SIJ - Consultas de vigilância por idade chave Flashcards

1
Q

1ª consulta - S do SOAP

A
  • História obstétrica materna: vigilância e intercorrências da gravidez |alterações analíticas e ecográficas
  • História familiar: luxação congénita da anca (LCA) | patologia oftalmológica (estrabismo, cataratas ou retinoblastoma)| patologia auditiva
  • Parto: tipo | idade gestacional | índice de Apgar (ao 1º/5º/10º minuto) | intercorrências (asfixia perinatal, trauma de
    parto,…) | antropometria ao nascimento: peso, comprimento, perímetro cefálico)
  • Rastreio auditivo neonatal: data e resultado obtido (eventual necessidade de repetição)
  • Rastreio neonatal de doenças metabólicas: colheita entre o 3º e o 6º dia de vida
  • Outros rastreios: rastreio de cardiopatias congénitas por oximetria de pulso |rastreio oftalmológico neonatal – luar pupilar
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2
Q

Rastreio auditivo neonatal

A

Para identificação de crianças com perda auditiva
antes dos 30 dias e início de intervenção até aos 6 meses

Maternidade OEA/PEATC
- passa: informação à familia e pediatra
- refere: 2ª fase OEA/PEATC 2ª semana
. se passa: informação à familia e pediatra
. se refere: 3ª fase

3ª fase: ORL, impedância, PEATC
- audição normal
- deficiência auditiva: intervenção apropriada antes dos 6 meses

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3
Q

1ª consulta - O do SOAP

A
  • Exame do recém-nascido (RN)
  • Avaliar o grau de satisfação do principal cuidador e a adaptação da família às novas rotinas (Sinal de alarme – Falta de interesse no bebé, desespero, ideação suicida, …)
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4
Q

Exame do recém-nascido - peso

A

o Perda ponderal até 7% do peso de nascimento

o Recuperação aos 10 a 14 dias de vida

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5
Q

Exame do recém-nascido - pele

A

o Alterações fisiológicas do recém-nascido: lesões traumáticas; fenómenos vasculares; alterações da pigmentação (manchas mongólicas, hiperpigmentação epidérmica transitória)

o Alterações transitórias do recém-nascido: eritema tóxico do recém-nascido; pustulose melânica neonatal
transitória

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6
Q

Pele - alterações fisiológicas do recém-nascido

A

Lesões traumáticas; fenómenos vasculares; alterações da pigmentação
(manchas mongólicas, hiperpigmentação epidérmica transitória

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7
Q

Pele - alterações transitórias do recém-nascido

A

Eritema tóxico do recém-nascido; pustulose melânica neonatal transitória

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8
Q

Exame do recém-nascido - cabeça

A

o Tamanho e forma

o Avaliação da fontanela anterior e posterior (tamanho, tensão e pulsatilidade)

o Pesquisa de dismorfias (ex. baixa implantação das orelhas)

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9
Q

Exame do recém-nascido (RN) - visão

A

o Exame ocular externo;

o Reflexo pupilar vermelho: avaliar cor, brilho e simetria;

o Fixação | Seguimento (olho de boi);

o Alertas: prematuridade; leucocória

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10
Q

Exame do recém-nascido (RN) - audição

A

Avaliar comportamento em resposta a sons altos e súbitos (ex.: bater palmas, fechar subitamente a porta, sinos)
-> Reação válida: piscar os olhos, franzir sobrancelhas, midríase, entre outros

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11
Q

Exame do recém-nascido (RN) - cavidade oral

A

Pesquisa fendas palatinas, freios curtos da língua, úvula bífida

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12
Q

Exame do recém-nascido (RN) - auscultação cardíaca e pulmonar

A

Nos primeiros dias após o nascimento, a maioria dos recém-nascidos tem sopros habitualmente transitórios e
benignos

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13
Q

Exame do recém-nascido (RN) - abdómen

A

Palpação abdominal e avaliação do coto umbilical

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14
Q

Exame do recém-nascido (RN) - pulsos e hérnias

A

Pesquisa de pulso femurais e eventuais hérnias inguino-escrotais

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15
Q

Exame do recém-nascido (RN) - coluna

A

defeitos tubo neural; mielomeningocelo; fosseta sacro-coccígea

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16
Q

Exame do recém-nascido (RN) - avaliação da região genital

A

o Pesquisa de coalescência de pequenos lábios

o Pesquisa dos testículos nas bolsas escrotais

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17
Q

Exame do recém-nascido (RN) - anca

A

o Manobras de Ortolani e Barlow

o Limitação da abdução das ancas

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18
Q

Exame do recém-nascido (RN) - exame neurológico sumário

A

o Decúbito ventral;

o Decúbito dorsal;

o Tração;

o Apoiado em posição sentada;

o Em suspensão ventral;

o Pesquisa de reflexos arcaicos (Moro, sucção, pontos cardeais, preensão palmar e marcha automática)

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19
Q

Exame do RN deve começar…

A

Pela observação geral:
o pele rosada
o braços e pernas em flexão
o chora vigorosamente quando estimulado
o move todas as extremidades igualmente

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20
Q

Pequeno para a idade gestacional

A

Peso ao nascer <P10

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21
Q

Grande para a idade gestacional

A

Peso ao nascer >P90

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22
Q

Sinais vitais normais em RN de termo

A

Frequência cardíaca 120 a 160 batimentos por minuto
- pode diminuir durante o sono

Frequência respiratória 40 a 60 respirações por minuto

Pressão arterial sistólica 60 a 90 mmHg (varia com a IG)

Temperatura 36,5 °C a 37,5 °C
- o excesso de agasalho pode elevar a temperatura, pelo que a medição deve ser repetida após um período de desagasalhamento; no entanto, não fornecer calor apropriado pode resultar numa temperatura baixa; uma temperatura baixa pode também indicar infeção ou uma anomalia metabólica ou eletrolítica

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23
Q

Parâmetros antropométricos em RN de termo

A

Feminino 3,5 kg; intervalo: 2,8 a 4,0 kg

Masculino 3,6 kg ; intervalo: 2,9 a 4,2 kg

Comprimento 51 cm; intervalo: 48 a 53 cm

Perímetro cefálico 35 cm; intervalo: 33 a 37 cm

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24
Q

Várias lesões podem estar presentes na pele do RN

A

o frequentemente são alterações benignas

o importante visualizar toda a superfície da pele à tranquilizar os pais

o hematomas e petéquias, são habituais, normalmente resolvem com o tempo

o Icterícia -> tipicamente benigna
- risco de kernicterus e encefalopatia aguda por bilirrubina
- níveis de bilirrubina devem ser avaliados cuidadosamente

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25
Q

Achados comuns na pele do RN - mancha de salmão

A

Dilatações capilares rosa-avermelhadas maculares, frequentemente bilaterais; desaparecem ao longo do tempo

Localização - testa, pálpebra superior, nuca (mordida de cegonha)

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26
Q

Achados comuns na pele do RN - mancha de vinho do
Porto

A

Roxo escuro ou vermelho, malformação capilar; geralmente não desbota -> encaminhar oftalmologia se perto do olho

Localização não específica

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27
Q

Achados comuns na pele do RN - hemangioma

A

Tumor vascular benigno (aumento do crescimento de células endoteliais); frequentemente benigno e auto-involutivo

Localização não específica

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28
Q

Achados comuns na pele do RN - eritema tóxico

A

Pápulas cor de carne com base eritematosa, contém eosinófilos, resolve na primeira semana

Localização - difuso (face e tronco)

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29
Q

Achados comuns na pele do RN - melanose pustulosa

A

Pústulas sem eritema, contêm neutrófilos, rutura e deixam máculas hiperpigmentadas que podem persistir por meses

Localização - difuso (testa, queixo, pescoço, costas)

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30
Q

Achados comuns na pele do RN - mília

A

Pápulas brancas (cistos epidérmicos com queratina); resolução espontânea nas primeiras semanas de vida

Localização - nariz

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31
Q

Achados comuns na pele do RN - manchas mongólicas
(melanocitose dérmica)

A

Máculas cinza-azuladas até 10 cm, mais comuns em negros, nativos americanos e hispânicos; desaparecem pelos 4 anos

Localização - comum na região sagrada

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32
Q

Achados comuns na pele do RN - manchas café com leite

A

Mácula castanha-clara, provavelmente benigna; pode ser sinal precoce de neurofibromatose ou S. McCune-Albright

Localização inespecífica

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33
Q

Achados comuns na pele do RN - Cutis Marmorata

A

Manchas reticulares causadas pela resposta vascular ao frio; geralmente resolve com calor

Localização - normalmente localizado nos membros inferiores

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34
Q

Exame do RN - cabeça: passo 1

A

Avaliar o tamanho geral

Se gestação de 40 semanas à perímetro cefálico (PC) médio é de 35 cm (33 a 37 cm, percentil 10 a percentil 90)

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35
Q

Exame do RN: microcefalia - definição

A

Diminuição do PC | <P2 | <2 DP da média

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36
Q

Microcefalia - 3 causas

A

o malformação do sistema nervoso central (ex.: defeito do tubo neural)

o infeção (ex.: toxoplasmose, CMV)

o síndrome genética (ex.: trissomia 13 e síndrome 18, síndrome alcoólica fetal)

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37
Q

Exame do RN: macrocefalia - definição

A

Aumento do PC | >P98 | >2 DP da média

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38
Q

Macrocefalia - 2 causas

A

o hereditário

o distúrbio do sistema nervoso central (ex.: hidrocefalia, tumor cerebral) -> esclarecer com imagem

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39
Q

Exame do RN - cabeça: avaliação (2 passos)

A

PASSO 1: avaliar o tamanho geral

PASSO 2: avaliar fontanelas e suturas e a forma da cabeça para assimetria

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40
Q

Exame do RN - cabeça: passo 2

A

Avaliar fontanelas e suturas e a forma da cabeça para assimetria

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41
Q

Exame do RN - cabeça: fontanelas e suturas

A

Devem ser palpadas com o RN em posição ortostática

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42
Q

Fontanela anterior (FA) - tamanho

A

3 a 6 cm de diâmetro

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43
Q

Fontanela anterior (FA) - quando fecha?

A

Geralmente fecha entre os 10 e os 24 meses

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44
Q

Fontanela posterior (FP) - tamanho

A

1 a 1,5 cm de diâmetro

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45
Q

Fontanela posterior (FP) - quando deixa de ser palpada?

A

Geralmente não pode ser
palpada após os 2 meses

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46
Q

Caraterísticas das fontanelas

A

macias (normotensas) e relativamente planas

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47
Q

Pulsações visíveis/palpáveis na FA

A

Comuns (no choro ou no
bebé agitado, especialmente visíveis)

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48
Q

Fontanelas - pulsações fortes/tensão persistente

A

Podem indicar aumento da
pressão intracraniana

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49
Q

FA deprimida ou afundada

A

desidratação ou desnutrição

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50
Q

Idade para fecho das suturas - metópica

A

2 meses

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51
Q

Idade para fecho das suturas - sagital

A

22 meses

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52
Q

Idade para fecho das suturas - coronal

A

24 meses

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53
Q

Idade para fecho das suturas - lambdoide

A

26 meses

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54
Q

Idade para fecho das suturas - palato

A

30 a 35 meses

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55
Q

Idade para fecho das suturas - frontonasal

A

68 meses

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56
Q

Idade para fecho das suturas - frontozigomático

A

72 meses

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57
Q

Idade para fecho das fontanelas - posterior

A

2 meses

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58
Q

Idade para fecho das fontanelas - anterior lateral

A

3 meses

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59
Q

Idade para fecho das fontanelas - posterior lateral

A

1 ano

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60
Q

Idade para fecho das fontanelas - anterior

A

2 anos

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61
Q

Fontanela anterior aumentada

A

Pode indicar aumento pressão intracraniana,
trissomias, hipofosfatémia, ou hipotiroidismo congénito

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62
Q

Fontanelas em RN em microcefalia

A

FA e FP são pequenas em RN com microcefalia

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63
Q

Sutura metópica

A

Separa os 2 ossos frontais

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64
Q

Sutura coronal

A

Separa os ossos parietais dos ossos frontais

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65
Q

Sutura sagital

A

Separa os ossos parietais

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66
Q

Sutura lambdoide

A

Separa o osso parietal do osso occipital

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67
Q

Exame do RN: cabeça - maioria das assimetrias

A

Pressões pré-natais -> resolução espontânea nos primeiros meses de vida

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68
Q

Craniossinostose - frequência

A

1 em cada 1.000 RN

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69
Q

Craniossinostose - definição

A

sutura fundida prematuramente

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70
Q

Craniossinostose - consequência

A

limita crescimento do crânio numa direção perpendicular à sutura, enquanto o crescimento pode continuar em outras direções

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71
Q

Craniossinostose - causa

A

± 20% dos casos: mutações num gene específico ou
anormalidades cromossómicas

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72
Q

Exame do RN - cabeça: 3 exemplos de assimetrias

A

Plagiocefalia anterior sinostótica - sutura unicoronal fundida

Plagiocefalia com deformação posterior - todas as suturas abertas

Plagiocefalia posterior sinostótica - sutura lamdboide fundida

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73
Q

Exame do RN - cabeça: caput succedaneum

A

Edema de couro cabeludo que não é limitado por linhas de sutura
* muitas vezes tem marcada petequiais | diminui ao longo do tempo: maioria resolve em 48 horas

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74
Q

Exame do RN - cabeça: cefalohematoma

A

Lesão de vaso sanguíneo subperiósteo e limitado por linhas de sutura
* fator de risco para icterícia e sépsis | pode piorar em 48 horas: pode demorar 3 a 4 meses para reabsorver
totalmente

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75
Q

Exame do RN - olhos: deve incluir…

A

A avaliação do RN deve incluir observar:
o a cor dos olhos; tamanho da pupila; aparência da conjuntiva, esclerótica e pálpebra; movimento dos olhos; espaçamento entre os olhos

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76
Q

Exame do RN - olhos: dobras epicânticas e elevação das fissuras palpebrais

A

Associadas com Síndrome de Down

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77
Q

Exame do RN - olhos: colobomas

A

Podem associar-se com vários síndromes, incluindo polimalformativos -> Observação por OFT

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78
Q

Exame do RN - olhos: hipertelorismo e hipotelorismo

A

Hipertelorismo (aumento do espaço entre os olhos) e hipotelorismo (diminuição do espaço entre os olhos) ->
frequentemente associados a doença genética

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79
Q

Exame do RN - olhos: teste do reflexo vermelho (descrição)

A
  • realizado usando um oftalmoscópio, com a potência da lente ajustada em 0
  • o examinador estando a aproximadamente 45 cm de distância
  • luz projetada em ambos os olhos simultaneamente
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80
Q

Exame do RN - olhos: teste do reflexo vermelho (resultado)

A
  • reflexo vermelho: é normal se simétrico em ambos os olhos | sem opacidades, manchas brancas ou escuras
  • cor do reflexo: ≠ entre grupos étnicos (quantidades pigmentação ≠ no fundo ocular) à não deve ser branco
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81
Q

Exame do RN - olhos: teste do reflexo vermelho (3 possíveis resultados)

A

A: Reflexo vermelho normal e simétrico

B: Reflexo vermelho normal no OD | diminuído no OE: mais comumente causado por erro de refração entre os olhos, mas também pode ser causado por uma patologia mais séria (ex: retinoblastoma)

C: Reflexo vermelho normal no OD | nenhum reflexo no OE: o reflexo é bloqueado por uma opacidade como uma catarata

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82
Q

Exame do RN - olhos: teste do reflexo vermelho (se resultado anormal)

A

Reflexo vermelho anormal -> encaminhamento URGENTE para oftalmologia

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83
Q

Exame do RN - olhos: risco de anormalidades oculares graves

A

Independentemente do reflexo vermelho…
- Todos os RN com história familiar (1º grau) de retinoblastoma, catarata, glaucoma, ou anormalidades retinianas devem ser encaminhadas para oftalmologia -> alto risco de anormalidades oculares graves

84
Q

Exame do RN - olhos: acuidade visual

A

A acuidade visual dos recém-nascidos é aproximadamente 20/400, e um olhar desconjugado é normal nos primeiros dois a três meses de vida

85
Q

Exame do RN - olhos: hemorragia subconjuntival

A

Hemorragia subconjuntival, por rutura de vasos sanguíneos -> achado benigno comum que pode levar semanas a desaparecer

86
Q

Exame do RN - olhos: dacriostenose diferenciar de…

A

É importante a dacriostenose ser diferenciada da oftalmia neonatorum

87
Q

Exame do RN - olhos: dacriostenose

A

Dacriostenose: ducto lacrimal bloqueado
- as secreções acumulam-se com um aparência pegajosa amarela enquanto o resto do olho aparece normal

88
Q

Exame do RN - olhos: oftalmia neonatorum

A

Oftalmia neonatorum: conjuntivite dentro das primeiras quatro semanas de vida
- muitas vezes há edema e injeção conjuntival

89
Q

Exame do RN - olhos: oftalmia neonatorum (4 possíveis etiologias)

A

Irritante químico

Infeção gonocócica

Infeção por clamídia

Infeção vírus herpes simplex

90
Q

Exame do RN - olhos: oftalmia neonatorum (etiologia: irritante químico)

A

Tempo: 1.ªs 24 a 36 horas

Apresentação: injeção conjuntival e eritema

91
Q

Exame do RN - olhos: oftalmia neonatorum (etiologia: infeção gonocócica)

A

Tempo: dias 2 a 7

Apresentação: conjuntivite purulenta bilateral

92
Q

Exame do RN - olhos: oftalmia neonatorum (etiologia: infeção por clamídia)

A

Tempo: dias 5 a 14

Apresentação: varia de hiperemia leve a difusa, inchaço e quemose

93
Q

Exame do RN - olhos: oftalmia neonatorum (etiologia: infeção vírus herpes simplex)

A

Tempo: dias 6 a 14

Apresentação: ceratoconjuntivite está frequentemente presente

94
Q

Exame do RN - orelhas: audição

A

A audição deve ser avaliada em todos os RN antes de 1 mês de idade -> preferência antes da alta, usando
otoemissões acústicas

95
Q

Exame do RN - orelhas: avaliar…

A

Avaliar o tamanho, forma e posição das orelhas pode revelar anormalidades congénitas
o implantação baixa -> sinal de uma patologia genética (ex.: Síndrome de Down, Turner ou trissomia 18)

96
Q

Exame do RN - orelhas: microtia

A

Síndrome CHARGE [Coloboma, cardiopatia, atrésia das coanas, atraso do crescimento e desenvolvimento, hipoplasia dos genitais, anomalias dos pavilhões auriculares/ surdez]

97
Q

Exame do RN - orelhas: apêndices pré-auriculares

A

Associação com anormalidades renais
o Eco renal se RN com anomalias na orelhas e ≥ 1 das seguintes: outras malformações ou características dismórficas, exposições teratogénicas, história familiar de surdez ou história materna de diabetes gestacional

98
Q

Exame do RN - orelhas: posição normal

A

Posição normal da orelha: inclinação posterior de 20º e 1/3 superior na linha que une o olho e a protuberância occipital

99
Q

Exame do RN - orelha de implantação baixa

A

Orelha de implantação baixa, girada posteriormente
* a hélice da orelha encontra o crânio num nível abaixo de um plano horizontal que passa através de ambos cantos internos dos olhos
-> pode ser um sinal de condição genética, como síndrome de Down,
Turner ou trissomia 18

100
Q

Exame do RN - orelhas: apêndices pré-auriculares

A

Apêndices pré-auriculares -> associação com anormalidades renais
o Ecografia renal se:
RN com anomalias na orelhas
e
≥ 1 das seguintes:
- outras malformações ou características dismórficas
- exposições teratogénicas
- história familiar de surdez
- história materna de diabetes gestacional

101
Q

Exame do RN - nariz

A

Atresia das coanas, uni ou bilateral

Desvio do septo nasal

102
Q

Exame do RN - nariz: atresia das coanas

A

Atresia das coanas, uni ou bilateral -> RN pode apresentar cianose que alivia ao chorar

103
Q

Exame do RN - nariz: desvio do septo nasal

A

Geralmente é devido ao posicionamento no útero, resolvendo espontaneamente
- Se persistir deve ser avaliado por otorrinolaringologia

104
Q

Exame do RN - boca

A

A maxila e a mandíbula devem encaixar-se bem e, quando abertas, em ângulos iguais

105
Q

Exame do RN - boca: anquiloglossia

A

Pode interferir com a amamentação ou prejudicar a articulação

Frenotomia - controverso

106
Q

Exame do RN - boca: palato

A

A observação e palpação do palato pode revelar fendas submucosas e mucosas

o úvula bífida: associada a fenda submucosa

o fissura labial e palatina: são as anomalias mais comuns da cabeça e pescoço

o fissuras na linha média -> investigação de outro defeito da linha média (cérebro/ outras anormalidades)

107
Q

Exame do RN - boca: úvula bífida

A

Associada a fenda submucosa

108
Q

Exame do RN - boca: fissura labial e palatina

A

São as anomalias mais comuns da cabeça e pescoço

109
Q

Exame do RN - boca: fissuras na linha média

A

Investigação de outro defeito da linha média (cérebro/ outras anormalidades)

110
Q

Achados mais comuns na cavidade oral do RN - Nódulos de Bohn

A

Remanescentes de tecido da glândula salivar na face lateral da gengiva; resolve espontaneamente

111
Q

Achados mais comuns na cavidade oral do RN - Pérolas de Epstein

A

Vesículas císticas brancas (1 a 3 mm) na porção mediana do palato – equivalente oral para mília; resolve espontaneamente

112
Q

Achados mais comuns na cavidade oral do RN - Dentes neonatais

A

Frequentemente parte inferior da gengiva; risco de aspiração principalmente se estiverem soltos – risco de aspiração

113
Q

Achados mais comuns na cavidade oral do RN - Rânula

A

Cistos de retenção de muco no soalho da boca; remoção cirúrgica frequente

114
Q

Exame do RN - pescoço: avaliação

A

O pescoço deve ser inspecionado para toda a amplitude de movimento -> torcicolo congénito

115
Q

Exame do RN - pescoço: torcicolo congénito

A

o principalmente devido ao trauma do nascimento no músculo esternocleidomastoideu (edema, formação de
hematoma dentro do músculo)

o geralmente pode ser corrigido com MFR

o se não for corrigido: plagiocefalia e desalinhamento da orelha

116
Q

Exame do RN - pescoço: para além do torcicolo congénito, outros 3 achados possíveis no exame do pescoço

A

o Higroma cístico -> malformação linfática congénita na região do pescoço

o Cisto do ducto tireoglosso -> lesão mediana do pescoço que mobiliza com o movimento da língua

o Fratura da clavícula -> devem ser palpadas
- reflexo de Moro assimétrico se não for deslocada
- suspeita de fratura deve ser confirmada com radiografia

117
Q

Exame do RN - pescoço: Higroma cístico

A

malformação linfática congénita na região do pescoço

118
Q

Exame do RN - pescoço: Cisto do ducto tireoglosso

A

lesão mediana do pescoço que mobiliza com o movimento da língua

119
Q

Exame do RN - pescoço: Fratura da clavícula

A

Devem ser palpadas
- reflexo de Moro assimétrico se não for deslocada
- suspeita de fratura deve ser confirmada com radiografia

120
Q

Exame do RN - tórax

A

Auscultação cardíaca

Rastreio de patologia cardíaca congénita

121
Q

Exame do RN - tórax: RN com patologia cardíaca

A

Os RN com patologia cardíaca costumam apresentar-se com taquipneia sem retração costal
o cianose está presente (principalmente em doença grave) -> diferenciar de acrocianose (cianose isolada das mãos e pés), que é normal no RN

122
Q

Exame do RN - tórax: auscultação cardíaca

A

o 4 localizações padrão (borda esternal superior direita, borda esternal superior esquerda, borda esternal inferior esquerda, e entre o quinto e sexto espaço intercostal na linha médio-clavicular)
o S1: som único | S2: som dividido

123
Q

Exame do RN - tórax: rastreio de patologia cardíaca congénita

A

Oximetria de pulso (antes da alta)
o o ecocardiograma deve ser realizado se o rastreio for positivo (<90% na mão direita ou pé)

124
Q

Exame do RN - tórax: avaliar

A

Os RN deve ser avaliado para sinais de dificuldade respiratória:
o taquipneia, adejo nasal, roncos, retrações e cianose

125
Q

Exame do RN - tórax: sons respiratórios

A

Na auscultação pulmonar, os sons respiratórios devem ser sempre simétricos
o sons assimétricos -> podem indicar pneumotórax (avaliar com imagem, de forma imediata)

126
Q

Frequência respiratória por idade - 0 a 3 meses

A

Limite inferior (1º percentil): 25

Faixa normal (10º a 90º percentil): 34 a 57

Limite superior (99º percentil): 66

127
Q

Frequência respiratória por idade - 3 a 6 meses

A

Limite inferior: 24

Faixa normal: 33 a 55

Limite superior: 64

128
Q

Frequência respiratória por idade - 6 a 9 meses

A

Limite inferior: 23

Faixa normal: 31 a 52

Limite superior: 61

129
Q

Frequência respiratória por idade - 9 a 12 meses

A

Limite inferior: 22

Faixa normal: 30 a 50

Limite superior: 58

130
Q

Frequência respiratória por idade - 12 a 18 meses

A

Limite inferior: 21

Faixa normal: 28 a 46

Limite superior: 53

131
Q

Frequência respiratória por idade - 18 a 24 meses

A

Limite inferior: 19

Faixa normal: 25 a 40

Limite superior: 46

132
Q

Frequência respiratória por idade - 2 a 3 anos

A

Limite inferior: 18

Faixa normal: 22 a 34

Limite superior: 38

133
Q

Frequência respiratória por idade - 3 a 4 anos

A

Limite inferior: 17

Faixa normal: 21 a 29

Limite superior: 33

134
Q

Frequência respiratória por idade - 4 a 6 anos

A

Limite inferior: 17

Faixa normal: 20 a 27

Limite superior: 29

135
Q

Frequência respiratória por idade - 6 a 8 anos

A

Limite inferior: 16

Faixa normal: 18 a 24

Limite superior: 27

136
Q

Frequência respiratória por idade - 8 a 12 anos

A

Limite inferior: 14

Faixa normal: 16 a 22

Limite superior: 25

137
Q

Frequência respiratória por idade - 12 a 15 anos

A

Limite inferior: 12

Faixa normal: 15 a 21

Limite superior: 23

138
Q

Frequência respiratória por idade - 15 a 18 anos

A

Limite inferior: 11

Faixa normal: 13 a 19

Limite superior: 22

139
Q

Frequência cardíaca por idade - 0 a 3 meses

A

Limite inferior (1º percentil): 107

Faixa normal (10º a 90º percentil): 123 a 164

Limite superior (99º percentil): 181

140
Q

Frequência cardíaca por idade - 3 a 6 meses

A

Limite inferior: 104

Faixa normal: 120 a 159

Limite superior: 175

141
Q

Frequência cardíaca por idade - 6 a 9 meses

A

Limite inferior: 98

Faixa normal: 114 a 152

Limite superior: 168

142
Q

Frequência cardíaca por idade - 9 a 12 meses

A

Limite inferior: 93

Faixa normal: 109 a 145

Limite superior: 161

143
Q

Frequência cardíaca por idade - 12 a 18 meses

A

Limite inferior: 88

Faixa normal: 103 a 140

Limite superior: 156

144
Q

Frequência cardíaca por idade - 18 a 24 meses

A

Limite inferior: 82

Faixa normal: 98 a 135

Limite superior: 149

145
Q

Frequência cardíaca por idade - 2 a 3 anos

A

Limite inferior: 76

Faixa normal: 92 a 128

Limite superior: 142

146
Q

Frequência cardíaca por idade - 3 a 4 anos

A

Limite inferior: 70

Faixa normal: 86 a 123

Limite superior: 136

147
Q

Frequência cardíaca por idade - 4 a 6 anos

A

Limite inferior: 65

Faixa normal: 81 a 117

Limite superior: 131

148
Q

Frequência cardíaca por idade - 6 a 8 anos

A

Limite inferior: 59

Faixa normal: 74 a 111

Limite superior: 123

149
Q

Frequência cardíaca por idade - 8 a 12 anos

A

Limite inferior: 51

Faixa normal: 67 a 103

Limite superior: 115

150
Q

Frequência cardíaca por idade - 12 a 15 anos

A

Limite inferior: 47

Faixa normal: 62 a 96

Limite superior: 108

151
Q

Frequência cardíaca por idade - 15 a 18 anos

A

Limite inferior: 43

Faixa normal: 58 a 92

Limite superior: 104

152
Q

Exame do RN: tórax - alterações anatómicas

A

Pectus excavatum, pectus carinatum, xifóide proeminente e tecido mamário (pode estar presente em meninas ou
meninos como resultado da exposição a hormonas maternas) -> geralmente inconsequentes

153
Q

Exame do RN: tórax - mamilos supranumerários

A

Podem ocorrer ao longo de uma linha vertical da axila à região púbica -> não requer
tratamento

154
Q

Exame do RN: abdómen - umbigo

A

Coto umbilical deve ser inspecionado para sinais de infeção e sangramento
- deve conter 2 artérias e 1 veia
- 1 única artéria umbilical pode estar associada a outras anormalidades congénitas -> anomalias renais e restrição crescimento intrauterino e prematuridade -> ecografia renal em RN com 1 única artéria umbilical

155
Q

Exame do RN: abdómen - hérnias umbilicais

A

São comuns em RN, raramente ficam encarceradas/estranguladas; a maioria resolve por volta dos 3 anos

156
Q

Exame do RN: abdómen - fígado

A

O fígado está geralmente aproximadamente 1 a 2 cm abaixo da parte inferior margem costal

157
Q

Exame do RN: abdómen - massas abdominais

A

Cerca de metade das massas abdominais são de origem renal (rins displásicos mul{cís{cos, tumor de Wilms, hidronefrose, trombose da veia renal,…)

158
Q

Exame do RN - GU: se sexo feminino

A
  • RN de termo: grandes lábios proeminentes
  • RN prematuros : pequenos lábios e clitóris proeminentes
  • Secreção branca ou pequena quantidade de sangue à resposta normal -> abstinência de estrogénio materno
  • Sinais de ambiguidade genital: inclui clitoromegalia e fusão dos lábios
159
Q

Exame do RN - GU: se sexo masculino

A
  • ambos os testículos no saco escrotal
  • testículo retrátil, pode ser “deslizado” para o escroto e não requer intervenção
  • Sinais de ambiguidade genital: testículos não descidos bilaterais, micropénis (pénis RN termo: 2,5 a 3,5 cm) ou um escroto bífido
160
Q

Exame do RN - GU: sinais de ambiguidade genital

A

Tratamento URGENTE, referenciação para endocrinologia, genética e urologia

161
Q

Exame do RN - GU: hérnias inguinais

A

Podem encarcerar e estrangular -> orientação cirúrgica

162
Q

Exame do RN - GU: hidrocelo

A

Transilumina com luz; geralmente resolve no 1º a 2º ano de vida

163
Q

Exame do RN - GU: hipospádia

A

Abertura anormal ventral da uretra (dentro da glande, a haste do pénis, ou escroto)

164
Q

Exame do RN - “Depressão” sagrada

A

Simples:
- < 0,5 cm de diâmetro
- localizada a 2,5 cm da borda anal
- não associada a estigmas cutâneos (ex.: manchas cutâneas com pelo, hemangiomas)

165
Q

Exame do RN - “Depressão” sagrada se não for “simples”

A

As “depressões” sagradas que não se enquadram nesses critérios -> ecografia antes dos 3 meses de idade para avaliar o disrafismo espinhal

166
Q

Exame do RN - rastreio de displasia de desenvolvimento da anca

A

Baseado em:
- sinais de instabilidade
- critérios de risco

167
Q

Exame do RN - rastreio de displasia de desenvolvimento da anca (sinais de instabilidade)

A

(exame objetivo das ancas da criança deve ser realizado desde a nascença até a idade da marcha em todas as consultas):
Limitação da abdução das ancas | Ortolani + Barlow +

168
Q

Exame do RN - rastreio de displasia de desenvolvimento da anca (critérios de risco)

A

Apresentação Pélvica | História Familiar Positiva | Oligohidrâmnios | Deformidades congénitas
do pé | Torcicolo congénito | Síndrome Polimalformativo (musculoesquelético) | Assimetria das pregas

169
Q

Exame do RN - rastreio de displasia de desenvolvimento da anca: algoritmo

A

Sem sinais de instabilidade das ancas e sem critérios de risco: sem indicação para rastreio

Sem sinais de instabilidade das ancas e com critérios de risco: ecografia das ancas às 6 semanas de vida

Sinais de instabiliade das ancas:
- menos de 4 meses: ecografia das ancas
- mais de 4 meses: radiografia da bacia AP

170
Q

Exame do RN - membros: avaliação da displasia congénita da anca

A

Cada anca deve ser examinada separadamente, usando a outra mão para estabilizar a pelve

171
Q

Exame do RN - membros: avaliação da displasia congénita da anca (manobra de Barlow)

A

adução da anca enquanto empurra a coxa posteriormente para ver se ela desloca

172
Q

Exame do RN - membros: avaliação da displasia congénita da anca (manobra de Ortolani)

A

abdução da anca enquanto empurra a coxa anteriormente e se recoloca/reduz a posição da anca deslocada pela manobra de Barlow, sentindo-se um estalo

173
Q

Exame do RN - membros: meninas nascidas em posição pélvica

A

(risco de displasia nesta população é de 120 por 1.000) à ecografia pelas 6
semanas ou radiografia simples pelos 4 meses de idade
* imagem deve ser considerada em RN com histórico familiar de displasia da anca (risco de 44 por 1.000 em meninas e 9,4 por 1.000 em meninos) e meninos nascidos em posição pélvica (risco de 26 por 1.000)

174
Q

Exame do RN - membros: mãos e pés

A

As mãos e os pés devem ser inspecionados para sindactilia e polidactilia
o A polidactilia pode ser um anormalidade isolada -> justifica um exame físico cuidadoso de outras anormalidades

175
Q

Exame do RN - exame neurológico

A

O exame neurológico deve avaliar:
o reflexos primimvos: Moro, sucção, pontos cardeais, preensão palmar e marcha automá{ca
o reflexo de Babinski: deve causar dorsiflexão do 1º dedo do pé na estimulação da face plantar do pé

176
Q

Exame do RN - exame neurológico: reflexos

A

Esses reflexos são mais dificeis de obter para além dos 6 meses de vida (amadurecimento do sistema nervoso central
que começa a permitir atividade motora)

177
Q

Exame do RN - exame neurológico: reflexos primitivos

A

Moro, sucção, pontos cardeais, preensão palmar e marcha automática

178
Q

Exame do RN - exame neurológico: tónus muscular

A

Tónus muscular do RN: deve ser avaliado colocando-o em suspensão vertical
o Hipotonia: como se o RN estivesse a escorregar pelas mãos do examinador devido à fraqueza na cintura
escapular e pernas
o Hipertonia: RN rígido e fica ereto por um período prolongado enquanto em suspensão vertical

179
Q

1ª consulta - P do SOAP

A

Aleitamento materno

Aleitamento artificial/misto

Ensino dos sinais de alerta de amamentação ineficaz

Explicar outros sinais de alarme

180
Q

1ª consulta - P do SOAP: aleitamento materno

A

pelo menos até aos 6 meses | contraindicações (CI) absolutas e relativas

181
Q

1ª consulta - P do SOAP: aleitamento artificial/ misto

A
  • Leites para lactentes ou Leites 1 (< 6 meses ou dos 6-12 meses desde que fortificados com ferro)
  • Necessidades hídricas diárias: 150ml/Kg/dia
  • 1 colher de medida por cada 30 mL de água à colocar primeiro a água e só depois o pó
182
Q

1ª consulta - P do SOAP: sinais de alerta de amamentação ineficaz

A

Ensino dos sinais de alerta de amamentação ineficaz (intervalos longos entre as mamadas, sucção débil, sonolência excessiva, diminuição do nº de dejeções e de micções, icterícia)

183
Q

1ª consulta - P do SOAP: explicar outros sinais de alarme

A

Explicar outros sinais de alarme: recusa alimentar (saltar 2 mamadas seguidas), gemido, irritabilidade, prostração,
cianose e/ou choro inconsolável

184
Q

1ª consulta - promover cuidados de higiene

A
  • Manter o cordão umbilical limpo e seco, sem aplicar qualquer tipo de antisséptico ou desinfetante. Não colocar
    compressas, nem cobrir com a fralda ou com uma faixa
  • Não é necessário banho diário (2 a 3 banhos por semana, se higiene da zona ano-genital diária). Duração < 5 minutos e com temperatura ambiente > 22ºC e da água a 36-37ºC (colocar primeiro a água fria e depois a quente)
  • Não é habitualmente necessário o uso de gel de lavagem mas, se for utilizado, deverá ser com pH neutro, sem perfumes nem parabenos
  • A aplicação de creme (sem perfumes, nem parabenos) após o banho poderá prevenir a pele seca, assim como o desenvolvimento de pele atópica
  • O banho antes de dormir parece melhorar a qualidade de sono
  • Não deve ser feita limpeza dos ouvidos com cotonetes
  • A lavagem do nariz, se necessária, deve ser feita com soro fisiológico
  • As unhas deverão ser limadas com lima de papel ou cortadas com tesoura de pontas redondas
185
Q

1ª consulta - promover a segurança: prevenção da síndrome da morte súbita do lactente (SMSL)

A
  • Colocar o lactente em decúbito dorsal durante o sono
  • Usar um colchão firme e bem adaptado ao berço, coberto por um lençol ajustado
  • O cobertor não deve ultrapassar os ombros para evitar o sobreaquecimento e os pés do bebé devem ficar a tocar o fundo da cama/alcofa
  • Não colocar objetos na cama do lactente nem usar almofadas, fraldas, gorros, babetes, protetores de berço ou outras peças que lhe possam causar estrangulamento ou asfixia
  • Evitar o sobreaquecimento do quarto (ideal 21ºC)
  • A chupeta deve ser oferecida, pois reduz o risco da SMSL
  • Evitar ativamente a exposição ao fumo do tabaco, durante a gravidez e após o nascimento
  • Evitar dispositivos comerciais e monitores de vigilância dos sinais vitais para evitar o risco da SMSL
  • Durante o dia, e sob supervisão, posicionar o lactente em decúbito ventral de forma a evitar o aparecimento de plagiocefalia e facilitar o desenvolvimento muscular
186
Q

1ª consulta - promover a segurança: prevenção da síndrome da morte súbita do lactente (SMSL) - chupeta

A

A chupeta deve ser oferecida, pois reduz o risco da SMSL

  • demonstrado numa meta-análise de 7 estudos, nos quais o resumo multivariado OR foi de 0,71 (IC 95% 0,59-0,85) para o uso habitual de chupeta e 0,39 (IC 95% 0,31-0,50) para o uso de chupeta durante o último sono
  • o mecanismo para essa associação não é claro
  • dada essa aparente redução do risco, sugere-se oferecer chupeta durante o sono, desde que não interfira no estabelecimento da amamentação
187
Q

1ª consulta - promover a segurança: prevenção de quedas

A
  • Não deixar sozinho em locais altos como mesas de muda de fraldas
  • Crianças não devem pegar em recém-nascidos sem a supervisão de um adulto
  • Ao transportar na cadeirinha, os cintos devem estar sempre colocados e bem adaptados ao RN
188
Q

1ª consulta - promover a segurança: prevenção de queimaduras

A
  • Verificar a temperatura da água do banho
  • Verificar a temperatura da água de preparação da fórmula infantil
189
Q

1ª consulta - cuidados antecipatórios

A
  • Promover a manutenção do aleitamento materno, em exclusivo, até aos 6 M e, só a partir desta idade, complementá-lo com o início da diversificação alimentar
  • Vitamina D – 400 UI uma vez por dia, durante o primeiro ano de vida
  • Decúbito dorsal (tendo em conta a prevenção da síndrome da morte súbita do lactente)
  • Posição quando acordado – decúbito ventral/colo
  • Ler com os pais as informações que estão no BSIJ/emails do eBoletim, entre a atual e a próxima consulta -> Atividades
    promotoras de desenvolvimento
  • Sintomas ou sinais que justificam recorrer aos serviços de saúde (recusa alimentar, gemido, icterícia generalizada, prostração, febre, cor “acinzentada”, entre outros)
  • Averiguar dificuldades do principal cuidador na relação com o seu bebé e nas interações familiares
190
Q

Suplementação 1º ano de vida - RN de termo: vitamina D

A

400 UI/dia

1 gota/dia de Vigantol® ou 2 gotas/dia de Dedrogyl® a partir da primeira semana de vida

191
Q

Suplementação 1º ano de vida - RN de termo: vitamina B12

A

RN de mães vegetarianas -> suplementação oral com vitamina B12 (5 µg/dia) desde o nascimento e/ou
associada a suplementação materna (35 µg/dia)

192
Q

Suplementação 1º ano de vida - RN de termo: ferro

A

Necessidades mínimas de ferro num RN a termo - 1 mg/kg

  • LM exclusivo à Após os 4 meses, a necessidade de ferro excede a quantidade que pode ser fornecida pelo LM
  • Além do LM, é necessária suplementação (por ex. purés de carnes, cereais infantis fortificados com ferro, suplemento de ferro líquido), para fornecer um total de pelo menos 1 mg/kg/dia.
  • Dos 7-12 meses, a ingestão de ferro deve ser de 11 mg/dia. Até que as necessidades de ferro sejam atendidas pela ingestão alimentar, a suplementação com ferro líquido oral é apropriada.
  • Lactentes alimentados com fórmula à recebem cerca de 12 mg de ferro elementar/ litro
  • Não precisam de suplementação adicional de ferro
193
Q

Suplementação 1º ano de vida - RN pré-termo: vitamina D

A

800-1000UI/dia até às 40 semanas de idade pós-menstrual e depois passar à dose recomendada no lactente nascido de termo

194
Q

Suplementação 1º ano de vida - RN pré-termo: ferro

A

Necessidades mínimas de ferro num RN pré-termo e com BPN – 2-4 mg/kg
* Prematuros e de baixo peso ao nascer: as reservas de ferro esgotam-se por volta dos 2-3 meses. Devem receber pelo menos 2 mg/kg/dia de ferro durante o 1º ano de vida.
- 2-3mg/kg/dia até aos seis a 12 meses pós-natais, dependendo do grau de prematuridade, tipo de alimentação e indicadores hematológicos

195
Q

Suplementação no 1º ano de vida - resumo

A

Nascido de termo:
- Vitamina K ao nascer: 1 mg IM
- Vigantol® 1 gota/dia ou Dedrogyl® 2 gotas/dia
- Vitamina B12: 5 μg/dia se a mãe for vegetariana

Nascido pré-termo durante internamento:
- Vitamina K, IM ao nascer: 1 mg se ≥ 1000 g; 0,3-0,5 mg se < 1000 g
- Leite Humano (LH) não fortificado (diariamente):
. Vigantol® 1 gota ou Dedrogyl® 3 gotas + Protovit N® 6 gotas + ácido fólico 50 μg + Ferrum Hausmann® 1 gota/kg
- LH Fortificado (LHF) (diariamente):
. Vigantol® 1 gota ou Dedrogyl® 3 gotas + Ferrum Hausmann® 1 gota/kg
- Fórmula para Pré-Termo (FPT) (diariamente):
. Vigantol® 1 gota ou Dedrogyl® 3 gotas

Nascido pré-termo após alta:
- Até atingir 40 semanas pós-menstruais:
. Amamentação exclusiva (diariamente): Vigantol® 1 gota ou Dedrogyl® 3 gotas + Protovit N® 6 gotas + Ferrum Hausmann® 1 gota/kg.
. PDF, fórmula para após alta (diariamente): Vigantol® 1 gota ou Dedrogyl® 3 gotas + Ferrum Hausmann® 1 gota/kg.
- Após 40 semanas pós-menstruais (diariamente):
. Vigantol® 1 gota ou Dedrogyl® 2 gotas até 12 meses pós-natais + Ferrum Hausmann® 1 gota/kg até 6 a 12 meses pós-natais

196
Q

Suplementação 1º ano de vida - alimentação vegetariana: lactante (dose recomendada para suplementação)

A

Vitamina B12 (cobalamina):
- Gestante: 2,6 μg/dia
- Lactante: 2,8 μg/dia

Vitamina D (calciferol):
- 600 UI/dia (obrigatória).

Ferro:
- Recomendação individual pelo médico assistente

Zinco:
- Obrigatório, de acordo com orientação médica

Cálcio:
- 1000 mg/dia

Iodo:
- 150–200 μg/dia (gestação e lactação)
- DDR: 250 μg/dia

197
Q

Suplementação 1º ano de vida - alimentação vegetariana: lactente, antes da diversificação alimentar (dose recomendada para suplementação)

A

Vitamina B12 (cobalamina):
- Se leite materno exclusivo: 0,4 μg/dia

Vitamina D (calciferol):
- 400 UI/dia

Ferro:
- 1-3 mg/kg/dia de acordo com recomendação médica

Zinco:
- Não necessário (suplementação de lactente)

Cálcio:
- Não necessário (suplementação de lactente)

Iodo:
- Não necessário (suplementação de lactente)

198
Q

Suplementação 1º ano de vida - alimentação vegetariana: lactente, após a diversificação alimentar (dose recomendada para suplementação)

A

Vitamina B12 (cobalamina):
- 6-12 meses: 0,5 μg/d.
- 12-36 meses: 0,9 μg/d (se vegetariana estrita ou vegan)

Vitamina D (calciferol):
- 400-600 UI/dia.

Ferro:
- 1-3 mg/kg/dia de acordo com recomendação médica.

Zinco:
- 0-6 meses: 4 mg/dia.
- 6-36 meses: 5 mg/dia.

Cálcio:
- Não necessário (suplementação de lactente)

Iodo:
- Não necessário (suplementação de lactente)

199
Q

1ª consulta: P do SOAP - atividades promotoras de desenvolvimento

A
  • Pegar no bebé e embalá-lo suavemente. Pode aconselhar-se uma cadeira de balouço
  • Falar e cantar suavemente com sons altos, baixos, agudos, graves e suaves
  • Chamar o bebé pelo nome
  • Falar sobre o que estiver a fazer: lavar as mãos, vestir-se
  • Comunicar com o bebé olhando-o nos olhos, encostado ao peito
  • Colocar o bebé sobre os joelhos, deixar que ele agarre o indicador com as mãos e conversar com ele
  • Segurar uma bola vermelha a 20 cm e movimentá-la para cima e para baixo, para a esquerda e direita, estando o bebé em
    estado de alerta e com a cabeça em posição central
  • Dar oportunidade ao bebé de experimentar cheiros diferentes (flor, laranja…)
  • Fazer massagem suave corporal, observando sempre o bebé calmamente, sem movimentos muito elaborados. Não forçar
    movimentos, fazer pouca pressão, não exceder os 20 minutos
  • Pegar ao colo, olhar olhos nos olhos, sorrir, deitar a língua de fora, quando em estado de alerta
  • Evitar ambientes hiperestimulantes
  • Observar o bebé
200
Q

Consulta de 1 e 2 meses - S do SOAP

A
  • Suplementação: vitaminas e minerais | medicação
  • Cólicas do lactente: necessidade de medidas não farmacológicas e/ou farmacológicas
  • Resultado do diagnóstico neonatal: questionar pais pela consulta do resultado
201
Q

Consulta de 1 e 2 meses - O do SOAP

A

Desenvolvimento: Escala de Avaliação do Desenvolvimento de Mary Sheridan Modificada para 4-6 semanas | Sinais
de Alarme

Saúde da visão (2 meses)

202
Q

Cólicas do lactente - choro “normal”

A

Duração média 0-3 meses de idade: 68-133 minutos/ dia
* ++ primeiras 6 semanas
* reduz após 8-9 semanas

203
Q

Cólicas do lactente -definição de cólica

A

Não existe uma definição padrão para o termo “cólica”

Para FINS CLÍNICOS -> choro sem motivo aparente que dura ≥3 horas por dia e ocorre em ≥3 dias por semana em uma criança saudável com <3 meses de idade
- definição ampla: variedade de experiências dos pais, limites de preocupação e perspetivas que, em última
análise, moldam a relação entre os pais e o filho

204
Q

Cólicas do lactente - prevalência

A

8-40%
* Ø diferenças: M vs F; LM vs LF; termo vs pré-termo; primeiro filho vs segundo filho

205
Q

Cólicas do lactente - critérios utilizados para fins de investigação

A

Critérios de Wessel

206
Q

Cólicas do lactente - Critérios de Wessel

A

slide 172

207
Q
A