Asma (terminado) Flashcards
Tipo de doença
Doença heterogénea, variável no tempo
Prevalência em Portugal
6,8% dos habitantes em Portugal
Definição de asma
Inflamação crónica das vias aéreas:
▪ Sibilância/pieira, predominantemente de esforço e noturna;
▪ Dispneia de esforço;
▪ Sensação de constrição torácica;
▪ Tosse, predominantemente não produtiva
Diagnóstico
Preferencialmente antes de iniciar tratamento:
Diagnóstico clínico: história clínica + exame físico (quadro variável ao longo do tempo e com estímulos desencadeantes). A espirometria com prova de broncodilatação para determinação de obstrução brônquica variável (confirmada também pela variabilidade do PEF ao longo de 2 semanas – em adultos, média de variação diurna ≥ 10%; em crianças, média de variação diurna
≥ 13%) é um exame complementar que deve ser sempre realizado, mas, se normal, não exclui um diagnóstico clínico de asma
Fluxograma Diagnóstico GINA 2024
Paciente com sintomas respiratórios crónicos ou recorrentes:
Pergunta: Os sintomas são típicos de asma?
- Sim: Avançar para o próximo passo.
- Não: Investigar outros diagnósticos.
História clínica/exame detalhado
Pergunta: A história/exame suportam o diagnóstico de asma?
- Sim: Avançar.
- Não: Realizar mais exames e testes para diagnósticos alternativos.
. Diagnóstico alternativo confirmado?
- Sim: Tratar como diagnóstico alternativo.
- Não: Continuar investigação
Tratamento prévio
Pergunta: O paciente já está a tomar tratamento com corticoides inalatórios (ICS)?
- Sim: abordagem diagnóstica
- Não: Avançar
Sintomas graves
Pergunta: O paciente apresenta sintomas/sinais respiratórios gravemente descontrolados?
- Sim
- Não: Avançar.
Disponibilidade de espirometria ou PEF
Pergunta: A espirometria ou PEF estão disponíveis e são viáveis?
- Sim: Realizar testes de função pulmonar, como:
Espirometria ou PEF antes e depois do broncodilatador.
. Pergunta: A limitação variável do fluxo expiratório foi confirmada?
- Sim: Tratar como asma com terapia contendo ICS
- Não: Repetir testes durante sintomas ou considerar exames adicionais
. Não (ou seja, não estão disponíveis espirometria nem PEF): Tratar empiricamente com ICS e monitorizar resposta
Tratamento empírico
Se outros diagnósticos forem improváveis:
- Tratar empiricamente com terapia contendo ICS
Revisão após 1-3 meses, incluindo PEF ou espirometria, se disponível.
- Pergunta: Os sintomas (e a função pulmonar, se disponível) melhoraram?
. Sim: Continuar com o tratamento para asma.
. Não: Encaminhar para aconselhamento de nível superior
4 fatores que aumentam a probabilidade de asma
Coexistência de mais do que um sintoma (dispneia, opressão torácica,
sibilância/pieira e tosse)
Sintomas que agravam durante a noite ou início da manhã
Sintomas variáveis, temporalmente e em
intensidade
Sintomas desencadeados por infeções respiratórias virais, exercício, exposição a alergénios, alterações climatéricas, riso ou irritantes
5 fatores que diminuem probabilidade de asma
(Tosse isolada) → asma variante de tosse (+ em crianças)
Expetoração crónica
Dispneia associada a tonturas, cefaleias ou parestesias
Dor torácica isolada
Dispneia durante o exercício associada a inspiração ruidosa
Diagnóstico no idoso
Subdiagnosticada no idoso (diminuição da perceção ou subnotificação dos sintomas) e nas mulheres em idade pós-menopausa
Sintomas nas crianças
Na criança sintomas desencadeados pelo exercício e/ou noturnos são mais
frequentes
Questionar…
Questionar sistematicamente sobre eventuais sintomas sugestivos de alergia
alimentar e outras doenças alérgicas como rinite e dermatite atópica
Sempre que possível, o diagnóstico clínico deve ser complementado com…
Avaliação da sensibilização alergénica e do grau de inflamação das vias aéreas, através dos biomarcadores disponíveis (ex.: eosinofilia periférica, elevação da FeNO)
Asma e Comorbilidades: se patologias não controladas
Referenciação hospitalar
Asma e comorbilidades
Rinite, rinossinusite crónica e polipose nasosinusal
Eczema atópico, alergia alimentar e anafilaxia
DRGE
Obesidade
Infeções respiratórias
Patologia Cardiovascular
- IC: simula asma
- IECA e BB: sintomas respiratórios
TEP
Aspergilose broncopulmonar alérgica
- bronquiectasias
SAOS
Perturbações hormonais
- período perimenstrual ou menopausa; hiper ou hipotiroidismo
Tabagismo
Distúrbios psiquícos
- perturbações de ansiedade e depressivas
Asma – Monitorização: bom controlo se…
CARAT (>24): VAS >8
VAI ≥ 16
Asma – Monitorização: avaliação de controlo e FR
- Avaliar controlo sintomático nas últimas 4 semanas [ACT ou CARAT (avalia simultaneamente asma e rinite alérgica)]
- Identificar FR para exacerbação, limitação persistente do fluxo aéreo ou efeitos laterais
- Avaliar a função pulmonar antes de iniciar tratamento com ICS, 3-6 meses após e depois periodicamente (pelo menos a cada 1-2 anos, na maioria)