Cirurgia Geral - feridas e suturas (terminado) Flashcards
Fios de sutura - caraterísticas quanto à natureza (2)
- Orgânicos
- Sintéticos
Fios de sutura - caraterísticas quanto às propriedades inerentes (4)
Configuração
- monofilamentar
- multifilamentar
Manuseabilidade
- memória
- elasticidade
- tensão de nós
Força tensil
Reação tecidual
Fios de sutura - caraterísticas quanto à absorbilidade (2)
- Absorvível
- Não Absorvível
Fios de sutura - propriedades inerentes: configuração (definição e 2 tipos)
- nº de camadas que compõem o fio
- monofilamentos e multifilamentos
Fios de sutura - propriedades inerentes: configuração (monofilamentos - 3 caraterísticas)
o Menor risco de infeção
o Menor traumatismo tecidular
o Manuseamento e nós devem ser realizados com cuidado → danificação do fio pode conduzir a falência da sutura
Fios de sutura - propriedades inerentes: configuração (multifilamentos - 5 caraterísticas)
o Maior força tênsil
o Mais flexíveis
o Mais fáceis de manusear
o Maior capacidade → Risco de infeção aumentado
o Frequentemente revestidos para diminuir risco de infeção e traumatismo tecidular
Fios de sutura não absorvíveis - 2 caraterísticas
o Mantém a sua força de tensão após os primeiros 60 dias
o Reação tecidular de encapsulamento do fio por fibroblastos → se encerramento da pele, pontos devem
ser retirados antes da re-epitelização da pele (7-10 dias)
▪ Caso não sejam removidos atempadamente, cosmética da ferida será inferior
Fios de sutura absorvíveis - 4 caraterísticas
o Perde a maioria da sua força de tensão nos primeiros 60 dias → providenciam suporte temporário até a
ferida conseguir suportar o stress normal
o Hidrólise (fios sintéticos) ou proteólise (fios orgânicos)
o Taxa de absorção ≠ Perda de força de tensão
o Revestimentos químicos (ex.: sais crómio) podem diminuir a taxa de absorção
A remoção dos pontos de sutura depende da região encerrada: (2)
o Cabeça e pescoço: 5-7 dias
o Restantes zonas: 10-14 dias (depende da tensão e evolução cicatricial)
3 fios absorvíveis
Poliglecaprona 25 (Monocryl)
Polidiaxanona (PDS II)
Poliglactina 910 (Vycril)
Poliglecaprona 25 (Monocryl) - natureza/configuração
Sintético, monofilamentar
Poliglecaprona 25 (Monocryl) - força de tensão previsível
21 a 28 dias
Poliglecaprona 25 (Monocryl) - memória
Baixa
Poliglecaprona 25 (Monocryl) - reação tecidular
Baixa
Poliglecaprona 25 (Monocryl) - duração média (dias)
90 a 120 dias
Poliglecaprona 25 (Monocryl) -utilização
Encerramento subcuticular, tecidos profundos contaminados
Polidiaxanona (PDS II) - natureza/ configuração
Sintético monofilamentar
Polidiaxanona (PDS II) - força de tensão previsível
60 a 90 dias
Polidiaxanona (PDS II) - memória
Baixa
Polidiaxanona (PDS II) - reação tecidular
Baixa
Polidiaxanona (PDS II) - duração média
Até 180 dias
Polidiaxanona (PDS II) - utilização
Tecidos moles (profundos)
Poliglactina 910 (Vycril) - natureza/ configuração
Sintético, multifilamentar
Poliglactina 910 (Vycril) - força de tensão previsível
28 a 35 dias
Poliglactina 910 (Vycril) - memória
Baixa
Poliglactina 910 (Vycril) - reação tecidular
Baixa
Poliglactina 910 (Vycril) - duração média
56 a 70 dias
Poliglactina 910 (Vycril) - utilização
Tecidos moles profundos, laqueações vasos, leito ungueal, cavid. oral
2 fios não absorvíveis monofilamentares
Nylon (Ethilon, Dermalon)
Polipropileno (Prolene, Surgilene)
Nylon (Ethilon, Dermalon) - natureza e configuração
Sintéticos, monofilamentares
Nylon (Ethilon, Dermalon) - força tensão previsível
Elevada
Nylon (Ethilon, Dermalon) - memória
Elevada
Nylon (Ethilon, Dermalon) - elasticidade
Alta
Nylon (Ethilon, Dermalon) - reação tecidular
Baixa
Nylon (Ethilon, Dermalon) - utilização
Pele
Polipropileno (Prolene, Surgilene) - natureza e configuração
Sintéticos, monofilamentares
Polipropileno (Prolene, Surgilene) - força tensão previsível
Elevaa
Polipropileno (Prolene, Surgilene) - memória
Elevada
Polipropileno (Prolene, Surgilene) - elasticidade
Elevada
Polipropileno (Prolene, Surgilene) - reação tecidular
Baixa
Polipropileno (Prolene, Surgilene) - utilização
Pele, feridas contaminadas/ infetadas, minimiza extrusão da sutura
Útil para a maior parte das feridas ligeiras que
possam surgir no Centro de Saúde
Prolene
2 fios não reabsorvíveis multifilamentares
Seda (Seda, Mersilk)
Poliéster revestido c polibutilato (Ethibond)
Seda (Seda, Mersilk) - natureza e configuração
Orgânicos, multifilamentares
Seda (Seda, Mersilk) - força de tensão previsível
Baixa, pouco previsível
Seda (Seda, Mersilk) - memória
Baixa
Seda (Seda, Mersilk) - reação tecidular
Elevada
Seda (Seda, Mersilk) - utilização
Pouco usada, melhor manuseabilidade (couro cabeludo)
Poliéster revestido c polibutilato (Ethibond) - natureza e configuração
Sintéticos, multifilamentares
Poliéster revestido c polibutilato (Ethibond) - força de tensão previsível
Superior
Poliéster revestido c polibutilato (Ethibond) - reação tecidular
Baixa
Poliéster revestido c polibutilato (Ethibond) - utilização
Colocação de material protésico (próteses abdominais p.e.)
Fios de sutura – Calibre do fio
Quantos mais zeros, menor o diâmetro do fio!
- 3 - 2 - 1 (maior diâmetro)
- 10.0 - 11.0 - 12.0 (menor diâmetro)
Ferida na face - fio, calibre e retirar pontos
Fio: monofilamento, + não absorvível
Calibre 4-5/0; 5-6/0
Retirar pontos: 5 dias
Ferida no couro cabeludo - fio, calibre e retirar pontos
Fio: mono ou multifilamento, + não absorvível
Calibre 3-4/0
Retirar pontos em 7-14 dias
Ferida no tronco - fio, calibre e retirar pontos
Fio mono ou multifilamento, + não absorvível
Calibre 3-4/0
Retirar pontos em 10-14 dias
Ferida no membro superior - fio, calibre e retirar pontos
Fio monofilamento, + não absorvível
Calibre: 3-4/0
Retirar pontos em 7 dias
Ferida na mão - fio, calibre e retirar pontos
Fio monofilamento, + não absorvível
Calibre 4-6/0
Retirar pontos: rever em 5-7 dias
Ferida no membro inferior - fio, calibre e retirar pontos
Fio mono/multifilamento, + não absorvível
Calibre 3-4/0
Retirar pontos em 8-10 dias
Ferida no abdómen - fio, calibre e retirar pontos
Fio mono/multifilamento, + não absorvível
Calibre 2-4/0
Retirar pontos em 10-14 dias
3 alternativas aos fios de sutura
- agrafos
- fitas (Steri-strips®, Proxi-strip®)
- colas
Agrafos - 5 vantagens
✓ Não esmagam os tecidos (microcirculação)
✓ Encerramento da derme – economia de tempo + boa força de tensão
✓ Reação tecidular mínima
✓ Baixo risco infecioso
✓ Bons para feridas grandes no couro cabeludo (não deixam “peladas”)
Agrafos - 2 desvantagens
x Encerramento menos preciso – eversão dos bordos
x Mais dispendiosos
Fitas (Steri-strips®, Proxi-strip®) - definição
Fitas adesivas cirúrgicas com microporos reforçadas
Fitas (Steri-strips®, Proxi-strip®) - 3 vantagens
✓ Suporte extra para feridas lineares
✓ Podem ser colocadas sobre as suturas após a sua remoção (diminuir diâmetro da cicatriz)
✓ Usadas com conjunto com colas
Fitas (Steri-strips®, Proxi-strip®) - 2 desvantagens
x Descolam facilmente – apenas feridas de baixa tensão
x Raramente usadas no encerramento primário de feridas
Colas - 3 caraterísticas
o Contém acrilatos (mais usado: 2-octilcianoacrilato, Dermabond®)
o Utilizados no encerramento de feridas pediátricas (sem sutura), colheita de veias safenas para bypass coronário e bleferoplastia
o Uso pela dermatologia – em estudo
Colas - 5 vantagens
✓ Encerramento rápido de feridas superficiais – evita hemorragia e promove coaptação dos bordos
✓ Efeito bacteriostático
✓ Aplicação fácil e indolor
✓ Ausência de marcas de sutura
✓ Não necessitam de remoção
Colas - 3 desvantagens
x Menos força de tensão que a sutura
x Mais dispendiosos
x Não devem ser usados em feridas sangrantes ou profundas – pouco eficazes
Agulhas - 4 caraterísticas
o Força (resistência à deformação)
o Ductilidade (resistência à quebra)
o Aguçamento (capacidade de penetrar tecidos)
o Clamping moment (estabilidade da agulha no porta-agulhas)
Para a pele são preferidas as agulhas…
Cortantes
2 tipos principais de sutura
Interrompidos/ pontos separados
e
Contínua
Sutura com pontos interrompidos ou pontos separados (5)
o Ponto simples
o Ponto invertido
o Donatti (ponto em U vertical)
o Wolff (ponto em U horizontal)
o Ponto em X horizontal
Sutura contínua (6)
o Contínua simples (Kurshner)
o Sutura de Lembert
o Sutura de Cushing
o Sutura de Connell
o Intradérmica
o Circular/ “bolsa de tabaco” (cerclage)
Suturas contínuas de inversão (intra-abdominais)
o Sutura de Lembert
o Sutura de Cushing
o Sutura de Connell
Suturas interrompidas: ponto simples - 3 caraterísticas
o Mais comum, mais usado, mais versátil
o Pode ajustar-se diferentes tensões mediante necessidade da ferida
o Bordos podem ser ajustados mediante necessidade → se bordos invertidos, maior dificuldade técnica
Suturas interrompidas: ponto Donatti (em U vertical) - 3 caraterísticas
o Feridas sob tensão, com bordos com tendência a inverter
o Encerramento profundo e superficial em simultâneo
o A largura do ponto deve ser proporcional à tensão da ferida
Suturas interrompidas: pontos invertidos (Derme)
- 3 caraterísticas
o Utilizados em feridas profundas quando o encerramento da pele deixaria espaço morto (risco de formação de abcesso ou hematoma) OU quando a aproximação da derme diminui o nível de tensão da pele
o Aproxima a derme na junção dermo-epidérmica – melhor resultado estético
o Usar fio absorvível!!
Anestesia local para suturas: anestésico mais usado
Lidocaína é o anestésico local mais utilizado
Anestesia local para suturas: associação lidocaína + adrenalina
▪ Efeito vasoconstritor
▪ Deve ser evitado nas extremidades (mãos, pés, nariz, orelhas, pénis)
▪ Mais usado para exérese de lesões
Anestesia local para suturas: aplicação da lidocaína
A aplicação da lidocaína deve ser Subcutânea, se ferida não muito profunda
Anestesia local para suturas: dose de lidocaína
Dose Máxima de lidocaína: 4,5 mg/Kg (max. 300mg)
▪ Volume máximo de lidocaína depende da concentração
- Ex: lidocaína a 1%, doente com 10 kg → 45/10mg/mL → 4,5mL
Anestesia local para suturas: drenagem de abcessos
Na drenagem de abcessos (como o ambiente é ácido) o efeito da lidocaína é menor – menor eficácia
Poderá ser associado o bicarbonato para
alcalinização do ambiente e melhor efeito anestésico
Tipos de ferida - quanto ao mecanismo lesional: perfurantes
Lesão tipicamente gerada - lesão perfurante
Instrumentos típicos - prego, alfinete, picador de gelo,
garfo, caneta
Tipos de ferida - quanto ao mecanismo lesional: cortantes
Lesão tipicamente gerada - lesão incisa ou cortante
Instrumentos típicos - navalha, bisturi, lâminas
Tipos de ferida - quanto ao mecanismo lesional: contundentes
Lesão tipicamente gerada - lesão contusa
Instrumentos típicos - martelo, bastão, pedra, socos e pontapés
Tipos de ferida - quanto ao mecanismo lesional: cortocontundentes
Lesão tipicamente gerada - lesão cortocontusa
Instrumentos típicos - machado, foice, dentes, unhas
Tipos de ferida - quanto ao mecanismo lesional: perfurocontundentes
Lesão tipicamente gerada - lesão perfurocontusa
Instrumentos típicos - projétil de arma de fogo, setas
Tipos de ferida - quanto ao mecanismo lesional: perfurocortantes
Lesão tipicamente gerada - lesão perfurocortante
Instrumentos típicos - faca, espada
Mordeduras de cão e gato -cuidados gerais
o Remover corpos estranhos
o Irrigar abundantemente a alta pressão com NaCl a 0,9% ou iodopovidona
o Deixar ferida aberta (cicatrização por 2ª intenção), nos seguintes casos:
▪ Lesões por esmagamento
▪ Lesões punctiformes
▪ Mordedura de gato (exceto se na face)
▪ Feridas envolvendo mãos e pés
▪ Feridas com ≥12 horas (com ≥24 horas, se face)
▪ Feridas em imunocomprometidos (incluindo diabéticos)
▪ Feridas em doentes com estase venosa
o Reavaliar diariamente: irrigação copiosa + avaliar sinais de infeção
Mordeduras de cão e gato - deixar ferida aberta (cicatrização por 2ª intenção), nos seguintes casos: (7)
▪ Lesões por esmagamento
▪ Lesões punctiformes
▪ Mordedura de gato (exceto se na face)
▪ Feridas envolvendo mãos e pés
▪ Feridas com ≥12 horas (com ≥24 horas, se face)
▪ Feridas em imunocomprometidos (incluindo diabéticos)
▪ Feridas em doentes com estase venosa
Mordeduras de cão e gato - reavaliação
Reavaliar diariamente: irrigação copiosa + avaliar sinais de infeção
Mordeduras de cão e gato - encerramento com sutura
- Mordedura de cão na face,
(tronco, braços ou pernas) - Mordedura de gato na face
(Se feridas grandes, sangrantes ou muito desalinhadas, podem ser
aproximadas com pontos bem separados mantendo áreas para drenagem e irrigação)
Mordeduras de cão e gato - profilaxia (5)
o Vacina tétano, se <3doses ou desconhecida (de acordo com PNV)
o Vacina VHB e Ig → agressor AgHbs ou AgHbe +
o Profilaxia VIH, se mordedor exposto ao sangue de uma vítima VIH + (articular com Infeciologia)
▪ Necessidade de avaliar se risco alto de exposição a VIH
o Vacina e Ig Raiva, se epidemiologia sugestiva (articular com Infeciologia/Saúde Pública)
o Profilaxia com amox/clav (875/125mg 2x/dia), 3-5 dias
▪ TODAS as feridas com encerramento com sutura
▪ Feridas na face, mãos ou região genital
▪ Feridas próximas de osso ou articulações (incluindo próteses articulares)
▪ Feridas em áreas com compromisso vascular ou linfático
▪ Imunocomprometidos (incluindo DM)
▪ Feridas punctiformes profundas ou lacerações
▪ Feridas associadas a esmagamento
Mordeduras de cão e gato - profilaxia: vacina do tétano
Vacina tétano, se <3doses ou desconhecida (de acordo com PNV)
Mordeduras de cão e gato - profilaxia: vacina VHB e Ig
Agressor AgHbs ou AgHbe +
Mordeduras de cão e gato - profilaxia: VIH
Profilaxia VIH, se mordedor exposto ao sangue de uma vítima VIH + (articular com Infeciologia)
▪ Necessidade de avaliar se risco alto de exposição a VIH
Mordeduras de cão e gato - profilaxia: vacina e Ig raiva
Vacina e Ig Raiva, se epidemiologia sugestiva (articular com Infeciologia/ Saúde Pública)
Mordeduras de cão e gato - profilaxia: amox/clav (875/125mg 2x/dia), 3-5 dias (7)
▪ TODAS as feridas com encerramento com sutura
▪ Feridas na face, mãos ou região genital
▪ Feridas próximas de osso ou articulações (incluindo próteses articulares)
▪ Feridas em áreas com compromisso vascular ou linfático
▪ Imunocomprometidos (incluindo DM)
▪ Feridas punctiformes profundas ou lacerações
▪ Feridas associadas a esmagamento
Mordeduras de cão e gato - profilaxia: vacinação recomendada (Td/Tdpa) e administração de imunoglobulina contra o tétano em pós-exposição (feridas), de acordo com a história vacinal
História vacinal desconhecida ou < 3 doses:
- feridas sem potencial tetanogénico: sim para vacina, não para imunoglobulina
- feridas potencialmente tetanogénicas: sim para vacina e para imunoglobulina (para a Ig: dose de 250 UI, administrada numa seringa diferente e em local anatómico diferente do da vacina; se o tratamento for tardio ou incompleto, ex. feridas sem tratamento cirúrgico, quando aplicável, não limpas ou não desbridadas, e se a ferida apresentar um elevado risco tetanogénico, deve ser administrada imunoglobulina na dose de 500 UI)
História vacinal >= 3 doses e a última há menos de 5 anos:
- feridas sem potencial tetanogénico: não para vacina (se o esquema vacinal estiver incompleto para a idade, deve ser atualizado de imediato), não para imunoglobulina
- feridas potencialmente tetanogénicas: não para vacina (se o esquema vacinal estiver incompleto para a idade, deve ser atualizado de imediato; exceto os indivíduos com alterações da imunidade que devem receber imunoglobulina (250 UI) e vacina, qualquer se seja o tempo decorrido desde a última dose), não para imunoglobulina
História vacinal >= 3 doses e a última há 5 a 10 anos
- feridas sem potencial tetanogénico: não para vacina (se o esquema vacinal estiver incompleto para a idade, deve ser atualizado de imediato), não para imunoglobulina
- feridas potencialmente tetanogénicas: sim para vacina, não para imunoglobulina (exceto os indivíduos com alterações da imunidade que devem receber imunoglobulina (250 UI) e vacina, qualquer se seja o tempo decorrido desde a última dose)
História vacinal >= 3 doses e a última há mais de 10 anos
- feridas sem potencial tetanogénico: sim para vacina, não para imunoglobulina
- feridas potencialmente tetanogénicas: sim para vacina, não para imunoglobulina (exceto os indivíduos com alterações da imunidade que devem receber imunoglobulina (250 UI) e vacina, qualquer se seja o tempo decorrido desde a última dose; se o tratamento for tardio ou incompleto, ex. feridas sem tratamento cirúrgico, quando aplicável, não limpas ou não desbridadas, e se a ferida apresentar um elevado risco tetanogénico, deve ser administrada imunoglobulina na dose de 500 UI)
Tratamento das Mordeduras Animais e/ou Humanas Infetadas → 5-14 dias
Amoxicilina/ac. Clavulânico
Tratamento das Mordeduras Animais e/ou Humanas Infetadas → 5-14 dias: ATB nos adultos
875/125mg 12/12horas
Se alergia penicilina:
- doxiciclina 100mg 2x/dia
OU TMO-SMX OU ciprofloxacina 500 12/12H/
levofloxacina 750mg/dia MAIS metronidazol (500mg 3x/dia)
Tratamento das Mordeduras Animais e/ou Humanas Infetadas → 5-14 dias: ATB na criança
20 mg/kg/dose (amox, até máx. 875mg); 12/12 horas
(aumentar dose para 45 mg/kg se sinais infeciosos
exuberantes)
Se alergia penicilina:
TMO-SMX 4-6mg/kg (trimetropim) 2x/dia (máx 160mg/dose) OU cefalosporina (cefuroxime: 10 to 15 mg/kg 2x/dia (max 500mg/dose) MAIS clindamicina 7.5 to 10 mg/kg 3x/dia –max 600mg/Dose)
São consideradas feridas potencialmente tetanogénicas:
Feridas ou queimaduras que requerem tratamento cirúrgico, não tratadas nas primeiras 6 horas
Feridas que apresentem as seguintes caraterísticas (incluindo feridas crónicas):
- punctiformes (ex. pregos, espinhos ou dentadas)
- com corpos estranhos (ex. farpas de madeira)
- extensas, com lesão da pele e tecidos moles (ex. queimaduras)
- com tecido desvitalizado
- contaminadas com solo ou estrume
- com evidência clínica de infeção
- fraturas expostas