Medicina do estilo de vida - tabagismo Flashcards

1
Q

Lei

A

Aprovação de normas para a proteção dos cidadãos da exposição involuntária ao fumo do tabaco e medidas de redução da procura relacionadas com a dependência e a cessação do seu consumo

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2
Q

O consumo de tabaco é causa ou fator de agravamento das…

A

Doenças não transmissíveis mais prevalentes, em particular do cancro, das doenças respiratórias, da hipertensão arterial, das doenças cérebro e cardiovascular e da diabetes

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3
Q

O consumo de tabaco apresenta ainda muitos outros efeitos nocivos, nomeadamente a nível…

A

Da saúde sexual e reprodutiva, diminuindo a fertilidade e aumentando a mortalidade fetal e perinatal

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4
Q

Prevalência de fumadores diários e ocasionais com 15 ou mais anos

A

Fumadores diários: faixas etárias com mais fumadores - 25-44 anos
- 14,2%

Fumadores ocasionais: 25-34 anos +++, e 45-54 ++

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5
Q

Estimativas de mortalidade atribuível ao tabaco, por ordem decrescente de importância

A

11,7% de todas as causas

  1. Doença respiratória crónica
  2. Neoplasias
  3. Tuberculose
  4. Infeções respiratórias do trato inferior
  5. Diabetes mellitus tipo 2
  6. Doenças cerebro-vasculares
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6
Q

Estimativa de carga de doença atribuível ao tabaco

A

10,9% dos DALY (2019)
16,2% - homens
5,4% - mulheres

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7
Q

Estimativa de carga de doença atribuível ao tabaco - especificação de problemas de saúde

A

Neoplasias +++

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8
Q

Estimativa da mortalidade por cancro atribuível ao tabaco - por ordem decrescente de importância

A

Total: 19,6%

  1. Laringe
  2. Traqueia, brônquios e pulmão
  3. Esófago
  4. Lábio e cavidade oral
  5. Nasofaringe
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9
Q

Estratégias de coping durante o processo de cessação tabágica:

A
  • Atividade física: forma de distração e controlo de peso | benéfico convidar um amigo para acompanhar e
    aumentar o suporte social simultaneamente
  • Zonas sem fumo: carro, casa e trabalho | mínimo de tempo possível em locais de fumadores
  • Identificar situações “gatilho”: stress, consumo de álcool, café, atividades do dia-a-dia associadas ao tabaco
  • Distração comportamental: atividades repetitivas com uso das mãos (jardinagem, pintura, clip, elástico, …)
  • Distração cognitiva: refletir sobre o que precisa fazer em casa e no trabalho | elaborar lista de tarefas e
    prioridades
  • Estratégias orais: pastilha elástica com sabor forte | beber um copo de água | tomar um lanche pequeno e
    saudável | lavar os dentes | roer uma peça de fruta, gengibre, frutos secos…
  • Visualização pessoal: visualizar-se a não fumar | pensar que “isto vai tornar-se mais fácil”
  • Benefícios da cessação: lembrar sempre os benefícios associados à abstinência
  • Estratégias de relaxamento: identificar momentos de maior stress (tensão muscular, irritabilidade de
    concentração, abuso de álcool) e aplicar estratégias: respiração profunda, imaginação, meditação breve,…
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10
Q

Estratégias de coping durante o processo de cessação tabágica: atividade física

A

Forma de distração e controlo de peso | benéfico convidar um amigo para acompanhar e aumentar o suporte social simultaneamente

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11
Q

Estratégias de coping durante o processo de cessação tabágica: zonas sem fumo

A

Carro, casa e trabalho | mínimo de tempo possível em locais de fumadores

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12
Q

Estratégias de coping durante o processo de cessação tabágica: identificar situações “gatilho”

A

Stress, consumo de álcool, café, atividades do dia-a-dia associadas ao tabaco

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13
Q

Estratégias de coping durante o processo de cessação tabágica: distração comportamental

A

Atividades repetitivas com uso das mãos (jardinagem, pintura, clip, elástico, …)

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14
Q

Estratégias de coping durante o processo de cessação tabágica: distração cognitiva

A

Refletir sobre o que precisa fazer em casa e no trabalho | elaborar lista de tarefas e
prioridades

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15
Q

Estratégias de coping durante o processo de cessação tabágica: estratégias orais

A

Pastilha elástica com sabor forte | beber um copo de água | tomar um lanche pequeno e saudável | lavar os dentes | roer uma peça de fruta, gengibre, frutos secos…

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16
Q

Estratégias de coping durante o processo de cessação tabágica: visualização pessoal

A

Visualizar-se a não fumar | pensar que “isto vai tornar-se mais fácil”

16
Q

Estratégias de coping durante o processo de cessação tabágica: benefícios da cessação

A

Lembrar sempre os benefícios associados à abstinência

17
Q

Estratégias de coping durante o processo de cessação tabágica: estratégias de relaxamento

A

Identificar momentos de maior stress (tensão muscular, irritabilidade de
concentração, abuso de álcool) e aplicar estratégias: respiração profunda, imaginação, meditação breve,…

18
Q

Acrónimo ACE

A
  • Avoid: evitar locais de alto risco | “pode ser útil evitar alguns locais, pessoas e eventos, principalmente no
    início do processo”
  • Change: alterar situações de elevado risco | “quando não é possível evitar as situações que o levam a fumar, uma opção é mudar a situação ligeiramente para que se sinta menos tentado a fumar”
  • Escape: planear como poderá justificar evitar uma situação de elevado risco | “quando há situações que o
    apanham desprevenido, o melhor pode ser sair da situação”
19
Q

Acrónimo 4DD

A
  • Delay: atrasar fumar um cigarro os minutos que conseguir, “fumar pelo relógio”
  • Drink: beber água ou líquidos não energéticos (tisanas, …)
  • Deep breathing: respiração profunda (abdominal), tipo 4X4
  • Do something: preferencialmente distrair-se realizando uma atividade que ocupe a tríade “cérebro-boca-mão”
20
Q

Intervenção breve em cessação tabágica

A

5A

21
Q

Intervenção muito breve em cessação tabágica

A

2A + A/R

22
Q

Algoritmo da Intervenção Muito Breve 2A+A/R

A
  1. Abordar
    Perguntar a todos os utentes com 15 ou mais anos: Fuma?
    - Se NÃO:
    . Já alguma vez fumou?
    - Se NÃO:
    . Valorizar a decisão de não fumar
    - Se SIM:
    .Felicitar (se ex-fumador recente, há menos de 1 ano): prevenir a recaída.
    - Se SIM:
    Passar para Aconselhar
  2. Aconselhar
    “O melhor que pode fazer por si e pelas pessoas de quem gosta é deixar de fumar.”
    - Personalizar em função da história clínica

Intervenção muito breve:
“Hoje sabemos que a melhor maneira de deixar de fumar é com a ajuda de um profissional de saúde e eventual medicação; eu posso ajudá-lo; quer marcar uma consulta para deixar de fumar?
- Se NÃO:
. Podemos voltar a falar deste assunto? Estou disponível para o(a) apoiar.
- Se SIM:
. Marcar uma consulta de Cessação Tabágica (MGF ou consulta intensiva)
. Registar: intervenção muito breve

  1. Avaliar:
    Está disposto a deixar de fumar?
    3.1. SIM (nos próximos 30 dias):
    - Avaliar o grau de dependência da nicotina
    - Medir o monóxido de carbono
    - Negociar e marcar o Dia D: (primeiro dia sem tabaco); regra: não fumar após o dia D
    - Acordar o plano de cessação
    - Prescrever medicação, se indicada
    - Explorar dúvidas e dificuldades
    - Propor um registo diário (identificar os cigarros mais difíceis de abandonar)
    - Prevenir a recaída:
    . Evocar estratégias para lidar com as dificuldades e com os sintomas de craving (beber água, respirar fundo, adiar, mudar de tarefa)
    - Disponibilizar contactos do serviço
    - Registar: intervenção breve
    3.2. TALVEZ (nos próximos 6 meses):
    - Intervenção motivacional para ajudar a resolver a ambivalência:
    . Pedir permissão para abordar o assunto.
    . Expressar empatia
    . Evitar o confronto
    . Fazer perguntas abertas, escuta reflexiva, afirmações de reforço e resumos
    - Avaliar a prontidão para a mudança nas suas duas componentes
    REVER a partir daqui! (talvez e nao, e reccaida)

. Estimular dúvidas sobre continuar a fumar
- Propor uma avaliação do monóxido de carbono para aumentar a motivação
- Avaliar as prioridades atuais do utente e o papel do tabaco
- Intervenção breve motivacional:
. Reforçar, quando possível, a autoeficácia
. Deixar a porta aberta para o tema no futuro
- Registar: intervenção breve
3.3. NÃO:
- Intervenção motivacional breve (SR):
. Pedir permissão para abordar o tema.
. Escutar com empatia:
“Não é fácil parar de fumar”.
Explorar motivos para resistência.
Perguntar se o tabaco é um problema.
. Reforçar a autoeficácia e deixar a porta aberta para o futuro.
. Registar: intervenção breve

  1. Acompanhar (no caso do sim)
    - Marcar consultas ou telefonemas de seguimento
    - Em cada contacto:
    . Avaliar a abstinência.
    . Rever o plano terapêutico e dificuldades ou efeitos adversos da medicação
    . Elogiar o progresso e reforçar a motivação
    . Prevenir a recaída.
    . Disponibilizar apoio.
    . Registar: intervenção breve
  2. Recaída
    - Mensagem-chave:
    . “Foi uma etapa do processo de mudança, não um retrocesso.”
    . Tranquilizar e motivar para uma nova tentativa.
    - Explorar motivos da recaída:
    . Verificar fatores que levaram à recaída.
    . Estimular novas estratégias para evitar recaídas futuras.
    - Apoiar o utente:
    . Acordar um novo Dia D.
    . Mostrar confiança e reforçar o foco no futuro.
    . Registar: data da intervenção breve
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