Saúde do Idoso - Síndromes Geriátricas (terminado) Flashcards

1
Q

Síndromes Geriátricas – os 12 “I”

A
  1. Immobility: imobilidade
  2. Instability: instabilidade e quedas
  3. Incontinence: incontinência urinária e fecal
  4. Intellectual impairment: demência e síndrome confusional agudo
  5. Infection: infeções
  6. Inanition: desnutrição
  7. Impairment of vision and hearing: alterações da visão audição
  8. Irritable colon: obstipação, impactação fecal
  9. Isolation (depression)/insomnio: isolamento (depressão/ insónia)
  10. Iatrogenesis: iatrogenia
  11. Inmune deficiency: imunodeficiências
  12. Impotence: impotência ou alterações sexuais
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2
Q

Síndrome de Fragilidade - definição

A

Estado clínico reconhecido pela diminuição das reservas em múltiplos sistemas orgânicos, que se
acompanha de uma maior vulnerabilidade ao stress – desafios acrescidos perante uma capacidade de resposta reduzida

A etiologia é multifatorial e multidimensional, abrangendo fatores intrínsecos (e.g. genética) e extrínsecos (e.g. estilos de vida)

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3
Q

Síndrome de Fragilidade - instrumentos de avaliação

A

Critérios/Fenótipo de Fried (mais moroso, difícil de aplicar na prática clínica);
Escala de Fragilidade de Edmonton (menos robusta, mas mais fácil de aplicar na prática clínica), Questionário de Frail; Short Physical Performance Battery; Frailty Index de Rockwood…

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4
Q

Sarcopenia - definição

A

Perda de massa muscular relacionada com a idade e que conduz a uma menor resistência e função;
componente major da síndrome de fragilidade; por norma mais acentuada nos membros inferiores
(mais impacto funcional e risco de queda)

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5
Q

Fragilidade - avaliação: fenótipo de Fried (Linda Fried et al., 2003)

A

Três de cinco características:
* Falta de força (fraqueza)
* Cansaço (exaustão)
* Perda de peso não intencional
* Lentidão da marcha
* Atividade física reduzida

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6
Q

Fragilidade - abordagem

A

Abordagem terapêutica é multidisciplinar e multidimensional: redução da polifarmácia, programas de exercício que incluam treino de resistência, abordagem nutricional (ingestão proteica)

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7
Q

Incontinência urinária - caraterização

A

Caracterização do tipo de IU: de esforço, de urgência, mista

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8
Q

Incontinência urinária - anamnese

A

Anamnese com avaliação de comorbilidades e história farmacológica:
o História ginecológica e obstétrica; patologia prostática; patologia neurológica; obesidade;
diabetes; cirurgias pélvicas prévias
o Medicação habitual (e.g. diuréticos, anticolinérgicos)

▪ Ingestão de fluídos e sua distribuição ao longo do dia

▪ Trânsito Intestinal

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9
Q

Incontinência urinária - diário miccional

A

Diário miccional (nº de micções voluntárias; episódios de incontinência e motivos; n.º de absorventes usados; quantificação da ingestão de líquidos …)

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10
Q

Incontinência urinária - principais repercussões da IU: médicas

A

ITU, úlceras cutâneas com possibilidade de sobreinfeção, quedas

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11
Q

Incontinência urinária - principais repercussões da IU: psicológicas

A

Diminuição da autoestima; ansiedade e depressão

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12
Q

Incontinência urinária - principais repercussões da IU: sociais

A

Isolamento, maior necessidade de apoio familiar e social, maior risco de institucionalização

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13
Q

Incontinência urinária - principais repercussões da IU: económicas

A

Custo associado aos meios de diagnóstico e terapêuticas e das complicações

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14
Q

Causas de IU (acrónimos DRIP e DIAPPERS)

A

DRIP
D – Drogas e fármacos; Delirium
R – Retenção urinária; Restrição ambiental
I – Infeção; Inflamação; Impactação; Imobilidade
P – Poliúria; Polifarmácia

DIAPPERS
D - Delirium
I – Infeção
A – Atrofia
P – Polifarmácia
P – Psicológicas
E – Endocrinopatias
R – Restrição da mobilidade
S – Stool (fecal)

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15
Q

Instabilidade/ Quedas - FRs relacionados com o próprio

A

Alterações da marcha/ desequilíbrio;

Diminuição da visão;

Osteoporose, doença cardiovascular;

Polifarmácia (diuréticos, laxantes, antihipertensores, anticolinérgicos, entre outros)

Demência

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16
Q

Instabilidade/ Quedas - FRs relacionados com o meio

A

Superfícies escorregadias

Objetos espalhados pelo chão

Tapetes

Escadas sem corrimão

Sapatos não adaptados

Roupa comprida

Ausência de apoio no WC

Móveis instáveis

Camas muito baixas ou altas

Cadeiras baixas sem apoio para braços

Auxiliares da marcha mal adaptados

Iluminação adequada

17
Q

Instabilidade/ Quedas - complicações (3)

A

▪ Fraturas;
▪ TCE;
▪ Lesões musculares

18
Q

Instabilidade/ Quedas - consequências (3)

A

Consequente diminuição da capacidade do idoso se movimentar e realizar as suas atividades diárias,
diminuindo a sua qualidade de vida

Tem também efeitos psicológicos: alteração da autoimagem e da autoconfiança, medo, vergonha, depressão

Para o cuidador: necessidade de reajuste da dinâmica familiar, encargos adicionais, sobrecarga
emocional, física e económica, sentimentos de culpa e desgaste do cuidador

19
Q

Instabilidade/ Quedas - prevenção (5)

A

▪ Verificar se o calçado é adequado: calcanhares reforçados; solas
antiderrapantes

▪ Calças e roupões devem ter a altura certa para que não tropece

▪ Verificar os auxiliares de marcha:
- Altura adequada dos andarilhos: parte superior alinhada com os trocânteres;
- Borracha dos pés em estado adequado;
- Verificar pneus e sistema de travagem das cadeiras de
rodas

▪ Verificar as condições do domicílio: iluminação, quarto, casa de banho

▪ Revisão terapêutica

20
Q

Instabilidade/ Quedas - prevenção: exercício físico

A

O exercício físico diminui o risco de queda!
- melhora o tempo de reação
- melhora a flexibilidade e o equilíbrio
- melhora a força
- diminui a perda de massa óssea

Exercícios devem ser realizados em ambiente
controlado: sentado ou apoiado

21
Q

Imobilidade - definição

A

diminuição da capacidade de desempenhar AVD pela deterioração das funções motoras

22
Q

Síndrome de imobilidade - definição

A

Quadro clínico geralmente multifatorial, potencialmente reversível e prevenível

Engloba um conjunto de alterações fisiopatológicas em múltiplos sistemas, condicionadas pela imobilidade e desuso subsequente

Os sistemas mais afetados são o cardiovascular e músculo-esquelético

23
Q

Síndrome de imobilidade - sistema cardiovascular

A
  • Intolerância ao exercício
  • Hipotensão postural
  • Complicações
    tromboembólicas (TEP,
    TVP e TVS)
24
Q

Síndrome de imobilidade - sistema musculoesquelético

A
  • Diminuição da força muscular com atrofia
    (+ músculos flexores
    dos MI)
  • Perda de massa óssea,
    predispondo a osteoporose por desuso e contraturas
    musculares
  • Art. mais afetadas: tornozelo e anca
25
Q

Síndrome de imobilidade - sistema respiratório

A
  • Dessaturação;
  • Risco de atelectasias e
    pneumonias
26
Q

Síndrome de imobilidade - sistema nervoso e psicológico

A
  • Diminuição da coordenação;
  • Instabilidade;
  • Depressão e isolamento social
27
Q

Síndrome de imobilidade - sistema GI, GU, Endocrinológico e Pele

A
  • Diminuição do apetite;
    RGE; obstipação;
  • IU funcional; ITU;
    litíase;
  • Hiperglicemia por
    resistência à insulina;
  • Úlceras de pressão – risco pode ser avaliado pela escala de Braden
28
Q

Prevenção da Síndrome de Imobilidade - primária

A
  • Manter o grau de mobilidade;
  • Programa de exercício físico ajustado:
  • Idosos frágeis – exercícios de baixa intensidade e aeróbios;
  • Idosos saudáveis <75 anos – exercícios de moderada a alta intensidade aeróbica e de resistência;
  • Idosos saudáveis >75 anos – exercícios de esforço moderado e de fortalecimento;
  • Idosos com hábitos de
    treino/atletas – exercícios de alta intensidade
29
Q

Prevenção da Síndrome de Imobilidade - secundária

A
  • Deteção precoce;
  • Evitar barreiras arquitetónicas;
  • Adaptações técnicas;
  • Estimular a manutenção da independência nas AVD e AIVD, com monitorização regular
30
Q

Prevenção da Síndrome de Imobilidade - terciária

A
  • Tratamento de complicações como contraturas e atrofia muscular; osteoporose;
  • Evicção de adoção de posturas antiálgicas ou viciosas;
  • Acamados: mudanças de posição frequentes, programadas e
    regulares. Inicialmente a cada 2 horas e depois ajustadas a cada doente (de acordo com surgimento
    de eritema cutâneo)
31
Q

Tratamento da Síndrome de Imobilidade

A

Plano de tratamento:
▪ Tratamento da causa de imobilidade;
▪ Plano de reabilitação;
▪ Recurso a ajudas técnicas e adaptações em casa;
▪ Prevenção das complicações associadas

Antes de iniciar qualquer tratamento, deve-se assegurar adequado controlo álgico, hidratação e
nutrição

32
Q

Síndrome de Imobilidade - marcador de prognóstico desfavorável

A

dependência em mais de 3 ABVD

33
Q
A