Investigação em MGF - Epidemiologia Básica (terminado) Flashcards

1
Q

Estratégia para Investigação em MGF (4)

A
  • Identificar prioridades para investigação em MGF
  • Suportar a capacitação
  • Desenvolver elevados padrões de investigação
  • Promover a tradução da evidência para a prática clínica
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2
Q

Implementar investigação com 2 caraterísticas

A
  • qualidade
    e
  • impacto
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3
Q

3 outcomes da investigação em MGF

A
  • De implementação (custos, fiabilidade,
    sustentabilidade, adoção e penetração das medidas)
  • Relativos a serviços (eficiência, efetividade,
    segurança, equidade)
  • Relativos ao consumidor (satisfação, sintomatologia
    dos doentes)
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4
Q

EGPRN - European General Practice Research Network: algoritmo

A

Centro: envolvimento do paciente e do público; inovação

  • ampliação e melhoria dos serviços
    . interdisciplinaridade
    . intersetorialidade
    . colaboração internacional
  • avaliação
    . aliança com as partes interessadas e legisladoras
  • desenvolvimento e implementação de intervenções
    . disseminação: open access e redes sociais
  • necessita de identificação
    . digitalização
    . rede se pesquisa clínica
  • análise
    . big data
    . novas tecnologias
  • desenvolvimento de novos métodos
    . regulação nacional
    . financiamento
    . ética
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5
Q

População em risco - definição

A

Total de pessoas expostas ou pessoas suscetíveis
a ter a doença

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6
Q

População em risco - depende de 3 fatores

A

o ambientais
o demográficos
o geográficos

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7
Q

População em risco - exemplo

A

Ex.: para ser um cálculo absolutamente correto, os homens não deveriam ser
incluídos na população de risco/população total de um cálculo relativo a cancro do colo do útero

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8
Q

Muitas vezes os conceitos de população em risco/população total
confundem-se

A

Muitas vezes usa-se a população total por facilidade prática e por se
desconhecer com exatidão a população em risco

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9
Q

Morbilidade - definição

A

Medição da ocorrência de doenças na população

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10
Q

Morbilidade – Medição da ocorrência de doenças na população: 2 medidas

A

Prevalência
e
Incidência

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11
Q

Prevalência - definição

A

medida de estado num determinado momento

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12
Q

Taxa de prevalência - cálculo

A

Nº de indivíduos com atributo/ população em risco

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13
Q

Taxa de prevalência - frequentemente expressa…

A

frequentemente expressa como casos por 100 (%) ou por mil (‰) pessoas

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14
Q

Taxa de prevalência - dados não disponíveis

A

nem sempre os dados sobre população em risco estão disponíveis -> por essa razão, em muitas situações,
a população total da área estudada é utilizada como uma aproximação

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15
Q

Prevalência - fotografia

A

é uma “fotografia” da população, para perceber quantos têm a doença e quantos não a têm

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16
Q

Prevalência - duração

A

não tem em conta quando é que a doença se desenvolveu (não tem em conta a duração)

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17
Q

Prevalência - numerador

A

numerador da prevalência contém uma mistura de pessoas com diferentes durações da doença e, como
consequência disto, não constitui uma medida de risco

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18
Q

Prevalência - qual é o interesse de a calcular?

A

importante e útil para conhecer o peso da doença na comunidade, adequar os recursos necessários
e otimizar o planeamento dos serviços de saúde

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19
Q

Prevalência - depende de 6 parâmetros

A
  • duração da doença (se uma doença é de curta duração, sua taxa prevalência é menor do que a de uma doença com longa duração)
  • taxa de letalidade (se muitas pessoas que desenvolvem a doença morrem, a prevalência diminui)
  • incidência (se muitas pessoas contraírem a doença, sua taxa de prevalência será maior do que se poucas pessoas a contraírem)
  • entrada/saída de doentes/indivíduos saudáveis
  • capacidade de cura e diagnóstico
  • declaração (ex.: DDO)
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20
Q

Prevalência aumentada devido a… (7)

A
  • maior duração da doença
  • aumento da sobrevida do paciente, mesmo sem a cura da doença
  • aumento de novos casos (aumento da incidência)
  • imigração de casos
  • emigração de pessoas sadias
  • imigração de pessoas suscetíveis
  • melhoria dos recursos diagnósticos (melhoria do sistema de registro)
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21
Q

Prevalência diminuída devido a … (6)

A
  • menor duração da doença
  • maior letalidade da doença
  • redução de novos casos (diminuição da incidência)
  • imigração de pessoas sadias
  • emigração de casos
  • aumento da taxa de cura da doença
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22
Q

Incidência - é uma medida…

A

Medida de mudança de estado

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23
Q

Taxa de incidência - definição

A

Nº de casos de uma doença (incidência) / população em risco

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24
Q

Taxa de incidência é uma medida de…

A

taxa de incidência é uma medida de risco
- todo e qualquer indivíduo incluído no denominador tem a possibilidade de passar a fazer parte do
numerador (pessoas com doença/evento)

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25
Q

Taxa de incidência - refere-se à …

A

refere-se à velocidade com que novos eventos ocorrem em uma determinada população

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26
Q

Taxa de incidência - leva em conta…

A

leva em conta o período de tempo em que os indivíduos estão livres da doença, ou seja, em risco de
desenvolvê-la

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27
Q

Incidência cumulativa - denominador

A

o denominador na taxa de incidência cumulativa é a população em risco no início do estudo

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28
Q

Incidência cumulativa - maneira mais simples de…

A

maneira mais simples de medir a ocorrência de uma doença

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29
Q

Incidência cumulativa - fórmula

A

( Número de pessoas que desenvolveram a doença no período / número de pessoas sem a doença no início do período) x 10^n

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30
Q

Incidência - numerador

A

Número de novos casos de doença durante um período específico de tempo

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31
Q

Incidência - denominador

A

População em risco

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32
Q

Incidência - foco

A

Se o evento é um novo caso; tempo de início da doença

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33
Q

Incidência - utilização

A

Expressa o risco de tornar-se doente

É a principal medida para doenças ou condições agudas, mas pode, também, ser utilizada para doenças crónicas

Mais útil em estudos de causalidade

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34
Q

Se os casos incidentes não são resolvidos…

A

E continuam por todo o tempo, então eles tornam-se casos prevalente
- neste caso, prevalência = incidência x duração

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35
Q

Prevalência - numerador

A

Número de casos existentes (novos e velhos) de uma doença em um ponto do tempo

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36
Q

Prevalência - denominador

A

População em risco

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37
Q

Prevalência - foco

A

Presença ou ausência de doença

O período de tempo é arbitrário, pode ser um curto espaço de tempo

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38
Q

Prevalência - utilização

A

Estima a probabilidade de a população estar doente no período do tempo em que o estudo está sendo realizado

Mais útil em estudos que visam determinar a carga de doenças crónicas em uma população e suas implicações para os serviços de saúde

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39
Q

Morbilidade – Classificação (3)

A
  • Impairment / Limitação
  • Disability / Incapacidade
  • Handicap / Deficiência
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40
Q

Morbilidade – Classificação: Impairment / Limitação

A

Perda ou anomalia da estrutura ou função anatómica, fisiológica ou psicológica

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41
Q

Morbilidade – Classificação: Disability / Incapacidade

A

Restrição ou falta de capacidade de realizar uma atividade de forma considerada normal

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42
Q

Morbilidade – Classificação: Handicap / Deficiência

A

Desvantagem para o indivíduo como resultado dos dois anteriores à evita o
desenvolvimento de papel considerado normal para o indivíduo, de acordo com a idade, sexo, fatores culturais ou sociais

43
Q

Mortalidade infantil

A

< 1 ano

44
Q

Mortalidade específica para doença

A

número de óbitos pela doença

45
Q

Taxa de mortalidade - fórmula

A

Nº de óbitos/ nº de pessoas em risco de morte

46
Q

Letalidade - fórmula

A

Nº de óbitos pela doença/ nº de doentes

47
Q

Anos de vida potencialmente perdidos mede…

A

mede as perdas sofridas por morte precoce

48
Q

Anos de vida potencialmente perdidos - fórmula

A

AVPP = EMV (esperança média de vida) - idade da morte

49
Q

Morbilidade + Mortalidade: QALYs (Quality-Adjusted Life Years) mede…

A

mede ganhos em saúde

  • 1 QALY = 1 ano de vida saudável
50
Q

Morbilidade + Mortalidade: 2 representações

A

QALYs (Quality-Adjusted Life Years)

DALYS (Disability-Adjusted Life Years)

51
Q

Morbilidade + Mortalidade: DALYS (Disability-Adjusted Life Years) mede…

A

mede perda em saúde

  • 1 DALY = 1 ano perdido de vida saudável
52
Q

Morbilidade + Mortalidade: DALYS (Disability-Adjusted Life Years) - fórmula

A

DALY = anos de vida perdidos + anos vividos com incapacidade

53
Q

Testes de rastreio - verdadeiro positivo

A

Doença presente e teste positivo

54
Q

Testes de rastreio - falso positivo

A

Doença ausente e teste positivo

55
Q

Testes de rastreio - falso negativo

A

Doença presente e teste negativo

56
Q

Testes de rastreio - verdadeiro negativo

A

Doença ausente e teste negativo

57
Q

Testes de rastreio - Sensibilidade

A

doentes corretamente identificadas pelo teste

58
Q

Testes de rastreio - Especificidade

A

pessoas sem a doença corretamente identificadas

59
Q

Testes de rastreio - Valor preditivo positivo

A

probabilidade de doença, se teste positivo

60
Q

Testes de rastreio - Valor preditivo negativo

A

probabilidade de não doença se teste negativo

61
Q

Testes de rastreio - falso positivo: erro

A

erro tipo I

62
Q

Testes de rastreio - falso negativo: erro

A

erro tipo II

63
Q

Sensibilidade - fórmula

A

Verdadeiros positivo / (verdadeiros positivo + falsos negativo)

64
Q

Especificidade - fórmula

A

Verdadeiros negativo / (verdadeiros negativos + falsos positivos)

65
Q

Valor preditivo positivo - fórmula

A

Verdadeiros positivos / (verdadeiros positivos + falsos positivos)

66
Q

Valor preditivo negativo - fórmula

A

Verdadeiros negativos / (verdadeiros negativos + falsos negativos)

67
Q

SnNout

A

perante teste de > SEN, se
negativo, exclui o diagnóstico

68
Q

SpPin

A

perante teste de > ESP, se
positivo, confirma o diagnóstico

69
Q

Se > SEN (inclusão de maior nº de pessoas com doença)

A

> n.º FP e < ESP

70
Q

< rigor no teste

A

> SEN e < ESP

71
Q

> rigor no teste

A

< SEN e > ESP

72
Q

O valor preditivo de um teste depende: (2)

A
  • da sensibilidade e da especificidade do teste
  • da prevalência da doença na população que está a ser testada;
  • mesmo que o teste possua elevada SEN e ESP, se a
    prevalência da doença for baixa, o VP do teste pode ser baixo
73
Q

Valor preditivo positivo - definição

A

probabilidade de doença se teste positivo

74
Q

Valor preditivo negativo - definição

A

probabilidade de não doença se teste negativo

75
Q

Sobre diagnóstico

A

Ex. cancro não progressivo e que teria morte por outras causas
- aumento de número de novos casos mas mortalidade mantém-se estável

vs
aumento da incidência de cancro: novos diagnósticos e maior número de mortes

76
Q

Vieses de utilização - Lead-time bias / Viés de antecipação diagnóstica

A

> período de tempo entre diagnóstico e morte
(mas independentemente de quando seria o diagnóstico, a morte seria na mesma altura)

77
Q

Vieses de utilização - Lenght-time bias / Viés de tempo de duração / de casos prevalentes, ou prevalence-incidence

A

tumores passíveis de deteção por rastreio são mais indolentes à aumento aparente na sobrevida

78
Q

Vieses de utilização - Overdiagnosis bias / Viés de sobrediagnóstico (forma extrema de lenght-time bias)

A

aumento do numerador e denominador
(diagnóstico de cancro em pessoas que não morreriam por essa causa)

79
Q

Risco Relativo (RR) - fórmula

A

RR = quantidade de eventos nos expostos/ quantidade de eventos nos não expostos

80
Q

RR = 1.0 (risco relativo)

A

RR = 1.0
- probabilidade de doença nos expostos e não expostos é idêntica (não existe associação
entre a exposição e a doença)

81
Q

RRR (redução de risco relativo)

A

RRR = 1 − RR

82
Q

Linguagem relativa - quociente: magnitude do efeito…

A

magnitude do efeito é sempre maior vs absoluto

83
Q

Risco Relativo (RR) - força de associação

A

como indicador da força de associação, o RR é melhor que a diferença de risco porque é expresso em relação a um grupo de referência (ex: grupo não exposto)

84
Q

Risco Relativo (RR) - magnitude

A

diretamente relacionado à magnitude da incidência no grupo de referência -> dependendo dessa
magnitude, populações com similar diferença de risco podem apresentar RR bem diferentes

85
Q

Risco Relativo (RR) - utilizado para…

A

utilizado para avaliar a probabilidade de uma associação representar uma relação causal

86
Q

Exemplo: um RR de 2,8 implica dizer que…

A

um RR de 2,8 implica dizer que determinada situação possui um risco 2,8 vezes maior de ocorrer em relação a outra.

87
Q

Linguagem relativa - exemplos

A

Risco Relativo (RR)

RRR (redução de risco relativo)

88
Q

Linguagem absoluta

A

subtração -> melhor apreciação da magnitude do benefício e potencial impacto

89
Q

Linguagem absoluta - 3 exemplos

A

RRA (redução de risco absoluto)

NNT (número de pessoas que é necessário tratar/rastrear para produzir um bom outcome)

NNH (número de pessoas que é necessário tratar/rastrear para produzir um mau outcome)

90
Q

RRA (redução de risco absoluto) - fórmula

A

RRA = quantidade de eventos nos não expostos - quantidade de eventos nos expostos

91
Q

RRA (redução de risco absoluto) - resultado negativo

A

resultado negativo - intervenção eficaz

92
Q

RRA (redução de risco absoluto) - resultado positivo

A

resultado positivo - intervenção com malefício

93
Q

NNT - definição

A

número de pessoas que é necessário tratar/rastrear para produzir um bom outcome

94
Q

NNT=17 - significado

A

NNT=17
- é necessário tratar 17 utentes, para 1 utente ter benefício

95
Q

Quanto menor o NNT…

A

Maior é o benefício

96
Q

NNH - definição

A

número de pessoas que é necessário tratar/rastrear para produzir um mau outcome

97
Q

NNH=17 - significado

A

por cada 17 utentes tratados, existirá 1 utente que sofrerá dano

98
Q

Quanto maior o NNH…

A

Menor o malefício

99
Q

Cálculo do NNT ou NNH

A

1/RRA
ou
100/%RRA

100
Q

Forest plot - definição

A

Ilustração de resultados de revisões sistemáticas cuja abordagem estatística é a metanálise

101
Q

Forest plot - OR e RR

A

Para termos didáticos/interpretação, consideramos a mesma leitura para OR e RR

102
Q

Forest plot - 3 parâmetros a avaliar

A
  • RR de cada estudo e a importância estatística de cada estudo (> caixa: >
    importância do estudo e > n.º de indivíduos estudados: > impacto na metanálise)
  • largura do intervalo de confiança (se a linha do intervalo de confiança cruzar a reta vertical
    principal (que representa RR=1) não haverá p significativo)
  • resultado final da metanálise (resultado da computação ponderal da
    análise global de todos os estudos)
103
Q
A