Saúde do Idoso - Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (terminado) Flashcards

1
Q

Composição da Rede

A

(…) constituída por unidades e equipas de cuidados continuados de saúde, e ou apoio social, e de cuidados e
ações paliativas, com origem nos serviços comunitários de proximidade, abrangendo os hospitais, os centros de saúde, os serviços distritais e locais da segurança social, a Rede Solidária e as autarquias locais

A Rede organiza-se em dois níveis territoriais de operacionalização, regional e local

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2
Q

«Cuidados continuados integrados» - definição

A

O conjunto de intervenções sequenciais de saúde e/ou de apoio social, decorrente de avaliação conjunta, centrado na recuperação global entendida como o processo terapêutico e
de apoio social, ativo e contínuo, que visa promover a autonomia melhorando a funcionalidade da pessoa em situação de dependência, através da sua reabilitação, readaptação e reinserção familiar e social

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3
Q

«Cuidados paliativos» - definição

A

Os cuidados ativos, coordenados e globais, prestados por unidades e equipas específicas, em internamento ou no domicílio, a doentes em situação de sofrimento decorrente de doença
severa e ou incurável em fase avançada e rapidamente progressiva, com o principal objetivo de promover o seu bem-estar e qualidade de vida

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4
Q

«Ações paliativas» - definição

A

As medidas terapêuticas sem intuito curativo que visam minorar, em internamento ou no
domicílio, as repercussões negativas da doença sobre o bem-estar global do doente, nomeadamente em situação de doença irreversível ou crónica progressiva

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5
Q

«Continuidade dos cuidados» - definição

A

A sequencialidade, no tempo e nos sistemas de saúde e de segurança social, das intervenções integradas de saúde e de apoio social

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6
Q

«Integração de cuidados» - definição

A

A conjugação das intervenções de saúde e de apoio social, assente numa avaliação e planeamento de intervenção conjuntos;

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7
Q

«Multidisciplinaridade» - definição

A

A complementaridade de atuação entre diferentes especialidades profissionais

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8
Q

«Interdisciplinaridade» - definição

A

A definição e assunção de objetivos comuns, orientadores das atuações, entre os profissionais da equipa de prestação de cuidados

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9
Q

«Dependência» - definição

A

A situação em que se encontra a pessoa que, por falta ou perda de autonomia física, psíquica ou intelectual, resultante ou agravada por doença crónica, demência orgânica, sequelas pós-traumáticas,
deficiência, doença severa e ou incurável em fase avançada, ausência ou escassez de apoio familiar ou de outra natureza, não consegue, por si só, realizar as AVDs

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10
Q

«Funcionalidade» - definição

A

A capacidade que uma pessoa possui, em cada momento, para realizar tarefas de subsistência,
para se relacionar com o meio envolvente e para participar socialmente

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11
Q

«Doença crónica» - definição

A

A doença de curso prolongado, com evolução gradual dos sintomas e com aspetos multidimensionais, potencialmente incapacitante, que afeta, de forma prolongada, as funções psicológica,
fisiológica ou anatómica, com limitações acentuadas nas possibilidades de resposta a tratamento curativo, mas com eventual potencial de correção ou compensação e que se repercute de forma acentuadamente negativa no contexto social da pessoa por ela afetada

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12
Q

«Processo individual de cuidados continuados» - definição

A

O conjunto de informação respeitante à pessoa em situação de dependência que recebe cuidados continuados integrados

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13
Q

«Plano individual de intervenção» - definição

A

O conjunto dos objetivos a atingir face às necessidades identificadas e das intervenções daí decorrentes, visando a recuperação global ou a manutenção, tanto nos aspetos clínicos como
sociais

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14
Q

«Serviço comunitário de proximidade» - definição

A

A estrutura funcional criada através de parceria formal entre instituições locais de saúde, de segurança social e outras comunitárias para colaboração na prestação de cuidados continuados
integrados

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15
Q

«Domicílio» - definição

A

A residência particular, o estabelecimento ou a instituição onde habitualmente reside a pessoa em situação de dependência

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16
Q

Cuidados continuados integrados

A

(…) incluem-se no Serviço Nacional de Saúde e no sistema de segurança social, assentam nos paradigmas da recuperação global e da manutenção, (…) por período que se prolonga para além do necessário para tratamento
da fase aguda da doença ou da intervenção preventiva, e compreendem:
a) A reabilitação, a readaptação e a reintegração social;
b) A provisão e manutenção de conforto e qualidade de vida, mesmo em situações irrecuperáveis

A prestação de cuidados paliativos centra-se no alívio do sofrimento das pessoas, na provisão de conforto e
qualidade de vida e no apoio às famílias

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17
Q

Coordenação da Rede

A

A coordenação da Rede processa-se a nível nacional, sem prejuízo da coordenação operativa, regional e local

As equipas coordenadoras locais são constituídas por representantes da administração regional de saúde e da segurança social, devendo integrar, no mínimo, um médico, um enfermeiro, um assistente social e, facultativamente, um representante da autarquia local

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18
Q

A prestação de cuidados continuados integrados é assegurada por: (4)

A

a) Unidades de internamento;

b) Unidades de ambulatório;

c) Equipas hospitalares;

d) Equipas domiciliárias

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19
Q

Constituem unidades de internamento as: (4)

A

a) Unidades de convalescença;

b) Unidades de média duração e reabilitação;

c) Unidades de longa duração e manutenção;

d) Unidades de cuidados paliativos

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20
Q

Constitui unidade de ambulatório …

A

A unidade de dia e de promoção da autonomia

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21
Q

São equipas hospitalares as: (2)

A

a) Equipas de gestão de altas

b) Equipas intra-hospitalares de suporte em cuidados paliativos

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22
Q

São equipas domiciliárias as: (2)

A

a) Equipas de cuidados continuados integrados (ECCI)

b) Equipas comunitárias de suporte em cuidados paliativos

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23
Q

Unidade de convalescença - definição

A

é uma unidade de internamento, independente, integrada num hospital de agudos ou noutra instituição,
se articulada com um hospital de agudos, para prestar tratamento e supervisão clínica, continuada e intensiva, e
para cuidados clínicos de reabilitação, na sequência de internamento hospitalar

24
Q

Unidade de convalescença - tem por finalidade…

A

A estabilização clínica e funcional, a avaliação e a reabilitação integral da pessoa com perda transitória de autonomia potencialmente recuperável e que não necessita de cuidados hospitalares de
agudos

25
Q

Unidade de convalescença - destina-se a…

A

Internamentos com previsibilidade até 30 dias consecutivos por cada admissão

26
Q

Unidade de convalescença - pode coexistir…

A

Simultaneamente com a unidade de média duração e reabilitação

27
Q

Unidade de média duração e reabilitação - definição

A

unidade de internamento, com espaço físico próprio, articulada com o hospital de agudos para a prestação de cuidados clínicos, de reabilitação e de apoio psicossocial, por situação clínica decorrente de recuperação de um processo agudo ou descompensação de processo patológico crónico, a pessoas com perda
transitória de autonomia potencialmente recuperável

28
Q

Unidade de média duração e reabilitação - finalidade

A

tem por finalidade a estabilização clínica, a avaliação e a reabilitação integral da pessoa

29
Q

Unidade de média duração e reabilitação - período de internamento

A

O período de internamento tem uma previsibilidade superior a 30 e inferior a 90 dias consecutivos, por cada
admissão

30
Q

Unidade de média duração e reabilitação - pode coexistir com…

A

A unidade de convalescença ou com a unidade de longa duração

31
Q

Unidade de longa duração e manutenção - definição

A

unidade de internamento, de carácter temporário ou permanente, com espaço físico próprio, para prestar
apoio social e cuidados de saúde de manutenção a pessoas com doenças ou processos crónicos, com diferentes níveis de dependência e que não reúnam condições para serem cuidadas no domicílio

32
Q

Unidade de longa duração e manutenção - tem por finalidade

A

Tem por finalidade proporcionar cuidados que previnam e retardem o agravamento da situação de
dependência, favorecendo o conforto e a qualidade de vida, por um período de internamento superior a 90 dias consecutivos

33
Q

Unidade de longa duração e manutenção - pode proporcionar…

A

O internamento, por período inferior ao previsto no número anterior, em situações temporárias, decorrentes de dificuldades de apoio familiar ou necessidade de descanso do principal cuidador, até 90 dias por ano

34
Q

Tipologia da Rede: Unidade de Convalescença - previsibilidade de internamento

A

Até 30 dias consecutivos/ admissão

35
Q

Tipologia da Rede: Unidade de Convalescença - Unidade de Média Duração e Reabilitação

A

> 30 e < 90 dias consecutivos/admissão

36
Q

Tipologia da Rede: Unidade de Convalescença - Unidade de Longa Duração e Manutenção

A

▪ ≥ 90 dias consecutivos

▪ Internamento, decorrentes de dificuldades de apoio
familiar ou necessidade de descanso do principal cuidador, até 90 dias por ano

37
Q

Unidade de cuidados paliativos - definição

A

unidade de internamento, com espaço físico próprio, preferentemente localizada num hospital, para acompanhamento, tratamento e supervisão clínica a doentes em situação clínica complexa e de sofrimento, decorrentes de doença severa e ou avançada, incurável e progressiva

38
Q

Unidade de dia e de promoção da autonomia - definição

A

unidade para a prestação de cuidados integrados de suporte, de promoção de autonomia e apoio social,
em regime ambulatório, a pessoas com diferentes níveis de dependência que não reúnam condições para serem cuidadas no domicílio

39
Q

Unidade de dia e de promoção da autonomia - funcionamento

A

funciona 8h/dia, no mínimo nos dias úteis

40
Q

Equipa de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) - definição

A

equipa multidisciplinar da responsabilidade dos CSP e das entidades de apoio social para a prestação de
serviços domiciliários, decorrentes da avaliação integral, de cuidados médicos, de enfermagem, de reabilitação e de apoio social, ou outros, a pessoas em situação de dependência funcional, doença terminal ou em processo de convalescença, com rede de suporte social, cuja situação não requer internamento mas que não podem deslocar-se de forma autónoma

41
Q

Equipa de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) - avaliação integral

A

A avaliação integral referida é efetuada em articulação com o centro de saúde e a entidade que presta apoio
social

42
Q

Equipa de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) - apoia-se…

A

A ECCI apoia-se nos recursos locais disponíveis, no âmbito de cada centro de saúde, conjugados com os
serviços comunitários, nomeadamente as autarquias locais

43
Q

Equipa de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) - critérios de admissão

A
  • Dependência (permanente ou temporária) objetiva nas AVD
  • E pelo menos um dos seguintes:
    o Alta recente da unidade de internamento;
    o Inaptidão de gestão do regime terapêutico;
    o Necessidade de cuidados paliativos;
    o Necessidade de cuidados que ultrapassem a carteira básica de serviços da USF:
    ✓ Frequência da prestação de cuidados domiciliários superior a 1x/dia;
    ✓ Prestação de cuidados domiciliários que exceda 1h e 30 minutos/dia e pelo menos 3dias/semana;
    ✓ Necessidades de cuidados domiciliários, para além dos dias úteis ou fora do horário compreendido
    entre as 8 e as 20 h.
    ✓ Necessidade de cuidados que requeira um grau de diferenciação que exceda a equipa básica, por ex.
    Fisioterapia, Psicologia, Terapia Ocupacional, etc
44
Q

Equipa de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) - critérios de exclusão

A
  • Episódio de doença em fase aguda que requeira internamento hospitalar
  • Necessidade exclusiva de apoio social
  • Necessidade de internamento para estudo diagnóstico
  • Inexistência de cuidador informal (se utente com elevado grau de dependência)
45
Q

Equipa comunitária de suporte em cuidados paliativos - definição

A

uma equipa multidisciplinar da responsabilidade dos serviços de saúde com formação em cuidados
paliativos e deve integrar, no mínimo, um médico e um enfermeiro

46
Q

Equipa comunitária de suporte em cuidados paliativos - finalidade

A

tem por finalidade prestar apoio e aconselhamento diferenciado em cuidados paliativos às equipas de cuidados integrados e às unidades de média e de longa durações e manutenção

47
Q

Acesso à Rede - destinatários

A

São destinatários das unidades e equipas da Rede as pessoas que se encontrem em alguma das seguintes situações:
a) Dependência funcional transitória decorrente de processo de convalescença ou outro;
b) Dependência funcional prolongada;
c) Idosas com critérios de fragilidade;
d) Incapacidade grave, com forte impacto psicossocial;
e) Doença severa, em fase avançada ou terminal

48
Q

Ingresso na Rede - efetuado…

A

O ingresso na Rede é efetuado através de proposta das equipas prestadoras de cuidados continuados integrados ou das equipas de gestão de altas, na decorrência de diagnóstico da situação de dependência

49
Q

Ingresso na Rede - solicitação da admissão, nas unidades de convalescença e nas unidades de média duração e reabilitação

A

A admissão nas unidades de convalescença e nas unidades de média duração e reabilitação é solicitada,
preferencialmente, pela equipa de gestão de altas na decorrência de diagnóstico da situação de dependência
elaborado pela equipa que preparou a alta hospitalar

50
Q

Ingresso na Rede - determinação da admissão nas unidades de média duração e reabilitação (…), nas unidades de longa duração e manutenção e nas unidades de dia e de promoção da autonomia

A

A admissão nas unidades de média duração e reabilitação (…), nas unidades de longa duração e manutenção e nas unidades de dia e de promoção da autonomia é determinada pela equipa coordenadora local

51
Q

Ingresso na Rede - admissão nas unidades de cuidados paliativos

A

A admissão nas unidades de cuidados paliativo e nas equipas intra-hospitalares de suporte em cuidados
paliativos é determinada por proposta médica

52
Q

Ingresso na Rede - admissão nas unidades de internamento depende

A

A admissão nas unidades de internamento depende, ainda, da impossibilidade de prestação de cuidados no
domicílio e da não justificação de internamento em hospital de agudos

53
Q

Ingresso na Rede - a admissão nas equipas de suporte em cuidados paliativos é feita…

A

A admissão nas equipas de suporte em cuidados paliativos é feita sob proposta, preferencialmente, das ECCI
dos centros de saúde de abrangência ou das equipas de gestão de altas dos hospitais de referência da zona

54
Q

Ingresso na Rede - a admissão nas ECCI é feita…

A

A admissão nas ECCI é feita sob proposta dos médicos do centro de saúde correspondente ou das equipas de gestão de altas dos hospitais de referência da zona

55
Q

Ingresso na Rede - quando se preveja a necessidade de cuidados de apoio social, a proposta…

A

É determinada pelo responsável social da equipa de coordenação local da referida área

56
Q
A