia unicamente os volumes pulmonares dinâmicos

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Q

Para a sua interpretação é necessária…

A

Leitura das curvas, da tabela e relatório do exame

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3
Q

Parâmetros pulmonares (7)

A

Volume corrente

Volume de reserva inspiratório

Volume de reserva expiratório

Volume residual

Capacidade residual funcional = volume residual + volume de reserva expiratório

Capacidade pulmonar total = volume residual + volume de reserva inspiratório + volume corrente + volume de reserva expiratório

Capacidade vital = volume de reserva inspiratório + volume corrente + volume de reserva expiratório

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4
Q

Parte da função pulmonar não acessível

A

Volume residual:
- parte da função pulmonar não acessível na avaliação por
espirometria. Não mobilizável → requer estudo dos volumes
pulmonares estáticos (plestismografia)

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5
Q

Espirometria – Recomendações pré - exame

A

▪ Não fumar nas 24 horas antes do exame;

▪ Não fazer uma refeição copiosa antes do exame;

▪ Não efetuar exercício vigoroso antes do exame;

▪ Usar roupa confortável no dia do exame;

▪ Suspensão da medicação inalatória conforme tabela

(e deve levar a medicação que faz diariamente)

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6
Q

Espirometria – Recomendações pré - exame: suspensão da medicação inalatória

A

Agonistas beta 2 de curta ação: 4 horas de suspensão

Anticolinérgicos de curta ação: 6 horas de suspensão

Anticolinérgicos de longa ação: 12 a 36 horas de suspensão

Agonistas beta 2 de longa ação: 12 a 24 horas de suspensão

  • Formoterol, salmeterol: 24h de suspensão
  • Indacaterol, vilanterol: 36h de suspensão
  • Tiotrópio, umeclidínio, aclidínio, glicopirrónio: 36-48h
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7
Q

Espirometria – Contra indicações absolutas

A

▪ Tuberculose pulmonar ativa (< 2 semanas de tratamento);

Estas seguintes são condições que podem ser agravadas por aumento das pressões intra-torácica, abdominal e intracraniana:
▪ Disseção da aorta;

▪ EAM (≤ 1 mês);

▪ Angina instável;

▪ Arritmia instável;

▪ Aneurismas (instáveis) cerebral, torácico ou abdominal;

▪ AVC hemorrágico recente;

▪ Pneumotórax (recente e não drenado);

▪ Status pós-cirurgias recentes, torácicas, abdominais,
oftalmológicas e neurológicas (≤ 1 mês);

▪ TEP

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8
Q

Espirometria – Contra indicações relativas

A

▪ Dor torácica ou abdominal que impeça a realização
das manobras ventilatórias forçadas;

▪ Vómitos, diarreia, hemoptises;

▪ Perturbações do foro cognitivo/psiquiátrico;

▪ Problemas de comunicação;

▪ Paralisia facial que impeça a adequada utilização da
peça bucal;

▪ Suspeita ou confirmação de infeção respiratória

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9
Q

Espirometria – parâmetros essenciais a analisar: cut-offs fixos

A

Uso de cut-offs fixos para definição das alterações ventilatórias é redutor

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10
Q

Espirometria – parâmetros essenciais a analisar: FEV1 (=VEMS) (L)

A
  • Volume de ar expirado no 1º segundo após uma inspiração máxima
  • Reduzido se <80% do previsto
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11
Q

Espirometria – parâmetros essenciais a analisar: FVC (L)

A
  • Volume máximo de ar que pode ser expirado durante uma manobra expiratória forçada, partindo de uma inspiração máxima;
  • Reduzido se <80% do previsto
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12
Q

Espirometria – parâmetros essenciais a analisar: FEV1/FVC

A
  • Relação entre a porção de ar exalado no 1º segundo e o volume total expirado;
  • % da FVC que o indivíduo é capaz de exalar no 1.º segundo da manobra expiratória;
  • Reduzido se <70% (GOLD) [FEV1/FVC < LIN (i.e., < percentil 5), pela ATS/ERS]
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13
Q

Espirometria – parâmetros essenciais a analisar: DEM, MMEF ou FEF 25-75 (L/s)

A
  • Débitos expiratórios médios da CV
  • Reduzido se <60% do previsto
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14
Q

Espirometria – parâmetros essenciais a analisar: PEF ou DEMI (L/s)

A
  • Débito expiratório máximo instantâneo
  • Reduzido se <80% do previsto
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15
Q

Espirometria – Curvas Normais (2)

A

Volume – tempo (V/T)
✓ Pelo menos 6 segundos (na criança 3s) (FEV6 ~ CVF)

Débito – volume ou Fluxo-volume (F/V)
- FEV1 não pode ser diretamente lido da curva F/V porque a variável tempo não
consta dos eixos

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16
Q

3 tipos de padrões das curvas

A

Padrão restritivo

Padrão obstrutivo

Padrão misto

17
Q

Curva débito - volume: padrão obstrutivo

A
  • Morfologia da ansa expiratória da curva débito-volume, com concavidade dirigida para cima
  • DPOC e asma são as principais causas de obstrução
18
Q

Curva débito - volume: padrão restritivo

A
  • Morfologia convexa da ansa expiratória da curva débito-volume. Volumes pulmonares e débitos estão diminuídos
  • Ex.: cifoescoliose; doenças pulmonares difusas fibrosantes; doenças
    neuromusculares (DNM); obesidade…
19
Q

Curva débito - volume - padrão misto

A
  • Só a pletismografia corporal permite confirmar a
    verdadeira alteração ventilatória mista
  • Quadros de obstrução + insuflação ou obstrução +
    restrição
  • Ex.: Asma + obesidade; Bronquiectasias + cifoescoliose; DPOC + sequelas pleuroparenquimatosas …
20
Q

Curva débito - volume: principais erros e artefactos

A

Tosse no 1º segundo

Término abrupto

Pouco esforço, manobra submáxima com início lento

Sopro pouco rápido (volume de extrapolação)

21
Q

Prova de broncodilatação - quando fazer?

A

Deve ser sempre feita numa situação de obstrução (e casos suspeitos de asma) para avaliar grau de reversibilidade

22
Q

Prova de broncodilatação - o que avalia?

A

Avalia resposta broncodilatadora brônquica a determinado fármaco (salbutamol/brometo ipratrópio)

23
Q

Prova de broncodilatação positiva

A

POSITIVA se: ↑ FEV1 e/ou FVC ≥ 12% e ≥ 200mL

24
Q

Algoritmo dos resultados da espirometria

A

FEV₁/FVC: ≥ 0,7: Sem obstrução
- FVC:
≥ 80%: Normal
< 80%: Sugestivo de restrição
. Avaliar gravidade com FEV₁

FEV₁/FVC: < 0,7: Obstrução (comparar com LIN - Limite Inferior da Normalidade)
- FVC:
≥ 80%: Obstrução (Avaliar gravidade com FEV₁)
< 80%: Sugestivo de padrão misto
. Possibilidades:
Obstrução + Insuflação (↑ VR - volume residual): avaliar gravidade com FEV1
Obstrução + Restrição (VR Normal): avaliar gravidade com FEV1

DEM, MMEF ou FEF 25-75 (L/s):
- Valores < 60% sugerem obstrução das pequenas vias aéreas
- Não se recomenda avaliação por rotina

25
Q

Padrão restritivo na espirometria

A

FEV₁/FVC%: N ou ↑
- FVC (L): ↓
- FEV₁ (L): ↓
- BD (Broncodilatador): -

26
Q

Insuflação ou má colaboração na espirometria

A

FEV₁/FVC%: N ou ↑
- FVC (L): ↓
- FEV₁ (L): ↓
- BD: +

27
Q

Padrão obstrutivo na espirometria

A

FEV₁/FVC%: ↓
- FVC (L): N
- FEV₁ (L): ↓
- BD: -/+

28
Q

Provável DPOC na espirometria

A

FEV₁/FVC%: ↓
- FVC (L): N
- FEV₁ (L): ↓
- BD: -

29
Q

Padrão misto na espirometria

A

FEV₁/FVC%: ↓
- FVC (L): ↓
- FEV₁ (L): ↓
- BD: -/+

30
Q

Possível asma na espirometria

A

FEV₁/FVC%: N
- FVC (L): N
- FEV₁ (L): N
- BD: +

31
Q

Prova normal (ou asma)

A

FEV₁/FVC%: N
- FVC (L): N
- FEV₁ (L): N
- BD: -

32
Q

Espirometria: Passo por passo (4 passos)

A
  1. Avaliar a qualidade e morfologia das curvas débito/volume e volume/tempo
  2. Identificar FEV1/FVC antes e após broncodilatação (obstrução vs não obstrução)
    - diagnóstico de DPOC implica FEV1/FVC <0,70 pós-BD (para além da clínica e risco inalatório)
  3. Identificar FVC antes e após broncodilatação (restrição vs não restrição)
  4. Identificar FEV1 antes e após broncodilatação (grau de obstrução)
    - pré e pós-BD para avaliar positividade da prova
33
Q

Espirometria - avaliação da gravidade de obstrução (% FEV1 previsto após broncodilatação)

A

GOLD 1 - ligeira, FEV1 >= 80%

GOLD 2 - moderada, 50% <= FEV1 < 80%

GOLD 3 - grave, 30 <= FEV1 < 50%

GOLD 4 - muito grave, FEV1 < 30%

34
Q
A