Prevenção secundária (terminado) Flashcards

1
Q

O que é um rastreio?

A

Realização de um teste com objetivo de deteção de doença em pessoas assintomáticas

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2
Q

5 princípios dos rastreios

A
  1. Problema de saúde com prevalência elevada;
  2. História natural da doença bem conhecida;
  3. Fase pré-sintomática relativamente prolongada;
  4. Teste de rastreio aceitável;
  5. Tratamento acessível e aceitável;
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3
Q

Características do teste de rastreio

A
  • Sensível e específico;
  • Reprodutível e fiável;
  • Económico;
  • Pouco invasivo;
  • Aceite
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4
Q

2 tipos de rastreio

A

Rastreio organizado de base populacional
e
Rastreio oportunístico

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5
Q

Rastreio organizado de base populacional

A

o Política nacional de definição do rastreio;
o Garantia orçamental;
o Formação e treino dos profissionais;
o Garantia de equipamentos e materiais;
o Realização dos testes em serviços de alta qualidade;
o Garantia de rede de referenciação;
o Sistema centralizado de monitorização;
o Promoção de elevada adesão da populaçã

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6
Q

Rastreio oportunístico

A

o Abordagem individual;
o Pode ocorrer sempre que o utente recorre a consulta

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7
Q

Verdadeiros positivos

A

Doentes e testes positivos

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8
Q

Verdadeiros negativos

A

Não doentes e testes negativos

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9
Q

Falsos negativos

A

Doentes e testes negativos

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10
Q

Não doentes e testes positivos

A

Falsos positivos

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11
Q

Sensibilidade

A

VP/VP+FN

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12
Q

Especificidade

A

VN/FP+VN

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13
Q

Rastreios oncológicos são prevenção secundária?

A

Sim

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14
Q

Rastreios oncológicos organizados de base populacional

A

Rastreio do cancro do colo do útero

Rastreio do cancro da mama

Rastreio do cancro do cólon e reto

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15
Q

Rastreio do cancro do colo do útero - população

A

População com colo do útero com [30-69] anos, exceto se condições de alto risco
(i. Infeção VIH;
ii. Recetoras de transplante de órgão sólido ou de progenitores hematopoiéticos alogénicos;
iii. Doença autoimune, sob terapêutica imunossupressora) em que o rastreio se inicia aos 25 anos

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16
Q

Rastreio do cancro do colo do útero - teste

A

Pesquisa de ácidos nucleicos dos genótipos de alto risco do vírus do papiloma humano
(HPV) - HPV 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 66, 68.

Colheita do material biológico pode ser realizada:
a) Por profissional de saúde, preferencialmente, para colheitas no colo do
útero;
b) Por auto-colheita, da vagina, caso a utente explicitamente o prefira ou em utentes que não aderiram a 2 convites consecutivos

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17
Q

Rastreio do cancro do colo do útero - critérios de exclusão definitiva

A

diagnóstico prévio de neoplasia maligna do colo do útero

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18
Q

Rastreio do cancro do colo do útero - critérios de exclusão temporária

A

Teste de rastreio primário positivo prévio e que não aderiram ou não completaram o plano de diagnóstico ou de tratamento

Autoexclusão por iniciativa própria e comunicado formalmente à Coordenação Nacional dos Programas de Rastreio (NCN)

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19
Q

Rastreio do cancro do colo do útero - resultado e seguimento

A

a) Teste negativo para HPV de alto risco: indicação para repetir rastreio em 5 anos;

b) Teste positivo para HPV de alto risco, genótipo 16 ou 18: referenciação para Unidade de Patologia
Cervical (UPC);

c) Teste positivo para HPV de alto risco, genótipo não 16 ou 18: indicação para avaliação por citologia com
dupla marcação imunoquímica para p16/Ki67:
- Utente com prévia colheita de material biológico por profissional de saúde: avaliação é efetuada no
material disponível;
- Utente que realizou auto-colheita de material biológico: deve ser agendado contacto com profissional de saúde para realização de uma nova colheita de material biológico, do colo do útero, para esta avaliação, até 15 dias depois de validado o resultado.
Se:
i. Resultado negativo, indicação para repetir teste de rastreio primário em 1 ano;
ii. Resultado positivo, referenciação para Unidade de Patologia Cervical (UPC)

d) Teste inconclusivo: indicação para repetir teste de rastreio primário, com colheita por profissional de
saúde

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20
Q

Rastreio do cancro do colo do útero - fluxograma

A

População elegível -> população a rastrear -> teste primário de rastreio
- auto-colheita
- colheita por profissional de saúde
(em ambos os anteriores:
. inconclusivo: assim que possível colheita por profissional de saúde
. negativo: rastreio em 5 anos
. positivo HPV 16 ou 18: (tempo máximo de resposta 30 dias seguidos) unidade de patologia cervical
. positivo HPV não 16 ou 18: em 15 dias, colheita por profissional de saúde, se auto-colheita -> imunoquímica p16/Ki67
. se neg: repete exame em 1 ano
. se positivo: (tempo máximo de resposta 30 dias seguidos) unidade de patologia cervical

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21
Q

Rastreio do cancro da mama - população

A

População do sexo feminino, [50 – 69] anos [NOTA: possibilidade de alargamento – 45 aos 74 anos]

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22
Q

Rastreio do cancro da mama - teste

A

mamografia com dupla leitura, a realizar de 2/2 anos

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23
Q

Rastreio do cancro da mama - critérios de exclusão definitiva

A

mastectomia prévia e o diagnóstico prévio de cancro da mama

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24
Q

Rastreio do cancro da mama - critérios de exclusão temporária

A

Realização de mamografia, com resultado normal, nos 2 anos anteriores, presença de próteses mamárias, existência de processos inflamatórios ativos ou gravidez ou aleitamento

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25
Q

Rastreio do cancro da mama - BIRADS 1 ou 2

A

Utentes com mamografias classificadas com BI-RADS 1 ou 2 repetem a mamografia em 2 anos

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26
Q

Rastreio do cancro da mama - BIRADS 3

A

Utentes com mamografias classificadas com BI-RADS 3 devem ser referenciadas para consulta de aferição,
bem como os resultados díspares em dupla leitura (recomendada repetição de mamografia em 6 meses)

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27
Q

Rastreio do cancro da mama - BIRADS 4 ou 5

A

Utentes com mamografias classificadas com BI-RADS 4 ou 5 devem ser referenciadas para consulta de patologia mamária

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28
Q

Rastreio do cancro do cólon e reto (CCR) - população

A

População de ambos os sexo, [50 – 74] anos

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29
Q

Rastreio do cancro do cólon e reto (CCR) - teste

A

PSOF, pelo método imunoquímico, a realizar de 2/2 anos

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30
Q

Rastreio do cancro do cólon e reto (CCR) - critérios de exclusão definitiva

A

diagnóstico de CCR, de doença inflamatória intestinal ou de síndromes
heredofamiliares relacionados com o CCR

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31
Q

Rastreio do cancro do cólon e reto (CCR) - critérios de exclusão temporária

A

existência de queixas gastrointestinais, nomeadamente alterações
significativas do trânsito gastrointestinal nos últimos 6 meses ou a evidência de hemorragia digestiva, bem
como a realização de colonoscopia normal nos últimos 10 anos ou de retosigmoidoscopia normal nos últimos 5 anos

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32
Q

Rastreio do cancro do cólon e reto (CCR) - se PSOF positiva…

A

Aos casos positivos deve ser proposta a realização de colonoscopia total, a qual deve obedecer a critérios de
qualidade, incluindo a adequada preparação cólica, intubação cecal e visualização de todos os segmentos, assim como uma taxa de deteção de pólipos de acordo com os parâmetros estabelecidos

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33
Q

2 exemplos de rastreios não oncológicos organizados de base populacional

A

Rastreio de saúde visual infantil

Rastreio da retinopatia diabética

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34
Q

Rastreio Saúde Visual Infantil - objetivo

A

identificar todas as crianças com alterações oftalmológicas capazes de provocar ambliopia

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35
Q

Rastreio Saúde Visual Infantil - população

A
  • Completar 2 anos de idade no semestre
  • Completar 4 anos de idade no semestre
    o não realizaram rastreio aos 2 anos de idade
    o tiveram rastreio negativo aos 2 anos de idade
    o tendo tido um rastreio positivo aos 2 anos de idade, a causa de ambliopia não se confirmou no exame
    realizado por oftalmologista
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36
Q

Rastreio Saúde Visual Infantil - critério de exclusão

A

crianças acompanhadas em consulta hospitalar de oftalmologia com ou sem tratamento

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37
Q

Rastreio Saúde Visual Infantil - resultados

A
  • Negativo: sem alterações a necessitarem de observação oftalmológica
  • Positivo: com alterações a necessitarem de observação oftalmológica → encaminhados para consulta hospitalar
  • Não classificável: exame de má qualidade ou inadequado devendo ser repetido
38
Q

Rastreio Saúde Visual Infantil - resultado não mensurável

A

Não mensurável: excecionalmente, o equipamento pode não conseguir obter valores da medição da refração,
apesar da criança ser colaborante, facto assinalado pelo técnico executor do exame → criança é encaminhada
para observação em consulta hospitalar, para esclarecimento das razões impeditivas da medição do erro refrativo

39
Q

Rastreio Saúde Visual Infantil - resultados positivos

A

o Hipermetropia ≥ 2,0 D, astigmatismo ≥ 2,0 D, miopia ≥ 2,0 D e anisometropia (diferença do erro refrativo entre os 2 olhos) ≥ 1,5 D

o Desvio dos eixos visuais (estrabismo)

40
Q

Rastreio da Retinopatia Diabética - teste

A

Retinografia (2 retinografias por olho, uma centrada na mácula e outra na papila)

41
Q

Rastreio da Retinopatia Diabética - população

A

Pessoas com diabetes são convidadas a realizar retinografia

42
Q

Rastreio da Retinopatia Diabética - critérios de exclusão

A
  • Amaurose bilateral;
  • Registo de pelo menos uma consulta de oftalmologia, nos últimos 6 meses;
  • Diagnóstico prévio de RD, com exceção dos doentes com retinopatia não proliferativa mínima, que
    devem repetir rastreio anual;
  • Limitação funcional não permite a realização de retinografia, sendo as mesmas acompanhadas em
    consulta anual de oftalmologia
43
Q

Rastreio da Retinopatia Diabética - periodicidade

A

Anual, exceto:
o Pessoas com DM tipo 1: primeiro rastreio é feito 5 anos após o diagnóstico de diabetes;
o Mulheres com diabetes que estejam grávidas ou que desejem engravidar:
- Devem ser orientadas para consulta de oftalmologia. Primeira observação deve ser realizada antes de
engravidar ou, no máximo, no 1.ºT de gravidez; a periodicidade das reavaliações deve ser decidida pelo oftalmologista, em função do quadro clínico

44
Q

Rastreio da Retinopatia Diabética - leitura das retinografias

A

o Doentes com retinografia normal (sem lesões de RD), são convocados para novo rastreio um ano depois

o Doentes com retinografia anormal são referenciados na plataforma eletrónica para os Centros de Leitura
Humana e Referenciação de Retinopatia Diabética (CLHR-RD): constituídos por oftalmologistas, que realizam a leitura e fazem o diagnóstico com estadiamento da RD

45
Q

Rastreio da Retinopatia Diabética - Estadiamento pelo CLHR-RD: R0

A

Sem RD aparente
- Repete rastreio ao fim de um ano

46
Q

Rastreio da Retinopatia Diabética - Estadiamento pelo CLHR-RD: R1

A

RD não proliferativa mínima
- Repete rastreio ao fim de um ano

47
Q

Rastreio da Retinopatia Diabética - Estadiamento pelo CLHR-RD: R2

A

RD não proliferativa moderada
- Consulta de RD num período < 2 meses

48
Q

Rastreio da Retinopatia Diabética - Estadiamento pelo CLHR-RD: R3

A

RD não proliferativa grave
ou
RD proliferativa
- Consulta de RD num período < 1 mês

49
Q

Rastreio da Retinopatia Diabética - Estadiamento pelo CLHR-RD: M1

A

Maculopatia
- Consulta de RD num período < 1 mês

50
Q

Rastreio da Retinopatia Diabética - Estadiamento pelo CLHR-RD: V1

A

RD proliferativa de alto risco, hemovitreo
ou Descolamento Retina tracional
- Consulta de RD num período < 15 dias

51
Q

Rastreio da Retinopatia Diabética - Estadiamento pelo CLHR-RD: ICN

A

Inconclusivo ou comorbilidades
- Consulta de Oftalmologia geral

52
Q

Rastreio Neonatal - teste

A

Teste: amostra de sangue do pé (calcanhar) do RN recolhido preferencialmente entre o 3.º e o 6.º dias
de vida, aplicado em papel de filtro contido no cartão de Guthrie

53
Q

Rastreio Neonatal - população

A

Crianças nascidas em Portugal independentemente da nacionalidade

54
Q

Rastreio Neonatal - doenças rastreadas

A

Hipotiroidismo congénito, fibrose quística + doenças hereditárias do metabolismo (aminoacidopatias; acidúrias orgânicas; doenças do ciclo da ureia; doenças hereditárias da βoxidação dos ácidos gordos)

55
Q

Rastreio Neonatal - início de estudo piloto com inclusão de rastreio de…

A

Atrofia Muscular Espinal

56
Q

Rastreio Auditivo Universal do RN - teste

A

utilização de métodos fisiológicos (otoemissões acústicas e/ou potenciais evocados auditivos)
em ambos os ouvidos

57
Q

Rastreio Auditivo Universal do RN - população

A

Todas as crianças devem ser testadas ao nascer ou, no máximo até 30 dias de vida

O processo de confirmação do diagnóstico da surdez deverá estar completo até aos 3 meses de idade e a
intervenção deverá iniciar-se até aos seis meses

58
Q

Rastreio Auditivo Universal do RN - resultados

A

A metodologia utilizada deve detetar todas as crianças com perda auditiva igual ou superior a 35 dB HL
no melhor ouvido

59
Q

Rastreio Auditivo – indicadores de risco para surdez: Recém-nascidos (do nascimento até aos 28 dias)

A

– história familiar de deficiência auditiva congénita
– infecção congénita (sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, e herpes)
– anomalias crânio-faciais (malformações de pavilhão auricular, meato acústico externo, ausência de filtrum nasal, implantação baixa da
raiz do cabelo)
– peso ao nascimento inferior a 1500 g
– hiperbilirrubinémia (níveis séricos indicativos de exsanguineo-transfusão)
– medicação ototóxica por mais de 5 dias (aminoglicosídeos ou outros, associados ou não aos diuréticos de ansa)
– meningite bacteriana
– índice de Apgar de 0-4 no 1º minuto ou 0-6 no 5º minuto
– ventilação mecânica por período igual ou superior a 5 dias
– sinais ou síndromes associadas à deficiência auditiva de condução ou neurossensorial
(Nota: grande parte destes RN provêm das Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais - UCIN)

60
Q

Rastreio Auditivo – indicadores de risco para surdez: crianças até aos dois anos

A

– preocupação/suspeita dos pais em relação ao desenvolvimento da fala, linguagem ou audição.
– meningite bacteriana e outras infecções associadas com perda auditiva neurossensorial.
– traumatismo crânio-encefálico acompanhado de perda de consciência ou fractura de crânio.
– estigmas ou sinais de síndromes associadas a perdas auditivas de condução e/ou neurossensoriais.
– medicamentos ototóxicos (incluindo, mas não limitados a agentes quimioterápicos ou aminoglicosídeos, associados ou não a diuréticos de ansa)
– otite média de repetição/persistente, com efusão por períodos de pelo menos 3 (três) meses

61
Q

Rastreio Auditivo – indicadores de risco para surdez: crianças que necessitam acompanhamento até os 3 anos de idade

A

– Alguns RN podem passar no rastreio auditivo, mas necessitam acompanhamento periódico pois têm risco aumentado de apareci mento
tardio de perda auditiva neurossensorial ou de condução.
– Crianças com indicadores abaixo referidos, requerem avaliação a cada 6 (seis) meses

62
Q

Rastreio Auditivo – indicadores de risco para surdez: indicadores associados ao aparecimento tardio de perdas neurossensoriais

A

– história familiar de perda auditiva tardia na infância.
– infecções congénitas (rubéola, sífilis, herpes, citomegalovírus, toxoplasmose).
– neurofibromatose tipo II e doenças neurodegenerativas

63
Q

Rastreio Auditivo – indicadores de risco para surdez: indicadores associados ao aparecimento tardio de perdas de condução

A

– otite média de repetição/recorrente ou persistente com derrame.
– deformidades anatómicas e outras desordens que afectam a função da trompa de Eustáquio.
– doenças neurodegenerativas

64
Q

Rastreios NÃO Oncológicos Oportunísticos (6)

A

Hipertensão arterial

Osteoporose

Aneurisma da aorta abdominal

Dislipidemia

Diabetes

Cardiopatias congénitas

65
Q

Rastreio da HTA em Adultos - PA otimizada < 120/80

A

Repetir a medição da PA
pelo menos cada 5 anos

66
Q

Rastreio da HTA em Adultos - se PA normal 120-129/80-84

A

Repetir a medição da PA pelo menos cada 3 anos

67
Q

Rastreio da HTA em Adultos - se PA normal alta 130-139/85-89

A

Considerar a hipertensão
mascarada -> medição da PA fora do consultório (MAPA ou AMPA)
- repetir a medição da PA pelo menos 1 vez por ano

68
Q

Rastreio da HTA em Adultos - indivíduos com > 50
anos,…

A

Considerar rastreio mais frequente

69
Q

Rastreio da Diabetes em Adultos - teste

A

glicose em jejum

70
Q

Rastreio da Diabetes em Adultos - população

A

o Adultos com excesso de peso ou obesidade (IMC ≥25 kg/m2 ou ≥23 kg/m2 em Americanos Asiáticos) que
tenham ≥1 dos seguintes fatores de risco:
- Familiares de 1º grau com diabetes;
- Raça/etnia de alto risco (pex. Afro-Americanos, Latinos, Americanos nativos, Asiáticos-americanos; naturais das Ilhas do Pacífico);
- História de doença cardiovascular;
- Hipertensão (≥ 130/80 mmHg ou com terapêutica anti-HTA);
- Nível de colesterol HDL < 35mg/dL e/ou nível de TG > 250mg/dL;
- Mulher com SOP;
- Sedentarismo;
- Outra condição associada a insulino-resistência (obesidade severa, acantose nigricans)

o Adultos com pré-diabetes (HbA1c ≥ 5,7%, TDG, AGJ)

o Mulheres com antecedentes de diabetes gestacional;

o Infeção VIH, exposição a fármacos de alto risco (corticóide, estatinas, diuréticos tiazídicos, antiretrovirais,
antipsicóticos de 2.ªG), história de pancreatite;

o Todos os outros adultos, devem iniciar rastreio a partir dos 35 anos

71
Q

Rastreio da Diabetes em Adultos - periodicidade

A

o Anual: adultos com hiperglicemia intermédia/pré diabetes

o Pelo menos a cada 3 anos: todos os outros adultos, se resultado normal (incluindo mulheres com antecedentes de diabetes gestacional - NOC aconselha realização anual de glicemia plasmática em jejum). Considerar maior frequência dependendo dos resultados iniciais e do status de risco

72
Q

Rastreio da Diabetes em Adultos - resultados da glicemia em jejum

A

o < 100: normal;
o ≥ 100 e < 126: hiperglicemia intermedia (NOC considera cut-off e 110mg/dl como hiperglicemia intermédia)
o ≥ 126: diabetes mellitus

o Se hiperglicemia intermédia → indicação para realizar PTOG:
❖ Glicemia em jejum: ≥ 100 e < 126 → Anomalia da Glicose em Jejum (AGJ);
❖ Glicemia às 2h: ≥ 140 e < 200 → Tolerância Diminuída à Glicose (TDG)

73
Q

Rastreio da Diabetes em Adultos - ficha de avaliação de risco (objetivo)

A

Avaliação de risco tem como objetivo identificar e
intervir nas pessoas com risco elevado de Diabetes

74
Q

Rastreio da Diabetes em Adultos - ficha de avaliação de risco (descrição e pontuação)

A

Idade
- 0 pontos: menos de 45 anos
- 2 pontos: 45-54 anos
- 3 pontos: 55-64 anos
- 4 pontos: mais de 64 anos

Índice de Massa Corproal
- 0 pontos: menos de 25
- 1 ponto: 25-30
- 3 pontos: mais de 30

Medida da cintura (normalmente ao nível do umbigo)
Homens
- 0 pontos: menos de 94 cm
- 3 pontos: 94-102 cm
- 4 pontos: mais de 102 cm
Mulheres
- 0 pontos: menos de 80 cm
- 3 pontos: 80-88 cm
- 4 pontos: mais de 88 cm

Pratica diariamente atividade física pelo menos durante 30 minutos no trabalho ou durante o tempo livre (incluindo atividades da vida diária)?
- 0 pontos: sim
- 2 pontos: não

Com que regularidade come vegetais e/ou fruta?
- 0 pontos: todos os dias
- 1 ponto: às vezes

Toma regularmente ou já tomou alguma medicação para a hipertensão arterial?
- 0 pontos: não
- 2 pontos: sim

Alguma vez teve açúcar elevado no sangue (ex. num exame de saúde, durante um período de doença ou durante a gravidez)?
- 0 pontos: não
- 5 pontos: sim

Tem algum membro de família próxima ou outros familiares a quem foi diagnosticado diabetes (tipo 1 ou tipo 2)?
- 0 pontos: não
- 3 pontos: sim - avós, tias, tios ou primos de 1º grau (exceto pais, irmãos, irmãs ou filhos)
- 5 pontos: sim - pais, irmãos, irmãs ou filhos

Nível de risco total:
o risco de vir a ter diabetes tipo 2 dentro de 10 é … pontos
- <7: baixo, calcula-se que 1 em 100 desenvolverá a doença
- 7 a 11: sensivelmente elevado, calcula-se que 1 em 25 desenvolverá a doença
- 12 a 14: moderado, calcula-se que 1 em 6 desenvolverá a doença
- 15 a 20: alto, calcula-se que 1 em 3 desenvolverá a doença
- > 20: muito alto, calcula-se que 1 em 2 desenvolverá a doença

75
Q

Rastreio da Diabetes em Adultos - avaliação do risco a 10 anos de DM2: abordagem se < 11 (baixo/ligeiro)

A

Reavaliação a 3 anos

76
Q

Rastreio da Diabetes em Adultos - avaliação do risco a 10 anos de DM2: abordagem se 12-14 (moderado)

A

Educação para a saúde

Avaliação + correção de fatores de risco

Reavaliação anual

77
Q

Rastreio da Diabetes em Adultos - avaliação do risco a 10 anos de DM2: abordagem se > 15 (alto/muito alto)

A

60 dias seguintes:
- consulta de enfermagem e consulta médica
- educação para a saúde + correção de fatores de risco
- alimentação
- exercício físico
- cessação tabágica obrigatória
- glicemia em jejum
. < 126 mg/dl: PTGO
. >= 126 mg/dl: DM2 provável (confirmar)

78
Q

Rastreio da Diabetes em Crianças/Adolescentes - teste

A

glicose em jejum

79
Q

Rastreio da Diabetes em Crianças/Adolescentes - população

A

Crianças/jovens (no início da puberdade ou a partir dos 10 anos, o que ocorrer 1.º) com excesso de peso (Percentil ≥85) ou obesidade (Percentil ≥95) que tenham ≥1 dos seguintes fatores de risco:
- História materna de diabetes ou DG durante a gestação da respetiva criança/jovem;
- História familiar de DM2 em familiares de 1.º ou 2.º grau;
- Raça/etnia (pex. Afro-Americanos, Latinos, Americanos nativos, Asiáticos-americanos;
naturais das Ilhas do Pacífico);
- Sinais de insulinoresistência ou condições associadas com insulina resistência
(acantose nigricans, hipertensão, dislipidemia, SOP ou pequenos para a idade estacional)

80
Q

Rastreio da Diabetes em Crianças/Adolescentes - periodicidade

A

Pelo menos a cada 3 anos, se teste N: Considerar maior frequência se IMC aumentar ou se o status de risco deteriorar

81
Q

Rastreio da Dislipidemia - teste

A

perfil lipídico com 12h de jejum (CT, TG, c‐HDL e c‐LDL)

82
Q

Rastreio da Dislipidemia - população

A

o DCV aterosclerótica clinicamente evidente

o Diabetes mellitus

o História familiar de DCV prematura: indivíduos do sexo masculino < 55 anos ou do sexo feminino <65 anos de idade

o História familiar de dislipidemia familiar

o Doença inflamatória crónica (ex: artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistémico, psoríase)

o DRC com TFG < 60 mL/min/1,73m2

o Fatores de risco clássicos para DCV, para além de diabetes mellitus:
- Hábitos tabágicos
- HTA
- IMC ≥ 30 kg/m2 ou perímetro da cintura ≥ 94 cm nos homens e ≥ 80 cm nas mulheres

o Doentes sem fatores de risco cardiovascular identificados nem DCV conhecida: homens com idade ≥ 40 anos e mulheres com idade ≥ 50 anos ou na pós-menopausa

83
Q

Rastreio da Dislipidemia - periodicidade

A

se c-LDL não alterado - repetir em 5 anos se SCORE < 1%; anualmente se SCORE ≥ 1 e <10%

84
Q

Rastreio das Dislipidemias em Crianças - teste

A

perfil lipídico com 12h de jejum (CT, TG, c‐HDL e c‐LDL)

85
Q

Rastreio das Dislipidemias em Crianças - população

A

o Crianças entre os 2 e 4 anos com antecedentes familiares (1.º e 2.º graus) de:
-DCV precoce: angor ou EAM; AVC; doença arterial periférica; morte súbita.
-Perfil lipídico alterado: colesterol total (CT) > 240 mg/dl e/ou LDL-c > 130 mg/dl e/ou TG >170 mg/dl
e/ou HDL-c < 35 mg/dl

o Qualquer criança ou adolescente com antecedentes pessoais de excesso de peso, obesidade, diabetes mellitus, HTA, doenças renais, doenças cardíacas, doenças hormonais e/ou de metabolismo e, ainda, com
terapêuticas prolongadas com fármacos hiperlipidemiantes (corticóides, antidepressivos,
anticonvulsivantes, beta-bloqueantes, tuberculostáticos, contracetivos orais, derivados do ácido retinóico, antiretrovirais)

o É desejável o rastreio acima dos 2 anos nas crianças e adolescentes sem os critérios anteriores (poderá ser realizado quando houver necessidade de efetuar análises para outros fins)

86
Q

Rastreio das Dislipidemias em Crianças - periodicidade

A

uma ou duas determinações na idade pediátrica, ou seja, uma determinação por cada década de vida

87
Q

Rastreio das Dislipidemias em Crianças - valores de referência

A

valores plasmáticos de CT e/ou LDL-c e/ou TG se encontram > percentil 95 e/ou HDL-c <P5, para a idade e sexo

Proposta da National Cholesterol Education Program (NCEP) para identificação de
crianças e adolescentes com valores anormais:
- normal (<P75): CT < 170 e LDL-c < 110
- borderline (P75-P95): CT 170-199 e LDL-c 110-129
- elevado (>P95): CT >= 200 e LDL-c >= 130

American Heart Association recomenda os valores de TG > 150 mg/dl e de HDL-c < 35 mg/dl como referência

88
Q

Rastreio das Dislipidemias em Crianças - abordagem

A

o Crianças ou adolescentes com dislipidemia: iniciar dieta adequada e exercício físico regular e referenciar a
consulta especializada

o Crianças ou adolescentes com perfil lipídico borderline: referenciar a consulta especializada de
dislipidemia, se mantiver valores alterados após 4 a 6 meses de dieta adequada e exercício físico regular

89
Q

Rastreio de Cardiopatias Congénitas - teste e população

A

rastreio de CC por oximetria de pulso, antes da alta da maternidade (idealmente
após as primeiras 24h de vida) - teste não invasivo, não doloroso, fácil de executar, com grande
fiabilidade na avaliação da hipoxémia

90
Q

Rastreio de Cardiopatias Congénitas - como fazer o teste e resultado

A

A SatO2 deverá ser obtida na mão direita (saturação de oxigénio pré-ductal) e num dos pés (pósductal), devendo ser valorizada a diferença entre ambos. O objetivo seria obter um valor >95% nos 2
membros com um diferencial < 3% entre ambos

91
Q

Rastreio de Cardiopatias Congénitas - perante rastreio positivo…

A

Perante um rastreio positivo impõe-se a realização de ecografia cardíaca para exclusão de CC, patologia pulmonar ou infeciosa

92
Q
A